Título original: Adivinhe quem vem para o jantar?
por Luiz Feliz Pondé
para a Folha de S. Paulo
Você namoraria o porteiro do seu prédio? "O quê?!" Assusta-se a leitora, nesta segunda-feira, dia 31 de janeiro.
Hoje, o ano novo já mergulha na corrida sonambúlica de todos os anos velhos. Claro que seus planos para 2011 não darão certo.
Provavelmente você continuará menos amada do que gostaria, ganhando menos do que gostaria, com os mesmos amigos chatos, os mesmos namorados bobos (os melhores já estão "ocupados", como sempre, ainda que você possa, como sempre, tentar tomá-los das suas melhores amigas) e pegando o trânsito idiota de todo feriadão para ir a praias que são cheias de gente brega e mal-educada. Aquelas mesmas que invadem os aeroportos com seus quilos de bagagem e sua alegria de praça de alimentação.
Calma, talvez eu esteja apenas enganado, e em 2011 aconteça tudo que aquela vidente picareta disse para você que ia acontecer.
"Que diabos este colunista está querendo dizer com essa história de eu namorar o porteiro do meu prédio?" Mas, claro, ela não responde a minha pergunta, porque uma pergunta como essa pode revelar que ela não é tão legal quanto gosta de fazer parecer em jantares inteligentes.
Essa pergunta não é minha propriamente, mas de um amigo meu bem esquisito. Ele fez essa pergunta em meio a uma discussão sobre ter ou não ter preconceitos, e achei que era muito bem pensada. Na realidade, a conversa nasceu do meu desgosto com o estilo de vida "praça de alimentação". Esse meu desgosto deixa muita gente "legal" indignada. Pessoalmente, suspeito fortemente de gente "legal" e "indignada", confio mais em gente blasé.
Imagine você, toda bonita, magra na medida certa, dieta de baixo impacto calórico e bem-sucedida na profissão, mãe de um filho de 12 anos preocupado com o aquecimento global, enquanto deixa o quarto sempre desarrumado, até que você se descabele e comece a berrar "arrume esse quarto, menino!". Agora imagine você saindo com o porteiro de seu prédio, de mãos dadas, num desses restaurantes chiquinhos que você frequenta.
Do que vocês conversariam? Que tal sobre sua revolta contra preconceitos e contra injustiça social? Que tal um beijo na boca bem gostoso em nome da igualdade social? Você já viu aquele filme "Adivinhe Quem Vem para Jantar", com Sydney Poitier? Veja.
Antes que o plantão dos humilhados e ofendidos grite, também sou contra injustiça social e contra preconceito. Hoje todo mundo que sabe comer de boca fechada também sabe sofrer pelas criancinhas da África. Atualmente, ser contra injustiça social e contra preconceitos é tão banal quanto ler horóscopo todo dia de manhã.
Incrível como, suavemente, todos os ideais sociais modernos tombam, como o cristianismo já tombara desde a Antiguidade tardia, à hipocrisia social de salão.
Agora, imagine você, caro leitor, homem moderno, sensível, machista nem pensar, que acredita em redes sociais, que diz por aí que não tem medo de mulher (mentiroso, todo homem tem medo de mulher, principalmente quando está interessado nela).
Imagine que sua filha está a fim do porteiro do seu prédio. Imagine ela saindo com ele. Ele dirigindo o carro que você deu para ela. Que tal eles irem a algum churrasco na laje que ele frequenta? Ou, quem sabe, ir a alguma dessas igrejas por aí onde o Espírito Santo "baixa" e as pessoas pulam e gritam feito loucas "Aleluia, aleluia!"?
Que tal se sua filha quiser se casar com ele? Você paga pelo casamento? Que tal um filhinho com a cara dele? Você visitará a família dele no Nordeste?
Mas, atenção: nada de resort cinco estrelas ou pousadinhas de um holandês doidão que se cansou da Europa e veio em busca de uma natureza selvagem. Hospede-se na casa da família dele.
Agora, imagine nosso belo casal, tirando seus filhos dessas escolas chiquinhas que ensinam aos seus filhos "consciência social" ao preço de quase R$ 2.000 mensais, em bairros "nobres". Agora pense neles matriculando seus filhos em 2011 (afinal, ano novo, vida nova) numa escola pública onde o filho do seu porteiro estuda.
