Título original: Tentação totalitária
por Luiz Felipe Pondé para Folha
Você se considera uma pessoa totalitária? Claro que não, imagino. Você deve ser uma pessoa legal, somos todos.
Às vezes, me emociono e choro diante de minhas boas intenções e me pergunto: como pode existir o mal no mundo? Fossem todos iguais a mim, o mundo seria tão bom... (risadas).
Totalitários são aqueles skinheads que batem em negros, nordestinos e gays.
Mas a verdade é que ser totalitário é mais complexo do que ser uma caricatura ridícula de nazista na periferia de São Paulo.
A essência do totalitarismo não é apenas governos fortes no estilo do fascismo e comunismo clássicos do século 20.
Chama minha atenção um dado essencial do totalitarismo, quase sempre esquecido, e que também era presente nos totalitarismos do século 20.
Você, amante profundo do bem, sabe qual é? Calma, chegaremos lá.
Você se lembra de um filme chamado "Um Homem Bom", com Viggo Mortensen, no qual ele é um cara legal, um professor universitário não simpatizante do nazismo (o filme se passa na Alemanha nazista), e que acaba sendo "usado" pelo partido?
Pois bem. Neste filme, há uma cena maravilhosa, entre outras. Uma cena num parque lindo, verde, cheio de árvores (a propósito, os nazistas eram sabidamente amantes da natureza e dos animais), famílias brincando, casais se amando, cachorros correndo, até parece o Ibirapuera de domingo.
Aliás, este é um dos melhores filmes sobre como o nazismo se implantou em sua casa, às vezes, sem você perceber e, às vezes, até achando legal porque graças a ele (o partido) você arrumaria um melhor emprego e mais estabilidade na vida.
Fosse hoje em dia, quem sabe, um desses consultores por aí diria, "para ter uma melhor qualidade de vida".
E aí, a jovem esposa do professor legal (ele acabara de trocar sua esposa de 40 anos por uma de 25 -é, eu sei, banal como a morte) o puxa pelo braço querendo levá-lo para o comício do partido que ia rolar naquele domingão no parque onde as famílias iam em busca de uma melhor qualidade de vida.
Mas ele não tem nenhuma vontade de ir para o comício porque sente um certo "mal-estar" com aquilo tudo. Mas ela, bonita, gostosa, loira, jovem e apaixonada (não se iluda, um par de pernas e uma boca vermelha são mais fortes do que qualquer "visão política de mundo"), diz: "Meu amor, tanta gente junta querendo o bem não pode ser tão mal assim".
É, meu caro amante do bem, esta frase é uma das melhores definições do processo, às vezes invisível, que leva uma pessoa a ser totalitária sem saber: "Quero apenas o bem de todos".
Aí está a característica do totalitarismo que sempre nos escapa, porque ficamos presos nas caricaturas dos skinheads: aquelas pessoas, sim, se emocionavam e choravam diante de tanta boa vontade, diante de tanta emoção coletiva e determinação para o bem.
Esquecemos que naqueles comícios, as pessoas estavam ali "para o bem".
Se você tem absoluta certeza que "você é do bem", cuidado, um dia você pode chorar num comício achando que aquilo tudo é lindo e em nome de um futuro melhor.
E se essa certeza vier acompanhada de alguma "verdade cientifica" (como foi comum nos totalitarismos históricos) associada a educadores que querem "fazer seres humanos melhores" (como foi comum nos totalitarismos históricos) e, finalmente, se tiver a ambição política, aí, então, já era.
Toda vez que alguém quiser fazer um ser humano melhor, associando ciência (o ideal da verdade), educação (o ideal de homem) e política (o ideal de mundo), estamos diante da essência do totalitarismo.
O que move uma personalidade totalitária é a certeza de que ela está fazendo o "bem para todos", não é a vontade de destruir grupos diferentes do dela.
Primeiro vem a certeza de si mesmo como agente do "bem total", depois você vira autoritário em nome desse bem total.
O melhor antídoto para a tentação do totalitarismo não é a certeza de um "outro bem", mas a dúvida acerca do que é o bem, aquilo que desde Aristóteles chamamos de prudência, a maior de todas as virtudes políticas.
Não confio em ninguém que queira criar um homem melhor.
Mania de querer felicidade é uma praga e nos deixa retardados.
março de 2011
Artigos de Luiz Felipe Pondé.
por Luiz Felipe Pondé para Folha
Você se considera uma pessoa totalitária? Claro que não, imagino. Você deve ser uma pessoa legal, somos todos.
Às vezes, me emociono e choro diante de minhas boas intenções e me pergunto: como pode existir o mal no mundo? Fossem todos iguais a mim, o mundo seria tão bom... (risadas).
Totalitários são aqueles skinheads que batem em negros, nordestinos e gays.
Mas a verdade é que ser totalitário é mais complexo do que ser uma caricatura ridícula de nazista na periferia de São Paulo.
A essência do totalitarismo não é apenas governos fortes no estilo do fascismo e comunismo clássicos do século 20.
Chama minha atenção um dado essencial do totalitarismo, quase sempre esquecido, e que também era presente nos totalitarismos do século 20.
