Embora sejam mais éticos que os muitos religiosos, os ateus são tidos como raivosos e perversos |
Escrito cerca de 2.000 anos atrás, o Salmo 14 afirma que os ateus são tolos e corruptos e incapazes de praticar o bem. Nos Estados Unidos, houve um significativo recuo no preconceito contra negros, gays e judeus, mas a intolerância para com os descrentes se mantém firme.
Os ateus são tido como perversos e raivosos, escreveram os sociólogos Phil Zuckerman e Gregory Paul. “Eles não são aceitos pelos escoteiros.”
No entanto, de acordo com pesquisas lembradas pelos sociólogos, os ateus e as pessoas não religiosas em geral têm um comportamento moral pautado pela decência e pelo respeito ao próximo, na maioria dos casos.
São pessoas que se colocam contra a tortura, racismo, sexismo, homofobia e degradação do ambiente. Valorizam a liberdade de expressão e são mais propensos ao uso preservativo. São mais universalistas do que nacionalistas.
“Os descrentes têm sido mais éticos do que os religiosos, principalmente em relação àqueles que se afirmam muitos religiosos”, escreveram os sociólogos em um artigo para o The Washington Post.
Eles também destacaram que os ateus estão mais bem preparados culturamente, demonstrando mais inteligência, habilidade verbal e conhecimentos científicos.
Apesar dessas vantagens comparativas, Zuckerman e Paul disseram que a maioria dos americanos se recusa ou se mantém relutante em se casar com um descrente. Os eleitores também não confiam em quem não acredita em Deus. E quem for declaradamente ateu tem poucas chances de ser convidado para compor a equipe de um governo.
Os sociólogos destacaram que, evidentemente, nem todas as pesquisas são favoráveis aos ateus. Citaram um estudo que aponta ser a incidência de suicídios maior entre ateus em relação aos religiosos. Mas alertam que esse estudo pode estar equivocado porque se baseia em uma pesquisa onde os indecisos em relação à existência de Deus foram colocados no grupo dos ateus.
O preconceito contra as minorias nos Estados Unidos tem diminuído por causa, entre outros fatores, de um forte engajamento da imprensa. Mas até nisso, segundo os sociólogos, os ateus têm sido discriminados.
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Comentários
O preconceito com ateus parece não ser exclusividade dos EUA.
Em suma o bom ateu é aquele que se cala e que nunca manifesta a sua opinião. Em analogia o bom gay nunca demonstra seus afetos e nunca defende os seus direitos. Que tipo de ateu ou de gay não manifesta a sua essência?
O quão frágil é a sua postura filosófica para pregar uma censura aos seus opositores.
Mas, por favor, não se comparem aos gays, aos negros, mulheres, e mesmo a religiosos, que foram mortos, execrados, mutilados, separados dos seus familiares... por serem negros, optarem sexualmente, serem do "sexo frágil", ou crerem em deuses.
Longe disso ter ocorrido com tamanha violência. O que não responde nem é aceitável qualquer ateu ser separado, calado ou morto por pensar diferente aos da sua sociedade e cultura.
Melhor seria cerca de 3.000 anos atrás.
Putz.
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