Dilma afirma que não permitirá propaganda de opções sexuais

Dilma não gostou de vídeo do kit gay

A presidente Dilma Rousseff disse hoje (26) que não gostou do kit anti-homofobia. “Não aceito propagada de opções sexuais”, disse. Ontem, ela mandou suspender o material do chamado kit gay -- que o Ministério da Educação e Cultura estava produzindo com a ajuda de militantes gays -- por considerá-lo “inadequado”. 

Hoje pela manhã, a presidente disse não ter visto os três vídeos do kit, mas apenas “um pedaço” deles por intermédio da imprensa e já foi o bastante para que ela discordasse do seu conteúdo.

Afirmou que o seu governo luta contra práticas homofóbicas, mas não permitirá que nenhum órgão faça “propaganda de opções sexuais”. “De nenhuma forma nós podemos interferir na vida privada das pessoas”, disse.

Ela já tinha dito ontem que a partir agora todas as decisões governamentais que envolvam “costumes” terão de ser discutidas pelos setores interessados da sociedade antes de sua aprovação (ou não).

A campanha escolar do governo contra a homofobia vai ser revista e não há prazo para que seja concluída. O que já está certo, segundo a presidente, é que “não haverá defesa de A, B ou C”.

Líderes do movimento gay acusam Dilma de ter cedido às pressões da bancada religiosa do congresso, que vinha ameaçando, em represália, viabilizar a convocação do ministro Antônio Palocci (Casa Civil) para que ele explique o seu rápido enriquecimento.

Os adversários do movimento gay, nessa questão, destacam, entre outras coisas, que um material didático a ser distribuído a todos os estudantes não pode ser elaborado apenas por representantes de um segmento da sociedade, a dos homossexuais.

O material, segundo eles, tem de ser elaborado por educadores, com a isenção e equidistância de quem não é militante de nenhuma causa, a não a da melhor educação às crianças brasileiras.

Com informação da Agência Brasil.

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dezembro de 2010