Tempo histórico deixa de ter
conotação religiosa
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A BBC informou que decidiu pela mudança por se tratar de uma empresa ligada ao Estado, que é laico, e também em respeito às pessoas de outras religiões.
O jornal L'Osservatore Romano, porta-voz do Vaticano, reagiu com uma contundência que não lhe é habitual. Disse que a empresa optou pela “hipocrisia historicamente insensata”.
"Muitíssimos não cristãos disseram que não se sentem ofendidos pela datação tradicional, pelo a.C. e d.C.”, disse o jornal.
“O que está bem claro é que o respeito a outras religiões é só um pretexto [da BBC], porque o que se pretende é apagar qualquer marca do cristianismo na cultura ocidental”, disse o L'Osservatore.
A até o final da tarde de hoje (4), a BBC não tinha comentado o artigo do jornal. O Vaticano já vinha acusando a emissora britânica de ter tomado uma postura nitidamente antirreligiosa, principalmente em relação ao catolicismo.
Recentemente, a Austrália determinou que as referências a.C. e d.C. fossem retiradas dos livros didáticos, em uma medida que deverá entrar em vigor em 2012. O arcebispo Peter Jensen, de Sidney, taxou a decisão de “uma tentativa absurda” de expulsar Jesus Cristo da história.
Com informação das agências.
Austrália manda tirar dos livros didáticos as abreviaturas a.C. e d.C.
setembro de 2011
Religião no Estado laico.
Comentários
Calendários são apenas convenções. E outras culturas, e religiões, marcam o tempo de outras formas, como o ano judaico, o ano chines, que não estão necessariamente em sincronia com o sistema ocidental atual.
Seria interessante começarmos a adotar um sistema de data mais racional e lógico, uma espécie de "data estelar", como nos filmes de Jornada nas Estrelas.
Vou adotar o sistema "era comum" na informação sobre datas.
Cognite Tute
Quem é a Igreja Católica para chamar alguém de hipócrita? Mas talvez ela tenha razão, que repente a BBC deveria ter assumido logo sua posição sem medo de perder clientes...
[taxou a decisão de “uma tentativa absurda” de expulsar Jesus Cristo da história]
Mas é por uma boa causa, vale à pena e não tem nada de errado nisso. Ah, é verdade, a opinião é do cristão, então tá.
A Igreja sabe o poder da mídia!!!! lol
Olha a conspiração ateísta-satanista-darwinista-exuzista-gayzista-comunista-maçônica aí gente!
Chora cavaco!
Isso não é verdade.
De qualquer forma, não vejo por que mudar a notação a.C. e d.C. Como se fosse fazer muita diferença. Para mim parece mais frescura do que uma mudança positiva.
Não exatamente. Se esperamos que um dia a mitologia hebraico/cristã siga os caminhos das outras mitologias, como a grega, celta, etc, e que Javé se junte a Zeus e Odin, é preciso desligar os símbolos dessa mitologia dos aspectos modernos das sociedades.
Símbolos são poderosos, e podem atrasar o avanço das sociedades.
Marcar o tempo é uma atividade laica, não religiosa, não mais. Faz todo sentido termos um formato padrão, menos religioso, para isso.
Uma "data estelar" seria legal..:-) Mas era comum também é bacana, simbólico, no bom sentido. E muito menos ofensivo ou irritante para os que seguem outras mitologias.
Religiões são excelentes em dividir e separar pessoas, em provocar constrangimentos e conflitos por qualquer bobagem. Uma aula de história para crianças de países islâmicos pode virar uma "guerra" se as datas forem apresentadas dessa forma, antes de depois de cristo.
Cognite Tute
Eu não vejo motivo algum para isso. Os planetas do nosso sistema não mudaram de nome só porque os mitos que deram os nomes a eles desapareceram, as constelações também continuam com os mesmos nomes. Ninguém olha para a notação a.C. ou d.C. e fala "Ah, olha a prova da superioridade cristã" e se alguém fala isso, é um retardado, critique-o por isso, não critique a sociedade toda pela notação que ela usa.
