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Resumo das acusações de abuso de 39 vítimas de Abdelmassih

Relato de mulheres revela
que o médico é um monstro
A opinião pública passou a ter ideia da dimensão do “Caso Roger Abdelmassih” quando no começo do ano passado algumas poucas mulheres tomaram coragem para denunciar na imprensa, incluindo as emissoras de TVs, os abusos sexuais cometidos pelo especialista de fertilização in vitro mais conhecido do país -- o até então poderoso "Dr. Vida". Em um exemplo da gravidade das acusações, uma ex-paciente disse que, ao acordar de uma anestesia, percebeu que o médico tinha colocado o pênis na mão dela.

A sentença da juíza Kenarik Boujikian Felippe, que condenou na terça-feira (23) Abdelmassih a 278 anos de prisão em regime fechado, contém os relatos de vítimas que permaneceram no anonimato que são tão aterradores e até mais do que foi divulgado.

Para preservar a identidade das 39 vítimas arroladas no processo penal, Kenarik, na sentença, numera-as ou cita-as pelas iniciais do nome. Os depoimentos delas evidenciaram o modus operandi de Abelmassih: ele agia sobretudo no momento de maior fragilidade das pacientes: na sala de recuperação da anestesia.

Talvez nunca venha à tona a real dimensão dessa covardia porque é de se supor que outras mulheres tenham sido violentadas sem dar conta disso, porque estavam totalmente inconscientes, sob o efeito anestésico.

De qualquer forma, o que a sentença de Kenarik expõe já é mais do que suficiente para dar asco em qualquer um. Ao final da sentença, a juíza ressalta que se trata de um processo que precisa ser levado ao conhecimento da sociedade por envolver “diversas questões do direito”.

Segue, então, um resumo das acusações das 39 vítimas, compondo, nas palavras de Kenarik, “um conjunto estarrecedor”.


Caso 1
Em 2002, a vítima que na sentença da juíza recebeu o número de “23” acordou de sua tentativa de fertilização para um pesadelo: sob a camisola, o médico estava masturbando-a com os dedos. Na sala de repouso, o abuso continuou:Abdelmassih beijou-a na boca e lambeu os seus seios. Como a paciente estava fragilidade pela anestesia, ele não precisou de muita força para abrir as pernas dela e penetrá-la. Diz a sentença: “[Ele] introduziu o pênis em sua vagina, sendo que antes ele dizia para [a paciente] segurar o pênis dele. [...] Ela ficou parada na cama, chorou, estava zonza e não acreditava que aquilo estava acontecendo e não sabia como reagir”.

2
A vítima “39” iniciou o tratamento na clínica no primeiro semestre de 2002. Foi quando sofreu o primeiro ataque deAbdelmassih. Em sua sala, ele a agarrou de surpresa e lhe beijou a boca, empurrou-a contra uma estante, acariciou o corpo dela e forçou que pegasse no seu pênis. Como a paciente queria muito ter filho, continuou o tratamento. Em 2005, foi abusada de novo pelo médico, que, com uso da força, obrigou-a a pegar no seu pênis.

3
Em 1995, a vítima "A" foi outra da qual Abdelmassih se aproveitou com o uso de sedativo. Ela estava na cama se recuperando da aspiração dos óvulos quando o médico segurou-lhe os braços, acariciou o seu corpo e ‘consumou a conjugação carnal’. Diz a sentença: “Ele a colocou sentada, ficou de frente, apoiou a mão na parede, segurou-a pelo ombro, beijou-a, empurrou-a para a beirada da cama, tirou o pênis, manteve a conjunção carnal e ejaculou. Naquele momento 'ela estava bamba, não teve como ter reação'”.

4
 No dia 16 de janeiro de 2008, Abdelmassih chamou a sua sala uma recepcionista da clínica, a “01”, e a beijou na boca. A funcionária reagiu, mas foi imobilizada pelo médico.

