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João e Igor pediram para continuar em abrigo, mas não foram atendidos pelo Conselho Tutelar |
Após a realização de um júri popular, o juiz José Wellington Bezerra da Costa Neto, de Ribeirão Pires (SP), anunciou hoje a condenação à prisão do segurança João Alexandre Rodrigues, 43, e Eliana Aparecida Antunes, 36, pela morte dos irmãos Igor Gioavani , 12, e João Vitor, 13. Os garotos eram filhos dele e enteados dela. Eles foram mortos porque estariam atrapalhando o convívio do casal.
A sentença para Rodrigues foi de 67 anos, um mês e dez dias de reclusão por duplo homicídio quadruplamente qualificados e ocultação de cadáver. Eliana foi condenada a 59 anos, seis meses e 20 dias pelos mesmos crimes. A pena do segurança foi um terço maior pelo agravante de ser o pai.
O crime ocorreu no dia 5 de setembro de 2008. Os meninos tinham ficado oito meses em um abrigo da cidade por decisão do Conselho Tutelar e da Justiça por causa dos maus-tratos que sofriam do pai e da madrasta.
Os dois imploravam aos responsáveis pelo abrigo para continuar lá por temer a retomada da violência. Submetidos a uma avaliação psicológica, Verônika Ferber Topio concluiu que os meninos “manipulavam a realidade” para evitar o convívio com a família. Com essa avaliação, a juíza da infância Isabel Cardoso da Cunha Lopes Enei autorizou a saída dos garotos da internação.
Quando voltaram para casa, os meninos fugiram, mas foram encontrados pela polícia na praça da cidade. De novo, eles pediram a Edna Amante, do Conselho Titular, para ficar no abrigo e não foram atendidos. Dois dias depois, foram assassinados. A mãe dos irmãos tinha constituído nova família em outra cidade e não acompanhava a vida dos filhos.
Na acusação do promotor Abner Castorino, Rodrigues matou um dos meninos colocando um saco plástico em sua cabeça e Eliana outro da mesma forma. Por essa versão, o esquartejamento e a queima dos corpos foram feitos pelo pai com o auxílio de sua mulher. Os corpos foram deixados em sacos de lixo nas da cidade e as vísceras jogadas no esgoto.
Eliana disse que apenas ajudou o marido a matar os meninos. Rodrigues negou a autoria das mortes. Falou que, quando foi preso preventivamente, admitiu ter cometido os crimes por causa da pressão da polícia. A casa em que moravam havia várias mensagens bíblicas entalhadas em madeira, como o salmo “O Senhor é meu pastor e nada me faltará.”
Marcos Gonçalves de Lima, advogado de Eliana, afirmou que a família de sua cliente vai decidir se recorre da decisão.
O júri foi composto por sete mulheres. Uma delas se emocionou quando o promotor Castorino leu uma carta de João Vitor: “Queria ter uma vida tranquila. Queria ter minha mãe. Queria ver meu avô. Queria ser policial. Queria amar os outros e não ter inveja. Queria ter Deus no coração. Queria ter uma bicicleta”.
Comentários
1. O pai (não merece esse título, esse monte de merda) e a madrasta (vagabunda maldita, tomara que esteja apanhando muito na cadeia, assim como o cara já tenha virado mulherzinha dos outros bandidos);
2. Uma psicóloga incompente, estúpida, sem preparo;
3. A p... da maldita religião, fábrica de malucos, vigaristas, degenerados e psicopatas.
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