por Igor Gielow, da Folha
Grupos de apoio a vítimas de abuso sexual por religiosos fizeram protestos nos EUA e Europa contra a beatificação de João Paulo 2º, sob cujo pontificado foram feitas as primeiras grandes revelações de escândalos na área.
"É um absurdo honrar aquele que essencialmente, por esconder e proteger os culpados, sancionou a malfeitoria", disse à Folha Barbara Blaine, presidente da Snap (acrônimo inglês para Rede de Sobreviventes de Abusos de Padres).
Maior grupo do gênero no mundo, com 10 mil membros, a Snap foi fundada em 1988 --bem antes de o grande escândalo americano de pedofilia de padres estourar, em 2001 nos EUA.
"Em mais de 25 anos, esse homem tão poderoso não fez quase nada para proteger nossas crianças", disse ela, que foi abusada em sua infância. O grupo fez protestos em 70 cidades americanas.
Não fez ato em Roma, talvez para evitar o fiasco de 2005, quando conseguiu juntar grande número de jornalistas para um ato contra o cardeal americano Bernard Lewis, acusado de acobertar o escândalo e que ia oficiar uma das missas preparatórias para o conclave que elegeu Bento 16.
O problema é que só os jornalistas, Barbara e uma outra colega estiveram presentes.
O tema é talvez o mais sensível para o papa, que repetidamente pede desculpas públicas pelos incidentes. Em 2010, um novo escândalo surgiu na Bélgica, com a sede da Igreja Católica local sendo invadida pela polícia.
Desta vez, contudo, foram tomadas medidas mais rigorosas para punir padres culpados.
"Mas ele se recusa a abrir os arquivos do Vaticano que ajudariam a entender como os casos não foram investigados ao longo dos anos", lembra o vaticanista Marco Politi. "É uma chaga", diz.
Grupos de apoio a vítimas de abuso sexual por religiosos fizeram protestos nos EUA e Europa contra a beatificação de João Paulo 2º, sob cujo pontificado foram feitas as primeiras grandes revelações de escândalos na área.
"É um absurdo honrar aquele que essencialmente, por esconder e proteger os culpados, sancionou a malfeitoria", disse à Folha Barbara Blaine, presidente da Snap (acrônimo inglês para Rede de Sobreviventes de Abusos de Padres).
Maior grupo do gênero no mundo, com 10 mil membros, a Snap foi fundada em 1988 --bem antes de o grande escândalo americano de pedofilia de padres estourar, em 2001 nos EUA.
"Em mais de 25 anos, esse homem tão poderoso não fez quase nada para proteger nossas crianças", disse ela, que foi abusada em sua infância. O grupo fez protestos em 70 cidades americanas.
Não fez ato em Roma, talvez para evitar o fiasco de 2005, quando conseguiu juntar grande número de jornalistas para um ato contra o cardeal americano Bernard Lewis, acusado de acobertar o escândalo e que ia oficiar uma das missas preparatórias para o conclave que elegeu Bento 16.
O problema é que só os jornalistas, Barbara e uma outra colega estiveram presentes.
O tema é talvez o mais sensível para o papa, que repetidamente pede desculpas públicas pelos incidentes. Em 2010, um novo escândalo surgiu na Bélgica, com a sede da Igreja Católica local sendo invadida pela polícia.
Desta vez, contudo, foram tomadas medidas mais rigorosas para punir padres culpados.
"Mas ele se recusa a abrir os arquivos do Vaticano que ajudariam a entender como os casos não foram investigados ao longo dos anos", lembra o vaticanista Marco Politi. "É uma chaga", diz.
Comentários
Isso não tem o mínimo cabimento! Ora, não é porque alguns, ou vários, padres e religiosos fizeram que o resto deve pagar. Os abusos aconteceram SIM, e eu como católica que sou admito que fiquei balançada com relação a minha religião, mas preste bem atenção: PADRES FIZERAM, PASTORES FIZERAM TAMBÉM, ATEUS TAMBÉM FAZEM. Quantos anos vocÊs têm? devem estar bem crescidinhos para saberem separar as coisas...
No wikipedia em inglês tem um pouco do caso dela, e ela mostra que não abandonou o catolicismo por causa de pessimos sacerdotes que são a minoria:
http://en.wikipedia.org/wiki/Barbara_Blaine
Renato
É estarrecedor que o Vaticano, não tendo escrúpulos nem com a suposta honra da Mãe de Deus, usando e abusando da imagem por eles criada para representação de Maria de Nazaré, admitida historicamente como a Mãe Virgem de Cristo; também não tenha pudor em canonizar às pressas, num claro desrespeito ao seu tradicional vagar e lentidão nesses casos; obvia intenção de lucrar, mostrar poder de mobilização de massas de alienados, sobretudo no Continente e país onde detêm sua maior influência: a latinidade européia e sobretudo italiana. Ao mesmo tempo em que empulham os trouxas com essas ridículas fantasias de virgindade das mulheres e compulsória castidade de seus lacaios, ambas incompatíveis com a liberdade sexual da pós-modernidade; acobertam violadores de crianças, assassinos morais de seres humanos, torturadores psicológicos de futuros sociopatas; que também tornar-se-ão por sua vez abusadores, perpetuando o círculo mórbido destrutivo. Inadmissível, incompreensível, verdadeiro absurdo; a vergonha e a mancha desse infanticídio, não sairá da ensanguentada veste da meretriz romana; um dia será declarada inimiga da humanidade, em vez de mãe e mestra desta, como se autoarvora em seu estandarte coberto de crimes sexuais, abuso de poder, e peculato. Sinceramente, Voltaire foi piedoso: é necessário apagar completamente a memória desta infame.
E os fiéis precisam do êxtase
O chato é que escolheram uma ocasiao bem ruinzinha pra divulgar a novidade: assassinato de terrorista e casamente de príncipe rende mais na mídia.
De qualquer forma Vaticano, Roma e os altares around the world continuam fervendo.
Quanta superficialidade...
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