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Bíblia é literatura sequestrada pela religião, diz Dawkins

Richard Dawkins
Para o cientista, a Bíblia é obra de interesse histórico
O cientista britânico e líder ateu Richard Dawkins (foto), 70, disse que não deveria ser permitido à religião sequestrar uma herança de grande valor cultural, que é a Bíblia. A afirmação foi feita em resposta ao deputado trabalhista Frank Field, que quis saber o que a Bíblia significa para ele.

Para Dawkins, a Bíblia é uma obra literária de interesse histórico cujo conteúdo foi usurpado pela religião, que faz uma leitura pobre dos textos, literal.

Dawkins, que é autor do best-seller 'Deus – um Delírio', disse que quem não sabe nada sobre os deuses gregos não “consegue apreciar a literatura inglesa”, que inclui a Bíblia. Em outro exemplo, disse que para gostar das músicas de Wagner é preciso saber alguma coisa sobre os deuses nórdicos.

O deputado Field é presidente da fundação responsável pela Bíblia King James, uma tradução por iniciativa da Igreja Anglicana que está completando 400 anos. É a Bíblia mais vendida no idioma inglês.

Não é a primeira vez que Dawkins elogia a Bíblia como obra de ficção. Mas agora, por ter afirmado que a religião se apropriou desse patrimônio cultural, ele foi alvo de críticas irônicas na imprensa britânica e blogs de cristãos.

Para um desses blogs, o Anglican Samizdat, Dawkins disse um absurdo, porque, se não fosse a religião, os textos bíblicos não teriam sido preservados até hoje.

“Ele quer a cristandade sem o cristianismo, quer o avanço Ocidental, mas não o alicerce de moralidade que dá sustentação a essa civilização”, anotou.

“Se alguém está tentando roubar a Bíblia, é Dawkins e sua corja de ateus.”

Com informação do Times e blogs britânicos.

Bíblia tem qualidades literárias? Essa questão divide ateus.
junho de 2012

Ateus suíços querem proibir a Bíblia às crianças por conter crueldades.
novembro de 2010

Comentários

Anônimo disse…
Dawkins é um cara inteligente , mas exaltar a Gibiblia não foi uma atitude condizente com o perfil academico dele afinal um zoologo elogiar a biblia é contraditório afinal lá ta escrito que :

´´MORCEGO É AVE´´....
Bruno Arnillas disse…
O que o Richard Dawkins disse é verdade, talvez ele creia muito mais em Deus, que muitos que dizem o nome de Jesus, e vivem em templos, ate ele admite que a bíblia não é um livro de ficção cientifica, nem que foi inventado.
Nathan disse…
rs!
ele tem razão, quando diz q a Bíblia foi usurpada... é justamente esse o problema; padres, bispos e pastores vêm fazendo lavagem cerebral das massas há séculos com leitura suja e interpretação errada da Bíblia... O fanatismo que vemos hoje se deve a isso...
JOGOS LINGUÍSTICOS + SEGUNDAS INTENÇOES = divergências, fanatismo doutrinário e multiplicação de denominações eclesiásticas...
O fato é que Dawkins está correto. a "Gibíblia", como disse nosso colega aí em cima, é uma obra literária historicamente valorosa, como é Romeu e Julieta, A Ilíada, A Epopeia de Gilgamesh ou qualquer outra obra da ficção, porque nos ajuda a ver como pensavam seus comtemporâneos.

Talvez no dia em que a religião cair no mundo inteiro, a biblia permaneça e seus personagens como Javé, Moisés e Jesus nomeiem novos planetas descobertos, assim como personagens de outras religiões hoje já mortas nomearam Júpiter, Saturmo e Netuno, por exemplo.

Rama na Vimana
http://ramanavimana.blogspot.com/
Anônimo disse…
A verdade é que Dawkins, como um cavalheiro, encarnação da "fleugma" britânica, foi bonzinho com os religiosos; sempre melindrosos, quando se trata de se dizer a verdade acerca da Bíblia, que reputam como uma criação original, invenção divina e patrimônio exclusivo da "história" judaica e do cristianismo em sua continuidade secular; desde quando era uma seita minoritária dissidente do judaísmo, até tornar-se relgião oficial.