Agora convide seu porteiro para jantar. Qual é o nome dele mesmo?
> Quem diz não gostar de dinheiro é geralmente uma falsa santidade.
outubro de 2010
>Artigos de Luiz Felipe Pondé.
por Luiz Feliz Pondé
para a Folha de S. Paulo
Você namoraria o porteiro do seu prédio? "O quê?!" Assusta-se a leitora, nesta segunda-feira, dia 31 de janeiro.
Hoje, o ano novo já mergulha na corrida sonambúlica de todos os anos velhos. Claro que seus planos para 2011 não darão certo.
Provavelmente você continuará menos amada do que gostaria, ganhando menos do que gostaria, com os mesmos amigos chatos, os mesmos namorados bobos (os melhores já estão "ocupados", como sempre, ainda que você possa, como sempre, tentar tomá-los das suas melhores amigas) e pegando o trânsito idiota de todo feriadão para ir a praias que são cheias de gente brega e mal-educada. Aquelas mesmas que invadem os aeroportos com seus quilos de bagagem e sua alegria de praça de alimentação.
Calma, talvez eu esteja apenas enganado, e em 2011 aconteça tudo que aquela vidente picareta disse para você que ia acontecer.
"Que diabos este colunista está querendo dizer com essa história de eu namorar o porteiro do meu prédio?" Mas, claro, ela não responde a minha pergunta, porque uma pergunta como essa pode revelar que ela não é tão legal quanto gosta de fazer parecer em jantares inteligentes.
Essa pergunta não é minha propriamente, mas de um amigo meu bem esquisito. Ele fez essa pergunta em meio a uma discussão sobre ter ou não ter preconceitos, e achei que era muito bem pensada. Na realidade, a conversa nasceu do meu desgosto com o estilo de vida "praça de alimentação". Esse meu desgosto deixa muita gente "legal" indignada. Pessoalmente, suspeito fortemente de gente "legal" e "indignada", confio mais em gente blasé.
Imagine você, toda bonita, magra na medida certa, dieta de baixo impacto calórico e bem-sucedida na profissão, mãe de um filho de 12 anos preocupado com o aquecimento global, enquanto deixa o quarto sempre desarrumado, até que você se descabele e comece a berrar "arrume esse quarto, menino!". Agora imagine você saindo com o porteiro de seu prédio, de mãos dadas, num desses restaurantes chiquinhos que você frequenta.
Do que vocês conversariam? Que tal sobre sua revolta contra preconceitos e contra injustiça social? Que tal um beijo na boca bem gostoso em nome da igualdade social? Você já viu aquele filme "Adivinhe Quem Vem para Jantar", com Sydney Poitier? Veja.
Antes que o plantão dos humilhados e ofendidos grite, também sou contra injustiça social e contra preconceito. Hoje todo mundo que sabe comer de boca fechada também sabe sofrer pelas criancinhas da África. Atualmente, ser contra injustiça social e contra preconceitos é tão banal quanto ler horóscopo todo dia de manhã.
Incrível como, suavemente, todos os ideais sociais modernos tombam, como o cristianismo já tombara desde a Antiguidade tardia, à hipocrisia social de salão.
Agora, imagine você, caro leitor, homem moderno, sensível, machista nem pensar, que acredita em redes sociais, que diz por aí que não tem medo de mulher (mentiroso, todo homem tem medo de mulher, principalmente quando está interessado nela).
Imagine que sua filha está a fim do porteiro do seu prédio. Imagine ela saindo com ele. Ele dirigindo o carro que você deu para ela. Que tal eles irem a algum churrasco na laje que ele frequenta? Ou, quem sabe, ir a alguma dessas igrejas por aí onde o Espírito Santo "baixa" e as pessoas pulam e gritam feito loucas "Aleluia, aleluia!"?
Que tal se sua filha quiser se casar com ele? Você paga pelo casamento? Que tal um filhinho com a cara dele? Você visitará a família dele no Nordeste?
Mas, atenção: nada de resort cinco estrelas ou pousadinhas de um holandês doidão que se cansou da Europa e veio em busca de uma natureza selvagem. Hospede-se na casa da família dele.