Você, amante profundo do bem, sabe qual é? Calma, chegaremos lá.
Você se lembra de um filme chamado "Um Homem Bom", com Viggo Mortensen, no qual ele é um cara legal, um professor universitário não simpatizante do nazismo (o filme se passa na Alemanha nazista), e que acaba sendo "usado" pelo partido?
Pois bem. Neste filme, há uma cena maravilhosa, entre outras. Uma cena num parque lindo, verde, cheio de árvores (a propósito, os nazistas eram sabidamente amantes da natureza e dos animais), famílias brincando, casais se amando, cachorros correndo, até parece o Ibirapuera de domingo.
Aliás, este é um dos melhores filmes sobre como o nazismo se implantou em sua casa, às vezes, sem você perceber e, às vezes, até achando legal porque graças a ele (o partido) você arrumaria um melhor emprego e mais estabilidade na vida.
Fosse hoje em dia, quem sabe, um desses consultores por aí diria, "para ter uma melhor qualidade de vida".
E aí, a jovem esposa do professor legal (ele acabara de trocar sua esposa de 40 anos por uma de 25 -é, eu sei, banal como a morte) o puxa pelo braço querendo levá-lo para o comício do partido que ia rolar naquele domingão no parque onde as famílias iam em busca de uma melhor qualidade de vida.
Mas ele não tem nenhuma vontade de ir para o comício porque sente um certo "mal-estar" com aquilo tudo. Mas ela, bonita, gostosa, loira, jovem e apaixonada (não se iluda, um par de pernas e uma boca vermelha são mais fortes do que qualquer "visão política de mundo"), diz: "Meu amor, tanta gente junta querendo o bem não pode ser tão mal assim".
É, meu caro amante do bem, esta frase é uma das melhores definições do processo, às vezes invisível, que leva uma pessoa a ser totalitária sem saber: "Quero apenas o bem de todos".
Aí está a característica do totalitarismo que sempre nos escapa, porque ficamos presos nas caricaturas dos skinheads: aquelas pessoas, sim, se emocionavam e choravam diante de tanta boa vontade, diante de tanta emoção coletiva e determinação para o bem.
Esquecemos que naqueles comícios, as pessoas estavam ali "para o bem".
Se você tem absoluta certeza que "você é do bem", cuidado, um dia você pode chorar num comício achando que aquilo tudo é lindo e em nome de um futuro melhor.
E se essa certeza vier acompanhada de alguma "verdade cientifica" (como foi comum nos totalitarismos históricos) associada a educadores que querem "fazer seres humanos melhores" (como foi comum nos totalitarismos históricos) e, finalmente, se tiver a ambição política, aí, então, já era.
Toda vez que alguém quiser fazer um ser humano melhor, associando ciência (o ideal da verdade), educação (o ideal de homem) e política (o ideal de mundo), estamos diante da essência do totalitarismo.
O que move uma personalidade totalitária é a certeza de que ela está fazendo o "bem para todos", não é a vontade de destruir grupos diferentes do dela.
Primeiro vem a certeza de si mesmo como agente do "bem total", depois você vira autoritário em nome desse bem total.
O melhor antídoto para a tentação do totalitarismo não é a certeza de um "outro bem", mas a dúvida acerca do que é o bem, aquilo que desde Aristóteles chamamos de prudência, a maior de todas as virtudes políticas.
Não confio em ninguém que queira criar um homem melhor.
Um homem bom
Mania de querer felicidade é uma praga e nos deixa retardados.
março de 2011
Artigos de Luiz Felipe Pondé.
Comentários
Não quero nem perder o tempo evidenciando os erros do texto.
Pondé deveria sim ser conhecido como o homem responsável por mostrar a todos nós que uma criatura burra e grotesca pode sim ser PhD
Ele quer é atacar a ciência e a defesa das minorias.
http://ghiraldelli.pro.br/2011/07/17/3235/
Pondé, querendo dar uma de 'politicamente incorreto', além de ser uma perda de tempo inútil, está sendo... politicamente fascista!
E, se formos parar para pensar se estamos fazendo o bem ou não, ninguém faz nada.
O evento mais importante do século passado foi a Crise do Humanismo, e as guerras mundiais foram uma de suas faces.
Toda apologia é burra porque acredita que há um caminho a ser seguido pela humanidade no seu percurso para o "paraíso".
Não gosto do Pondé, mas tenho que confessar: esse é o melhor artigo que eu já li em ERAS. Ele conseguiu traduzir algo que venho pensando há muito tempo, que é a "ditadura das boas intenções".
Sim, ditadura. Todas as catástrofes da humanidade vieram de boas intenções! Por exemplo: o cristianismo, com sua ideia de levar a salvação a todos os povos, causou genocídios em massa na América, África e Ásia. O socialismo, com sua idéia "louvável" de dividir todos os meios de produção entre a sociedade, acabou também causando guerras e genocídios! Tudo por uma "boa causa", o bem da humanidade.
