Pular para o conteúdo principal

Papa inibe debate sobre celibato, mas aceita padres anglicanos casados

No dia 1º de janeiro, o bispo da Igreja Anglicana Keith Newton (foto), de Londres, casado e com três filhos e avô, oficializou sua mudança para a Igreja Católica. Na ocasião, disse: "Minha mulher e meus filhos foram um grande apoio durante todo o meu ministério, e sei que continuarão sendo".

Bispo Newton tem 
três filhos e é avô
O papa Bento 16 se nega a colocar em debate a obrigatoriedade do celibato, resistindo a pressões de fiéis e de setores da própria igreja, mas acolhe de braços abertos sacerdotes casados anglicanos descontentes com as reformas pelas quais passam a denominação, como a ordenação de mulheres, aceitação do aborto e as bênçãos aos casais homossexuais.

Assim, embora esteja acolhendo anglicanos casados, a Igreja Católica reafirma o seu conservadorismo, ao mesmo tempo em que ostenta um discurso hipócrita de que está mudando.

O Vaticano acaba de criar o Ordinariato Pessoal no território da Inglaterra e do País de Gales para os sacerdotes anglicanos que desejarem ter uma “plena e visível” comunhão com a Igreja Católica. Keith Newton foi nomeado o responsável por esse posto de recrutamento.

Em novembro de 2009, o papa aprovou a Constituição Apostólica Anglicarorum coetibus para permitir a aceitação dos tradicionalistas anglicanos.

A Igreja Anglicana foi criada em 1534 por Henrique VIII, rei da Inglaterra e senhor da Irlanda, em retaliação ao papa Clemente VII, que anulou seu casamento com Catarina de Aragão.

Agora, desde que começaram as reformas na Anglicana, centenas de sacerdotes conservadores manifestaram intenção de pular para o barco católico, e não só na Inglaterra, mas também nos Estados Unidos.

A teóloga americana Mary E. Hunt escreveu que, enquanto o Vaticano aceita os anglicanos casados, os católicos que se decidem pelo sacerdócio continuam proibidos de constituírem família.

“Eles [integrantes da hierarquia católica] murmuram algo sobre tradição e certas distinções. Mas a retórica se enfraquece enquanto defendem o indefensável contra a sua própria prática. Isso não é bonito.”

Com informação do Religion Dispatches.

novembro de 2008

Comentários

Anônimo disse…
Anglicarorum castratibus

O Papa mandou avisar que o desviado padre anglicano será bem recebido.
Após a vasectomia.
Ou sem o bilau.
Yuri S. C. disse…
"A Igreja Anglicana foi criada em 1534 por Henrique VIII, rei da Inglaterra e senhor da Irlanda, em retaliação ao papa Clemente VII, que anulou seu casamento com Catarina de Aragão."

Desculpe, mas não há nada de podre nesse parágrafo?
Está faltando uma negação aí
Wesley disse…
Yuri vc é um grande BABACA! E BURRO TAMBEM!
Anônimo disse…
Sim, o papa não anulou o casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão, sua segunda esposa. Porém essa não foi a única causa da separação da Igreja da Inglaterra(posteriormente conhecida como Anglicana) da Igreja de Roma (Católica Romana).

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Reação de aluno ateu a bullying acaba com pai-nosso na escola

O estudante já vinha sendo intimidado O estudante Ciel Vieira (foto), 17, de Miraí (MG), não se conformava com a atitude da professora de geografia Lila Jane de Paula de iniciar a aula com um pai-nosso. Um dia, ele se manteve em silêncio, o que levou a professora a dizer: “Jovem que não tem Deus no coração nunca vai ser nada na vida”. Era um recado para ele. Na classe, todos sabem que ele é ateu. A escola se chama Santo  Antônio e é do ensino estadual de Minas. Miraí é uma cidade pequena. Tem cerca de 14 mil habitantes e fica a 300 km de Belo Horizonte. Quando houve outra aula, Ciel disse para a professora que ela estava desrespeitando a Constituição que determina a laicidade do Estado. Lila afirmou não existir nenhuma lei que a impeça de rezar, o que ela faz havia 25 anos e que não ia parar, mesmo se ele levasse um juiz à sala de aula. Na aula seguinte, Ciel chegou atrasado, quando a oração estava começando, e percebeu ele tinha sido incluído no pai-nosso. Aparentemen...

