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15% dos fiéis da Igreja da Suécia são ateus e 25% agnósticos

Descrentes estão ligados à Igreja
por causa de seu empenho social
A Igreja da Suécia fez uma pesquisa entre seus fiéis para saber qual é a importância que a religião tem na vida deles e chegou a constatações inesperadas:  15% são ateus e 25% agnósticos. Entre os mais jovens, o índice de descrentes é maior.

Esses fiéis, se que assim podem ser chamados, afirmaram que estão ligados à igreja pelo papel social que ela desempenha na sociedade. Ela seria, nesse caso, mais uma entidade filantrópica do que religiosa.

Dos 'crentes' (por assim dizer) da igreja, todos, obviamente, acreditam em Deus, mas apenas 15% acham que Jesus existiu.

A Igreja da Suécia se tornou protestante em 1527. Faz parte da Federação Luterana e aceita ordenação de mulheres. Tem 6,6 milhões de membros. Desse total, 400.000 comparecem ao culto pelo menos uma vez por mês. Cada um deles paga perto de 1% do seu rendimento anual.

Jonas Bromander, o responsável pela pesquisa que consultou 10.000 fiéis, disse que o elevado número de descrentes entre eles é uma consequência da secularização da sociedade sueca. Ele admitiu que, por causa disso, o número de ateus e descrentes “religiosos” poderia ser maior.

Como a igreja não exige que seus fiéis acreditem em divindades, ele reconheceu haver muitos deles que preferem se dedicar mais ao trabalho social aos cultos de domingo -- a igreja dá assistência sobretudo aos pobres e idosos. Há ainda, segundo Bromander, as pessoas que se mantêm filiados porque faz parte da tradição sueca.

Até 1996, o filho que tinha pelo menos um dos pais filiado à igreja era automaticamente tido como membro. Em 2000, em consequência do avanço da secularização, ela deixou de ser oficial, desligando-se do Estado.

Bromander admitiu que a igreja possa vir a ter problema em atender ao mesmo tempo as expectativas de seus membros religiosos e seculares. “Há o risco de uns e outros se distanciaram cada vez mais.”

Com informação do The Local.





Viúva ateia reza para Deus: é a nova tendência da religião sem crença
junho de 2011


Comentários

Anônimo disse…
"A Igreja da Suécia se tornou evangélica em 1527..."

Não, a Igreja da Suécia não "se tornou evangélica" em 1527. Ela se tornou uma Igreja Protestante. A palavra "evangélica" veio muitos séculos depois. Precisamente na década de 70 do século XX.

"Em 2000, em consequência do avanço da secularização, ela deixou de ser oficial, desligando-se do Estado."

Ué!, mas não são os protestantes que se gabão em dizer que nos seus países a liberdade religiosa é pregada e todos tem o direito de escolherem a sua fé religiosa?

Não são os protestantes que dizem que esse negócio de "monopólio da religião" só acontecia em países católicos?!

Sinal que os próprios protestantes não conhecem as histórias do próprio protestantismo!

Os países da Escandinávia sempre colocaram as suas igrejas nacionais protestantes como obrigatória e oficial do Estado. A Inglaterra até hoje tem como religião e igreja oficial do Estado a anglicana.

Paulo, você poderia também fazer uma pesquisa mostrando para os mentirosos protestantes esse negócio que nos países deles, a liberdade de religião acontece. E isso é uma mentira sem tamanho.
Anônimo disse…
UM GRANDE ERRO HISTÓRICO é achar que Protestantes se rebelaram contra a ICAR e ai se separaram de ROMA [ por nao concordar com a doutrina católica].......?

Na verdade a finalidade era DINHEIRO , paises muito mais modernos e desenvolvidos do que a ITALIA [ICAR] , estavam totalmente presos aos impostos da ICAR , e a ALEMANHA já era uma inimiga de roma desde o século 1 qdo eles resistiram uma invesão romana na antiga GERMANIA ROMANA....

Inglaterra , suecia , suiça , Alemanha etc na verdade romperam com a ICAR pra evitar os pesados impostos e roubalheiras da Igreja e nao por finalidade religiosa....


Por isso que os paises protestantes de raiz ficaram muito mais ricos que os paises colonia com o Brasil que foram sugados por ROMA....


Vem dai a paixão desenfreado de pastor crente pro dinheiro....
Paulo Lopes disse…
Mudei o texto, anônimo das 11:57.
Anônimo disse…
Anônimo de 20/06/11 14:16, em que você se baseou para tirar tanta (des)informação!

Os reformadores não se rebelaram contra Roma (Igreja Católica) por causa de impostos!

De onde você tirou isso?!

É cada um que aparece.

Se você for ver anônimo, Lutero se aliou a um bando de reis que estavam envolvidos em vários escândalos financeiros e sexuais.


