Sthephanie pediu que a mãe não a deixasse morrer |
A garota foi internada na sexta feita por volta das 15h com diarreia, febre e dores abdominais. Aparentemente estava com uma virose. O médico que a atendeu mandou aplicar três bolsas de soro com Dramin e dipirona sódica. A terceira bolsa foi de vaselina. Quando começou a recebê-la, a menina se sentiu mal e as suas mãos formigaram.
Sthephanie morreu aos 20 minutos de sábado na Santa Casa de Misericórdia no bairro de Santa Cecília, para onde foi transferida às pressas. É a Santa Casa que administra o hospital.
A vaselina foi fatal porque não se mistura com o sangue e causou uma embolia (entupimento das veias). A menina recebeu 50 ml da substância durante 20 minuto, de acordo com laudo médico que o hospital enviou à polícia. A vaselina é um derivado de petróleo. Serve para hidratação da pele e limpeza de equipamentos médicos.
“Foi um erro inadmissível”, disse Claudio Porto, presidente do Conselho de Enfermagem de São Paulo. Ele afirmou que a enfermeira não cometeria a falha se tivesse um mínimo de preparo profissional.
Os últimos momentos de vida da menina foram dramáticos.
Roseane Teixeira, a mãe, contou que a filha pediu para não deixá-la morrer. “Quando estava pingando [o líquido da terceira bolsa] ela reclamou que estava com falta de ar, além do formigamento.” A mãe disse que começou a gritar, e o médico mandou suspender rapidamente a infusão do que se acreditava ser soro.
A Santa Casa afastou os funcionários que atenderam a menina e abriu uma sindicância para apurar o que houve. O CRM (Conselho Regional de Medicina) de São Paulo também vai investigar o caso.
Uma paciente que estava na Santa Casa no dia em que a menina morreu disse que ter ouvido de funcionários que a enfermeira seria afastada e que a família da menina “não poderia ficar sabendo” que tinha sido injetada nela "um líquido oleoso".
'INDUZIDA A ERRO' - atualização em 8 de dezembro de 2010
A enfermeira Cátia Aragaki (foto), 26, que injetou vaselina líquida na menina Stephanie disse à polícia que foi induzida a erro por causa das semelhança das embalagens, de acordo com seu depoimento à polícia. Roberto Gama, seu advogado, afirmou que ela tem chorado muito.
O delegado Antônio Carlos Corsi informou que ela foi indiciada por homicídio culposo (sem intenção de matar). A enfermeira pode ser condenada até 3 anos prisão, mas a pena poderá ser substituída por serviço à comunidade.
Com informação das emissoras de TV, Estadão e Globo.
novembro de 2010
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todo mundo erra.
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