Tem até mesmo um ditado popular sobre isso, "de boas intenções o inferno está cheio". Creio que foi mais ou menos isso quando Maquiavel quis dizer que os fins justificam os meios.
E, falando sério, gente que quer o bem de todos é um porre. Já cansei de ver gente me pedindo para que parasse de fazer alguma coisa, dizendo que "isso faz mal". Acho que isso faz mais mal a elas do que a mim.
Mais um desatino de Pondé.Reencarnação de Mussolini.
Distribua indiscriminadamente bolsas, kits, cotas, etc, e depois faça o que bem entender, que a população faminta não dirá uma palavra contra.
Este é o principal trecho para interpretarmos bem a crítica de Pondé, independente de tomá-lo como uma pessoa bem ou mal intencionada. A crítica em si está muito respaldada em vários outros trabalhos críticos de outrora, inclusive de ótimos documentários.
Recomendo aos leitores assistirem a um documentário chamado "The Corporation". Ou, se quiserem mais referências para os argumentos de Pondé, leiam autores como Walter Benjamim ou Jean Baudrillard: ótimas leituras.
Creio que Pondé está agora sendo deveras mal recebido pelos leitores do presente blog devido à crítica que ele fez sobre "tomar a mulher como objeto". Isso despertou muita ira e ressentimento por parte dos militantes/partidários do feminismo. Agora, qualquer coisa que Pondé falar, sendo ou não plausível, será esculachado e desacreditado pela maioria dos comentários...
Não estou aqui "defendendo" Pondé... conheci os textos dele através de Paulopes; mal o conheço direito para julgá-lo... Só digo que as críticas de Pondé são, na maioria, lúcidas. Ele consegue compor um quadro de interpretação de problemas sociais com muita perspicácia e abrangência de visão; para conseguir isso, é preciso ter dotes artísticos, sensibilidade, ou mesmo noções de Gestalt.
Grosso modo, Pondé fala a verdade, isto é, a verdade que nem todos querem ouvir, pois não querem se incomodar ou se desvencilhar da ilusão de suas vidas acomodadas e identidades em comuns...
O totalitarimo hoje é ubíquo... Está arraigado de tal forma que muitas pessoas não conseguem conceber. As imagens diariamente veiculadas pela mídia são provas cabais dos argumentos de Pondé.
Por exemplo, o que o Estado e as corporações bancárias tentam é fazer a população tornar-se DEPENDENTE de suas provisões. Uma "lavagem cerebral" propriamente dita... é para isso que servem os "projetos-de-lei", a mídia, os planos de seguridade de vida, trabalhista, social, etc...
No mais, devo discordar apenas quando Pondé dá a entender que "a intensão de fazer o bem" é, em si, algo desconfiável... Não é a atitude de fazer o bem por parte do indivíduo, mas sim (e que o texto não deixa de explicitar) a "boa intenção" disfarçada sob processos políticos, empresariais, e assim por diante... Na verdade, é a intenção de se manipular as massas, fazê-las pensar de modo controlável, e, sobretudo, criar (forjar, "fabricar") um "ser humano melhor". Essa é a intenção mais demente e desumana de quem se encontra em cargos de poder... tornar-se um ventríloco: o que todas as grandes corporações conseguem.
aliás:
Pondé é a reencarnação de Chopp Antartica. Nota-se perfeitamente a semelhança!
XD
Acredito não ser tarefa fácil redigir um texto original, perspicaz a cada semana, mas esta repetição e este coloquialismo reles de Pondé tem me desencorajado a lê-lo.
Esquerda. Feminismo. Vegetarianos. Obama. "Jantarzinho inteligente." Politicamente correto.
Poderia enumerar os artigos que atacam estas vertentes de pensamento, amiúde lançando mão de insultos vulgares, expressões canhestras e a tão usada falácia do espantalho.
Concordo em apontar a tirania de certos movimentos mascarados de melhora social, mas esta implicância e estes argumentos tem se dado de forma tão baixa que fazem-me desviar o foco do debate para perguntar-me o que frases como esta acrescentam à questão.
"Você, amante profundo do bem, sabe qual é? Calma, chegaremos lá."
Espere, que exprobração legítima há em ser do bem, sentindo-se à ele propenso? Meus caros, tenho observado preocupante neotendência nas vozes asseclas dos que "posicionam-se do lado B, politicamente incorretos", banalizar o mal.
O mal é humano, pois sim, nem por isto digno de assentimento. O nazismo foi a tirania em seu mais sangrento azimute, não nos esqueçamos, câmaras de gás, tortura, trabalho forçado, famílias destruídas, milhares de corpos esqueléticos queimando sob crimes inexistentes, a religião, a identidade sexual, a cor. Acredito que seria escabroso sinal se olhássemos para trás e enxergássemos tal agrura como simples normalidade, triste soma do destino. Não podemos coadunar todas as formas de querer o bem no mesmo sítio, existe "querer o bem"(despótico) e de fato querer o bem, relacionar as duas formas é trabalho vil, pois desqualifica o segundo.
