Atualização: no dia 28 de junho de 2011, os deputados holandeses aprovaram a lei que proíbe o abate de animais de acordo com os rituais judeus e muçulmanos. Agora, a lei terá de ser submetida ao Senado, o que deve ocorrer em setembro deste ano.
por Matt Steinglass, do Financial Times
Motty Rosenzweig é o único açougueiro kosher remanescente na Holanda e, caso uma nova lei seja aprovada, será o último.
Logo após o pecado Deus matou um cordeiro (ovelha) a fim de cobrir a vergonha dos pecadores (Gênesis 3:21)
O Parlamento holandês prepara-se para aprovar uma lei que acaba com a isenção para matadouros religiosos das normas que exigem que os animais sejam "atordoados" ou anestesiados antes de serem mortos. Como as regras judaicas e muçulmanas não permitem que os animais estejam inconscientes quando são mortos, na prática a lei baniria as práticas kosher (judaica) e halal (islâmica) de morte de animais. Para Rosenzweig, é o mais recente sinal da crescente intolerância religiosa em um país onde a mentalidade de tolerância vem sendo um valor característico desde o século XVII.
"O país mudou", diz Rosenzweig. Seu avô, que também tinha a mesma profissão, morreu no Holocausto, assim como 75% dos judeus da Holanda. "Eles estão nos fazendo sentir que nos querem fora, que querem que deixemos o país."
Muitos judeus e muçulmanos veem a proibição como parte de uma crescente hostilidade à imigração e à diversidade. Geert Wilders, político holandês da extrema-direita, defendeu que a Holanda proíba a burca, depois de a França ter restringido seu uso público; políticos como o premiê britânico, David Cameron, proclamaram o fim do multiculturalismo; e partidos anti-imigração, como o Finlandeses Verdadeiros, da Finlândia, são cada vez mais bem-sucedidos nas eleições.
Ainda assim, os defensores veem a proibição como uma continuidade da tradição holandesa de liderança em ética progressista. A proposta na Holanda veio do Partido pelos Animais, única legenda do mundo baseada especificamente na defesa do direito dos animais e que tem representantes no Parlamento nacional.
Marianne Thieme (foto), sua jovem e carismática líder, diz que os líderes religiosos contrários à lei tentam frear a história.
"Aqui em nossa sociedade não aceitamos mais que os animais precisem sofrer", dizThieme. Grupos religiosos se opuseram com frequência a mudanças sociais progressistas, acrescentou. "Vimos a mesma coisa com os direitos das mulheres."
Muitos veterinários acreditam que os animais sofrem mais durante a morte se não estiverem "atordoados" e continuam conscientes durante mais tempo enquanto morrem. Um estudo encomendado pelo governo à Universidade de Wageningen cita a Federação de Veterinários da Europa e Temple Grandin, uma especialista americana no assunto, como defensores da ideia.
Grupos judeus e muçulmanos, no entanto, criticaram o estudo universitário e destacam que Grandin defende o aperfeiçoamento das práticas kosher e não a sua proibição. Ela foi coautora de estudo nos anos 90 com outro especialista, Joseph Regenstein, da Universidade Cornell, e concluiu que as mortes de animais, quando bem realizada pelas práticas kosher, podem ser tão misericordiosas como nos mais modernos métodos não religiosos.
Regenstein criticou o estudo da Universidade Wageningen e vem fornecendo evidências para esforços legais da comunidade judaica para vetar a lei.
De fato, os abatedouros kosher dizem que suas regras têm como propósito justamente evitar o sofrimento. De seus dez anos de treinamento, Rosenzweig passou os primeiros dois aprendendo a deixar as facas tão afiadas que os animais não deveriam sentir nada quando a garganta é cortada. As facas são retangulares, sem ponta, impedindo o esfaqueamento penetrante.
Os padrões de abate halal variam de forma mais ampla, mas há tentativas de resolver isso. Yusuf Altuntas, que comanda o grupo oficial de contato entre a comunidade muçulmana holandesa e o governo, organizou conferências por toda a Europa para melhorar os padrões halal. Ele diz, porém, que políticos holandeses não tentaram se engajar nesse processo antes de decidir sobre a proibição.