A Bíblia não é história, não é sequer teologia criativa, original, nem revelação de nada novo, como afirmam - e crêem devotamente - os cristãos, porém servindo-se de "históricas" mentiras, hoje claramente desmascaradas, desmistificadas, pela ciência literária, com recursos altamente sofistificados de comparação e datação de pergaminhos, estelas, inscrições em pirâmides, rochedos, etc. A Bíblia é um sincretismo e também um plágio. No Documentário facilmente acessível e bastante difundido na internet, intitulado ZEITGEIST (espírito do tempo, em alemão), vemos a sucessiva trama de compilação de compilações anteriores, de fontes egícias, babilônicas, medo-persas e gregas.


Da religião egípcia foram copiados alguns salmos da Bíblia, que no Egito eram dedicados a ATON, não há como negar isso, até livros de editoras cristãs publicam TAL EVIDÊNCIA, como se fosse sinal de "avanço" científico e literário. A história de NOÉ é um plágio da Epopeia de Gilgamesh. A MESMA historieta de Moisés, os nomes e conceitos como ALMA, ESPÍRITO SANTO, CONCEPÇÃO VIRGINAL OU IMACULADA, RESSURREIÇÃO, ASCENSÃO, a própria Cruz como símbolo quadrático (dedicada ao deus Hórus), BATISMO, PÁSCOA, tudo foi plagiado da religião dos egípcios. O próprio Jesus foi um mito copiado dos pagãos, pois JUNTO COM A CRUZ, PERSONIFICA E representa o trajeto solar na elíptica zodiacal, onde a constelação de PEIXES representaria o antigo povo de Israel.
Anônimo disse…
Segundo a crença dominante no inconsciente coletivo da humanidade, o sol, ao percorrer todos os signos do zodíaco, representaria a encarnação de Deus (o próprio sol) em sucessivas idades ou eras. É O QUE AFIRMA O PSICÓLOGO CARL GUSTAV JUNG, EM AION - O SIMBOLISMO DO SI MESMO, sua obra prima juntamente com Psicologia da Religião Ocidental. Um olhar sobre as obras dos cientistas sérios da religião, como MAUSS, em O SACRIFÍCIO, ou do antropólogo romeno MIRCEA ELIADE, em COSMOS E HISTÓRIA - O ETERNO RETORNO DA RELIGIÃO, ou em PADRÕES DAS RELIGIÕES COMPARADAS, obtemos as provas contundentes que tanto a Bíblia quanto a religião cristã não são revelações divinas e sim um plágio literário e sincretismo religiosos.

Como exemplo temos o mito do nascimento de Jesus, sua paixão, morte e ressurreição, a historinha dos magos... Tanto sua criação quanto rápida propagação e difusão catequética, extraordinárias do ponto de vista da recepção e a sua subsequente aceitação pelos fiéis de todas as etnias do conjunto iletrado e também iniciado na religião do paganismo (a palavra pagão vem da oposição a urbanus, portanto, quem não é da cidade é paganus); DEVE-SE AO FATO DE QUE EM NADA ESTA MITOLOGIA CRISTÃ SUPOSTAMENTE "NOVA", DIFERIA DO QUE ELES (os pagãos) JÁ ACREDITAVAM! Jesus foi portanto o novo nome dado ao QUE ELES JÁ CONHECIAM E ADORAVAM COMO "Filho do Sol", "Filho de Deus", ou "Deus vivo", conceitos plagiados da religião egípcia e do ZOROASTRISMO. Tal como seu antecessor Hórus, Jesus também foi proclamado como nascido a 25 de dezembro e da Virgem ISIS-MERI (Maria).O nome hebraico Miriam, para quem não sabe é egípcio e significa senhora, mais adequado que mara, que em hebraico significa amargura.


Idêntico a Jesus, o bebê Hórus também foi seguido por TRÊS REIS após nascido. Também Hórus foi prodigioso aos 12 anos e batizado aos 30, como o mito Jesus.Como se não bastasse a semelhança, Hórus também começou sua missão aos 30 anos, reunindo 12 discípulos, fazendo milagres, curando doenças, ressuscitando mortos e andando sobre as águas. Portanto, quem assistir o documentário ZEITGEIST, ouvirá e verá por várias fontes, o que os padres e pastores já sabem, mas omitem: que a Bíblia é um plágio e a religião cristão não é DIVINA REVELADA, é humana, e plagiada, um sincretismo que envolve desde os cultos babilônicos até o mitraísmo com quem se digladiavam no tempo dos imperadores romanos, até que tornou-e religião de Estado , ou Igreja Oficial.


