O programa Domingo Especular, da TV Record, apresentou hoje uma reportagem que associa os games violentos a assassinos como o atirador que matou 12 adolescentes de uma escola de Realengo, no Rio.
No Twitter, por intermédio da hashtag #GamerscontraR7, a reação dos usuários de games ocorreu antes mesmo de a reportagem ter ido ar. O R7 -- portal da Record – já tinha anunciado que o game seria um dos assuntos do programa.
A reportagem ressaltou que Wellington Menezes de Oliveira, o atirador, passava horas no computador entretido com jogos de violência, de tiros. Lembrou de outro assassino, o estudante Matheus da Costa Meira, que em 1999 disparou uma metralhadora contra uma plateia de um cinema em São Paulo, matando três pessoas. O filme que passava era Clube da Luta, de um livro com o mesmo nome que inspirou alguns games.
O programa ouviu uma psiquiatra segundo a qual o game não altera só o comportamento de pessoas com transtornos mentais como o caso dos dois exemplos citados. Segundo ela, qualquer jovem que se vicia em game passa a agir de maneira agressiva na escola e na rua. O programa entrevistou uma mãe que teve problema com o filho por causa disso.
Embora o tema seja polêmico, Domingo Especular não entrevistou ninguém com o ponto de vista de que esse tipo de jogos ajudam a descarregar uma agressão que poderia extravasar no mundo real.
No Twitter, os usuários negaram que os games estimulam a violência. “Eu deveria ser um serial killer, [porque] minha infância foi baseada em jogos violentos e com sangue”, argumentou, por exemplo, o twitteiro Christopher Marcel .
Outros argumentaram que os jogos, assim como os programas de TVs, são classificados por faixas etárias. O programa deu essa informação, mas acrescentou que não há fiscalização.
Alguns twitteiros informaram que já esperavam essa abordagem dos games pela “TV dos crentes”, numa referência à Igreja Universal, do bispo Edir Macedo, que é o dono da emissora. "Claro que é de total interesse da Record desvincular o atirador de Realengo do fanatismo religioso”, escreveu um deles.
"O perigo dos games violentos"
Videogame não transforma usuário em assassino, conclui pesquisa.
maio de 2008
Filho esfaqueia pai por causa do game Fifa 2009.
janeiro de 2010
Games polêmicos. Caso do atirador de Realengo.
Comentários
eu jogo e gosto de games sangrentos e violentos desde meus 14 anos (hj tenho 31 e somado a isso sou ateu) e nem por isso vou matar alguém ou cometer massacre pois não possuo nenhum problema mental para fazer isso
agora o que a tv quer fazer é pegar um esquizofrenico que jogava e apontar isso como a grande causa
e prefiro jogar no pc do que ver tv, até porque a tv brasileira é um lixo
http://www.tsavkko.com.br/2011/04/o-massacre-de-realengo-e-falencia-do.html
Essa reportagem é pra tirar a culpa da religião.
É obvio que a TV dos crentes quer dissociar o assassino do fanatismo religioso...
Dizer que foram os jogos é como culpar a asinha de galinha pela indigestão depois do churrasco de sábado.
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