O promotor Nascimento, que é pastor,
liberou veículo e motorista para fiéis
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O major Wellington Fragoso, presidente da Associação dos Oficiais Militares, disse ter havido um abuso de poder que menosprezou a laicidade do Estado. Ele pediu a abertura de uma sindicância pela Corregedoria do Corpo de Bombeiros para que Freitas seja responsabilizado.
O CES (Conselho Estadual de Segurança) informou que vai examinar se o empréstimo foi feito dentro da lei. Mas o representante da Ordem dos Advogados do Brasil no CES, Marcelo Brabo Magalhães, já disse que tudo indica ter havido um desvio de finalidade no uso de carro oficial.
O MPE (Ministério Público Estadual) investiga o comandante Freitas em outro caso, envolvendo denúncias de improbidade administrativa. É o mesmo ministério ao qual pertence Nascimento.
O tenente-coronel Paulo Marques, porta-voz do Corpo de Bombeiros, disse não ter ocorrido nenhuma irregularidade. “Não cedemos o carro porque era um grupo de evangélicos.”
Ele afirmou que o “Corpo de Bombeiros é laico” e insinuou que a Igreja Católica também obtém favores. “[A corporação] presta serviços a todos as religiões, como transporte de bispos e imagens em procissões.”
Sérgio Jucá, procurador-geral de Justiça em exercício, disse que a informação que tem do caso é a mesma divulgada pela imprensa. Mesmo assim ele se adiantou a defender o seu colega. “O promotor Sidrack Nascimento é um dos melhores quadros do MP.” Afirmou que Nascimento solicitou o carro como representante da Igreja Batista, e não como do MP.
O advogado Magalhães disse estar preocupado porque os pedidos de liberação de veículos são constantes e “a liberação ocorre de forma natural”.
Ele apresentou ao CES pedido para que o Corpo de Bombeiros emita um relatório com todos os empréstimos de carro, especificando se foram para pessoas físicas ou jurídicas e para quais finalidades.
O porta-voz Marques informou que, por causa da polêmica, o Corpo de Bombeiro suspendeu esse tipo de “serviço à comunidade”.
Com informação das agências.
julho de 2011
Comentários
Nada justifica outras aplicações...
É uma estrutura estatal disponível para isto...
Optar por desviar esta destinação, é uma ofensa ao cidadão...
Já que pode precisar do serviço a qualquer instante.
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