por Giacomo Galeazzi, do Stampa
O papa Bento 16 deixou a Alemanha com a mensagem mais forte da sua viagem e, na missa no aeroporto de Friburgo, diante de 100 mil participantes e de todos os bispos das 27 dioceses da Alemanha, exortou os crentes a não serem apenas fiéis por simples hábito. Fez um elogio inusitado e destinado a deixar marca nos "agnósticos que, por causa da questão de Deus não encontram paz, pessoas que sofrem por causa dos nossos pecados e desejam ter um coração puro".
Bento 16 disse que "eles [os agnósticos] estão "mais perto do Reino de Deus do que os fiéis 'de rotina', que na Igreja só veem agora o aparato, sem que o ser coração seja tocado pela fé".
Afirmou que a igreja não é uma multinacional da filantropia e que não bastam estruturas eficientes, instituições sociais e de caridade capazes de desenvolver um serviço que "requer competência objetiva e profissional". Acrescentou que é preciso mais, isto é, "um coração que se deixe tocar pelo amor de Cristo".
Embora expressando gratidão aos que "colocam à disposição tempo e forças no voluntariado", o papa exortou os católicos, em todos os níveis, "a se interrogar sobre a relação pessoal com Deus". Recomendou "oração, participação na missa dominical, meditação da Sagrada Escritura, estudo do catecismo".
Aos seus compatriotas, o pontífice faz uma acurada denúncia do "relativismo combativo" e da "campanha de opinião contra a igreja". Mas é o "fronte interno" que o preocupa mais.Joseph Ratzinger muitas vezes não encontra, por trás de estruturas eclesiásticas bem organizadas, "força espiritual e fé".
Além disso, "uma excedência das estruturas com relação ao Espírito" torna vã qualquer tentativa de reforma. Por isso, Bento 16 apela à honestidade intelectual tanto de quem se diz cristão, quanto daqueles que não professam a fé, mas deveriam respeitá-la. Para ele, a dimensão religiosa, de fato, é essencial para que a sociedade seja plenamente humana.
Disse ser necessário que "as paróquias, as comunidades e os movimentos se sustentem e se enriqueçam mutuamente", que "os batizados e crismados, em união com o bispo, mantenham alta a tocha de uma fé capaz de iluminar conhecimentos e capacidades".
Com tradução de Moisés Sbardelotto para IHU On-line.
Ateísmo é radical demais; agnosticismo é melhor
por Marcelo Gleiser em abril de 2010
Ateísmo.
Comentários
Existem aqueles que vão à Igreja só pra acompanhar o cônjuge e espantar possíveis concorrências amorosas.
Existem aqueles que vão à Igreja porque gostam dos bancos em madeira de lei, das representações góticas, do Canto Gregoriano, dos aparatos...
Existem aqueles que leem a Bíblia como simples exercício de leitura ou para ter o que dizer quando testados ou desafiados.
Buscam a segurança de uma tal Comunhão. Esta permite lidar com regras conhecidas por todos, garantir estar pisando em solo firme a cada passo, municiar a mente com objetivos bem definidos e avaliar seu progresso num sistema de prêmios e castigos.
No entanto, toda a beleza, conforto e sensação de crescimento são insuficientes para eliminar a dúvida. A dúvida gerada pelo comportamento dos sacerdotes, pelo que parecem dizer nas entrelinhas das orações, pelas estórias mal contadas, pela diferença do Jesus descrito na Bíblia e o Jesus representado nas artes sacras. Um Jesus coroado como um rei, com vestes dignas de um patrício romano, comandante de exércitos, um Jesus que peca pela ostentação, assim como seus "representantes".
Até onde sei, agnósticos não são nada disso. Não são atormentados pelos "pecados" dos outros, muito pelo contrário... São muito mais em paz consigo mesmos do que cristãos que vivem constantemente com medo do inferno. Nunca ouvi falar disso. É a velha história que eles insistem em querer pregar como verdade de que quem não tem deus não é feliz.