Sobre os movimentos sociais, tais como feminismo, movimentos GLS, consciência negra, acredito serem de vital importância, não nos esqueçamos que foram em suma, as marchas sociais as conquistadoras do direito ao voto, direito às condições dignas e básicas de trabalho, direitos de imprensa, este último um tanto irônico, se for analisar pelo ponto de vista de um neocon amuado, que usufrui de plena liberdade para atacar o que um dia fora o cerne político do que hoje permite expressar-se. Compreendo também que desqualificar tais movimentos e tentar assumir-se em posição de elite malograda do novo século é incoerente, a verdadeira elite mundial, esta que está tornando-se a nova política, está aquém de qualquer incômodo popular, não precisa frustrar-se voando em aviões lotados, possui aviões na garagem de casa.
Por fim, esta é a estratégia áspide, tornar irrisória toda face que ouse pensar em novas formas de organização, novas leis. O mundo está se reorganizando e assim a mentalidade do homem, como sempre esteve, se nada for feito para que a vida em sociedade seja menos intolerante, menos banal à notícias como "espancamento de travesti" ou "bebê jogado vivo no rio", cairemos no ostracismo ao direito legal (no sentido legítimo, não no sentido usado pelo autor) do outro, e ao o fazermos, estamos próximos de tornarmo-nos fascistas anti-evolução, seja ela má ou boa, a questão então não é atacá-la em toda forma, mas identificá-la como qual.
Cordialmente,
Montpellier, Eveline Diniz
Artigo dez faz a gente refletir as misérias e os miseráveis do politicamente correto e perfeitos
A dificuldade de tentar entender e aceitar o que o Pondé escreve está no embate que suas idéias travam com alguns valores no qual fomos submersos durante toda nossa formação.
18/07/11 17:40,
Entendo seu desconforto.
Enquanto sociedade, nos enterramos tanto em vicissitudes comportamentais que, quando alguém chega e nos aponta o quanto descemos, então esse alguém é um "alienado", "fora de moda", está na "contramão", etc, até homofóbico, se fizer qualquer crítica relacionada à liberação sem rumo de nossa sexualidade. Se chamar as mulheres que mostram seus corpos na mídia e em carnavais etc, então é machista!
Por aí vai...
>Cuidado ao encontrar um Velho amigo de Escola
>Que saudade dos bons tempos!!!
Outro dia estava no mercado quando vi no final do corredor um amigo da época da escola, que não encontrava há séculos. Feliz com o reencontro
me aproximei já falando alto:
- Oswaldo, sua bichona! Quanto tempo!!!!
E fui com a mão estendida para cumprimentá-lo. Percebi que o Oswaldo me reconheceu, mas antes mesmo que pudesse chegar perto dele só vi o meu
braço sendo algemado.
- Você vai pra delegacia! – Disse o policial que costuma frequentar o mercado.
Eu sem entender nada perguntei:
- Mas o que que eu fiz?
- HOMOFOBIA! Bichona é pejorativo, o correto seria chamá-lo de grande homossexual.
Nessa hora antes mesmo de eu me defender o Oswaldo interferiu tentando argumentar:
- Que isso doutor, o quatro-olhos aí é meu amigo antigo de escola, a gente se chama assim na camaradagem mesmo!!
- Ah, então você estudou vários anos com ele e sempre se trataram assim?
- Isso doutor, é coisa de criança!
E nessa hora o policial já emendou a outra ponta da algema no Oswaldo:
- Então você tá detido também.
Aí foi minha vez de intervir:
- Mas meu Deus, o que foi que ele fez?
- BULLYING! Te chamando de quatro-olhos por vários anos durante a escola.
Oswaldo então se desesperou:
- Que isso seu policial! A gente é amigo de infância! Tem amigo que eu não perdi o contato até hoje. Vim aqui comprar umas carnes pra um churrasco com outro camarada que pode confirmar tudo!
>E nessa hora eu vi o Jairzinho Pé-de-pato chegando perto da gente com 2 quilos de alcatra na mão. Eu já vendo o circo armado nem mencionei o Pé-de-pato pra não piorar as coisas, mas ele sem entender nada ao ver o Oswaldo algemado já chegou falando:
- Que porra é essa negão, que que tu aprontou aí?
E aí não teve jeito, foram os três parar na delegacia e hoje estamos respondendo processo por _HOMOFOBIA_, _BULLYING_ e _RACISMO_.
*Moral da história: Nos dias de hoje é um perigo encontrar velhos amigos!*
Você é a prova cabalíssima de que a sociedade perdeu completamente o norte!
Desconforto? O quanto descemos? Você poderia apontar quais fatores o levam a chegar a tais constatações, é fácil demais rechear o texto de adjetivos julgando-me de certa forma conservadora no quesito "alienação da sociedade", me pergunto se lemos o mesmo texto. A propósito, o fora de moda hoje é justamente ser politicamente correto, dou-lhe um exemplo, tenho uma amiga vegetariana desde os 3 anos, ela tem me relatado o quanto tem recebido provocações totalmente gratuitas sobre esta escolha, claramente o politicamente incorreto é o que agora se mostra legal (usando a conotação do autor, desta vez). Acredito que estamos de fato descendo(mais), e pior, descendo com máscara de subindo.