5
Em 1999, a vítima “C”, como outras, foi atacada na sala de recuperação, ainda sob o efeito da anestesia aplicada para a aspiração dos óvulos. Abdelmassih abraçou-a, lhe deu um beijo de língua e pegou a mão dela levando-a até o seu pênis. De acordo com o relato da vítima transcrito na sentença, o médico disse: “Olha como você me deixa excitado, você me excita”. À juíza, a vítima disse: “Comecei a chorar, porque estava voltando dessa anestesia, não estava me sentindo bem”. Ela pediu que ele parasse, que estava lá para ter um filho. Uma coisa que lhe marcou é que sentiu “um mal hálito muito forte que vinha dele, eu tentava empurrar, falando para ele, comecei a chorar muito alto, gritando e falando: “Quero meu marido, quero meu marido”, que estava do lado de fora, ele ouviu e bateu na porta. Foi então que ele [Abdelmassih] parou”.

6
No segundo semestre de 1999, Abdelmassih acariciou a vítima "12" durante um exame de ultrassom. Ele se aproveitou de novo dela na sala de recuperação da anestesia, após a coleta de óvulos: imobilizou-a e a beijou na boca. Ela tentou fugir para o banheiro, mas o médico conseguiu beijá-la de novo.

7
Em novembro de 1999, a vítima "04", após a coleta de seus óvulos, estava na sala de recuperação quando o médico lhe aplicou uma injeção na veia e ela dormiu. A vítima acordou com dor no ânus, que sangrava. Dias depois, um gastroenterologista diagnosticou, pelo tipo de ferimento, que o sangramento tinha indício de ter sido provocado por um coito anal. A vítima nunca tinha tido esse tipo de relação com o seu marido. Ela teve complicação de saúde, precisou ser internada.

8
A vítima "34" sofreu abuso ao final de 1999 e início de 2000. Quando estava na sala de recuperação, após a aspiração de seus óvulos, o médico beijou-a na boca e, sob a camisola, acariciou o seu corpo. Diz a sentença: “O réu estava com a mão nas suas pernas, nas coxas, estava muito próximo e lhe beijava. No primeiro momento, ela pensou que era o marido e assustou-se ao ver que era o réu. Teve um ímpeto de empurrá-lo e foi uma sensação constrangedora, você está meio zonza, não sabe direito o que está acontecendo e tem a sensação de que aquilo não é real. O acusado disse: “Não se assusta, eu vou te ajudar a levantar, você está tonta”, e pegou-a no colo para que se levantasse da cama e ele é uma pessoa grande, alta, e foi colocada de pé perto da porta do banheiro, e deu um “beijo na boca...não selinho, um beijo, beijo mesmo”.

9
A vítima "30" também foi atacada na sala de recuperação da anestesia. Ela estava em posição ginecológica, com as pernas atadas. Quando apareceu, Abdelmassih colocou os dedos em sua vagina para supostamente masturbá-la. Antes, durante uma consulta, o médico já tinha dado um beijo na boca da paciente.

10
M.B. foi atacada em 2001. Após ter recebido óvulos, o que é feito normalmente sem sedação, Abdelmassih imobilizou-a e a beijou na boca, lambeu o seu rosto e seios e, com as mãos, manipulou a sua região vaginal. A vítima tentou gritar, mas o médico tapou a sua boca.

11
A vítima 37 sofreu várias investidas de Roger Abdelmassih de outubro de 2005 a outubro de 2006. Em uma das vezes, na sala de consulta, o médico tentou introduzir o seu pênis ereto na boca da vítima. Ela tentou escapar dele correndo pela sala, em torno da mesa. O médico conseguiu imobilizá-la, acariciou os seus seios, levantou a saia dela e puxou a calcinha. Quando ia estuprá-la, um funcionário bateu na porta da sala, e Abdelmassih teve de se conter.

12
C.A.P. foi atacada por Abdelmassih em duas ocasiões em 1997. Durante uma consulta, o médico agarrou uma de suas mãos e a conduziu até o seu pênis e acariciou os seus seios, além de tentar beijá-la. Na segunda vez, o abuso ocorreu durante o procedimento de transferência de embriões. O médico abraçou-a pelas costas e sussurrou obscenidades.

