É funk que não questiona |
O cantor Adriano Gospel Funk até já gravou o seu terceiro CD, cujo título é “Dízimo e Oferta”.
Não se trata de uma contestação à notória ganância de pastores, como era de se esperar de um funk, mas de enaltecimento a essas “duas ordenanças bíblicas”, no palavreado evangélico.
Entre outras coisas, a música que dá o nome ao CD diz:
Tem gente que não aprende o segredo de prosperar
Com jejum e oração o gafanhoto não vai matar
Eu que já sou vacinado o segredo eu vou te contar
Pro gafanhoto ser derrotado você tem que Ofertar
Outras músicas são: Deus é Fiel, Vai Ter que Casar, Eu Quero Dançar, Exército de Gideão, Filho Pródigo, Orar Para Namorar, Transformado, O Funk é de Deus, Encontro, Minha Vitória, Filho Pródigo, e Abraça.
Quem não gosta de funk poderá agora comentar que ocorreu o que parecia impossível: a música ficou pior.
No começo do ano, Ricardo Gondim, pastor da Igreja Betesda e crítico do movimento neopentecostal, escreveu que Deus lhe livre de um Brasil evangélico porque, entre outras consequências, o puritanismo cristão arrasaria a cultura brasileira.
O Funk de Deus é um indicativo de que os temores de Gondim começam a se concretizar.
"Você tem que ofertar"
fevereiro de 2011
Comentários
Em comunidades cariocas,por exemplo,igrejas condenam o carnaval[que era uma alternativa de cultura para este povo],o samba e tantas outras manifestações populares.
No nordeste[principalmente Bahia]as "Casas de Umbanda" e de seitas africanas estão sendo dizimadas em detrimento dos "franchising neopentecostais",e os que mantém a tradição das religiões negras [quando se assumem]sofrem forte preconceito.
É claro que não podemos simplesmente barrar o crescimento destas igrejas,mas o fundamental seria informar a população sobre humanismo,estado laico,secularismo e combate ao preconceito[todas as formas de preconceito]
Sou ateu "fora do armário" e já estou cansado de ouvir perguntas do tipo "então você pode matar alguém que não tem problema?","se você não acredita em deus vive pra quê?","então você vive como um zumbi?"
O preconceito e a "burrice" não podem ser considerados [ao menos ao meu ver] como opinião,este tipó de comportamento eu ignoro-ou ao menos tento.
esses "gafanhotos" se superam na cara de pau para faturar
.
muito bom!!! ou melhor, muito ruim (a música)
Se o funk já era extremamente ruim, acabou de ficar pior.
Eu achava que ignorância tinha limite!
Minha crítica consistirá em dizer que o Funk Carioca já era ruim principalmente por sua incoerência com o vernáculo do idioma pátrio, pelo fomento a deseducação e banalismos e, finalmente, pela ausência de intelectualidade até mesmo nas mais "inocentes" anedotas e eufemismos de suas letras. Agora está pior por conta do proselitismo religioso inculcado, já agravado pela natural ignorância de nosso povo. Ora proselitismo que é intencional: desinformar para alienar e posteriormente, subjugar a bem de maiorias. As massas alienadas já estão aí, como zumbis em um filme Sci-Fi a invadirem cidades e quebrando tudo.
É marcada pela rebeldia de seus jovens...
A eterna necessidade de ser diferentes de seus pais...
Todos querem ter uma nova roupagem...
Algo que os identifique com seu grupo.
Isto é normal... É o período da aborrecência...
...
As igrejas, numa tentativa de atrair o jovem...
Acabam atraindo também as novas condutas...
Até por que muitos de seus pastores são desta geração...
Novos tempos, novos paradigmas, novas condutas...
Isto é inevitável...
...
É bem vinda toda forma de expressão cultural...
E, naturalmente as igrejas devem permitir...
Que seus jovens se expressem...
Resta saber qual será o limite da suposta moral...
Que a religião atribui a seus fieis...
...
Hoje em dia é normal ser assaltado...
Estamos acostumando-nos com este novo paradigma...
Certamente, apreciaremos daqui a algum tempo...
Ninfetinhas peitudas e seminuas...
Rebolando no púlpito em nome de Jesus...
Comandadas por um pastor tatuado e cheio de piercings...
Ao som de um rap...
...
Hoje tudo é permitido, inclusive em nome de Jesus...
É só uma questão de alterar nossos paradigmas...
Bem vindos à modernidade moral...!
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