Independente da avaliação científica, a questão é altamente política. A proposta deThieme foi apoiada pelo Partido da Liberdade, de Wilders, que frequentemente usava valores laicos holandeses, como o apoio aos diretos dos homossexuais, contra os muçulmanos e outras minorias.
O governo, do Partido Liberal, essencialmente laico, decidiu apoiar a lei. O Partido Trabalhista, de oposição, também a apoiou, favorecendo a sua ala defensora dos direitos dos animais em detrimento de seu significativo eleitorado muçulmano. Ironicamente, os principais opositores são os democrata-cristãos, juntamente com um pequeno partido calvinista, o SGP. Ambos se identificam com grupos religiosos conservadores fora de sintonia com normas laicas.
De certa forma, o conflito aliou judeus e muçulmanos. O Amsterdam Jewish-Moroccan Council organizou protestos contra a nova lei, com imãs e rabinos marchando juntos.
"Compreendo que as emoções estejam lá em cima", afirmou Thieme, "porque você acha que sua comunidade religiosa está fazendo as coisas da melhor forma possível há milhares de anos, e é doloroso ser confrontado com fatos científicos que mostram de outra forma".
Para Rosenzweig, o conflito continua desalentador. "As pessoas não estão interessadas em como o abatedor kosher realmente trabalha", diz. "Eles dizem: a forma como fazemos aqui é a forma boa. E, se você quiser fazê-lo de uma forma ultrapassada e bárbara, volte a seu próprio país."
Deusa quer sangue, e hindus matam milhares de animais.
novembro de 2009
Abate religioso. Casos de violência contra animal.
por Matt Steinglass, do Financial Times
Logo após o pecado Deus matou
um cordeiro a fim de cobrir a vergonha dos pecadores (Gênesis 3:21) |
Logo após o pecado Deus matou um cordeiro (ovelha) a fim de cobrir a vergonha dos pecadores (Gênesis 3:21)
O Parlamento holandês prepara-se para aprovar uma lei que acaba com a isenção para matadouros religiosos das normas que exigem que os animais sejam "atordoados" ou anestesiados antes de serem mortos. Como as regras judaicas e muçulmanas não permitem que os animais estejam inconscientes quando são mortos, na prática a lei baniria as práticas kosher (judaica) e halal (islâmica) de morte de animais. Para Rosenzweig, é o mais recente sinal da crescente intolerância religiosa em um país onde a mentalidade de tolerância vem sendo um valor característico desde o século XVII.
"O país mudou", diz Rosenzweig. Seu avô, que também tinha a mesma profissão, morreu no Holocausto, assim como 75% dos judeus da Holanda. "Eles estão nos fazendo sentir que nos querem fora, que querem que deixemos o país."
Muitos judeus e muçulmanos veem a proibição como parte de uma crescente hostilidade à imigração e à diversidade. Geert Wilders, político holandês da extrema-direita, defendeu que a Holanda proíba a burca, depois de a França ter restringido seu uso público; políticos como o premiê britânico, David Cameron, proclamaram o fim do multiculturalismo; e partidos anti-imigração, como o Finlandeses Verdadeiros, da Finlândia, são cada vez mais bem-sucedidos nas eleições.
Ainda assim, os defensores veem a proibição como uma continuidade da tradição holandesa de liderança em ética progressista. A proposta na Holanda veio do Partido pelos Animais, única legenda do mundo baseada especificamente na defesa do direito dos animais e que tem representantes no Parlamento nacional.
Marianne Thieme (foto), sua jovem e carismática líder, diz que os líderes religiosos contrários à lei tentam frear a história.
"Aqui em nossa sociedade não aceitamos mais que os animais precisem sofrer", dizThieme. Grupos religiosos se opuseram com frequência a mudanças sociais progressistas, acrescentou. "Vimos a mesma coisa com os direitos das mulheres."
Muitos veterinários acreditam que os animais sofrem mais durante a morte se não estiverem "atordoados" e continuam conscientes durante mais tempo enquanto morrem. Um estudo encomendado pelo governo à Universidade de Wageningen cita a Federação de Veterinários da Europa e Temple Grandin, uma especialista americana no assunto, como defensores da ideia.
