com atualização em 16 de fevereiro de 2012
da Folha de S.Paulo
da Folha de S.Paulo
Lindenberg foi tido
como frio, egoísta e vaidoso
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Frio, egoísta e vaidoso. Assim a juíza Milena Dias classificou o motoboy Lindemberg Alves Fernandes, 25, momentos antes de anunciar a pena: 98 anos e dez meses de prisão.
Assassino confesso da ex-namorada Eloá Pimentel, 15, ele foi condenado por todos os crimes dos quais foi acusado: homicídio, tentativas de homicídio, cárcere privado e disparo de arma de fogo.
O caso ocorreu em 2008 no apartamento da vítima, em Santo André, no Grande ABC.
A pena só não superou cem anos porque houve atenuantes: Lindemberg era réu primário e confessou o crime. Ele ficará, no máximo, 30 anos na prisão, conforme a lei brasileira. Três já foram cumpridos.
O resultado foi divulgado ontem após quatro dias de um julgamento marcado por críticas à polícia e à imprensa e por intensos bate-bocas.
A advogada Ana Lúcia Assad disse que vai pedir a anulação do julgamento. Para ela, como todos os crimes aconteceram dentro de só um contexto, a pena de homicídio poderia ser mantida, mas as outras deveriam ter sido atenua-das com base no fato de ter havido "crime continuado".
Além de ver seu cliente condenado a quase cem anos, a advogada pode ter problemas por causa de sua atuação. No segundo dia de julgamento, ela mandou, em certo momento, a juíza voltar a estudar. A magistrada quer um processo por injúria e difamação.
No último dia de júri, a promotora Daniela Hashimoto tentou demonstrar que o réu premeditou o crime: comprou arma, manteve pessoas em cárcere privado e atirou para matar Eloá, Nayara Rodrigues da Silva e um PM com quem fazia a negociação.
Tudo isso porque considerava Eloá um "objeto" e não aceitava o final do namoro, de acordo com a promotora.
Já a defesa sustentou a tese de que a morte foi acidental. Ele teria atirado porque se assustou com a invasão policial. Ela também enfatizou que parte da imprensa e dos policiais eram corresponsáveis pelo desfecho trágico do crime. "Juridicamente, eu não posso colocá-los sentados ao lado dele. Mas, moralmente, posso", afirmou.
Foi o ponto alto da argumentação da advogada, que usou o debate para se defender de críticas que disse ter recebido da acusação e da mídia. Ela afirmou ter sido retratada como "burra" e "louca".
A promotora usou recursos dramáticos, gesticulando com a arma do crime, descarregada, em suas mãos.
Ao descrever o instante do crime, puxou o gatilho, simulando os tiros dados pelo réu durante a invasão policial.
A cena provocou reação na plateia, incluindo Ana Cristina Pimentel, mãe de Eloá, que chorou.
Cronologia
13 de outubro de 2008, segunda
13h30: Lindermberg invade apartamento onde estavam Eloá, Nayara, Iago e Victor
17h: Lindemberg agride Eloá após ela ter recebido mensagem de uma rapaz pelo celular. Iago e Victor também são agredidos.
20h: polícia cerca o apartamento. Lindemberg dá dois tiros.
21h15: Um dos garotos é libertado pelo seqüestrador.
23h: Segundo garoto é libertado.
14, terça
Durante o dia, reféns e seqüestrador aparecem na janela
Assassino confesso da ex-namorada Eloá Pimentel, 15, ele foi condenado por todos os crimes dos quais foi acusado: homicídio, tentativas de homicídio, cárcere privado e disparo de arma de fogo.
O caso ocorreu em 2008 no apartamento da vítima, em Santo André, no Grande ABC.
A pena só não superou cem anos porque houve atenuantes: Lindemberg era réu primário e confessou o crime. Ele ficará, no máximo, 30 anos na prisão, conforme a lei brasileira. Três já foram cumpridos.
O resultado foi divulgado ontem após quatro dias de um julgamento marcado por críticas à polícia e à imprensa e por intensos bate-bocas.
A advogada Ana Lúcia Assad disse que vai pedir a anulação do julgamento. Para ela, como todos os crimes aconteceram dentro de só um contexto, a pena de homicídio poderia ser mantida, mas as outras deveriam ter sido atenua-das com base no fato de ter havido "crime continuado".
Além de ver seu cliente condenado a quase cem anos, a advogada pode ter problemas por causa de sua atuação. No segundo dia de julgamento, ela mandou, em certo momento, a juíza voltar a estudar. A magistrada quer um processo por injúria e difamação.
No último dia de júri, a promotora Daniela Hashimoto tentou demonstrar que o réu premeditou o crime: comprou arma, manteve pessoas em cárcere privado e atirou para matar Eloá, Nayara Rodrigues da Silva e um PM com quem fazia a negociação.
Tudo isso porque considerava Eloá um "objeto" e não aceitava o final do namoro, de acordo com a promotora.
