Pular para o conteúdo principal

Juiz manda evangélico recolocar crucifixo em Câmara Municipal

Crucifixo de Pirenópolis
Crucifixo de Pirenópolis
O juiz Evandro Cangassu, de João Monlevade (MG), expediu na tarde de hoje (5, terça-feira) liminar dando 24 horas ao presidente da Câmara Municipal, Carlos Roberto Lopes (PV), o pastor Carlinhos, para colocar o crucifixo no plenário de onde tirou no começo do ano.  A cidade tem cerca de 75 mil habitantes e fica a 110 km de Belo Horizonte

A decisão do juiz atende a uma ação popular movida pelo advogado Teotino Damasceno Filho.

A justificativa do pastor Carlinhos para retirada do crucifixo foi de que o Estado é laico e, por isso, as repartições públicas não podem ostentar símbolos religiosos.

Contudo, católicos entenderam o gesto com intolerância de crença, porque, para eles, se houvesse na Câmara uma referência evangélica, o pastor a manteria intacta.

Na ação popular, o advogado Damasceno argumentou que a presença de símbolos religiosos em repartições públicas é uma expressão da cultura brasileira, não ferindo, portanto, segundo ele, a laicidade do Estado.

O expurgo do crucifixo da Câmara dividiu os evangélicos da cidade. Para alguns, o pastor Carlinhos tomou uma iniciativa belicosa sem necessidade, e, para outros, a reação dos católicos foi despropositada, impedindo que a Câmara se dedique a assuntos mais importantes.

O vereador poderá recorrer da decisão.

Com informação do DeFato Online.

'Sou evangélico e sou contra a retirada de crucifixo em João Monlevade'.
março de 2011

Religião no Estado laico.      Religião contra religião.

Comentários

Anônimo disse…
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse…
Povo de Monlevade acumula falta do que fazer.
Anônimo disse…
Vamos deixar o crucifixo na parede, isso não fere a crença de ninguem, a não ser de religiosos FANATICOS como esse vereador.
Nelson Góes disse…
Eu quero um Oxóssi em cada repartição pública também. Salve meu pai São Jorge.

O meu brother aqui diz que quer um Bule de Chá de um tal de Russel.

Na boa, se abrir espaço para um tem que abrir para todos. Assim é um estado verdadeiramente laico.

O pastor pode até ser fanático, mas os argumentos dele apresentados aqui no post não têm a menor relação com isso, há menos que façamos juízo de valor, arguento cruel e frágil.

Não seria melhor tirar todas as imagens? Ou vai me dizer que acha agradável ver um homem magro de doer, sangrando, suado, maltradado, cruelmente crucificado e dando os seus últimos suspiros não é capaz de incomodar algumas pessoas? Agradar eu sei que agrada muitas, pois não é a toa que os telejornais sensacionalistas estão repletos de audiência, quanto mais corpo mutilado e cadáver filmado ou fotografado, melhor. Quase todo mundo quer parar para ver o acidente, sem se preocupar no perigo e incômodo que isso causa aos demais cidadãos.

Gosta de ver alguém se dando mal para se sentir um pouco melhor? Não tem problema, ninguém te proibe de colocar essa imagem numa corrente em volta do pescoço, tatuá-la no corpo ou colocá-la na carteira.
Anônimo disse…
Ele não tirou em nome de um Estado Laico.Ele retirou por rivvalismo contra os católicos.SOMENTE!!O crucifixo com Cristo pregado na cruz é símbolo católico.Já na cruz protestante não tem mais o cristo pregado porque já ressuscitou/teria ressuscitado...
Anônimo disse…
TIROU O CRUCIFIXO DA PAREDE PARA COLOCAR A FOTO DELE NO LUGAR QUER FICAR FAMOS
Gustavo M. Gomes disse…
Com representantes da lei assim, não há Estado laico que resista. Jamais conseguiremos ser um.
Marcos Souza disse…
"Contudo, católicos entenderam o gesto com intolerância de crença, porque, para eles, se houvesse na Câmara uma referência evangélica, o pastor a manteria intacta".

Esse argumento é fantástico. Basicamente, estão dizendo "quebramos a lei sim, mas você também quer quebrar pro seu lado, então volte a quebrar pro nosso lado"!
Marcelo disse…
"...o advogado Damasceno argumentou que a presença de símbolos religiosos em repartições públicas é uma expressão da cultura brasileira, não ferindo, portanto, segundo ele, a laicidade do Estado."