Montpellier, Eveline Diniz
Hitler tinha as mais nobres intenções com o seu Terceiro Reich, ele respaldado por sua visão ´´ religiosa `` e ´´ científica `` que comprovavam a supremacia ariana. Ate o Darth Vader queria salvar a senadora e trazer a paz. Não faltam exemplos de que ´´de boas intenções o inferno esta cheio``.
O problema não é tentar fazer o bem, mas impor a sua visão de bem aos outros.
Nesse ponto caímos no texto do Pondé. Alguns valores e idéias entendidas como salvadoras são introjetadas nas pessoas de maneira que não se pode pensar contra, pois, senão vc não está indo na direção da "corrente do bem".
«Não concordo com quase nada que Pondé escreve, mas nesse texto específicio, partilho de sua opinião. Não que não deva haver pessoas bem intencionadas no mundo, o problema na realidade é que uma visão, eu diria uma certeza, que um dado modo de ver o mundo é que seja o correto, pode dar a impressão que TUDO vale a pena para conduzir os outros a verdadeira forma de ser no mundo. É essa vontade de levar aos outros o verdadeiro sentido da vida é que é problemático. Substituir um projeto de emancipação, em que cada sujeito tem acesso a condições de escolha, por em projeto de submissão acrítico em nome do "bem de todos" não costuma levar a bons resultados.»[2]
O que torna interessante este texto de Pondé não e uma presença, mas as ausências: ausência da gratuidade, da agressão e da agenda.
Em vez de fazer ataques metralhadora com o objetivo de chocar pelo choque em si, ele desfia argumentos sobre um tema relevante.
Em vez de agredir, ele argumenta.
Em vez de claramente atacar um lado só (a “esquerda”) ele utiliza habilmente da prerrogativa da neutralidade filosófica e ataca a esquerda e a direita também.
Enfim, neste texto Pondé oferece algo substancial ao leitor.
É um texto irretocável, de um autor que nem sempre o é.
Gouvêa escreve, agora, que Pondé oferece "neste texto" algo substancial, como se houvesse centenas de Pondés, um para cada escrito.
Ora, só existe um Pondé, pelo menos neste curto espaço de tempo de uma, duas semanas.
Pondé talvez seja sofisticado demais para o Gouvêa.
Existem, sim, muitos Pondés. Ou você acha que Pondé professor é o mesmo que o Pondé colunista da Folha ou o Pondé palestrante? E ele não é sofisticado mas apenas liso como um peixe, sempre dando voltas quando é confrontado em debates. Eu já vi isso acontecer. Ele fala, fala... e não chega a lugar algum.
Veja bem, no caso do vegetarianismo, não há nada de politicamente incorreto.
Por exemplo: todos sabemos que, só o ser humano continua bebendo leite depois de adulto. Uma agressão ao corpo.
Todos sabem que, os vegetais têm quase todos os nutrientes de que precisamos, com raríssimas excessões.
Não vejo porque alguém suficientemente informado, pode fazer provocações agressivas a alguém que é vegetariano. Aliás, pessoas informadas jamais fariam isso.
A diferença "física global(total)" de um vegetariano, em condições de salubridade biológica, é muito superior à de um onívoro!
Entendo o que disse e a priori concordo, meu ponto é reparar que se hoje você leva algum viés de qualquer que seja politicamente correto, acredito que se encaixam o vegetarianismo, a abstemia, não expressar-se em preconceitos, não jogar lixo na rua, enfim, há também um recalque.
Parece-me ter surgido um contra movimento, o politicamente incorreto, e este está se tornando um alarido alienado e nocivo, as pessoas perderam a noção, ao menos no politicamente correto existe a linha do respeito, conquanto ambos apresentem ignorância no quesito de traterem o comportamento(mau ou bom) como régua de inserção de modismos.
Montpellier, Eveline Diniz
Paulo Ghiraldelli Jr.:
"Parece que Dilma já percebeu o óbvio: a oposição está despedaçada e, para governar, basta controlar a inflação sem deixar despencar a nossa capacidade de consumo. Uma vez tocando o país assim, as questões ético-morais ou, como a impressa gosta de dizer, “ideológicas”, podem sempre ser tratadas desse modo. Ou seja, Dilma pode satisfazer as ongs, que querem dinheiro para produzir materiais afinados com o que seria característico do PT,..."
Fonte: Jornal do Brasil
http://www.jb.com.br/sociedade-aberta/noticias/2011/05/27/material-contra-homofobia-dilma-controla-a-esquerda-e-a-direita-na-boa/
Uma das falas desse sujeito, é essa:
"A nossa história está repleta de exemplos de uniões com êxito – legitimadas por épocas, locais e culturas correspondentes — entre pessoas de idades diferentes. A nossa história registra casos em que relações sexuais, até mesmo com certa violência, não deixaram marcas físicas e psicológicas em nenhuma das pessoas que estiveram envolvidas com isso na infância (lembrem de suas infâncias, leitores)."
>OS ARGUMENTOS SÃO MUITO PARECIDOS COM OS DE LUIZ MOTT, aberrante que se intitula(é antropólogo) e mancha a ANTROPOLOGIA!
