da BBC Brasil
A rainha Silvia (foto), da Suécia, pediu uma investigação sobre os supostos laços nazistas de seu pai, no período em que ele viveu na Alemanha e no Brasil, nos anos 30 e 40.
Em um comunicado oficial, a Corte Real Sueca afirmou que ''a rainha, juntamente com a família Sommerlath, tomou a iniciativa de levantar fatos a respeito das atividades de Walter Sommerlath no Brasil e na Alemanha entre 1930 e 1940''.
A decisão veio após duras críticas na Suécia a comentários feitos pela rainha a repórteres, sobre o que ela acreditava ser o passado de seu pai.
Ela sabia que seu pai era filiado ao Partido Nazista alemão, mas disse que ele ''não era politicamente ativo'' e tinha sido forçado a se associar ao partido para salvar sua carreira. "(o nazismo) Era uma máquina, se você protestava, estaria lutando contra toda uma máquina", disse ela.
Sobre o retorno de seu pai à Alemanha em pleno auge do nazismo, ela disse: ''Você precisa se colocar na psicologia da época. A Alemanha estava se levantando das cinzas. A alegria em notar que a terra-mãe estava lá novamente de repente, convenceu meu pai a apoiar a Alemanha e a ingressar no partido''.
Analistas ouvidos pela imprensa sueca lembraram que essa linha de argumento foi usada por vários nazistas julgados por crimes de guerra.
Em resposta, a rainha decidiu pela investigação, que está sendo conduzida por historiadores.
Sílvia Renate Sommerlath nasceu na Alemanha, em 1943, e é filha do empresário alemão Walther Sommerlath e da brasileira Alice Soares de Toledo. Após o final da Segunda Guerra Mundial, em 1947, sua família se mudou para o Brasil pela segunda vez e viveu em São Paulo até 1957, retornado depois à Alemanha.
O empresário Walter Sommerlath deixou a Alemanha em 1919 rumo ao Brasil. Em São Paulo, ele casou-se com Alice. Um ano após a ascensão de Adolf Hitler ao poder na Alemanha, em 1934, ingressou no Partido Nazista, ainda enquanto vivia no Brasil, onde administrava a subsidiária alemã de uma siderúrgica.
Ele retornou à Alemanha com a sua família em 1938. Ali, ele teria, em 1939, segundo denúncia feita no programa da TV sueca Kalla Fakta, assumido o controle de uma fábrica cujo proprietário anterior era judeu, como parte do programa de ''arianização'' dos nazistas.
De acordo com o programa, a fábrica produzia peças para tanques alemães e foguetes anti-aéreos. A rainha Silvia disse acreditar que os itens produzidos eram trens de brinquedo, secadores de cabelo e filtros para máscaras de gás.
Silvia Somerlath conheceu seu marido, o então futuro rei da Suécia, Carl XVI Gustaf, durante os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, quando ela estava trabalhando como intérprete.
Seu pai esteve presente ao seu casamento, em 1976, mas a família não revelou, na ocasião, as conexões dele com o nazismo.
O passado nazista de Walter Sommerlath só veio à tona mais de dez anos após o ano de sua morte, em 1990, quando a imprensa sueca publicou os primeiros relatos sobre o tema, em 2002.
A rainha Silvia (foto), da Suécia, pediu uma investigação sobre os supostos laços nazistas de seu pai, no período em que ele viveu na Alemanha e no Brasil, nos anos 30 e 40.
Em um comunicado oficial, a Corte Real Sueca afirmou que ''a rainha, juntamente com a família Sommerlath, tomou a iniciativa de levantar fatos a respeito das atividades de Walter Sommerlath no Brasil e na Alemanha entre 1930 e 1940''.
A decisão veio após duras críticas na Suécia a comentários feitos pela rainha a repórteres, sobre o que ela acreditava ser o passado de seu pai.
Ela sabia que seu pai era filiado ao Partido Nazista alemão, mas disse que ele ''não era politicamente ativo'' e tinha sido forçado a se associar ao partido para salvar sua carreira. "(o nazismo) Era uma máquina, se você protestava, estaria lutando contra toda uma máquina", disse ela.
Sobre o retorno de seu pai à Alemanha em pleno auge do nazismo, ela disse: ''Você precisa se colocar na psicologia da época. A Alemanha estava se levantando das cinzas. A alegria em notar que a terra-mãe estava lá novamente de repente, convenceu meu pai a apoiar a Alemanha e a ingressar no partido''.
Analistas ouvidos pela imprensa sueca lembraram que essa linha de argumento foi usada por vários nazistas julgados por crimes de guerra.
Em resposta, a rainha decidiu pela investigação, que está sendo conduzida por historiadores.
Sílvia Renate Sommerlath nasceu na Alemanha, em 1943, e é filha do empresário alemão Walther Sommerlath e da brasileira Alice Soares de Toledo. Após o final da Segunda Guerra Mundial, em 1947, sua família se mudou para o Brasil pela segunda vez e viveu em São Paulo até 1957, retornado depois à Alemanha.
O empresário Walter Sommerlath deixou a Alemanha em 1919 rumo ao Brasil. Em São Paulo, ele casou-se com Alice. Um ano após a ascensão de Adolf Hitler ao poder na Alemanha, em 1934, ingressou no Partido Nazista, ainda enquanto vivia no Brasil, onde administrava a subsidiária alemã de uma siderúrgica.
Ele retornou à Alemanha com a sua família em 1938. Ali, ele teria, em 1939, segundo denúncia feita no programa da TV sueca Kalla Fakta, assumido o controle de uma fábrica cujo proprietário anterior era judeu, como parte do programa de ''arianização'' dos nazistas.
De acordo com o programa, a fábrica produzia peças para tanques alemães e foguetes anti-aéreos. A rainha Silvia disse acreditar que os itens produzidos eram trens de brinquedo, secadores de cabelo e filtros para máscaras de gás.
Silvia Somerlath conheceu seu marido, o então futuro rei da Suécia, Carl XVI Gustaf, durante os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, quando ela estava trabalhando como intérprete.
Seu pai esteve presente ao seu casamento, em 1976, mas a família não revelou, na ocasião, as conexões dele com o nazismo.
O passado nazista de Walter Sommerlath só veio à tona mais de dez anos após o ano de sua morte, em 1990, quando a imprensa sueca publicou os primeiros relatos sobre o tema, em 2002.
outubro de 2008
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