Já a defesa sustentou a tese de que a morte foi acidental. Ele teria atirado porque se assustou com a invasão policial. Ela também enfatizou que parte da imprensa e dos policiais eram corresponsáveis pelo desfecho trágico do crime. "Juridicamente, eu não posso colocá-los sentados ao lado dele. Mas, moralmente, posso", afirmou.
Foi o ponto alto da argumentação da advogada, que usou o debate para se defender de críticas que disse ter recebido da acusação e da mídia. Ela afirmou ter sido retratada como "burra" e "louca".
A promotora usou recursos dramáticos, gesticulando com a arma do crime, descarregada, em suas mãos.
Ao descrever o instante do crime, puxou o gatilho, simulando os tiros dados pelo réu durante a invasão policial.
A cena provocou reação na plateia, incluindo Ana Cristina Pimentel, mãe de Eloá, que chorou.
Eloá na janela do apartamento onde foi mantida refém |
Cronologia
13 de outubro de 2008, segunda
13h30: Lindermberg invade apartamento onde estavam Eloá, Nayara, Iago e Victor
17h: Lindemberg agride Eloá após ela ter recebido mensagem de uma rapaz pelo celular. Iago e Victor também são agredidos.
20h: polícia cerca o apartamento. Lindemberg dá dois tiros.
21h15: Um dos garotos é libertado pelo seqüestrador.
23h: Segundo garoto é libertado.
14, terça
Durante o dia, reféns e seqüestrador aparecem na janela
17h: Polícia corta a eletricidade; rapaz suspende diálogo
22h10: Polícia religa eletricidade a pedido de Lindemberg, que retoma negociação
22h50: Rapaz liberta Nayara
23h: Negociações são interrompidas.
15, quarta
Negociações são retomadas
12h15: Eloá aparece na janela é diz: "Minha vida agora está nas mãos da polícia".
11h35: Nayara presta depoimento à polícia
14h: Lindemberg diz que vai se entregar
15h: Lindemberg dá entrevista à Rede TV!, a Sônia Abrão
16, quinta
8h50: por exigência do seqüestrador, Nayara volta para o apartamento.
Tarde: as negociações são suspensas.
Noite: Luciano Vieira da Silva, pai de Nayara, é expulso do QG da PM. Ele disse não ter autorizado a volta da filha.
17, sexta
15h30: Pela janela, amarrado a um lençol, é entregue a Lindemberg documento da promotoria garantindo sua integridade física. O rapaz temia ser morto
18h08: Polícia invade o apartamento. Lindemberg dá tiro em Eloá e Nayara.
18h17: As duas são levadas para o hospital. Eloá já estava inconsciente
19h30: Começa a operação para extrair uma bala da nunca. Antes, o Palácio dos Bandeirantes chegou a anunciar a morte dela. Nayara também é levada para mesa de operação. Ela não corre risco de morte.
18, sábado
17h: Médicos anunciam que a coma de Eloá é irreversível
23h30: Anunciada a morte cerebral de Eloá.
2h: Detentos reclamam da presença de Lindemberg na CDP de Pinheiros; o rapaz é colocado numa cela isolada.
Com informação das TVs, portais e arquivo deste blog.
Mãe de Eloá perdoa Lindemberg, mas quer justiça.
21 de outubro de 2008
Caso Eloá Pimentel.
22h10: Polícia religa eletricidade a pedido de Lindemberg, que retoma negociação
22h50: Rapaz liberta Nayara
23h: Negociações são interrompidas.
15, quarta
Negociações são retomadas
12h15: Eloá aparece na janela é diz: "Minha vida agora está nas mãos da polícia".
11h35: Nayara presta depoimento à polícia
14h: Lindemberg diz que vai se entregar
15h: Lindemberg dá entrevista à Rede TV!, a Sônia Abrão
16, quinta
8h50: por exigência do seqüestrador, Nayara volta para o apartamento.
Tarde: as negociações são suspensas.
Noite: Luciano Vieira da Silva, pai de Nayara, é expulso do QG da PM. Ele disse não ter autorizado a volta da filha.
17, sexta
15h30: Pela janela, amarrado a um lençol, é entregue a Lindemberg documento da promotoria garantindo sua integridade física. O rapaz temia ser morto
18h08: Polícia invade o apartamento. Lindemberg dá tiro em Eloá e Nayara.
18h17: As duas são levadas para o hospital. Eloá já estava inconsciente
19h30: Começa a operação para extrair uma bala da nunca. Antes, o Palácio dos Bandeirantes chegou a anunciar a morte dela. Nayara também é levada para mesa de operação. Ela não corre risco de morte.
18, sábado
17h: Médicos anunciam que a coma de Eloá é irreversível
23h30: Anunciada a morte cerebral de Eloá.
2h: Detentos reclamam da presença de Lindemberg na CDP de Pinheiros; o rapaz é colocado numa cela isolada.
Com informação das TVs, portais e arquivo deste blog.
Mãe de Eloá perdoa Lindemberg, mas quer justiça.
21 de outubro de 2008
Caso Eloá Pimentel.
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