Para ele dizer isso, só mostra o quão desesperado está em não perder fiéis, tentando se fazer de bonzinho, compreensivo e cheio de compaixão. Teve que aceitar o discurso de seus marketeiros, provavelmente muito contrariado.
Sobre seus funcionários estupradores ele não diz nada, e muda o discurso para tentar fazer as pessoas mudarem o foco da atenção.
Israel Chaves, não há possibilidade de paz, para ninguém, no mundo enquanto existir a ICAR.
nao existe essa de falsos crentes está mais longe de Deus e agnosticos mais perto, isso é contraditorio diante da doutrina crsitã.
mas como tudo nessa religiao é espurio, entao se aceita qualquer coisa, ate de Maria ser virgem depois do nascimento de Jesus.
rogar a Maria que se interceda por nós é tao falso como falsos cristaos, agnosticos e ateus.
no final de tudo, vao todos pro mesmo saco.
izaque bastos.
Quer dizer que você nunca leu na bílbia, que você diz seguir, em Ap7, 9-16, que aqueles que já morreram e estão diante de Jesus Cristo, e o servem DIA E NOITE NO SEU TEMPLO SENDO COBRIDOS PELA BENÇÃOS E DEUS, estão intercedendo por nós?
Será pelo fato de que o propósito principal do agnosticismo é demonstrar que a existência de Deus é incognoscível ao homem e que há uma nauseante incitação por parte de agnósticos ao covardemente intelectual "não sei"?
Seria algo como:
Fulano cristão hardcore: "-Você acha que Deus existe?"
Ciclano agnóstico: "-Não sei. Você sabe?"
Fulano cristão hardcore: "-Você está salvo! Pois a palavra de Deus é divina e incompreensível aos homens e os merecedores do reino de Deus são aqueles que não ousam contrariar e duvidar da palavra D'Ele!"
Hehe... qualquer brecha de ignorância e acidentes intelectuais são lenha na fogueira do ego dos ignorantes e espertalhões maiores: os representantes maiores das crenças. Os que se aproveitam da alienação que criaram.
A crença, além de grave acidente do pensar humano, é a antítese da razão e da lógica.
Comigo a mesma coisa Luan^^
Quando acreditava em Deus eu estava com tantos problemas, quando já não acreditava continuava com os mesmos problemas mas com o tempo foi passando, mas não precisei rezar ou orar para resolvê-los^^
Que eu saiba, o agnosticismo não tem um objetivo, tanto quanto ser "apolítico" não é um partido (e nessa analogia o ateu seria o anarquista).
Eu também não acho que exista incompatibilidade entre ser ateu e ser agnóstico, tanto quanto não há entre ser "apolítico" (alguém que não participa da vida política) e ser anarquista (alguém que não acredita na política como via para a sociedade).
Acredito que há alguma rixa entre ateus e agnósticos, mas que ela é insuflada por teístas travestidos de agnósticos, com o objetivo de fazer ateus desavisados se sentirem inseguros (e insegurança é o solo no qual nasce a crença).
De resto, você é agnóstico ao não rejeitar a possibilidade da existência da transcendência (se bem que isso é algo tão vago que quase nem vale a pena considerar), mas é ateu ao rejeitar a existência de deuses pessoais. É uma questão de definição e de ponto de vista, apenas.
Ateu porque não creio em Deus, e agnóstico por considerar a questão Deus existe insolúvel dada a própria definição de Deus. Diria que a hipótese de Deus não é falseável.
nhaaaa, estou achando a campanha divertida
é bom q tenha estes atoas, pois lá no céu vai ter mais espaço.
anti-hipocritas
Daqui há pouco vai dizer que os neoateus são melhores que os ratos de igreja.
Agnósticos admitem NÃO SABER se Deus existe, se alguma coisa é pecado ou não, etc.
Têm dúvidas (e não as fajutas "certezas" ateístas), portanto, podem não ter "paz de espírito".
O Papa Bento XVI, portanto, está certo em muitas de suas colocações.
Postar um comentário