Ficar implicando com detalhes como esse só vai aumentar a mania de perseguição deles. Deixemos a briga para o que realmente importa.
E não devemos de maneira alguma forçar para que o cristianismo ganhe o status de mito. Deixe que isso aconteça naturalmente. É bem mais simples lutar contra o preconceito, a hipocrisia, a ignorância, enfim. Querer "destruir" o cristianismo vai contra a liberdade de crença que é tão importante para nós mesmos.
Ah, vale destacar que adorei o comentário do Rodrigo plei sobre as conspirações!
O exemplo dos nomes de planetas é muito bom, mas não suficiente. Estes nomes, embora ligados a crença pagã greco-romana, não tem o mesmo simbolismo justamente por terem sido suplantados, a crença que os nomeou, pela mitologia católica.
Se estivéssemos sob a vigência da religião grego-romana, eu esperaria uma mudança para ajudar a tirar esse simbolismo de seus nomes.
Vou usar seu mesmo exemplo, nomes como símbolos, e como eles foram "modificados" para impedir a perpetuação da ligação com deuses e mitologias que não se desejava manter.
Segunda-feira, Terça-feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta-feira, no lugar de nomes de deuses. Em vez de Dia de Thor, Dia da Lua, Dia de Saturno, feiras.
Os católicos sabiam do poder dos símbolos, e como afasta-los para ocupar espaço.:-).
Outro exemplo, a cooptação do Natal, uma data pagã, que comera eventos pagãos, o solstício, como data de nascimento de Jesus.
Não é uma ideia nova, nem nossa, trocar nomes e símbolos, para mudar a ligação ou enfraquecer as relações.
Não é fundamental, mas ajuda.
guga: "Ficar implicando com detalhes como esse só vai aumentar a mania de perseguição deles. Deixemos a briga para o que realmente importa."
Quase concordo com você nesse ponto, quase..:-) Apenas acho que não é tão "provocador" assim apenas se referir a uma data com outro padrão. Existem diversos, mais um não deveria ser uma ofensa mortal a quem crê.
Judeus tem anos e datas diferentes, chineses, e outros povos, porque não uma forma não "católica" de determinar uma data histórica. Era comum é bastante razoável.
guga: "E não devemos de maneira alguma forçar para que o cristianismo ganhe o status de mito. Deixe que isso aconteça naturalmente. É bem mais simples lutar contra o preconceito, a hipocrisia, a ignorância, enfim. Querer "destruir" o cristianismo vai contra a liberdade de crença que é tão importante para nós mesmos."
Pois é, nesse ponto concordo totalmente, plenamente. Apenas, como disse acima, não acho que a mudança da forma de definir datas seja contra essa posição.
Eu certamente não quero "impor" o fim do cristianismo, ou de qualquer religião. Espero apenas que as sociedades atinjam um ponto em que isso seja algo natural, como foi para o zoroastrismo, as crenças gregas, a religião celta, etc.
Liberdade é importante até para os que discordam de nós. Mais, é importante especialmente para os que discordam, ou não seria liberdade de toda forma.
Mas liberdade sem vigilância corre o risco de ser destruída pelos que dela se beneficiam, mas não veem virtude na mesma. Religiões, por exemplo.
Por isso acho interessante, e importante, esse distanciamento, esse afastamento dos símbolos das religiões, para permitir que novas gerações se coloquem a distâncias seguras dos fanatismos e fundamentalismos.
A reação da Icar neste caso, é de desespero. É apenas uma forma de marcar eras históricas, que não precisa mais de um "nascimento divino" como base. Isso é bom, não ruim, e muito menos provocação.
Não contamos mais as horas com o padrão dos mosteiros, não damos nomes as horas pelo sistema eclesiástico, não corrigimos os calendários pelas necessidades da Icar, porque determinaríamos as datas a partir do nascimento de seu deus hipotético?
