por David Clohessy, diretor da
Rede de Sobreviventes dos Abusados por Padres
Em uma carta circular aos bispos do mundo, divulgada na segunda-feira (16), a Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano pediu que cada conferência episcopal do mundo prepare "linhas diretrizes" para lidar com os casos de abuso sexual de menores por membros do clero.
Eu acredito que as linhas diretrizes vão mudar muito pouco na forma como a Igreja Católica trata esses casos. Aqui estão 10 razões pelas quais eu penso isso:
1) Elas são apenas "linhas diretrizes".
Elas não são vinculantes ou obrigatórias, apenas sugestões – diferentemente das novas regras ou "instruções" que o Vaticano acaba de divulgar sobre a missa em latim.
2) Essas "linhas diretrizes" voluntárias foram amplamente ignoradas no passado.
Um exemplo notável: ao longo da década de 1990, os bispos dos EUA ignoraram quase totalmente suas próprias linhas diretrizes voluntárias semelhantes sobre o abuso que eles adotaram em 1993.
3) As "linhas diretrizes" não exigem que os bispos chamem a polícia quando souberem ou suspeitarem de crimes sexuais contra crianças.
Chamar a polícia é, talvez, o único passo mais efetivo que um bispo pode dar para proteger as crianças.
4) Em um punhado de nações com políticas supostamente obrigatórias contra o abuso na Igreja, essas políticas são inaplicáveis.
Por exemplo, a política dos EUA de 2002, que supostamente é "lei da Igreja", está cada vez mais sendo violada (especialmente as provisões acerca da "transparência"), sem nenhuma consequência de qualquer espécie aos malfeitores.
O exemplo recente mais notório é, claro, a arquidiocese da Filadélfia, que, de acordo com os promotores e os membros do Grande Júri, mantiveram no ministério por anos dezenas de padres abusadores confiavelmente acusados, e isso até há apenas dois meses.
5) Mesmo que Bento 16 quisesse impôr as diretrizes, a estrutura da Igreja é um enorme obstáculo.
O papa, diz-se, supervisiona 4.400 bispos de todo o planeta, uma estrutura inerentemente incontrolável.
6) Mesmo que Bento 16 quisesse impôr as diretrizes, a cultura da Igreja é um enorme obstáculo.
Séculos de sigilo interesseiro não podem ser facilmente revertidos. Veja como poderosos prelados como o cardeal Angelo Sodano, secretário de Estado de 1990 a 2006, protegeram o padre Marcial Maciel Degollado por tanto tempo.
7) Poucas autoridades da igreja, se é que existem, estão, aparentemente, pressionando por uma reforma real.
Se houvesse um contingente, ainda que pequeno, de bispos que se manifestasse e que defendessem fortemente medidas de prevenção verdadeiramente efetivas, algumas autoridades do Vaticano poderiam sentir alguma pressão para se comprometer com elas. Mas, evidentemente, não há um quadro de bispos verdadeiramente corajosos e francos.
8) Os malfeitores continuam sendo promovidos, e os denunciantes continuam sendo enviados ao ostracismo, então por que mais algumas palavras vagas sobre o papel que traria qualquer mudança na forma como os bispos tratam o abuso e o acobertamento?
Bispos como Diarmuid Martin, da Irlanda, Geoffrey Robinson, da Austrália, eThomas Gumbleton, dos Estados Unidos, são isolados pelos seus pares, enquanto prelados como Bernard Law, anteriormente em Boston, e Justin Rigali, daFiladélfia, são tolerados e até mesmo promovidos. (Apenas no mês passado, Bento 16 indicou Rigali, o prelado mais amplamente desacreditado dos EUA, para ser representante especial do papa em uma grande festa da Igreja na República Tchecano próximo mês).
Nos Estados Unidos, um número de autoridades da Igreja altamente controversos e comprometidos foram recentemente elevados pelo papa Bento 16: Christopher J. Coyne, de Boston, em março, foi ordenado o primeiro bispo auxiliar de Indianápolis, Indiana, desde 1933; Joseph R. Cistone, bispo auxiliar da Filadélfia, foi transferido para liderar a diocese de Saginaw, Michigan; José H. Gomez era bispo auxiliar deDenver, depois passou cinco anos como arcebispo de San Antonio, Texas, e, em seguida, foi indicado para Los Angeles.
9) Elas são um movimento muito tardio.
A alta cúpula da igreja sabia dos crimes sexuais e dos acobertamentos do clero por décadas, senão por séculos.