Em lugar de escandalizarem-se os pouco leitores (e leitores do pouco) com as afirmativas de Dawkins; que a religião se apropria indevidamente da Bíblia judaica, deviam os religiosos melhor informarem-se acerca de ambos, tais como os padres, os pastores e os que estudam teologia já sabem, porém não lhes revelam, acerca sua religião e seu “livro”: AMBOS RESULTADO DE UMA APROPRIAÇÃO PARTICULAR , SINCRÉTICA E PORTANTO UM PLÁGIO, DA MITOLOGIA UNIVERSAL.
Anônimo disse…
Fabian vamos pedir para o Paulo Lopes fazer um tópico com o video ZEITGEIST que é no minimo interessantes , mas ??
que contem erros e mentiras tbm , no video eles traçar paralelos exatos entre o mito de jesus e outros mitos , mas a maioria das informações são erradas , como por exemplo dizer que Buda nasceu de uma virgem ??

Mas o video é interessantissimo e vai fazer o FERNANDO soltar a Gibiblia debaixo do suvaco...
Nathan disse…
hey, Zeitgeist é ótimo!... citei sobre ele num dos posts anteriores...

segue um vídeo bem interessante do projeto Venus:
http://www.youtube.com/watch?v=KqABxtgO6Ys
Anônimo disse…
Também acho zeitgeist muito pertinente e excita a atenção curiosa e investigativa de mitos tidos como incontestes.Ótimo para religiosos que não admitem contestações.
Zeitgeist é mais útil aos críticos do ateísmo do que aos ateus porque ele é fácil de desmascarar. São tantos absurdos ali naquele filme que um debatedor minimamente erudito HUMILHA o pobre ateu que resolver "argumentar" usando Zeitgeist.

Não existe uma só frase em toda a primeira parte do filme que seja aproveitável. As que não são total ou parcialmente falsas (por mentirem, distorcerem, inventarem ou ignorarem o que se sabe sobre o Antigo Egito) são completamente inúteis porque não trazem nada de novo.

O grande mal de Zeitgeist é a simplificação. É um filme para burros. Para gente que não quer ler, que não gosta de aprender (ainda mais sobre um tema tão chaaato) e que se acha muito "eshpeerta" por conseguir "in a nutshell" um resumão de vestibular útil para debater contra os pastores.

Toda simplificação é empobrecedora, isso é óbvio. Mesmo quando correta, porque simplificar é um processo com perdas. Tal qual um arquivo mp3 é menos rico do que o som do disco original (e progressivamente menos rico à medida em que o bitrate é menor), uma simplificação se torna mais pobre à medida em que descarta detalhes "irrelevantes" e "pequenos desvios". O resultado é um "esquemão" estilo "aula de cursinho pré-vestibular" que afaga o cérebro preguiçoso, mas que é uma lástima enquanto conteúdo.
O principal erro de Zeitgeist, em sua jornada simplificadora, é buscar fatos que apoiem uma teoria, em vez de desenvolver uma teoria a partir de fatos. Ou seja, Zeigeist age da mesma forma sofística e desonesta que nós acusamos os criacionistas de agirem. Os perpetradores de Zeigeist são desonestos e os fanboys desse filme são pessoas simples e ignorantes, enganadas por eles tal qual os crentes que dão 30% do salário para o Valdomiro. Eles até entraram para um tal "Zeitgeist Movement" que pretende, olha só, "salvar o mundo". Depois tem quem ache o termo "Igreja Ateísta" um absurdo.