13
A vítima "40" sofreu cinco ataques de Abdelmassih. Em duas consultas, ele exibiu o pênis ereto e a beijou na boca. Em uma das ocasiões, diz a sentença, o “ réu usou de força e a agarrou forte no corpo dele e [ela] pode sentir o órgão genital, que se encontrava excitado. Uma funcionária abriu a porta, viu que ele a beijava, mas fechou a porta imediatamente, foi quando [o médico] saiu”.

14
A vítima "05" foi atacada em 1997. Após ter sido submetida a uma tentativa fracassada de fertilização, o médico a chamou em seu consultório para consolá-la e a beijou na marra e roçou o seu pênis excitado nela. Diz a sentença: “Ele esfregou o órgão genital na perna e barriga [da paciente] e dava para sentir que ele estava excitado. Ele levava o corpo dele para frente, se debruçando sobre o seu e fazia movimentos e fungava excitado. Um médico bateu na porta e ele pulou para trás e discutiu com o médico. Neste momento, [Abdelmassih] saiu da sala, foi ao lavabo e lavou 'aquela baba que estava na minha cara, aquela baba nojenta' e saiu da clínica.”

15
Em 1999, Abdelmassih se masturbou diante de I.V.C., que estava na sala de recuperação após a retirada dos óvulos, na segunda tentativa de fertilização. Ao final do ato, o médico usou da força para que a vítima pegasse no seu órgão genital.

16
Em outubro de 2001, durante uma consulta para a sexta tentativa de fertilização, Abdelmassih disse obscenidades à vítima “31” e lhe deu um beijo na boca. Em outra ocasião, diz a sentença, o médico segurou fortemente as suas mãos [da paciente] e começou a beijá-la na boca. Ela precisou força para se soltar, pois ele a segurou bem forte, entrelaçou a mão com a sua, segurando-a. [A vítima] ficou totalmente sem reação, até que o empurrou e saiu transtornada da sala. O mundo caiu 'porque eu confiava muito nele... e, de repente, viu...um descaso tão grande comigo, com o meu ex-marido, que confiava, que põe o dinheiro ali, todo o emocional ali e a pessoa faz isso comigo' ele 'acabou comigo emocionalmente'”. A vítima não mais voltou à clínica.

17
No segundo semestre de 2006, Abdelmassih segurou a vítima "19" pela cabeça e lhe deu um beijo na boca. Ele conseguiu escapar das garras do médico e saiu correndo do consultório.

18
Abdelmassih se aproveitou de "B" no primeiro semestre de 2001. Após a aspiração de óvulos, na sala de recuperação, ele a beijou na marra no rosto na boca e acariciou as suas partes íntimas.

19
A vítima "03" foi abusada quando estava sob o efeito da anestesia da retirada de óvulos. Prevalecendo-se de sua força, a exemplo do que fazia com outras vítimas, Abdelmassih beijou a paciente na boca e levou uma das mãos dela ao seu pênis ereto que tinha colocado fora da calça.

20
A vítima (ou “ofendida”, no jargão jurídico) "24" sofreu constrangimento em março de 2007 em duas ocasiões. Na primeira,Abdelmassih a encurralou em seu consultório e a beijou na boca. Na segunda, o médico, na sala de recuperação da anestesia da aspiração de óvulos, o médico acariciou os seios dela e levou uma das mãos da paciente ao seu pênis, aproveitando-se de sua fragilidade física e emocional.

21
Em 1995, o médico aproveitou-se do atordoamento de "D" por causa de uma sedação e a beijou na boca. A sentença afirma que Abdelmassih anulou "a possibilidade de resistência".

22
"E" foi atacada três vezes por Abdelmassih. Em uma delas, quando acabara de coletar sangue, o médico lhe surpreendeu com um beijo na boca. Em outra oportunidade, quando estava na sala de recuperação, a vítima conseguiu empurrá-lo, defendendo-se de uma tentativa de beijo na boca.

23
A "25" também foi atacada quando estava sob o efeito da sedação. Abdelmassih a levou para uma sala de reuniões e a encurralou e beijou na boca. Ocorreu no primeiro semestre de 1997.