10) Elas são um movimento muito relutante.
As linhas diretrizes estão sendo escritas agora só porque a crise chegou à porta do papa. A pressão veio de reportagens investigativas sobre o papel de Bento 16 no ocultamento de casos e devido ao crescente número e sucesso das ações civis.
Em uma carta circular aos bispos do mundo, divulgada na segunda-feira (16), a Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano pediu que cada conferência episcopal do mundo prepare "linhas diretrizes" para lidar com os casos de abuso sexual de menores por membros do clero.
Eu acredito que as linhas diretrizes vão mudar muito pouco na forma como a Igreja Católica trata esses casos. Aqui estão 10 razões pelas quais eu penso isso:
1) Elas são apenas "linhas diretrizes".
Elas não são vinculantes ou obrigatórias, apenas sugestões – diferentemente das novas regras ou "instruções" que o Vaticano acaba de divulgar sobre a missa em latim.
2) Essas "linhas diretrizes" voluntárias foram amplamente ignoradas no passado.
Um exemplo notável: ao longo da década de 1990, os bispos dos EUA ignoraram quase totalmente suas próprias linhas diretrizes voluntárias semelhantes sobre o abuso que eles adotaram em 1993.
3) As "linhas diretrizes" não exigem que os bispos chamem a polícia quando souberem ou suspeitarem de crimes sexuais contra crianças.
Chamar a polícia é, talvez, o único passo mais efetivo que um bispo pode dar para proteger as crianças.
4) Em um punhado de nações com políticas supostamente obrigatórias contra o abuso na Igreja, essas políticas são inaplicáveis.
Por exemplo, a política dos EUA de 2002, que supostamente é "lei da Igreja", está cada vez mais sendo violada (especialmente as provisões acerca da "transparência"), sem nenhuma consequência de qualquer espécie aos malfeitores.
O exemplo recente mais notório é, claro, a arquidiocese da Filadélfia, que, de acordo com os promotores e os membros do Grande Júri, mantiveram no ministério por anos dezenas de padres abusadores confiavelmente acusados, e isso até há apenas dois meses.
5) Mesmo que Bento 16 quisesse impôr as diretrizes, a estrutura da Igreja é um enorme obstáculo.
O papa, diz-se, supervisiona 4.400 bispos de todo o planeta, uma estrutura inerentemente incontrolável.
6) Mesmo que Bento 16 quisesse impôr as diretrizes, a cultura da Igreja é um enorme obstáculo.
Séculos de sigilo interesseiro não podem ser facilmente revertidos. Veja como poderosos prelados como o cardeal Angelo Sodano, secretário de Estado de 1990 a 2006, protegeram o padre Marcial Maciel Degollado por tanto tempo.
7) Poucas autoridades da igreja, se é que existem, estão, aparentemente, pressionando por uma reforma real.
Se houvesse um contingente, ainda que pequeno, de bispos que se manifestasse e que defendessem fortemente medidas de prevenção verdadeiramente efetivas, algumas autoridades do Vaticano poderiam sentir alguma pressão para se comprometer com elas. Mas, evidentemente, não há um quadro de bispos verdadeiramente corajosos e francos.
8) Os malfeitores continuam sendo promovidos, e os denunciantes continuam sendo enviados ao ostracismo, então por que mais algumas palavras vagas sobre o papel que traria qualquer mudança na forma como os bispos tratam o abuso e o acobertamento?
Bispos como Diarmuid Martin, da Irlanda, Geoffrey Robinson, da Austrália, eThomas Gumbleton, dos Estados Unidos, são isolados pelos seus pares, enquanto prelados como Bernard Law, anteriormente em Boston, e Justin Rigali, daFiladélfia, são tolerados e até mesmo promovidos. (Apenas no mês passado, Bento 16 indicou Rigali, o prelado mais amplamente desacreditado dos EUA, para ser representante especial do papa em uma grande festa da Igreja na República Tchecano próximo mês).
Nos Estados Unidos, um número de autoridades da Igreja altamente controversos e comprometidos foram recentemente elevados pelo papa Bento 16: Christopher J. Coyne, de Boston, em março, foi ordenado o primeiro bispo auxiliar de Indianápolis, Indiana, desde 1933; Joseph R. Cistone, bispo auxiliar da Filadélfia, foi transferido para liderar a diocese de Saginaw, Michigan; José H. Gomez era bispo auxiliar deDenver, depois passou cinco anos como arcebispo de San Antonio, Texas, e, em seguida, foi indicado para Los Angeles.