Agora, imagine nosso belo casal, tirando seus filhos dessas escolas chiquinhas que ensinam aos seus filhos "consciência social" ao preço de quase R$ 2.000 mensais, em bairros "nobres". Agora pense neles matriculando seus filhos em 2011 (afinal, ano novo, vida nova) numa escola pública onde o filho do seu porteiro estuda.
Agora convide seu porteiro para jantar. Qual é o nome dele mesmo?
> Quem diz não gostar de dinheiro é geralmente uma falsa santidade.
outubro de 2010
>Artigos de Luiz Felipe Pondé.
Comentários
E pensar que ele ainda É PAGO para escrever essas nulidades. Como assinante da Folha de São Paulo é triste ver o espaço que ela cede para alguém escrever tanta besteira.
Aliás, o que seria um texto perfeito?
Eu acho a abordagem válida.
Meu pai mesmo não ficaria muito contente com minhas irmãs nesse cenário, admito.
O Pondé até tem acertado a mão, vez ou outra. Mas quando erra, como neste texto, fica insuportável. Pode ser só uma fase, vai saber.
Só a título de exemplo e comparação, eu me lembro que o Carlos Heitor Cony, há alguns anos, se meteu a escrever somente sobre sua maldita cachorrinha de estimação. Ficou um saco, mas depois passou. E, mais recentemente, temos o caso do cartunista Laerte, cujas tirinhas ficaram incompreensíveis e chatíssimas. Sem mencionar o fato de que agora ele se veste de mulher! Parece que entrou numa crise que está difícil de passar.
Trocando em miúdos, espero sinceramente que o Pondé volte a escrever como no início, lá pelos idos de 2008. Provocador, sim, mas sem o ranço preconceituoso e elitista que tem mostrado ultimamente.
Duvido muito que o texto seja superficial como aparenta, vindo de um filósofo com o gabarito de Pondé. Neste caso, o texto deve ter um brilhantismo "oculto". Caso contrário, é dispensável e incompatível com os títulos de "doutor" do autor...
Não creio que haja algum significado "oculto" no texto. Muito pelo contrário, o que eu percebo é que o Pondé está finalmente "pondo as manguinhas de fora" e dizendo exatamente o que sempre quis dizer, pois ele sabe muito bem que a Folha de São Paulo jamais vai dispensá-lo e correr o risco de ser acusada de policiamento politicamente correto. Perceba que ele está cada vez mais "à vontade" em suas colunas.
Podemos esperar mais elitismo e preconceito escancarado por parte do "filósofo" nas colunas que virão.
Deve ser a 42ª vez que você diz que o Pondé é a reencarnação de Schopenhauer! Você poderia explicar o que quer dizer com isso, pelo menos? Por favor?
O príncipe William vai casar com uma "plebeia", não vai? Sim, mas ela não é uma plebeia qualquer, a família dela tem grana, o problema é que ela não é da realeza, só isso. Mas ela ainda está muuuuuito longe da base da pirâmide social.
Quem se arrisca normalmente não se arrepende e isto faz mais sentido quando parte de uma mulher em relação a um homem. Se for um homem negro, então... O mito da cinderela, embora machista, ainda predomina. O contrário, o mito do Cinderelo negro, é raro! É preciso coragem ! É preciso atitude para casar, ter uma união estável com homem de outra classe e/ou outra cor! Só tirar ondinha é fácil e não vale jogador de futebol com salário trilionário não!
Quem sabe dá certo?!
Bom feriado!
Sou uma nova fã!
Acho que essas reações só demonstram que o Brasil não andou para a frente, em termos de pensamento, nesses últimos 30 anos.
"O colunista Luiz Felipe Pondé, em "Adivinhe quem vem para jantar", inaugura uma nova categoria política em nosso jornalismo diário: o populismo para os ricos. Esse novo argumento consiste em afirmar enfaticamente os preconceitos usualmente utilizados pelos endinheirados como se fossem um antídoto contra nossa intolerável hipocrisia social. Há nesse país -e nessa cidade em particular- uma segregação social, cultural e econômica acintosa e desumana. A mesma segregação que faz troça e piada dos desassistidos, sob a anuência dos intelectuais acostumados às delícias e aos afagos das sempiternas cruéis elites endinheiradas."
EDUARDO OYAKAWA (São Paulo, SP)
Não digo mais nada.
