Muçulmanos oram em espaço pública na França |
por Regina Chacon,
da Católicas pelo Direito de Decidir, a propósito de
Cada pessoa vê o mundo com suas próprias lentes, tanto faz se naturais ou próteses que a idade ou miopia fazem necessário se usar. Sou descendente de holandeses e cheguei a morar em Gand. Não tenho amigos, mas parentes escandinavos. A Finlândia, a Dinamarca e a Noruega são países onde vivem alguns dos meus filhos e gostamos de os visitar.
O que posso constatar in loco (e qualquer um pode observar por si mesmo) é que os escandinavos são pessoas com autoafirmação positiva, natural e aparentemente orgulhosa. Espécie de autoestima elevada, porém com bases reais, não ficcionais, nem falaciosas, como aqui, por exemplo, baseada em carros importados, griffes, etc..
Uma pessoa chegar aos 40, 50 anos sem nunca ter tido problema de saúde, nem ter se submetido a nenhum tipo de cirurgia, nunca ter visto na vida desemprego (nem ter ouvido falar por meio de seus pais!) ou crise, é coisa que realmente os brasileiros não sabemos realmente nem como é avaliar.
A invasão muçulmana (posso afiançar também, pois tenho ido anualmente sem faltar desde 2008 ao Continente) é real. A crise nos demais países europeus é grave, não é midiática, é real. A Europa está falida. Ou melhor, como diz meu marido, é o Euro, pois o real não está em crise, quem diria.
Então é compreensível que haja temor, e agora depois destes lamentáveis episódios, pânico por conta da presença de tantos imigrantes ali, os quais representam, mesmo na imaginação, um perigo ou ameaça supostamente evidentes, que antes sequer se podia cogitar.
Estou escrevendo este pequeno comentário não para contraditar ou refutar quem quer que seja, de modo polido (espero), porém embasado, quero apenas ressaltar que, se pudermos, devemos evitar que certos "desvios" psicológicos comuns a jovens, adolescentes, mais passíveis de bravatas e exageros, não sejam tomados como xenofobia reversa, preconceito contra os escandinavos, contra os europeus, ou quem quer que seja, simplesmente por conta de incompreensões derivadas de análise superficial e, convenhamos, bem reduzida.
Os noruegueses têm o melhor sistema penal do mundo, avalio por este prisma pois sou profissional do direito, e acredito que, quando todos os povos tiverem aquele grau de desenvolvimento, não haverá motivos para imigrações forçadas nem violências dissimuladas, sob preconceitos oriundos do fundamentalismo religioso, sempre detestável.
Sou católica romana, mas relaciono-me bem com minhas noras sueca e norueguesa, e posso afirmar que estudei o documento de aproximação com a Igreja Luterana.
Há apenas um pequeno equívoco na questão da doutrina da justificação pela fé, mas os batismos são mutuamente aceitos assim como os demais sacramentos, tanto que meus filhos não se fizeram rebatizar, o que para mim seria apostasia.
Julgo que o erro dos jovens escandinavos, como é tão peculiar aos noruegueses, de mim mais próximos, talvez seja o autocontrole. Eles são às vezes apontados como “excessivamente baderneiros” pelos alemães, por exemplo, e “descontrolados”.
Também é comum virem ao Nordeste brasileiro, para "aventuras" onde parecem reviver aquele filme "curtindo a vida adoidado". Mas isso é característico dos tempos da juventude, não de nacionalidades, portanto não confundamos particularidades com o que é universal.
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outubro de 2012
Comentários
Essa foto representa o pensamento de muitos cristãos em relação aos muçulmanos. Gostam de associar muçulmano com terrorismo, homem-bomba, extremista, etc., porém quando o terrorista está do lado deles, ninguém o conhece, ninguém nunca viu, não é cristão de verdade. Seria cômico se não fosse trágico. A hipocrisia cristã (não me refiro a todos os cristãos) é lamentável.
Relembrando, não estou me referindo a todos os cristãos, e nem à autora deste texto.
Cuidado com o que você deseja... E, além do mais, quem disse que os países muçulmanos são exemplos de comportamento?
Estive entre os muçulmanos e pratiquei o Islã durante algum tempo, até perceber que não era o meu lugar.
Acho interessante a disciplina e organização, gosto disso.
E nos países muçulmanos em geral, a criminalidade é bem baixa, mas percebo a expansão islâmica trazendo perdas culturais para os países em que ocorrem amplas conversões.
Hoje (se fosse possível) eu preferia ir morar numa tribo que cultua os deuses da natureza. Mas até isso tem se perdido com a expansão evangélica.
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