Título original: Roberto Carlos pode ajudar os deficientes
por Elio Gaspari, da Folha
Depois de abrir seu glorioso show na praia de Copacabana com "Emoções", Roberto Carlos (foto) contou que, "depois dos 35 anos, tudo fica mais difícil e eu já passei há algum tempo. Sofri um pequeno acidente de motocicleta e, por isso, estou com problema no joelho e não vou conseguir fazer o show todo em pé". Aos 69 anos, um apoio não faz mal a ninguém.
A esta altura de sua carreira e de seu sucesso, Roberto Carlos poderia prestar uma ajuda a pessoas que, como ele, convivem com uma deficiência física. Quando tinha seis anos, um acidente no leito da ferrovia de Cachoeiro de Itapemirim cortou-lhe a perna direita, abaixo do joelho. Ele superou a deficiência e evita mencioná-la, mas evocou-a num verso da canção "O Divã":
Relembro bem a festa, o apito
e na multidão, um grito
No início de sua carreira, a discrição talvez fosse conveniente, sobretudo para um artista que preserva sua vida pessoal. Hoje, ele poderia ser um exemplo para milhares de pessoas, estimulando políticas públicas de saúde.
José Alencar ensinou aos brasileiros como a coragem e a fé ajudaram-no a enfrentar o câncer. (Houve época em que nem se mencionava a palavra, dizia-se "insidioso mal".) O próprio Roberto Carlos viveu uma história de amor e sofrimento quando sua mulher, Maria Rita, padeceu de um câncer que a matou em 1999.
A modelo Heather Mills, ex-madame Paul McCartney, sofreu uma amputação semelhante à do cantor. Ela batalha pelos amputados e chegou a mostrar a prótese, colocando-a sobre a bancada do entrevistador Larry King. Usou sua fama para desestigmatizar a mutilação, divulgando os avanços ocorridos nesse ramo da fisioterapia. O senador Robert Kerrey, pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos em 1992, chegou a fazer piada com o pé que lhe faltava, perdido no Vietnã.
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Slpendore conta em livro o caso que teve com Roberto Carlos
março de 2008
Celebridades.
por Elio Gaspari, da Folha
Fotomontagem: cantor nunca
nem sequer falou da prótese
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A esta altura de sua carreira e de seu sucesso, Roberto Carlos poderia prestar uma ajuda a pessoas que, como ele, convivem com uma deficiência física. Quando tinha seis anos, um acidente no leito da ferrovia de Cachoeiro de Itapemirim cortou-lhe a perna direita, abaixo do joelho. Ele superou a deficiência e evita mencioná-la, mas evocou-a num verso da canção "O Divã":
Relembro bem a festa, o apito
e na multidão, um grito
No início de sua carreira, a discrição talvez fosse conveniente, sobretudo para um artista que preserva sua vida pessoal. Hoje, ele poderia ser um exemplo para milhares de pessoas, estimulando políticas públicas de saúde.
José Alencar ensinou aos brasileiros como a coragem e a fé ajudaram-no a enfrentar o câncer. (Houve época em que nem se mencionava a palavra, dizia-se "insidioso mal".) O próprio Roberto Carlos viveu uma história de amor e sofrimento quando sua mulher, Maria Rita, padeceu de um câncer que a matou em 1999.
A modelo Heather Mills, ex-madame Paul McCartney, sofreu uma amputação semelhante à do cantor. Ela batalha pelos amputados e chegou a mostrar a prótese, colocando-a sobre a bancada do entrevistador Larry King. Usou sua fama para desestigmatizar a mutilação, divulgando os avanços ocorridos nesse ramo da fisioterapia. O senador Robert Kerrey, pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos em 1992, chegou a fazer piada com o pé que lhe faltava, perdido no Vietnã.
"Eu apenas desabafo"
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Slpendore conta em livro o caso que teve com Roberto Carlos
março de 2008
Celebridades.
Comentários
Coragem, fé e um plano de saúde top. Fosse pelo SUS, já teriam rezado missa ha muito tempo por ele.
Wander
Existem inumeros musicos muuuuuuuuuuuuito mais talentosos que ele , um exemplo muito simples foi TIM MAIA que iniciou Roberto e Erasmo na vida musical...Tim era multi-instrumentista, tinha ingles perfeito e tinha a voz , cem vezes mais bonita que o Roberto carlos....
TOM JOBIN , JOAO GILBERTO ,até o CAETANO VELOSO tem uma carreira talvez mais talentosa que ROBERTO CARLOS....é muita forçação de barra...
Ele é rei e não perde a magestade, não vamos ter outro Roberto, Tim Maia, Raul Seixa, Renato Russo. etc. etc. A música brasileira é muito diversicada, pra mim as melhores do mundo.
Discordo de quem acha que ele deveria exibi-la ostensivamente se a amputação, irreversível, causou traumas profundos e irreparáveis na sua vida.
Hoje, com a sua carreira artística consolidada e reconhecida, inclusive, fora das nossas fronteiras, de posse de grande fortuna pessoal, não faz sentido ser cobrado por ninguém.
O seu sucesso musical não depende deste tipo de exposição.
Se ele quisesse, poderia, por exemplo, criar uma fundação para ajudar à pesquisa médica buscando minimizar o desconforto de quem perdeu algum membro do corpo, como se faz, com freqüência, nos EUA, sob o patrocínio de pessoas famosas e abonadas.
Jéssica P. Silva!
Tudo é montado para atender a tais necessidades de "satisfações". Ele desenvolve este personagem até bem, já foi muito pior em uma das épocas de história bastante acirrante, nos anos 70. Em cada atividade "gostaríamos" que houvesse um REI, nos esportes, em cada estilo musical, na política, no tribunal e se não fosse esta facilidades que temos de opinar nas redes sociais facultada pelo advento da internet poderíamos ter um sistema político monárquico e pouco não se sede ao monoteísmo e assim mais teríamos mais alguns reis. E a mídia se comportaria a tal realidade. É ridículo, irônico, triste mais não sei por onde vamos. Existem fatos que desencadeiam reações e convergência potenciais... Infelizmente reflexões pessoais são circunstanciais, os propósitos não reagem em cadeia. Cadeia, sim, para quem isto pensar que pode destronar um Rei sem ao menos ser Zé Mané.
No mês passado, me foi diagnosticado câncer e estou me submetendo às intervenções necessárias, mas isso também não me fez menos feliz. Acho que a força e a fé estão dentro de cada um. A superação é necssária, sob o risco de tronar-se um ser humano angustiado e complexado, que nada de bom terá a oferecer a seus pares. Não sejamos exemplos para ninguém, mas mostremos que é possível ter deficiência (qualquer que seja) e, nem por isso, ser menos capaz.
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