Ok. Mas usando esse raciocínio, deve-se permitir o apedrejamento de "bruxas" na Índia porque "é uma expressão da cultura" indiana.
Paulo Fetter disse…
Tinha que pedir pra ele colocar a imagem da mula sem cabeça, do bumba meu boi e do Saci também.
Anônimo disse…
Podemos nos identificar com o Jesus Crucificado. Cada qual carregue sua cruz.
Mas não nos é possível identificação com o Cristo Ressulcitado, pois nenhum de nós ressulcitou. Por isto a cruz católica tem o cristo crucificado. Para que todos lembrem que cada qual deve carregar sua cruz. O Cristo triunfalista não é o Cristo do evangelho. O cristo do evangelho é o DEUS que se apequenou, desceu do céu e sentiu as nossas dores e mazelas. Fez-se humilde e obediente até o fim. Esse negócio de crente que diz: Eu exijo, eu determino, eu profetizo, tomo posso da minha benção, este definitivamente não é o Cristo verdadeiro.

Jesus Cristo disse: "Pai se possível, afasta de mim este cálice. Mas não seja feita a minha vontade e sim a vossa."

Qualquer Cristo diferente deste não é o Cristo verdadeiro.
Anônimo disse…
Estado laico não favorece. Estado laico dá liberdade. Não houve restrição aos evangélicos. Houve liberdade aos católicos. É diferente. Se houvesse um gesto concreto de permanência do crucifixo e intolerância a postura evangélica, poderia se dizer que a lei foi "quebrada". Estado laico não é estado ateu. Estado laico é estado que não favorece.
Anônimo disse…
A expressão cultural é válida quando não fere a lei dos homens. No Brasil não é crime ser católico ou ser evangélico. Não é crime andar com a Bíblia ou com um crucifixo. No caso da Índia, se tal "cultura" fosse adotada no Brasil, estaria ferindo a lei dos homens que inibe o homicídio ou a lesão corporal que poderiam ser consequências de eventual apedrejamento. A expressão cultural é lícita sempre que atender aos ditames da lei. E foi o caso. Perfeito o juíz. Estado laico não é estado ateu. Liberdade religiosa inclui expressão da fé de cada um. Estado laico apenas não favorece crença de qualquer espécie. O Juíz não proibiu a entrada de evangélicos no recinto e nem determinou que todos devem reverenciar o crucifixo. Apenas deu liberdade para expressão da fé. No meu escritório tenho colegas católicos e evangélicos. Todos são livres para professarem a sua fé. Sou católico e não impeço que os evangélicos façam suas orações ou se dediquem nos tempos vagos a leitura da Bíblia ou de outra literatura. Não favoreço quem é católico e crio entraves para os demais que professam outra religião. O Brasil não é um estado laico. É um estado hipócrita, ateu e político que dança conforme a música.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Dawkins é criticado por ter 'esperança' de que Musk não seja tão estúpido como Trump

Tibetanos continuam se matando. E Dalai Lama não os detém

O Prêmio Nobel da Paz é "neutro" em relação às autoimolações Stephen Prothero, especialista em religião da Universidade de Boston (EUA), escreveu um artigo manifestando estranhamento com o fato de o Dalai Lama (foto) se manter neutro em relação às autoimolações de tibetanos em protesto pela ocupação chinesa do Tibete. Desde 16 de março de 2011, mais de 40 tibetanos se sacrificaram dessa dessa forma, e o Prêmio Nobel da Paz Dalai Lama nada fez para deter essa epidemia de autoimolações. A neutralidade, nesse caso, não é uma forma de conivência, uma aquiescência descompromissada? Covardia, até? A própria opinião internacional parece não se comover mais com esse festival de suicídios, esse desprezo incandescente pela vida. Nem sempre foi assim, lembrou Prothero. Em 1963, o mundo se comoveu com a foto do jornalista americano Malcolm Wilde Browne que mostra o monge vietnamita Thich Quang Duc colocando fogo em seu corpo em protesto contra a perseguição aos budistas pelo