24
A vítima “27” oi beijada na boca no dia 29 de novembro de 1999 sem que pudesse reagir. Ela tinha sido submetida a uma transferência de embriões, procedimento que tem de ser feito sem sedação, e estava em posição ginecológica quando o médico apareceu em seu quarto. “Em algumas oportunidades, o acusado lhe deu beijo muito próximo da boca, mesmo que estivesse no local de atendimento, efetuado no corredor, que tinha movimento”, afirma a sentença.

25
A vítima "11" sofreu assédio em 2002. Ela estava na sala de recuperação, após uma coleta de óvulos, a segunda à qual se submeteu, quando foi beijada na boca. Diz a sentença: “A vítima não deixou dúvida de que o réu, aproveitando-se do momento que voltava da sedação, praticou os atos consistentes em beijá-la na boca e passar a mão em seus órgãos genitais”.

26
Em 2003, Abdelmassih avançou sobre a vítima "41" logo na primeira consulta. Ele a beijou nos cantos da boca e a abraçou com força.

27
Abdelmassih constrangeu a vítima "14" em julho de 2003. Ele a pressionou contra uma mesa e, segurando sua cabeça, beijou seu rosto e boca. De acordo com a sentença, “era beijo de “língua meio dura”. [Ela] serrou os lábios, ele beijou fora e ficou toda babada. Estava imobilizada, em razão de sua altura, pois é pequena, 1,58 cm. Ficou contra a mesa e ele ficou encostado no seu corpo, segurando-a. Não tinha como sair e quando ele soltou um braço 'eu empurrei com tudo', disse a vítima. "A minha perplexidade foi tão grande porque houve a quebra de confiança, da relação entre paciente e médico”.

28
Em 27 de abril de 2003, quando a "06" estava em uma sala se vestindo para deixar a clínica, Abdelmassih apareceu e lhe deu um “selinho” na boca. Em seguida, ele a agarrou, “impondo-lhe lascivo beijo na boca”. De acordo com a sentença de condenação, a vítima “estava meio zonza e ele segurou sua cabeça com as duas mãos - e ele tinha mais força, 'e ficou tentando me beijar, enfiar a língua dele em mim', disse a vítima. Ele prendeu seu braço e ficou imobilizada diante daquela situação, não conseguia se desvencilhar. Teve que fazer força porque ele estava segurando a sua cabeça. Acabou por conseguir colocar o punho no peito dele e começou a gritar e saiu assustada”.

29
A vítima “17” foi surpreendida no primeiro semestre de 2006, no momento em que se despedia do médico ao final de uma consulta. Abdelmassih, sem disfarçar que estava excitado, pegou a paciente pelo rosto e lhe beijou. De acordo com a sentença, a vítima disse: "Ele me beijou na boca, uma coisa que me chocou muito, o beijo com a língua, e eu senti o pênis ereto encostado no meu corpo. Isso foi muito chocante”.

30
A vítima “10” foi agarrada por Abdelmassih contra uma mesa do consultório no primeiro semestre de 1995. A sentença transcreve parte de seu relato: “[Ele] começou a lamber o ouvido, o rosto, beijar de língua, lambia, lambia. Nojento! Nojento! Nojento! não tinha como sair, mas quando conseguiu desvencilhar a mão, bateu no réu que estava ofegante, louco...nunca viu uma pessoa assim...ele estava fora de si”.

31
A “02” foi outra vítima dos beijos do médico, que usou sua força para sujeitá-la no dia 8 de agosto de 2006. De acordo com a sentença, a paciente disse que o médico lhe "cumprimentou com um abraço forte, com beijo no rosto e ficou segurando-a. 'Ficou me abraçando várias vezes muito forte, sem que eu conseguisse me afastar. Ele chegou a beijar na minha boca e eu fiquei super constrangida e no momento não sabia o que fazer. Fiquei sem reação e só queria me afastar'. Ele falou algumas coisas e quando se levantou para sair, novamente, a abraçou e beijou do mesmo jeito, de modo que não conseguia se afastar, em razão da força dele. Ela conseguiu em dado momento se desvencilhar e saiu de lá, sem rumo”.