9) Elas são um movimento muito tardio.
A alta cúpula da igreja sabia dos crimes sexuais e dos acobertamentos do clero por décadas, senão por séculos.
10) Elas são um movimento muito relutante.
As linhas diretrizes estão sendo escritas agora só porque a crise chegou à porta do papa. A pressão veio de reportagens investigativas sobre o papel de Bento 16 no ocultamento de casos e devido ao crescente número e sucesso das ações civis.
Com informação do National Catholic Reporter e tradução de Moisés Sbardelotto para IHU On-Line.
dezembro de 2010
Comentários
´´porque uma religião tão antiga , rica e poderosa , que prega a paz , o amor ao próximo , aos bons costumes , a castidade e a retidão moral , está envolvida até o pescoço em escandalos sexuais e pedofilia ???´´
A Igreja, melhor dizendo, o Vaticano, é um Estado,território bastante reduzido, se levarmos em conta que já no século VII d.C,era a maior proprietária de terras do Ocidente. Tudo começou é claro, com um estelionato, um tremendo golpe de falsários, que forjaram a famosa "Doação de Constantino", doando quase toda a Itália e inclusive Roma ao Papa Silvestre I. Na verdade os chamados Estados Pontifícios, que até o século XIX eram um terço da Itália e que pertenciam à Igreja, foram criados com Pepino o Breve, no século VIII, pois este, para agradecer o apoio papal à sua invasão do Reino Lombardo, doou-lhe o território onde a Santa Sé estabeleceu sua monarquia teocrática e sua política de arrecadação de capital. OS PAPAS DESDE TEMPOS MEDIEVAIS, sempre dependeram dos banqueiros judeus para sobreviver, pois usura era considerada pecado pelos "cristãos". Assim eram os célebres Rothschilds banqueiros da Igreja no século XIX...Assim como são nebulosas como a fumaça dos turíbulos as finanças esfumaçadas da Igreja, suas relações diplomáticas com ambos os lados da guerra dão-lhe enorme poder. Possui mesmo um serviço secreto, criado por Pio IX, que no tempo da 2a. Grande Guerra, era mais bem aparelhado, que o dos próprios espiões norte-americanos e que os dos nazistas...Há indícios que os espiões vaticanos forneciam informações aos dois lados, ambos sabedores da dupla-informação. E foi assim, e sempre será,que conseguiram e conseguem se manter, referendads pela mentira, pela corrupção, pela imunidade diplomática, pelas relações exteriores, pela propriedade de Universidades, televisões, rádios, colégios, e um incalculável político poder.
__________________________________
Money and the Rise of the Modern Papacy
Financing the Vatican, 1850–1950
John F. Pollard, University of Cambridge
Vaticano S.A. GianLuigi Nuzzi, Larousse, 2010
´´porque uma religião tão antiga , rica e poderosa , que prega a paz , o amor ao próximo , aos bons costumes , a castidade e a retidão moral , está envolvida até o pescoço em escandalos sexuais e pedofilia ???´´
Porque a pregação da paz é uma doutrina exotérica (ex, para fora) enquanto esotericamente (esos, em segredo) a ICAR se comporta conforme seus interesses políticos. Se fosse possível restaurar o poder papal provocando uma grande guerra mundial, com certeza ela aconteceria.
O amor ao próximo nunca foi realmente praticado por nenhuma religião. Eram os fieis que eram instados a amá-los. As estruturas religiosas sempre discriminaram entre "nós" e "eles" e sempre amaram mais a alguns do que a outros.
Bons costumes, castidade e retidão moral são valores que dificilmente são adotados pelas pessoas, especialmente a castidade. Por isso é mais sensata a abordagem do hinduísmo, que coloca diferentes níveis de obediência aos preceitos, dependendo da casta ou da afiliação sectária ou da escolha individual. O cristianismo, querenod fazer todos santos, torna quase todos hipócritas.
E por fim, a pedofilia é pedagógica. Um pedagogia "do mal", mas uma pedagogia enfim. Ela ensina valores e cristaliza relações de poder. A impunidade reforça a submissão. Tudo isso sempre existiu, mas a ICAR tinha tanta influênica que isso era abafado. Não foi a Igreja que mudou, foi o mundo.