"No limite, às vezes é mais fácil uma criança levar na brincadeira – e não ficar traumatizada – um jogo sexual proposto por um adulto do que vermos tal jogo ser aceito entre dois adultos que estão marcados por outros traumas. Os olhos dos adultos é que ficam marcados, e não por terem sido atacados, quando crianças, por supostos pedófilos."
>Aqui ele se assemelha a outro professor, o Denilson Lopes da UNB.
Veja você mesmo:
http://ghiraldelli.blogspot.com/2007/08/amor-e-sexo-entre-pequenos-e-grandes.html
NÃO ACHAREI NADA ESTRANHO, SE MUITOS LEREM E DISSEREM QUE SOU PARANÓICO, POIS NÃO VIRAM NADA DE DEFESA DE PEDOFILIA NESSES TEXTOS.
Muitos não acharão isso, pois já têm seus comportamentos e valores morais, PLENAMENTE RELATIVIZADOS e ALTERNATIVADOS!
Lembrem-se que, esta defesa, até chegar ao ponto de se tornar PALATÁVEL, para uma parte da SOCIEDADE ALTERNATIVA, levou décadas de "quebra de paradigmas" para fazer tornar isso, NORMAL aos fracos de personalidade e caráter, que se comportam conforme os ventos dos "ILUMINADOS", que não passam de trastes depravados e travestidos de sapiência deletéria, nociva e destrutiva!
"As pessoas que desejam castrar o estuprador ou o que chamam de pedófilo, não raro, são tão ou mais perigosas que o pedófilo. Ele, pedófilo, se de fato é alguém que quer abusar de crianças à força, ataca individualmente. Os que querem castrá-lo são pessoas com sentimentos tendentes à direita, e podem atacar coletivamente. Podem incentivar o fascismo."
Sério, como esse cara ainda consegue emprego de professor universitário? Ou qualquer emprego que seja?
São essas excrescências que formam as "cabeças pensantes" que pensam, que pensam no Brasil.
Pra ele, combater a pedofilia é coisa de fascista!
O pior de tudo é que, textos aberrantes como desse hediondo sujeito, são tidos no meio SOCIALISTA/ATEU/GAY, como verdade irrefutáveis e absolutas!
Eles são os gurus desse segmento.
Os ministros do STF, como Gilmar Mendes e Marco Aurélio, também disseram o mesmo em relação à vontade do povo com a Lei da Ficha Limpa.
Eu, de minha parte, continuarei sendo "politicamente incorreto".
Se sou politicamente correto ou não diria que não me encaixo nos dois. Quanto ao bem e mal, não os tenho como absoluto e sim como relativos. Não ao meu bel prazer mas relativos em relação a um referencial.
Calma lá rapaz, eu também não entendi o que o Anônimo quis dizer com "meio socialista/ateu/gay" e nem creio que isso exista ou tenha algo a ver (e não "haver", viu?) com casos de pedofilia. Você poderia, por favor, iluminar minha pobre mente ignorante e dizer a qual falácia eu recorri? E quanto ao texto do tal de Ghiraldelli, você se deu ao trabalho de lê-lo para ver o que é realmente repulsivo?
PS: é impressão minha ou todo mundo agora neste blog, quando discorda do que outro diz, recorre ao termo "falácia"? Será que virou modinha?
Acho que vc não entendeu o trecho que postou. O que há pra ser entendido aí está nas entrelinhas, não é uma defesa ou apologia à pedofilia o foco do texto mas sim ao dos motivos por trás dos ataques.
Trocando a roupa do "mal", tirando ele do terno e colocando em calça jeans e camiseta acho que fica fácil de entender se colocarmos assim:
Religiosos defendem o amor ao próximo e a misericórdia de Deus mas são atacantes ferrenhos de pessoas que só querem se amar -homossexuais por ex., por vezes são segregacionistas -o MEU Deus é o verdadeiro e o de outras religiões não são/ quem é da religião X irá se salvar e os outros vão queimar no inferno... e por aí vai, dá pra citar muito mais exemplos.
E já que anda meio difícil de perceber eu já dou a resposta do meu comentário aqui mesmo: Eu não estou atacando as religiões e sim as pessoas religiosas mais fundamentalistas e fanáticas e não as que tem bom senso e a mente mais aberta , entendeu agora???
Alen
Você tem dúvidas que o Estado Socialista Ateu, sempre leva a todo o tipo de libertinagem, inclusive à institucionalização do movimento gay?
Todos sabemos que em Cuba e na Coréia do Norte os gays estão dominando tudo. Sem falar na antiga URSS, onde os gays tinham toda a liberdade para se expressar.
Um historiador alemão, contemporâneo, afirma em seu livro que Hitler era gay, bem como toda a cúpula do III Reich.
Suma:
"ADOLF HITLER era homossexual, afirmou o historiador alemão da universidade de Bremen (Alemanha), Lothar Machtan, em um livro que será lançado, na próxima semana, na Feira do Livro de Frankfurt.