Condenado por estupro, pastor Sardinha diz estar feliz na cadeia

Pastor foi condenado  a 21 anos de prisão “Estou vivendo o melhor momento de minha vida”, diz José Leonardo Sardinha (foto) no site da Igreja Assembleia de Deus Ministério Plenitude, seita evangélica da qual é o fundador. Em novembro de 2008 ele foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado por estupro e atentado violento ao pudor. Sua vítima foi uma adolescente que, com a família, frequentava os cultos da Plenitude. A jovem gostava de um dos filhos do pastor, mas o rapaz não queria saber dela. Sardinha então disse à adolescente que tinha tido um sonho divino: ela deveria ter relações sexuais com ele para conseguir o amor do filho, e a levou para o motel várias vezes. Mas a ‘profecia’ não se realizou. O Sardinha Jr. continuou não gostando da ingênua adolescente. No texto publicado no site, Sardinha se diz injustiçado pela justiça dos homens, mas em contrapartida, afirma, Deus lhe deu a oportunidade de levar a palavra Dele à prisão. Diz estar batizando muita gen

Proibido o livro do padre que liga a umbanda ao demônio

Padre Jonas Abib foi  acusado da prática de  intolerância religiosa O Ministério Público pediu e a Justiça da Bahia atendeu: o livro “Sim, Sim! Não, Não! Reflexões de Cura e Libertação”, do padre Jonas Abib (foto), terá de ser recolhido das livrarias por, nas palavras do promotor Almiro Sena, conter “afirmações inverídicas e preconceituosas à religião espírita e às religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, além de flagrante incitação à destruição e ao desrespeito aos seus objetos de culto”. O padre Abib é ligado à Renovação Carismática, uma das alas mais conservadoras da Igreja Católica. Ele é o fundador da comunidade Canção Nova, cuja editora publicou o livro “Sim, Sim!...”, que em 2007 vendeu cerca de 400 mil exemplares, ao preço de R$ 12,00 cada um, em média. Manuela Martinez, da Folha, reproduz um trecho do livro: "O demônio, dizem muitos, "não é nada criativo". (...) Ele, que no passado se escondia por trás dos ídolos, hoje se esconde no

Veja os 10 trechos mais cruéis da Bíblia

TJs perdem subsídios na Noruega por ostracismo a ex-fiéis. Duro golpe na intolerância religiosa

Profecias de fim do mundo

O Juízo Final, no afresco de Michangelo na Capela Sistina 2033 Quem previu -- Religiosos de várias épocas registraram que o Juízo Final ocorrerá 2033, quando a morte de cristo completará 2000. 2012 Quem previu – Religiosos e teóricos do apocalipse, estes com base no calendário maia, garantem que o dia do Juízo Final ocorrerá em dezembro, no dia 21. 2011 Quem previu – O pastor americano Harold Camping disse que, com base em seus cálculos, Cristo voltaria no dia 21 de maio, quando os puros seriam arrebatados e os maus iriam para o inferno. Alguns desastres naturais, como o terremoto seguido de tsunami no Japão, serviram para reforçar a profecia. O que ocorreu - O fundador do grupo evangélico da Family Radio disse estar "perplexo" com o fato de a sua profecia ter falhado. Ele virou motivo de piada em todo o mundo. Camping admitiu ter errado no cálculo e remarcou da data do fim do mundo, que será 21 de outubro de 2011. 1999 Quem previu – Diversas profecias

Santuário Nossa Senhora Aparecida fatura R$ 100 milhões por ano

Basílica atrai 10 milhões de fiéis anualmente O Santuário de Nossa Senhora de Aparecida é uma empresa da Igreja Católica – tem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) – que fatura R$ 100 milhões por ano. Tudo começou em 1717, quando três pescadores acharam uma imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul, formando-se no local uma vila que se tornou na cidade de Aparecida, a 168 km de São Paulo. Em 1984, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu à nova basílica de Aparecida o status de santuário, que hoje é uma empresa em franca expansão, beneficiando-se do embalo da economia e do fortalecimento do poder aquisitivo da população dos extratos B e C. O produto dessa empresa é o “acolhimento”, disse o padre Darci José Nicioli, reitor do santuário, ao repórter Carlos Prieto, do jornal Valor Econômico. Para acolher cerca de 10 milhões de fiéis por ano, a empresa está investindo R$ 60 milhões na construção da Cidade do Romeiro, que será constituída por trê