Papas, bispos, reis, nobres e todos tipos de senhores sempre tiveram seus pagens, valets-de-chambre, ou na realidade brasileira, seus “moleques-de- pancadas”. Muitos deles foram adotados ou “criados em casa”, com estes fins, sob pretextos que variam desde à utilização para o trabalho, até à educação e “pedagogia” militar, intelectual, ou eclesiástica... Não nos esqueçamos dos coros de castratti, na própria Roma dos papas, até os universalmente disseminados corais de igreja, orfanatos, internatos e reformatórios; compostos exclusivamente por meninos e jovenzinhos púberes, todos na ebulição dos hormônios, e tendo a sexualidade fiscalizada em visitas noturnas, por homens celibatários e mentes povoadas de fantasias infernais...Esta má pedagogia esconderá segredos mais bizarros que a da filmografia almodovariana? Em pleno século 20, o papa silencia ante o sequestro moral de crianças católicas. NO SÉCULO 19, O PAPA PIO IX SEQUESTROU FISICAMENTE UM MENINO JUDEU. À revelia dos pais, o menino judeu sequestrado foi criado na corte papal. O Papa se afeiçoou a ele E O EDUCOU PARA SER PADRE. O jovem é claro, separado dos pais, seguiu a "pedagogia" vaticana. Tornou-se sacerdote católico. Os pais, entretanto, nunca desistiram de lutar na justiça por ele, pelo direito de que ele fosse educado e criado pela própria família. Reis, Governos, Opinião pública mundial, e até imperadores se opuseram ao arbítrio tirânico do Papa...Mas quem pode enfrentar um Papa? O caso Edgardo Mortara narrado por David Kertzer, é um claro indício que não se pode esperar que nenhum Papa volte atrás em sua “pedagogia do mal”, mesmo que seja a vítima uma criança, desde que tal omissão,ou prática do mal, seja fundamentada sob a defesa da fé. O argumento usado pelo papa sequestrador, foi o de que a criança tinha sido batizada enquanto doente,pela própria babá, temendo que “morresse e não fosse para o céu”, e o fez em segredo, depois narrando aos confessores-inquisidores. O argumento atual, seria o de que as crianças vitimadas pelo crime da pedofilia, uma vez tendo sido “educadas” cristãs, DEVEM perdoar os agressores, guardando a culpa para si. Que doutrina benéfica, sobretudo para evitar caras indenizações por danos morais perpetrados por representantes da Igreja! Mas estes mesmos argumentos não podem ser utilizados pelos pais das crianças, quando, por exemplo, deixam de pagar as caras mensalidades das escolas católicas...AS LISTAS DOS CULPADOS POR DÉBITO SÃO AMPLAMENTE DIVULGADAS, os filhos dos contraentes das DÍVIDAS são notificados, e os NOMES PASSAM A CONSTAR EM TODOS OS CADASTROS DE SERVIÇOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO COMERCIAL E BANCÁRIO!... PERDÃO DOS DEVEDORES, só se aplica quando estes são os padres, eis o argumento da Igreja. Sob o pretexto de “educar” uma alma cristã, uma vez tendo sido batizada, o papa ordenou à polícia vaticana que invadisse a casa dos judeus (aquele tempo vivendo em guetos em Roma, como até bem pouco tempo) violasse a garantia fundamental da inviolabilidade do lar, o pátrio-poder dos pais da criança e a sequestrasse, num ato hediondo, criminoso, inadmissível a um cura de aldeia, quanto mais a um papa; verdadeiro excesso de arbítrio, desprezando todas as leis naturais e até as "divinas". Neste mesmo tempo, milhares de escravos batizados eram açoitados, torturados, e o papa nunca reconheceu o DIREITO de “cristãos batizados não serem escravizados”! Pelo simples argumento de "defesa da fé católica", SE UM CRIME COMETIDO POR UM PAPA É JUSTIFICADO, porque não seriam os crimes de pedofilia dos padres, considerados sob a ótica de defesa da fé, também por DEVER DE JUSTIÇA , SEREM ACOBERTADOS E PERDOADOS?
porque o papa não voltara´
atrás:
1a. o Papa é infalível, logo não pode errar em questões de fé e moral.
2a. O Papa é rico, pode fazer impor seu poder econômico, como os ricos, acima da própria moral.
3a. Quem julgaria um Papa? Ele é a instância suprema de julgamento. Está escrito no direito canônico da Igreja Católica;
A SÉ Suprema (isto é Roma/Papa) não pode
ser julgada
POR NINGUÉM
4a. Os grandes envolvidos na pedofilia, os tubarões, também são ricos, e ricos, sempre
escapam. O dinheiro tem um poder mágico para fazer desaparecer processos e abrir portas com invisíveis chaves.
