depoimento de Mateus Moraes (foto), 13, sobrevivente do atirador do Realengo, para Folha
Já tive alguns pesadelos na vida, mas nenhum se compara com o que vi hoje. A aula de português estava começando quando ouvimos um tiro dentro da escola.
Naquele momento, todos entraram em pânico. A professora deixou a sala para ver o que acontecia e não deu para entender mais nada.
Só ouvíamos o barulho dos tiros cada vez mais alto. Foi uma correria. Todos gritavam e tentavam se esconder embaixo das mesas.
Logo em seguida, um rapaz de camisa verde e calça preta com um revólver em cada mão entrou na sala. Não tive muita reação. A única coisa que fiz foi levantar da minha cadeira, que fica na primeira fileira da sala.
Ele ficou menos de meio metro de distância da minha mesa e começou a atirar. Foi uma covardia. Ele chegava perto dos meus amigos que estavam no chão, demorava um pouco e dava tiro na cabeça, no tórax.
Vi pelo menos uns sete amigos morrerem. Não sei como não morri. Fiquei o tempo inteiro em pé e orando. Cada vez que ele parava de atirar para recarregar as armas, ele gritava que não ia me matar. O rapaz berrava: "Fica tranquilo, gordinho. Já disse que não vou te matar". Ele falava isso, carregava o revólver e ia pra cima dos outros.
Teve uma hora que ele deixou a sala e continuou atirando do lado de fora.
Minutos depois, o barulho acabou. Vi vários colegas feridos, outros mortos, muito sangue nas paredes da sala. Não sabia o que fazer nem como estava vivo. Foi Deus que me ajudou.
Logo em seguida, um policial deu um grito. Ele berrava para os alunos que estivessem vivos deixarem a escola.
Saí correndo. Só fui parar lá em casa. Deixei até o material para trás. Chorei o dia inteiro, mas estou calmo agora.
Não vou ter mais coragem de estudar nessa escola. As lembranças são muito fortes.
Já tive alguns pesadelos na vida, mas nenhum se compara com o que vi hoje. A aula de português estava começando quando ouvimos um tiro dentro da escola.
Naquele momento, todos entraram em pânico. A professora deixou a sala para ver o que acontecia e não deu para entender mais nada.
Só ouvíamos o barulho dos tiros cada vez mais alto. Foi uma correria. Todos gritavam e tentavam se esconder embaixo das mesas.
Logo em seguida, um rapaz de camisa verde e calça preta com um revólver em cada mão entrou na sala. Não tive muita reação. A única coisa que fiz foi levantar da minha cadeira, que fica na primeira fileira da sala.
Ele ficou menos de meio metro de distância da minha mesa e começou a atirar. Foi uma covardia. Ele chegava perto dos meus amigos que estavam no chão, demorava um pouco e dava tiro na cabeça, no tórax.
Vi pelo menos uns sete amigos morrerem. Não sei como não morri. Fiquei o tempo inteiro em pé e orando. Cada vez que ele parava de atirar para recarregar as armas, ele gritava que não ia me matar. O rapaz berrava: "Fica tranquilo, gordinho. Já disse que não vou te matar". Ele falava isso, carregava o revólver e ia pra cima dos outros.
Teve uma hora que ele deixou a sala e continuou atirando do lado de fora.
Minutos depois, o barulho acabou. Vi vários colegas feridos, outros mortos, muito sangue nas paredes da sala. Não sabia o que fazer nem como estava vivo. Foi Deus que me ajudou.
Logo em seguida, um policial deu um grito. Ele berrava para os alunos que estivessem vivos deixarem a escola.
Saí correndo. Só fui parar lá em casa. Deixei até o material para trás. Chorei o dia inteiro, mas estou calmo agora.
Não vou ter mais coragem de estudar nessa escola. As lembranças são muito fortes.
abril de 2011
Comentários
homossexuais,afinal a bíblia e o corão os odeiam!!
Religião é realmente algo doentio...
Deus não amava os que morreram, ou talvez eles não tinham fé suficiente. É claro que o Deus todo poderoso já tinha visto que tudo aquilo ia acontecer, já sabia das escolhas do atirador, dos jovens que iriam morrer. Tudo isso só para que seus seguidores ignorantes falassem ilogicamente que ele é bom e justo. Muita bondade e justiça para um ser que já sabe que uma pessoa será pecadora, mas ainda assim a coloca no mundo dessa forma só para condená-la ao inferno, tanta justiça.
13. Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles.
Levítico, capítulo 24:
13. E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
14. Tira o que tem blasfemado para fora do arraial; e todos os que o ouviram porão as suas mãos sobre a sua cabeça; então toda a congregação o apedrejará.
15. E aos filhos de Israel falarás, dizendo: Qualquer que amaldiçoar o seu Deus, levará sobre si o seu pecado.
16. E aquele que blasfemar o nome do SENHOR, certamente morrerá; toda a congregação certamente o apedrejará; assim o estrangeiro como o natural, blasfemando o nome do SENHOR, será morto.
17. E quem matar a alguém certamente morrerá.
Números, capítulo 15:
32. Estando, pois, os filhos de Israel no deserto, acharam um homem apanhando lenha no dia de sábado.
33. E os que o acharam apanhando lenha o trouxeram a Moisés e a Arão, e a toda a congregação.
34. E o puseram em guarda; porquanto ainda não estava declarado o que se lhe devia fazer.
35. Disse, pois, o SENHOR a Moisés: Certamente morrerá aquele homem; toda a congregação o apedrejará fora do arraial.
36. Então toda a congregação o tirou para fora do arraial, e o apedrejaram, e morreu, como o SENHOR ordenara a Moisés.
1 Samuel, capítulo 15:
1. Então disse Samuel a Saul: Enviou-me o SENHOR a ungir-te rei sobre o seu povo, sobre Israel; ouve, pois, agora a voz das palavras do SENHOR.
2. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eu me recordei do que fez Amaleque a Israel; como se lhe opôs no caminho, quando subia do Egito.
3. Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos.
Lucas 19:
27. "E quanto àqueles meus inimigos que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui, e matai-os diante de mim." (palavras de Jesus)
Leia a sua bíblia.
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