Existe uma teoria, a de que Jesus é um mito. Precisando de fatos para comprovar isso? Bem, vamos pegar um personagem conhecido que tenha um número razoável de semelhanças com ele e vamos inventar outras semelhanças até ficar parecendo que são uma mesma coisa. O escolhido é Hórus, por uma série de razões:

* a religião egípcia está esquecida e, portanto, ninguém vai reclamar
* na verdade quase ninguém conhece o egito antigo, se usassem um deus hindu haveria um bilhão de hindus para apontarem contradições, por exemplo.
* é fato notório e sabido que os egípcios adoravam uma "Sagrada Família" (Osíris, Ísis e Hórus) e isso é algo que muita gente lembra das aulas de História Antiga na escola ou na faculdade.

A partir daí, todas as características de Jesus são buscadas em Hórus. Se Jesus teve uma mãe chamada Maria, então fabricam um título Ísis-Meri para a mãe de Hórus (na verdade a mãe de Jesus se chamava "Miriam" em hebraico, o que torna a "semelhança" inexistente). Semelhanças com outros mitos até são mencionadas, mas o objetivo central é convencer de que Jesus É Hórus.

Detalhes pequenos se tornam importantes quando "servem" (uma das lendas de Hórus menciona que Ísis já teria nascido grávida dele), mas coisas amplamente conhecidas são descartadas quando não servem (o fato de Hórus ser associado ao falcão, ave de rapina e impoura).
O resultado disso é que fica empobrecida a rica e fascinante história do desenvolvimento do mito de Jesus, que apresenta conexões realmente egípcias (com o próprio Hòrus), mas também persas (Mitra), sirofenícias (Tammuz), gregas (Héracles, Dionísio, Adônis, Orfeu) e indianas (Buda) e romanas.

Cria-se um Jesus unilateral, um Jesus emburrecido, um Jesus "fácil". O nome disso e' falácia do espantalho: cria-se um argumetno sabidamente falso para argumentar contra, em vez de ir contra o argumento real.

No caso de Zeitgeist, seria extremamente difícil demonstrar a mitologia de Jesus em apenas vinte minutos de filme, considerando toda a erudição em história do antigo oriente próximo que isto exigiria. Erudição que o público do filme não tem e que o filme não interessa difundir, pois é propaganda e não conhecimento.

Por isso Zeitgeist tenta convencer-nos de que pegaram a biografia de Hórus e transplantaram para a Palestina. Isso é mais fácil de enxergar, tal como é mais fácil de enxergar que é o sol que gira em torno da terra e que moscas nascem de coisas podres.
Anônimo disse…
Eu discordo.Acho Zeitgeist muito interessante talvez simplista e pouco aprofundado mas complexo para quem vive no mundo da fantasia e das fábulas da gibíblia.
Você contar uma mentira a uma pessoa iludida não é legal. Você quer trazer "luz" ao mundo ou quer só fazer conversos?