"O Brasil é o único país onde, além de puta gozar, cafetão ter ciúme e traficante ser viciado, pobre é de direita”.
Quando ele estava sóbrio sabia do que falava.
Ele começou a posar de "rebeldinho da direita" e, pelo jeito, está adorando. A fama (para o bem ou para o mal) que ele conseguiu na FSP ele nunca iria conseguir na academia. Essa é a intenção dele. Tanto é assim que ele escreveu um livro, chamado (adivinhe?) "Contra Um Mundo Melhor", onde ele reúne os textos da folha e mais alguns, todos do mesmo naipe.
Suspeito que ele tirou a ideia de "O Livro Dos Insultos", de H.L. Mencken (um de seus ídolos, por sinal). Mas Mencken era um jornalista e um crítico social feroz e genial, e não um acadêmico ressentido.
Que os fãs me desculpem, mas eu não "compro" o Pondé, se é que vocês me entendem.
Por isso ele tá puto.
dou meus corres por fora
tiro R$ 6.000, 7.000,00 por mês, o suficiente pra levar a princesinha filha dele num bom motel e descer a madeira...
ele vai ter que me aguentar tomando uma skol bem gelada nos domingos na casa dele, vendo futebol na TV e soltando uns peido pra infectar os livros da sala dele
Aliás, só pode ser o porteiro a lhe comer a filha, porque os boyzinhos hoje em dia tão numa pegada mais emo, chorando e se beijando
homem mesmo só na Crasse C!
kkkkkkkkkkkkk
Otário! kkkkkkkkkk
Eu não gostaria que minha filha namorasse o porteiro do meu prédio, quero muito mais pra ela, podem me crucificar por dizer isso em público.
1 - A natureza da separação entre as classes no Brasil
2 - A realidade de tal separação
3 - A sinceridade dos valores humanistas de nossa elite
4 - Os problemas reais adivindos de um tal relacionamento
5 - Os problemas adivindos de tal relacionamento exclusivamente pela existência do preconceito
entre outros mais.
Esse negócio de ficar ironizando a hipocrisia da "elite" brasileira é coisa de quem não tem mais sobre o que escrever. Acho que eu fazia isso na minha sexta série do ensino fundamental.
A despeito do povo aqui que em vez de comentar as ideias comentar a qualidade da escrita, isso me chama a atençao por ter sentido na pele o dito preconceito.
Não sou porteiro mas sou filho dum. Vivemos uns 14 morando no apartamento terreo do porteiro. Meu pai um homem que conheceu a fome de doer na barriga, trabalhando desde menino com o seu pai na enxada em terra alheia foi pra uma grande metropole. E lá trabalhava com vigor limpando sozinho todo bloco as escada etc, fazendo manunteção o dia e a noite de faxineiro até umas 12. De madrugada entregava jornais e ainda fazia bicos lavando carros etc.
Tenho ótima memória. Quando criança conheci gente bacana sem preconceito e uns malditos que subestimam o poder que o preconceito (e semelhantes como xenofobia, racismo etc) tem de incutir ódio e revolta profundos.
Mas não me tornei por pouco um tal revoltado por ter uma pai muito forte mentalmente e fisicamente resistente. Ele não era um matuto ainda bem, embora estudasse pouco mais que a 5 série e fosse dócil e as vezes ingenuo e muito muito generoso. Tenho orgulho dele e ódio quando lembro algumas humilhações dos da classe mérdia que sabiam da dependencia de seu meio de vida.
Eu tinha amigos dessa tal classe média, e de uns a mãe repreendia na minha cara o filho dizendo: "não quero voce andando com esse menino! Ele é filho de porteiro". Depois as vinha aquilo que as lindas criancinhas sempre fizeram que é hoje chamado de bullying. Eu quase arrumava um namoradinha e as outras meninas cantavam pra ela:"tá namorando filho do porteiro! Tá namorando filho do porteiro!". E olha que eu modestia a parte era e sou bonito e limpinho.
E tinha uns folgados que batiam na porta nossa moradia/senzala eu abria a porta e a "madame" dizia: "me ajuda aqui a carregar minhas compras". E intimidado eu ia levar do carro ao apartamento. Minha obrigação!
Certa vez numa das brigas de minha mãe que era doente com meu pai um distinto "morador" negro classe média disse ao meu pai na nossa porta: "O senhor então vai morar numa favela por aqui e vem trabalhar!" "Seus filhos vão virar bandidos."