Pai-nosso nas escolas de Rio Preto afronta o Estado laico. Escolas não são templos cristãos

Caso Roger Abdelmassih

Violência contra a mulher Liminar concede transferência a Abelmassih para hospital penitenciário 23 de novembro de 2021  Justiça determina que o ex-médico Roger Abdelmassih retorne ao presídio 29 de julho de 2021 Justiça concede prisão domiciliar ao ex-médico condenado por 49 estupros   5 de maio de 2021 Lewandowski nega pedido de prisão domiciliar ao ex-médico Abdelmassih 26 de fevereiro de 2021 Corte de Direitos Humanos vai julgar Brasil por omissão no caso de Abdelmassih 6 de janeiro de 2021 Detento ataca ex-médico Roger Abdelmassih em hospital penitenciário 21 de outubro de 2020 Tribunal determina que Abdelmassih volte a cumprir pena em prisão fechada 29 de agosto de 2020 Abdelmassih obtém prisão domicililar por causa do coronavírus 14 de abril de 2020 Vicente Abdelmassih entra na Justiça para penhorar bens de seu pai 20 de dezembro de 2019 Lewandowski nega pedido de prisão domiciliar ao ex-médico estuprador 19 de novembro de 2019 Justiça cancela prisão domi...

Conar cede a religiosos e veta Jesus de anúncio da Red Bull

Mostrar Jesus andando no rio é uma 'ofensa ' O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) se curvou diante da censura religiosa e suspendeu o anúncio da Red Bull que apresenta uma versão bem humorada de um dos milagres de Jesus. Ao analisar cerca de 200 reclamações, o órgão concluiu que o anúncio “desrespeita um objeto da fé religiosa”. O “desrespeito” foi Jesus ter dito que, na verdade, ele não andou sobre as águas, mas sobre as pedras que estavam no rio. Religiosos creem em milagres, mas impor essa crença a um anúncio é atentar contra a liberdade de expressão de uma sociedade constituída pela diversidade cultural e religiosa. O pior é que, pela decisão do Conar, a censura se estende aos futuros anúncios da Red Bull, os quais não poderão “seguir a mesma linha criativa”. Ou seja, a censura religiosa adotada pelo Conar “matou”, nesse caso, a criatividade antes mesmo de sua concepção — medida típica de regimes teocráticos. "Jesus...

No no no no no no no no no

No no no no no no no no no No no no no no no no no no No no no no no no no no no No no no no no no no no no No no no no no no no no no No no no no no no no no no No no no no no no no no no No no no no no no no no no Referente à condenação de padre pastor por violentar uma jovem, o antigo texto deste espaço foi publicado em 2008 e o sistema de publicidade em 2020 o considerou "conteúdo perigoso ou depreciativo", pedinho  alteração em sua íntegra para que continuasse a exibição de anúncios.  Não havia nada de perigo ou depreciativo na reportagem, apenas o relato do que ocorreu, Jornalismo puro. No no no no no no no no no No no no no no no no no no No no no no no no no no no No no no no no no no no no No no no no no no no no no No no no no no no no no no No no no no no no no no no No no no no no no no no no 

Verdades absolutas da religião são incompatíveis com a política

por Marcelo Semer para o Terra Magazine   Dogmas religiosos não estão sob o  escrutínio popular No afã de defender Marco Feliciano das críticas recebidas por amplos setores da sociedade, o blogueiro de Veja, Reinaldo Azevedo, disse que era puro preconceito o fato de ele ser constantemente chamado de pastor. Infelizmente não é. Pastor Marco Feliciano é o nome regimental do deputado, como está inscrito na Câmara e com o qual disputou as últimas eleições. Há vários casos de candidatos que acrescentam a sua profissão como forma de maior identificação com o eleitorado, como o Professor Luizinho ou ainda a Juíza Denise Frossard. Marco Feliciano não está na mesma situação –sua evocação é um claro chamado para o ingresso da religião na política, que arrepia a quem quer que ainda guarde a esperança de manter intacta a noção de estado laico. A religião pode até ser um veículo para a celebração do bem comum, mas seu espaço é nitidamente diverso. Na democracia, ...

Americanos sem religião param de crescer, mas eles tendem a ter maior influência política

Eleição de Haddad significará vitória contra religião, diz Chaui

Marilena Chaui criticou o apoio de Malafaia a Serra A seis dias das eleições do segundo turno, a filósofa e professora Marilena Chaui (foto), da USP, disse ontem (23) que a eleição em São Paulo do petista Fernando Haddad representará a vitória da “política contra a religião”. Na pesquisa mais recente do Datafolha sobre intenção de votos, divulgada no dia 19, Haddad estava com 49% contra 32% do tucano José Serra. Ao participar de um encontro de professores pró-Haddad, Chaui afirmou que o poder vem da política, e não da “escolha divina” de governantes. Ela criticou o apoio do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus do Rio, a Serra. Malafaia tem feito campanha para o tucano pelo fato de o Haddad, quando esteve no Ministério da Educação, foi o mentor do frustrado programa escolar de combate à homofobia, o chamado kit gay. Na campanha do primeiro turno, Haddad criticou a intromissão de pastores na política-partidária, mas agora ele tem procurado obter o apoio dos religi...

Drauzio Varella afirma por que ateus despertam a ira de religiosos