Abordagem típica de igreja detected.
Anônimo disse…
Jesus e Satanás são a mesma Luz do Mundo, que tanto é associada na construção mitológica ao Sol, quanto seu companheiro, o Planeta Vênus, também chamado Vésper ou Estrela d 'Alva. O par-de-opostos, segundo Carl Gustav Jung, é característico dos mitos que ele classifica como arquétipos universais do Eão (ou Eon, ou simplesmente Aion); espécies de configurações de um mito-divindade que simboliza o espírito humano daquela Era. Mircea Eliade, um antropólogo romeno respeitado, aponta para o fato de que o mito também é uma construção racional e deve ser respeitada. A desmitologização de Jesus, proposta junto com toda a Bíblia por Rudolf Bultmann desde o século XIX; apesar de inevitável, não o eliminará da psique coletiva ocidental, haverá recomposições por justaposição ou aglutinação, como o próprio Jesus-Satanás é uma delas. Satanás teve origem idêntica à de Jesus, um Filho de Deus, criatura celeste, representante de um astro sideral, constelação psicológica dos atributos humanos referidos a Deus. Na sua obra Resposta a Job, Jung propõe a interpretação de Satanás como tentativa de conciliar o consciente e o inconsciente, a luz e as trevas, o bem e o mal, na mesma fonte que é o Ser, ou Deus. Em Isaías, na profecia ao Rei de Tiro, encontraram os padres da Igreja Latina a alusão ao mito do anjo decaído, na verdade uma citação do planeta Vênus, a Estrela da Manhã: "Como caíste do céu, oh, filho da Alva!"(Isaías 14,12) Como representam o mesmo par-de-opostos, Estrela da Manhã também é o título de Jesus em Apocalipse: "Eu estive morto e vivo para sempre. Eu sou a radiante Estrela da Manhã".(Apocalipse 22,16). O fato do planeta Vênus ser considerado "Estrela" e "acender" primeiro quando o sol se põe e "apagar-se" por último ao sol nascer, batizou-lhe no grego de LUXPHOROS (aquele que traz a luz) que os padres da Igreja traduziram para o latim Lúcifer, podendo significar tanto satanás, quanto Jesus, pois ambos são portadores da Luz.
Nathan disse…
rsrs!
esses caras pensam que "acreditar em Deus" e ser cristão é, necessariamente, "ser religioso" e fazer parte de uma denominação de igreja...
... uma coisa não tem nada a ver com a outra...
Jânio Lima disse…
Mais realmente a bíblia tem um conteúdo historico muito grande as civilizações antigas tem suas culturas e os modos de subsistencia da epoca contida na bíblia. Quando ele fala que a igreja usurpou é pura verdade, a igreja com habito de seleção de texto pedendo para o lado da ignorância religiosa esqueceu completamente a parte importante da bíblia. O Richard tem sim uma queda pelo lado religioso é visivel, mas não podemos negar o vasto conteudo de seus estudos que fere a crença religiosa em geral com mais intensidade o cristianismo.
Anônimo disse…
Tem gente que realmente não usa a cachola.
Realmente a bíblia tem um grande valor cultura e histórico, faz parte da história humana, assim como muitas obras, isso não significa que oque está escrito nela seja verdade.
E realmente a religião roubou o direito de lermos ela no seu real contexto com todas fraudes cometidas.Ou seja transformou um objeto simples em outro que lucrativo mudando sua identidade real.
Anônimo disse…
A hora que você estiver morrendo de câncer vai se arrepender de ter incentivado uma história idiota, com prazo de validade mais que vencido, a atrapalhar o desenvolvimento científico que torna possível quase tudo que você tem e que poderia salvar sua vida.
Aê, Zé Geraldo, concordo com o que disse sobre o "Zaitigaisti" mas a semelhança de Jesus com outros mitos ateriores, incluindo Hórus é inegável, concorda? E apesar de todo simplificação trazer perda de informação, é impossível para qualquer ser humano desde o Século dezoito da Era Comum (pelo menos) conhecer com profundidade todos os ramos do conhecimento humano com todas as suas nuances. Pensando nisso, algumas pessoas omitem informações de seus livros e documentários pela impossibilidade de abarcar a totalidade de um assunto. O documentário: "O Deus que Não Estava Lá" também trata do assunto e o melhor: dá fontes de pesquisa. Então, aquele que pretende conhecer todos os detalhes deste assunto, em detrimento de outros que será obrigado a preterir, poderá ler o livro resultante da pesquisa, ou se mais purista, a tese que foi apreciada em banca de pares.
Ser cristão é necessariamente ser religioso, a não ser que você aceite um conceito de cristianismo sem elementos sobrenaturais. Pessoas que entendem todo o mal das religiões institucionalizadas mas ainda tem fé não são menos religiosas. Se você acredita em qualquer forma de entidade ultrapoderosa supranatural surpresa: você é religioso.
Pela observação que eu faço, essa "usurpação" que Dawkins fala não é real. Os textos estão a disposição dos pesquisadores seculares tanto quanto dos religiosos. Se as pessoas acreditam nas fantasias mitológicas desde que descemos da árvore e andamos eretos, não seria surpresa pra mim se um dia uma religião surgisse do "Senhor dos Anéis". O que não impede o estudo de seu texto. A exemplo: é quase consenso entre os linguistas que a Torá ou Pentateuco foi escrito por pelo menos dois autores diferentes, contrariando a tradição judaico-cristã que afirma terem sido escritas por Moisés. Portanto esta é apenas mais uma provocação do Dawkins, ele é mais ousado que astuto. Por isso prefiro o Harris e o falecido Ritchens, o primeiro um com o dom da ironia, o segundo tão cortante quanto uma navalha.
Excelente comentário, Nathan.

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