32
A vítima "29" também foi beijada e acariciada quando estava saindo de uma sedação. O ataque correu no primeiro semestre de 2006.

33
Em janeiro de 2006, durante uma consulta, Abdelmassih pediu à vítima “38” um abraço, que, conforme ficou evidente em seguida, foi com intenção libidinosa. Ele aproveitou a aproximação da paciente para beijá-la na boca. Ela tentou escapar, mas o médico a imobilizou. "[Ela] ficou pasma, sem entender a situação, afastou-se, mas ele a beijou novamente." A vítima disse que foi um ”beijo na boca mesmo, com língua”. Ficou parada, sem entender o que estava acontecendo, sem reação”.

34
Na sala de repouso recuperando-se da anestesia – ela tinha passado por uma aspiração de óvulos –, W.L.R. foi surpreendida por Abdelmassih com carícias e beijos na boca. Ocorreu em 1995.

35
Em 1995, a vítima “42” estava deitada em posição ginecológica no centro cirúrgico após ter passado por uma transferência de embriões quando Abdelmassih deitou sobre ela e a beijou na boca. “Beijou de uma forma que... só o marido da gente que beija daquela forma”. “Tinha bastante saliva e, como eu estava de batom vermelho, sujou todo o rosto dele”.

36
Abdelmassih não esperou que G.A. fosse sedada para atacá-la. Quando ela ainda estava na sala dele para ser submetida a uma aspiração de óvulos, Abdelmassih segurou-a pelo pescoço, imobilizando-a, e beijou seu rosto e boca. Aconteceu no primeiro semestre e 2002.

37
Em 1999, a vítima “07”, recuperando-se da anestesia de uma aspiração de óvulos, teve de encontrar forças para se livrar deAbdelmassih, que se sobrepôs sobre ela e, após beijá-la na boca, tentou levantar a sua camisola. A sentença transcreve trecho do depoimento dela: “[O médico passava] “a boca em mim, passando as mãos nas minhas pernas e levantando o avental... passava a mão nas pernas, nos genitais... debruçava na gente” . Ela conseguiu dar um empurrão emAbdelmassih e se fugiu para um banheiro.

38
Em maio de 1999, a vítima “13” foi atacada por Abdelmassih quando se despedia ao final de uma consulta. Ele a imobilizou para beijá-la, mas ela conseguiu escapar. Na sentença, consta que o médico tentou dar um beijo de língua. “[Ela] o afastou a sua cabeça, mas teve com o bigode". A vítima contou que "até hoje eu me lembro do cheiro do bigode dele”.

39
A vítima “28” sofreu ataque em 2007 em duas oportunidades. Abdelmassih se valeu de sua costumeira truculência. Diz a sentença: “Ele pediu um abraço e beijo. [Ela] estranhou, mas deu o rosto". Disse a paciente: e “Aí [ele] começou a me beijar, e eu falei: para, para, para (a depoente se emociona e começa a chorar)....estou sedada, sai daqui”. Ele insistiu. Disse para a vítima que ia ser bom para ela e "meteu a mão dentro da minha roupa e apalpou os seios, desceu a mão e pôs a mão na minha vagina". Ele a lambeu na boca, no peito. “Ele tentou me masturbar, tirou o pênis para fora, tentava muito colocar a minha mão no seus pênis." De acordo com a sentença, o médico também tentou pôr o pênis excitado na boca da vítima.

Com informação da sentença da juíza Kenarik Boujikian Felippe.





Íntegra da sentença de condenação de Abdelmassih. (pdf)
23 de novembro de 2010

Comentários

Anônimo disse…
Sinceramente, seria extremamente justo que os maridos dessas mulheres se juntassem e caçassem esse monte de estrume e o torturassem pelo resto de sua imunda vida. Esse Abdelmassih necessita da invenção de um novo termo para defini-lo. Lixo, monstro, etc., são muito brandos para essa aberração.


Ruggero

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