Ungido presbítero por Sônia e Estevam, Kaká agora se desligou da igreja |
O afastamento de Kaká causou um rombo na arrecadação de dízimo da igreja, porque só em 2009 o jogador colocou nas mãos de Estevam Hernandes, o fundador da Renascer, pelo menos US$ 1,4 milhão, o equivalente a R$ 2,4 milhões. Esse valor seria a média anual que o jogador pagou à igreja nos últimos anos.
Kaká não fala à imprensa sobre o assunto, mas Carol tem feito declarações como “o meu tempo na Renascer acabou e agora a minha busca é somente por Deus”. Trata-se de uma reviravolta, porque Carol, que era pastora, tinha intenção, com a ajuda do presbítero Kaká, abrir um templo em Madrid, Espanha.
O jogador – contratado atualmente pelo Real Madrid -- telefonou a Hernandes na quinta-feira para comunicar oficialmente o seu afastamento da igreja “por motivos particulares”. O apóstolo e a sua mulher Sônia afirmaram que continuarão tendo com Kaká “uma relação de amor e respeito”.
A influência de Carol foi importante no desligamento de Kaká da Renascer. Ela aos poucos fez a ‘cabeça’ do marido, que parecia surdo às denúncias de desvio de recursos pelos fundadores da igreja. É de se supor que a "relação respeito" de Hernandes e Sônia não se estende à mulher do jogador, até porque Carol e Fernanda, filha do casal, teriam se estranhado, não sabe por quê.
O jogador se manteve ao lado de Hernandes e Sônia até mesmo quando ambos, em 2007, foram pegos em flagrante no aeroporto de Miami (EUA) com US$ 56,4 mil (R$ 95,4 mil) não declarados escondidos em malas – havia cédulas até dentro de uma Bíblia.
A gota d’água, para Kaka, teria sido a queda em agosto de parte do teto do templo da Renascer na Mooca, zona leste de São Paulo. Ninguém ficou ferido, mas, se o desabamento tivesse ocorrido durante um culto, as consequências poderiam ser graves, como foram as da queda em janeiro de 2009 do teto do templo de Cambuci, também um bairro paulistano. Nove pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas.
Uma nota da Renascer afirmou que a queda do templo da Mooca foi ‘programada’ dentro do cronograma de reformas do prédio, mas o jogador teria recebido informação de que houve negligência da parte da administração da Renascer. Ele deve ter se perguntado onde estaria o dinheiro do seu dízimo.
Talvez a interrupção do fornecimento dos milhões de Kaká explique em parte a irritação que Hernandes tem demonstrado com a arrecadação da igreja. Recentemente, ele disse que os fiéis não estão ofertando sequer “a miséria de R$ 15”.
Com informação da Veja e do arquivo deste blog.
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