Sem resposta num momento um tanto ingenuo meu pai se vira pra mim com 8 anos de idade e diz:"Ai, ele tá dizendo que voce vai virar bandido, olha ai?!" Eu não sabia o que responder. Mas eu não virei bandido por que tive um pai abnegado e trabalhador diante de adversidades negras como poucos homens nesse mundo. Disso eu tenho evidencias e certeza e testemunho de terceiros. E se eu virasse bandido faria questão de mostrar aquele senhor que nos ofereceu a favela pra morar como pode um filho de porteiro ter uma crueldade culta, inspirado em Augusto dos Anjos, Nietsche etc, sabendo quebrar ossos bem qualificadamente ao contrário dos pit boy classe mérdia. Afinal eu já o vi por ai nos anos de minha vida adulta.
Lembro de um certo sindico que entrava na nossa casa sem bater o pedir licenca, de repente ele estava lá dentro procurando meu pai. Um certo filho da puta do bloco, sem mais nem menos uma vez conversava com minha mãe me ameaçando de da uma coça. Uma ganguezinha classe mérdia uma vez cercaram nossa moradia e chutaram a porta me chamando pra rua. Ainda bem que meu pai não estava presente na hora. Um moleque que fazia karate gostava de me buscar para praticar e humilhar.
Mas foi mesmo na pré adolescencia que percebi o quanto era profundo o preconceito de classe. Tal preconceito presume e faz suas vitimas se sentirem intrisecamente feios, nojentos, ridiculos, burros, fracos, incapazers de aprender e se desenvolver mentalmente. Um meio de subjugar outros seres humanos. De faze-lo se sentirem apenas máquinas de trabalhar pra sobrevivencia sua e da prole e dispostos a se rebaixarem a qualquer humilhação, de se sentirem animais, pois o intelecto, o desenvolvimento fisico, artisitico, tecnico e intelectual e sabedoria e espirtualidade são testemunhos da humanidade que lhes é desdenhada, posta em duvida. Sendo semelhantes a animais sem o serem, podem se tornar incontrolavemmente selvagens como o são por baixo do verniz a muito culta e sofisticada classe mérdia e até rica também. Mas é claro que estou falando muito genericamente, não vou cair no mesmo preconceito que esses que tem nojo de porteiro.
Meu pai quando foi demitido as pessoas pensavam que morariamos numa favela. Nunca moramos numa, nem de alugel. Ele a custo de sofrimento que ia além do mundo do trabalho injustamente mau remunerado, conseguiu casa própria onde muitos de classe media moram.
Quer saber se a mulher que diz que te ama fala a verdade? Diga e prove a ela que voce é porteiro, trabalhe um tempo nisso e veja se ela continua convicta.
O preconceito é burro e perigoso. Mas se nós vivemos mesmo numa sociedade construida sobre as doutrinas "intelecutais" do Dawirnismo social onde os animais mais fortes e aptos dominam o restante, não é a classe média que domina e talvez nem dos ricos. Mas sim daqueles que derramam sangue, sejam pelas próprias mãos,seja por seus "soldados", seja por desviar dinheiro de hospitais publicos, da educação, etc, sejam os lideres do PCC, CV, sejam alguns psicopatas que comandam grandes corporações. Esses não se fazem de rogados ao devorarem os fracos e desprezarem os oprimidos. E acreditem, muitos desses animais mais aptos também podem emergir das classes mais desprezadas do nosso povo sem precisar ter uma estante de livros, ouvir Bosta Nova e outros emblemas da classe mérdia. Os cariocas e outros bem o sabem.
Já vi muita gra fina, qnd morava no predio dos meus pais dando em cima dos porteiro...
O cara "muito mais" é o famoso "príncipe encantado"!Aquele rapaz educado,elegante,rico que paga todas as contas dela e que amará sua filhinha com devoção!Aquele rapaz amigo do Papai Noel e do Coelho da páscoa que só aparecem nos livros infantis!E mesmo que esse "príncipe encantado"ou esse cara "muito mais" existisse,o que te faz pensar que ele vai vai querer a tua filha?
Seja realista amigo!!!=D
Afinal quem paga as contas em dia são mesmo os porteiros.
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