por Headbanger Ateu a propósito de
por Jean Wyllys em julho de 2011
Os escandinavos realmente "sofrem" de identity crisis. Tenho amigos noruegueses, suecos e finlandeses e sei exatamente como é. Eles agem como certos brasileiros fazem ao lidar com argentinos.
A diferença é que eles, muito além de somente futebol, apelam para questões raciais de identidade para ficar insultando-se entre si.
Eles têm o "orgulho" de ser noruegueses, suecos ou finlandeses. Há questão cultural viking, as lendas, mitos, guerras e histórias de cada um deles. Não é difícil vê-los abarcar esses assuntos em suas conversas quotidianas.
Quase sempre notei que eles gostam de justificar o ódio - ainda que de brincadeira - como base para tais coisas. E toda ideologia (principalmente religiosa) é bem-vinda como uma "justificativa".
Acho que o caso de Anders foi só um aperitivo mais extremista do que realmente ocorre na Escandinávia em sentidos culturais.
Há, sim, uma podridão naqueles países. Os argumentos do alto Índice do Desenvolvimento Humano (os noruegueses, que detêm o mais alto desse nível atualmente, são os primeiros a se orgulharem disso), da riqueza e do progresso a todos, da liberdade naqueles países, nunca me enganaram.
E tal podridão está na ferrenha paixão do orgulho racial aquecido por um histórico de guerras, conquistas e tomadas de povos; dos ideais políticos extremistas (que chegam a ser xenófobos, como é o caso de Anders) e, finalmente, do risco da religião como sendo o cerne para esses ideais políticos.
O cristianismo protestante luterano - que é a religião oficial da Noruega e reconhecida oficialmente por Estados laicos escandinavos, sendo um deles a Finlândia - que tem esse caráter de protestar contra outras religiões em nome do autêntico cristianismo deles, é um iminente risco àqueles países. Pois aumentam as chances de atentados políticos-extremistas ligados à religião.
Não há como negar que Anders, apesar de ser um criminoso - e não um cristão criminoso - teve bases religiosas para a sua luta política contrária aos islâmicos que avançam na Europa com também outros interesses religiosos e culturais.
As tentativas de se inocentar a religião nesse caso chegam a ser idiossincráticas em escalas infantis. Porém, trágicas, pois a possibilidade do uso dos ideais do cristianismo (assim como do islamismo ou outra convicção religiosa ou política a exemplo de comunismo) de ser usada como um "errado ideal" é sempre iminente.
"Self-made religion oriunda do secularismo", como usou o autor, é só mais um argumentum ad hominem - muito comum na mídia, principalmente religiosa - para tentar inocentar a religião e ocultar os fatos ligados a ela.
Vivemos tempos em que está cada vez mais evidente que aliar religião e política é algo nocivo e ampliador de conflitos. Há toda uma história que não oculta ou distorce isso. O uso das cegas convicções, dos sonhos exacerbados, dos amores incondicionais a si e ao próximo continua a ser o agravante dos erros pessoais, políticos e religiosos.
> Católica afirma que invasão muçulmana na Europa é real.
por Regina Chacon em julho de 2011
> Católica afirma que invasão muçulmana na Europa é real.
por Regina Chacon em julho de 2011
abril de 2011
Comentários
Reparem que os países da Escândinávia, tem como religião oficial o luteranismo. A Inglaterra tem como religião oficial o anglicanismo,...
E os protestantes na maior cara-de-pau falam que os país protestantes insentivam o Estado Laico!
Postar um comentário