Sob título "Hitlers Geheimnis - Das Doppelleben eines Diktators" (O segredo de Hitler - a dupla vida de um ditador), a obra apresenta elementos fornecidos por meios ligados a Hitler, que lembram seu comportamento em relação aos homens, especialmente em sua juventude."Podemos dizer que Hitler manteve até o final da década de 20 uma série de relações amistosas do tipo 'homo-erótico'. Muitas foram qualificadas de homossexuais por seus contemporâneos", declarou o historiador.
Segundo o jornal "Die Welt". Hitler viveu em uma pensão de jovens em Munique, "um círculo de amizades masculinas muito particular", acrescentou. "A partir de 1930, se sentiu muito vulnerável devido a esse passado e sempre tratou de repudiá-lo", adiantou o historiador."
Segundo este, o "Fuhrer" se ocupou muito particularmente da eliminação em 1934 do chefe das SS, Ernst Roehm, homossexual declarado, porque conhecia elementos comprometedores de seu passado.
E por acaso foi o Partido Nacional Socialista que fez Hitler "virar" gay? Se é que a história procede...
E esse papo de associar socialista=ateu=gay está mais para Fernando Cristão.
Hitler usou a religião para disseminar sua "doutrina nazista", assim como muitos espertalhões se locupletam do dinheiro dos incautos em nome de Deus.
Hitler nunca foi cristão.
Cristãos de verdade, conta-se de tão poucos que são.
O Pondé faz uma puta análise sobre as boas intenções que iniciaram os maiores genocídios e vem o babaca escrever "querer fazer o bem resulta em totalitarismo".
E quando foi que eu disse que Hitler era cristão? Esses últimos comentários estão parecendo o samba do crioulo doido, ninguém entende ninguém. Ou melhor, o samba do afrodescendente com problemas neuropsiquiátricos, de acordo com as novas regras de etiqueta comportamental.
Os discursos dele são verborrágicos e incrustados de falácias lógicas. Muitos textos dele são absurdamente reprováveis (alguns poucos consigo considerar apenas uma parte dentro da lógica). E nesse texto, ele, que parece propor uma crítica ao totalitarismo, acaba aparentando ser um totalitário corrupto irracional, desinformador e ocultista. À brasileira:
"E se essa certeza vier acompanhada de alguma 'verdade cientifica' (como foi comum nos totalitarismos históricos) associada a educadores que querem 'fazer seres humanos melhores' (como foi comum nos totalitarismos históricos) e, finalmente, se tiver a ambição política, aí, então, já era."
Argumento eufemista e que serve para atacar de maneira infantil a dita esquerda (onde ele supostamente se refere a Stalin, Lenin, Trotsky) e disfarçar suas intenções totalitárias de direita. Afinal, para ele, a ambição política é para poucos (supostamente aos que pensam igual a ele). Deseducando com palavras amigáveis e sentimentais, ao mais tupiniquim e inocente dos estilos. Para quem não sabe, o eufemismo é uma variante do ad hominem, consiste em usar palavras ou expressões de uma maneira mais branda para simplmesmente, "empurrar" idéias de maneira sofismática e atacar oposições. É uma estratégia comum no mundo vulgar do "politicamente correto". Desinforma, atrapalha a comunicação. Torna-se parcial. Pretensioso.
Literalmente, Pondé é o que se pode chamar de pastor de ovelhas. Ovelhas estas, sem capacidade de discernimento próprio, apenas o seguem. Querem entendê-lo, creditá-lo (Magister Dixit). Sendo totalitário, ele ataca a quem tacha de "totalitários". E falando em creditar, eis o último parágrafo dele, contendo um cabeludo Magister Dixit:
"O melhor antídoto para a tentação do totalitarismo não é a certeza de um 'outro bem', mas a dúvida acerca do que é o bem, aquilo que desde Aristóteles chamamos de prudência, a maior de todas as virtudes políticas."
Aristóteles é a base de suas "virtudes". Na falta de um argumento lógico, empurra-se uma forma de creditá-lo a alguma autoridade. Eu diria que esta foi uma covarde indução à dúvida irracional. A dicotomia do campo das morais e dos valores. O que é Praxis de deseducadores e elitistas conservadores brasileiros compromissados com interesses próprios.
Me pergunto como um sujeito desses se intitula filósofo. No Brasil, a gênese do "ser" está tão reduzida ao "ter" que vemos médicos com diplomas falsos comprados, carteiras de motorista compradas, professores desqualificados, "pastores empresários", filósofos que vão parar em universidades agraciados por elites burguesas e acabam se tornando os reais "homens de bem", moralistas e detentores do $aber.
Adendos finais, Brasileiros "inocentes" como Pondé fazem do Brasil o país da desinformação, da desigualdade, das ovelhas manobradas, das "marias-vão-com-as-outras", e da dicotomia moralista. Acho que se tivéssemos um presidente do tipo Hitler, Pondé seria um irracional da escala de Goebbels (sendo o totalitarismo nazista ao qual ele critica como sendo ruim, o próprio cerne de seus ideais totalitários). Pois assim como o 03 do Reich, esse aí gosta de literalmente atacar oposições políticas e minorias com infantis e sentimentais retóricas falaciosas até que se tornem verdades (de seus adeptos). Gerando a desinformação e assegurando seu rebanho de ovelhas "para consumo". Ao uso de afirmativas preconceituosas e politiquistas.