Henrique VIII (um adultero com A maiúsculo) se separou da Igreja Católica depois que o papa negou o seu divórcio (Henrique VIII queria se casar com sua amante Ana Bolena, aquela que depois foi decapitada pelo mesmo).

O que esses dosi casos (Lutero e Henrique VIII) tem a ver com impostos?!
Anônimo disse…
Além do mais anônimo de 20/06/11 14:16, quem cobrava os impostos na época da Colônia era a coroa portuguesa (que na época digasse de passagem só cobrava de 10 a 20 porcento em impostos)e não a Igreja Católica. Hoje pagamos muito mais impostos ao Estado, e você anônimo parece estar ,muito feliz por nós estarmos livres da "sugadora" Coroa portuguesa.
Henrique VIII não se separou de sua mulher por causa de adultério, esta é uma afirmação ingênua. Adultério nunca foi razão para reis e rainhas se divorciarem, o posto de "amante real" sempre foi reconhecido em todas as monarquias da europa (Madame de Pompadour, a mais famosa delas, amante de Luís XV).

O que fez Henrique VIII se separar foi a esterilidade de seu casamento (há controvérsias se Catarina de Aragão era estéril ou se o próprio rei o era, mas na época a esterilidade era sempre atribuída à mulher). Sempre que um rei morria sem filhos isto expunha o país a grandes riscos de guerras, e até à perda da independência (caso de Portugal depois da morte de D. Sebastião).

Henrique resolveu então se casar com uma mulher que pudesse lhe dar filhos. Só que a solução de Abraão não estava disponível para ele, visto que os bastardos reais (os "FitzRoy") não podiam herdar o trono. Restava a anulação do casamento, que o papa só não quis dar porque era parente da rainha (outras anulações haviam sido anteriormente dadas a outros reis, inclusive da Inglaterra).
No caso específico de Lutero o que está errado é o uso do termo "impostos", que é geralmente reservado para as cobranças feitas pelas instituições seculares. Mas com um pouco de boa vontade, deixando de lado o preciosismo, podemos concluir que, sim, impostos foram a principal causa do "protesto" de Lutero (ao menos isso é o que ele próprio fez questão de dizer).

Lutero se insurgiu contra a venda de indulgências (o perdão dos pecados em troca de dinheiro). Indulgências parcias ou plenárias sempre haviam sido oferecidas pela ICAR, desde a época das Cruzadas. Quem embarcava para a Palestina recebia do papa a promessa de que todos os seus pecados estariam perdoados a partir do momento em que pisasse a Terra Santa. Na Terra Santa, por sua vez, não havia pecado. Com o fim das cruzadas a ICAR aproveitou a ideia e passou a cobrar moedas em troca do perdão. Foi assi que se construiu a Basílica de São Pedro, em Roma, pagando a peso de ouro os melhores artistas do Renascimento (Michelangelo, Bramante, Da Vinci, etc.)

Lutero realmente teve seus motivos políticos (nacionalistas, para ser mais exato), mas tudo derivou de sua não aceitação da venda de indulgências (conforme se lê nas "95 Teses"). É possível mesmo que as teses originais de Lutero tenham sido apropriadas pelos príncipes hanseáticos, sendo Lutero originalmente um pregador desinteressado (casos como esse acontecem toda hora no mundo, o jovem ingênuo cooptado pelos "tubarões").
Anônimo disse…
Anônimo de 20/06/11 16:46, vossa senhoria está muito ciente do que diz mas não hesita em errar.

"o papa negou o seu divórcio" - Errado

"O que esses dosi casos (Lutero e Henrique VIII) tem a ver com impostos?!" - Tudo.

Digo também que os comentários de "Anônimo 20/06/11 14:16" e "Anônimo 20/06/11 11:57" ser o mais próximo (para não deter toda a verdade) do que consta como realidade sim.
Anônimo disse…
"A Igreja da Suécia se tornou evangélica em 1527..."

Não, a Igreja da Suécia não "se tornou evangélica" em 1527. Ela se tornou uma Igreja Protestante. A palavra "evangélica" veio muitos séculos depois. Precisamente na década de 70 do século XX.




Mas ainda assim chamar os protestantes de evangélicos não está errado não, pois o nome embora seja mais moderno designa as igrejas protestantes. Além disso o próprio termo "protestante", usado para designar as igrejas saídas da reforma de Lutero também surgiu depois.
Osame Kinouchi disse…
Na verdade, o termo "evangelico" surge no seculo XVIII, que seria um movimento de centro-esquerda com um toque mistico, a partir de Wesley, Wilbeforce e outros "evangelicos" ingleses que combatiam a exploração do trabalho infantil, o trabalho escravo e o trafico de escravos. Atuaram também em movimentos feministas e movimentos pela defesa dos animais. Ver em http://en.wikipedia.org/wiki/Evangelicalism

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