Corpos das vítimas eram deixados em forma de cruz |
Em 2008, D.F. (foto), então com 16 anos, matou em Rio Brilhante, no Mato Grosso do Sul, três pessoas as quais considerou “impuras” e deixou os corpos em forma de cruz para que obtivessem a salvação. O assassino passou a ser chamado de Maníaco da Cruz e ele só não matou mais porque foi descoberto e internado em uma unidade de recuperação de adolescentes de Ponta Porã.
Agora, a população teme que D.F. volte para cidade. O jovem complexou 19 anos em janeiro e tem tido bom comportamento.
Pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o período da internação sócio-educativas não pode exceder a três anos, exceto nos casos em que ficar comprovado que o jovem é portador de transtornos mentais.
Já venceu o prazo de o D.F. ser solto, o que não ocorreu porque foi considerado inapto na sua mais recente avaliação psicológica, em meados do ano passado. A avaliação é feita a cada seis meses, conforme determina o ECA.
O Maníaco da Cruz matou o pedreiro Catalino Gardena, 30, por ser alcoólatra e gay, a frentista Letícia Neves de Oliveira, 22, por ser lésbica, e a estudante Gleice Kelly da Silva, 13, por ser usuária de drogas -- sempre de acordo com o seu julgamento. Todos foram asfixiados.
Um dia após ter matado Gleice, D.F. entrou na página do Orkut dela, não gostou das mensagens de pêsames que lá estavam e escreveu: “Mortos não recebem recado”.
Para decidir quem matar, D.F. conversava com as suas prováveis vítimas. Era, segundo ele, “uma entrevista” para saber quem era “impuro”. Uma jovem deixou de ser morta porque parecia com a namorada dele.
Paulo César Vilaverde Torraca, direitor da Unei (Unidade Educacional de Internação), confirmou que D.F. tem apresentado comportamento exemplar, participando de atividades com os demais internos.
Lista do assassino |
Quando foi preso, D.F. fez afirmações que explicam o temor das pessoas de Rio Brilhante, como a de que tinha “pego gosto de matar”. Ele pretendia superar o seu ídolo, o Maníaco do Parque (Francisco de Assis Pereira), que nos anos 90 matou em São Pelo pelo menos sete mulheres.
Com informação do Bom Dia MS, da TV Morena, e do arquivo deste blog.
> Carla conta como sobreviveu ao ataque do Maníaco da Cruz.
outubro de 2008
> Caso do Maníaco da Cruz. > Casos de transtorno mental.
Comentários
Por exemplo, a lei criminal admite o exame psiquiátrico para determinar a imputabilidade de um criminoso, mas o ECA não admite um exame psiquiátrico para determinar que um adolescente teria consciência de seus atos.
Se considerarmos que nossa lei criminal já é uma porcaria de leniência e brechas (provavelmente propositais) o ECA se revela ainda mais monstruoso.
Uma lei para cidadãos ideais, vivendo em um paraíso, que foi infelizmente aplicada no mundo real.
Mas cada dia fica mais evidente que em certos casos eliminar a fonte do dano é a melhor maneira de evitar futuros problemas.
Sim, sou favorável à pena de morte, ainda que de forma limitada.
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