Grupos judeus e muçulmanos, no entanto, criticaram o estudo universitário e destacam que Grandin defende o aperfeiçoamento das práticas kosher e não a sua proibição. Ela foi coautora de estudo nos anos 90 com outro especialista, Joseph Regenstein, da Universidade Cornell, e concluiu que as mortes de animais, quando bem realizada pelas práticas kosher, podem ser tão misericordiosas como nos mais modernos métodos não religiosos.
Regenstein criticou o estudo da Universidade Wageningen e vem fornecendo evidências para esforços legais da comunidade judaica para vetar a lei.
De fato, os abatedouros kosher dizem que suas regras têm como propósito justamente evitar o sofrimento. De seus dez anos de treinamento, Rosenzweig passou os primeiros dois aprendendo a deixar as facas tão afiadas que os animais não deveriam sentir nada quando a garganta é cortada. As facas são retangulares, sem ponta, impedindo o esfaqueamento penetrante.
Os padrões de abate halal variam de forma mais ampla, mas há tentativas de resolver isso. Yusuf Altuntas, que comanda o grupo oficial de contato entre a comunidade muçulmana holandesa e o governo, organizou conferências por toda a Europa para melhorar os padrões halal. Ele diz, porém, que políticos holandeses não tentaram se engajar nesse processo antes de decidir sobre a proibição.
Independente da avaliação científica, a questão é altamente política. A proposta deThieme foi apoiada pelo Partido da Liberdade, de Wilders, que frequentemente usava valores laicos holandeses, como o apoio aos diretos dos homossexuais, contra os muçulmanos e outras minorias.
O governo, do Partido Liberal, essencialmente laico, decidiu apoiar a lei. O Partido Trabalhista, de oposição, também a apoiou, favorecendo a sua ala defensora dos direitos dos animais em detrimento de seu significativo eleitorado muçulmano. Ironicamente, os principais opositores são os democrata-cristãos, juntamente com um pequeno partido calvinista, o SGP. Ambos se identificam com grupos religiosos conservadores fora de sintonia com normas laicas.
De certa forma, o conflito aliou judeus e muçulmanos. O Amsterdam Jewish-Moroccan Council organizou protestos contra a nova lei, com imãs e rabinos marchando juntos.
"Compreendo que as emoções estejam lá em cima", afirmou Thieme, "porque você acha que sua comunidade religiosa está fazendo as coisas da melhor forma possível há milhares de anos, e é doloroso ser confrontado com fatos científicos que mostram de outra forma".
Para Rosenzweig, o conflito continua desalentador. "As pessoas não estão interessadas em como o abatedor kosher realmente trabalha", diz. "Eles dizem: a forma como fazemos aqui é a forma boa. E, se você quiser fazê-lo de uma forma ultrapassada e bárbara, volte a seu próprio país."
Deusa quer sangue, e hindus matam milhares de animais.
novembro de 2009
Abate religioso. Casos de violência contra animal.
Comentários
Fernando porque DEUS da Gibiblia é tão obcecado por sacrificios de animais ???
Churrascos gordurosos e fumaçentos em holocausto com suave odor em seu lovor.........?
Porque ele preferiu a carne do cordeiro de Abel e não as verduras de caim e que fez um matar o outro de inveja de DEUS ??????
Ele tem boca ? ele come ? ele caga tbm ?? e o colesterol dele é alto......??
Porfavor me responda a luz da Biblia ....
ME responda ??
Porque DEUS não permite que se coma :
Camarão ? ostra ? frutos do mar ? javali ? carne de porco ? coelho ? pintado ? surubin ?
Tá em levitico a proibição a mando de deus....
Vc consegue me dar uma explicação ao menos razoavel pra tamanha imbecilidade divina ????
Vc não acha nem na GIBIBLIA uma explicação de porque DEus gosta tanto de churrasco de animais sacrificados...
Vc é um BOSSAL Fernando.....filhinho de LUTERO o bebado peidorreiro pai dos crentes...
Se essa pessoa que o ofende é um ateu também, saiba que eu também sou, e isso de nada trás de valor aos comentários.
Comporta-se como um pinto no lixo, que acabou de descobrir estar por cima da merda.
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