5a. Os vitimizados, em sua grande maioria, são pobres. Já ouviu falar de algum filho de rico, ou de nobre, ou de autoridade governamental serem abusados? claro que não,
os pedófilos são como as formigas, conhecem as folhas que cortam.
6a. Os Estados têm em sua grande maioria relações diplomáticas com o Vaticano que concede imunidade ao soberano como aos seus refugiados e é impossível extraditá-los.
7a. As pessoas ainda entregam os filhos aos padres, mesmo sabendo que são em número significativo, não sabemos se grande ou pequeno número, mas significativo, abusadores de adolescentes, por se tratarem de praticantes de uma homossexualidade não assumida, enrustida e homofóbica, persecutória dos iguais.
8a. O imaginário das pessoas imaturas, frágeis, vulneráveis, até emocionalmente instáveis ou psicologicamente desequilibradas, ou até normais porém um pouco perturbadas, É PROFUNDAMENTE APEGADO ÁS FIGURAS VENERÁVEIS, AUTORIDADE, como padres, pastores, psiquiatras, na projeção TRANSFERÊNCIA da ausência da afetividade paterna.
9a. Crianças sem pai, filhos de mãe solteira, pais separados , qualquer ausência paterna, sentem inclinações à ligarem-se emocionalmente, afetiva e sentimentalmente (projeção do amor paterno por um vínculo externo) por homens maduros, O QUE PODE SER DESVIRTUADO PELOS SOCIOPATAS, para aliciá-las psicologicamente, induzi-las à dependência emocional, envolvimento AFETIVO, e e depois sexual
10a. Pais omissos, pais ausentes, pais irresponsáveis, às vezes também tendo sido no passado crianças abandonadas e até abusadas, TENDEM A REPETIR O CICLO(CÍRCULO) VICIOSO DA AUTONEGAÇÃO DO PRÓPRIO ABUSO SOFRIDO, negando o abuso presente dos filhos, e até responsabilizando-os, inculpando-lhes, querendo se justificar, tipo: POR QUE VOCÊ DEIXOU esse homem abusar de você? Você É gay? Sentem-se envergonhados, pois os filhos reproduzem comportamentos inconscientes e desejos latentes dos pais, e desistem de lutar.
1a. A realidade econômica e social dos locais onde ocorre a pedofilia eclesiástica é igualitária: comunidades fortemente marcadas pelo viés sentimentalista-religioso, que absolve os sacerdotes, para não inculpar Deus, que eles representam
2a. Os filhos dessas pessoas tendem a ser adolescentes no mínimo problemáticos quanto à culpa sexual, ocorrendo-lhes a idéia de pecado por uma simples masturbação ou desejo de ter relação com outrem
3a. Expostos por um lado à uma excessiva erotização da sociedade que vivermos e ao estímulo natural das solicitações da época da vida em que estão, com os hormônios em ebulição, É COMUM A DÚVIDA TANTO QUANTO ÀS PREFERÊNCIAS REAIS QUANTO AS EXTERIORMENTE PROVOCADAS. Existe uma certa ambiguidade do desejo adolescente, com certa tendência bissexual e até homossexual.
3a. A INCERTEZA E A DÚVIDA, aliadas à confiança numa pessoa que representa e encarna a fé e a certeza, personificando o absoluto ilógico de todas as respostas, para as imaginárias e fantasiosas E IRREAIS perguntas, produz no imaginário das vítimas um desejo por saber, por poder, e por prazer que pode envolvê-las sem que percebam de início, na erotização da autoridade.
4a. Por outro lado, os manejadores das consciências, TENDO ESTUDADO AS TEORIAS PSICOLÓGICAS, PSICANALITICAS, ANTROPOLÓGICAS E FILOSÓFICAS, sabem como conduzir essas mentes dominadas pelos conflitos e incertezas A SEU BEL PRAZER, tanto podendo orientá-las à uma busca sincera pela verdade, quando SÃO PESSOAS DE ÍNDOLE E CARÁTER SAUDÁVEIS E MADURO EQUILÍBIO DA PERSONALIDADE; quanto desviá-las, enchendo-lhes a cabeça com ilusões, devaneios, alimentando suas neuroses com proteção, apoio, e conquistando-lhe a confiança...Porém sem questioná-las, sem contraditá-las, deixando-as acríticas e na permanente infantilidade, para melhor dominá-las.
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