da BBC Brasil
Uma mensagem póstuma de um blogueiro que morreu de câncer no Canadá atraiu milhões de pessoas para o site no qual ele contava sua experiência, informou a família.
Uma mensagem póstuma de um blogueiro que morreu de câncer no Canadá atraiu milhões de pessoas para o site no qual ele contava sua experiência, informou a família.
O texto Last post ("Último post") foi escrito pelo próprio Derek Miller (foto) para ser publicado no site Penmachine.com (http://www.penmachine.com). Um amigo colocou a mensagem no site.
"Aqui está ele. Estou morto, e este é o último post do meu blog. De antemão, pedi que uma vez que meu corpo finalmente parasse em função dos castigos do câncer, minha família e meus amigos publicassem esta mensagem que deixei preparada", escreveu.
"Se você me conheceu na vida real, provavelmente você já soube da notícia por outra fonte. Mas como quer que você tenha sabido, considere esta uma confirmação: nasci em 30 de junho de 1969 em Vancouver, no Canadá, e morri em Burnabi no dia 3 de maio de 2011, aos 41 anos, de complicações do estágio 4 de câncer colorretal em metástase. Todos sabíamos que isso ia acontecer."
A história vinha despertando a atenção no Canadá, onde Derek era uma figura bastante conhecidas devido aos dez anos de blogosfera. Segundo a imprensa canadense, o último post atraiu mais de 8 milhões de leitores.
A mensagem foi ao ar no dia 4 e, desde então, recebeu 143 comentários, foi postada no Facebook por mais de 10 mil pessoas e reenviada pelo Twitter por 2.775.
Casado havia 16 anos e pai de duas filhas, o blogueiro era formado em biologia marinha e tinha tido experiências profissionais como músico, fotógrafo, escritor e editor.
Derek foi diagnosticado com câncer em 2007. Nos seus relatos, ele dava detalhes de sua dolorosa experiência entre pinceladas de trivialidade, como o seu gosto por Diet Cherry Coke – Coca-Cola com sabor de cereja – e a ceia de Páscoa.
A partir do fim de 2010, quando descobriu que a doença havia entrado em fase terminal, os relatos indicam a piora na qualidade de vida do paciente. O blogueiro perdeu a voz por quase dois meses.
Mas ele disse que se considerava "sortudo" de ter mantido a lucidez até o fim da vida.
"Não tive medo da morte – do momento em si – ou do que vem depois, que era (e é) nada. Ao longo do tempo, permaneci um tanto receoso do processo de morrer, da fraqueza e da fadiga crescentes, da dor, de se tornar menos e menos eu mesmo à medida que me aproximava dela", disse.
"Tive sorte que minhas faculdades mentais continuaram em geral não afetadas nos meses e anos antes do fim, e não houve sinais de câncer no meu cérebro – até onde eu ou qualquer outra pessoa soubesse."
O blogueiro encerra o seu post com uma declaração de amor à esposa, Airdrie, que havia conhecido 23 anos antes e com quem estava casado há 16.
Após a morte de Derek, Airdrie disse que seguirá o desejo do marido e transformará o site em um arquivo, como uma espécie de "memória digital" do blogueiro.
"O mundo, na verdade todo o universo, é um lugar lindo, surpreendente, maravilhoso. Sempre há mais a se descobrir. Não olho para trás nem me arrependo de nada, e espero que minha família possa encontrar uma maneira de fazer o mesmo. O que é verdade é que as amei", escreveu Derek.
"Airdrie, você foi minha melhor amiga e a pessoa mais próxima. Não sei o que teríamos sido um sem o outro, mas acho que o mundo teria sido um lugar mais chato. Te amei profundamente, te amei, te amei, te amei."
> Fortunato avisa no alto-falante: ‘Quero que saibam que morri’ (com som)
novembro de 2009
"Aqui está ele. Estou morto, e este é o último post do meu blog. De antemão, pedi que uma vez que meu corpo finalmente parasse em função dos castigos do câncer, minha família e meus amigos publicassem esta mensagem que deixei preparada", escreveu.
"Se você me conheceu na vida real, provavelmente você já soube da notícia por outra fonte. Mas como quer que você tenha sabido, considere esta uma confirmação: nasci em 30 de junho de 1969 em Vancouver, no Canadá, e morri em Burnabi no dia 3 de maio de 2011, aos 41 anos, de complicações do estágio 4 de câncer colorretal em metástase. Todos sabíamos que isso ia acontecer."
A história vinha despertando a atenção no Canadá, onde Derek era uma figura bastante conhecidas devido aos dez anos de blogosfera. Segundo a imprensa canadense, o último post atraiu mais de 8 milhões de leitores.
A mensagem foi ao ar no dia 4 e, desde então, recebeu 143 comentários, foi postada no Facebook por mais de 10 mil pessoas e reenviada pelo Twitter por 2.775.
Casado havia 16 anos e pai de duas filhas, o blogueiro era formado em biologia marinha e tinha tido experiências profissionais como músico, fotógrafo, escritor e editor.
Derek foi diagnosticado com câncer em 2007. Nos seus relatos, ele dava detalhes de sua dolorosa experiência entre pinceladas de trivialidade, como o seu gosto por Diet Cherry Coke – Coca-Cola com sabor de cereja – e a ceia de Páscoa.
A partir do fim de 2010, quando descobriu que a doença havia entrado em fase terminal, os relatos indicam a piora na qualidade de vida do paciente. O blogueiro perdeu a voz por quase dois meses.
Mas ele disse que se considerava "sortudo" de ter mantido a lucidez até o fim da vida.
"Não tive medo da morte – do momento em si – ou do que vem depois, que era (e é) nada. Ao longo do tempo, permaneci um tanto receoso do processo de morrer, da fraqueza e da fadiga crescentes, da dor, de se tornar menos e menos eu mesmo à medida que me aproximava dela", disse.
"Tive sorte que minhas faculdades mentais continuaram em geral não afetadas nos meses e anos antes do fim, e não houve sinais de câncer no meu cérebro – até onde eu ou qualquer outra pessoa soubesse."
O blogueiro encerra o seu post com uma declaração de amor à esposa, Airdrie, que havia conhecido 23 anos antes e com quem estava casado há 16.
Após a morte de Derek, Airdrie disse que seguirá o desejo do marido e transformará o site em um arquivo, como uma espécie de "memória digital" do blogueiro.
"O mundo, na verdade todo o universo, é um lugar lindo, surpreendente, maravilhoso. Sempre há mais a se descobrir. Não olho para trás nem me arrependo de nada, e espero que minha família possa encontrar uma maneira de fazer o mesmo. O que é verdade é que as amei", escreveu Derek.
"Airdrie, você foi minha melhor amiga e a pessoa mais próxima. Não sei o que teríamos sido um sem o outro, mas acho que o mundo teria sido um lugar mais chato. Te amei profundamente, te amei, te amei, te amei."
> Fortunato avisa no alto-falante: ‘Quero que saibam que morri’ (com som)
novembro de 2009
Comentários
impressão minha ou ele não cita fé ou deuses?
Já sei vai virar "ditado" para os pseudos...
Tu é um insensível ao fazer uma "reflexão tão profunda" sobre o que é a vida no final dela.
Ele não cita porque é um problema dele com suas crenças... Agora nós não TEMOS NADA COM ISSO!
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