2 - O Estado Democrático sempre existiu como um centro social de poder político que tem a função de tornar válida e oficial essa moral social (que influencia o indivíduo) relativa a um determinado momento histórico, que é construída, em geral, por uma elite política e econômica que se arroga o direito de legislar e fazer cumprir a lei (baseada na moral média vigente) em nome de todos, como representante de todo um povo ou nação, que vota, elege seus representantes políticos (democracia indireta).
3 - Portanto, é a vontade moral da maioria que, teoricamente, deve estar presente no conteúdo das leis, elaboradas por tais representantes políticos e executadas por órgãos judiciários e executivos.
4 - Entretanto, para além desse sistema político-jurídico estatal, existe também um sistema moral social que não é oficializado e institucionalizado pelo Estado, mas pela própria sociedade civil, ou seja, pelas pessoas que não integram diretamente os órgãos governamentais (os governados, representados).
5 - Sempre existiu um mecanismo político (oficial-estatal ou não, social-privado) de afirmação de uma determinada ideologia predominante numa determinada época e num certo local, que reflete o pensamento e a moral média vigentes.
6 - Cada indivíduo que escolha se quer e o quanto quer aderir a essa moral média vigente imposta pelo Estado ou pela família/sociedade civil (instituições de poder sobre o comportamento individual) ciente de que essa escolha terá consequências para si mesmo: há sempre o risco do indivíduo ser reprovado socialmente e sofrer punições - estatais ou não (privadas).
7 - Desconheço, na história da humanidade, uma sociedade desprovida de mecanismos de controle social do individuo, baseados em noções morais médias vigentes (portanto relativas). Portanto, isso é da própria condição humana, um ser social, cuja moral individual sempre entra em conflito (em menor ou maior grau) com a moral média vigente (social) e, por isso, inevitavelmente sofre. Sempre há uma necessidade de ajuste do individual ao um certo coletivo (que sempre é relativo também).
8 - Eis a dramática condição humana, tanto individual como coletiva. A dor e sofrimento são inevitáveis e sorte dos que, naturalmente, tem maior ajuste individual ao coletivo a que pertence, pois sofrerá menor reprovação e punição social (estatal ou não).
9 - Na verdade, ninguém (nenhum indivíduo, grupo, sociedade, sistema ou instituição) sabe com absoluta certeza o que é o bem e o que é o mau, entretanto, sempre existiram sistemas que se pretenderam donos da verdade e tentaram impor a qualquer custo sua "verdade absoluta" aos indivíduos e disso, invariavelmente, sempre gerou e ainda gera muita dor e muito sofrimento humano.
10 - Contudo, sinceramente, sou pessimista: não creio que algum dia o indivíduo se verá livre de tal dor e sofrimento: sempre haverá algum órgão ou sistema social de poder tentando ajustá-lo a uma verdade absoluta.
11 - Se alguém vislumbra um futuro mais otimista quanto a isso, por favor, me ajudem a compartilhar de tal otimismo.
Realmente faltou uma prova "universal" de como o Totalitarismo surge da vontade de fazer o bem para "todos". E nenhum dos ilustres participantes desse debate deduziu esta prova.
Vejamos!
Ninguém é completamente bom ou mal. Ou seja, cada um tem, em sua personalidade, uma componente de maldade.
Então, quando me arvoro em fazer o bem para todos, também me preparo para destruir o mal. Assim, começo exterminando aqueles que não se enquadram no meu "círculo fraterno", pois eles são completamente maus. Em seguida, identifico entre meus "irmãos" aqueles que simpatizam com aqueles outros. Em princípio, tento reeducá-los. Mas, se não cederem ao "processo educativo", eu os mato também. Dentre os restantes, extermino aqueles que parecem se importar com os irmãos sacrificados. Há também aqueles que não me "peitam", mas fazem corpo mole. Esses fazem músicas e peça de teatro nos quais identifico mensagens subliminares, metáforas e referências que me fazem parecer um totalitarista. Primeiro eu os tento calar; se não for possível, os extermino também. E assim sigo matando todos, até chegar ao ponto de perceber que sou totalitarista, algo que repudio. Então, me mato.
Acho que essa sequência de raciocínios é suficiente e necessária para trazer a qualquer um farta gama de exemplos da história passada e atual. Serve também para monitorar os discursos altruístas que poderemos vivenciar no futuro e exercitarmos de forma mais eficaz a nossa prudência.
Ora se sou a favor dos direitos das minorias não é fascismo, pois é uma luta que surge no interior das minorias e não é imposta por outros grupos.
Impressionante como filósofo brasileiro não é mesmo respeitado.
Impressionante constatar que se Pondé fosse europeu ou americano seria chamado de "gênio" usando o mesmo texto.
Não me impressiona como a inveja torna as pessoas más...
Puta que pariu. Impressionante.
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