No mais, acho que concordamos bastante.
Cognite Tute
Bem, talvez você tenha um pouco de razão.
Quanto ao nascimento de Jesus, a ICAR pode ver isso como o nascimento divino, mas eu vejo como um acontecimento histórico: o nascimento de um homem que era meio teimoso, não gostava do sistema em que vivia, e que decidiu lutar contra ele. Ele falhou no objetivo principal dele, mas ele sobreviveu nas ideias dele e, mesmo sendo praticamente um zé ninguém, mudou completamente a História.
Eu eu penso que você também tem, por isso concordamos em boa parte. O que é tudo que eu espero de um debate, já a única pessoa em todo mundo a concordar plenamente comigo, em tudo, sou eu mesmo (nem minha mãe concorda com tudo sempre..:-).
Acho que isso é algo que as pessoas devem compreender, para manter um debate razoável, discordâncias são esperadas, na verdade, inevitáveis. São as concordâncias e acertos que importam.
guga: "Quanto ao nascimento de Jesus, a ICAR pode ver isso como o nascimento divino, mas eu vejo como um acontecimento histórico: o nascimento de um homem que era meio teimoso, não gostava do sistema em que vivia, e que decidiu lutar contra ele. Ele falhou no objetivo principal dele, mas ele sobreviveu nas ideias dele e, mesmo sendo praticamente um zé ninguém, mudou completamente a História."
Também concordamos em parte. Jesus, se existiu historicamente (há dúvidas, mas eu tendo a considerar que alguém com este perfil existiu na época, ou historicamente perto disso), ele certamente era diferente, carismático e um pensador interessante.
Mas as ideias dele não eram originais, derivam de filosofia grega, sua história tem aspectos de deuses e personagens de outros credos, seus milagres já haviam sido apresentados por outros antes dele (Pitágoras, por exemplo, tinha a fama de ter nascido de uma virgem, ser capaz de multiplicar pães, andar sobre águas, e até uma história sobre ter morrido e voltada existia em sua época).
O que Jesus, ou melhor os seguidores deste messias específico, teve foi uma boa dose de sorte aleatória. Se Constantino, ao procurar uma nova religião, para tentar unificar o estado romano, tivesse escolhido, por exemplo, os seguidores de Apolonio de Tiana, em vez de Jesus de Nazaré, a história seria diferente.
Não muito, ainda teriamos idade média, ainda teríamos a queda de Roma, e ainda teríamos uma religião de 2000 anos, mas seus seguidores adorariam Apolonio, não Jesus.
As ideias dele, um conjunto variável de boas e más idéias, são a coletânea de conceitos anteriores, sendo que as boas estão quase todas baseadas na regra de outro, muito mais antiga, e que tem sido "descoberta" muitas vezes em nossa história como espécie, por diferentes culturas.
Trate o outro como gostaria de ser tratado, e ele fará o mesmo.
Este é um debate interessante, mas longo para uma conversa em posts de blog, uma pena.
Um abraço.
Cognote Tute
Deixar acontecer naturalmente? Realmente é isso que está acontecendo. A BBC mudando essa notação permitirá que jovens (e qualquer um), assistindo a seus documentários, venham a questionar sobre o por que desse termos, e não AC e DC que a família dela ensinou desde quando ela não "pensava" direito. E possibilitar (abrir caminho ao) o questionamento é uma atitude muito positiva!
A BBC está assumindo uma visão e posição, que também é muito positivo isso. Em si vejo como uma atitude revolucionária.
Deixar como está, sem fazer as mínimas e talvez pouco efetivas modificações, e mesmo assim esperar que as coisas aconteçam... isso me cheira a conformismo, a falta de atitude, ou "não não vou encarar peixe grande (igreja)".
Também não acho que o exemplo dos planetas é uma boa comparação, já que uma coisa são datas, coisa que você vê o tempo todo, desde as fazes mais tenras do seu raciocínio. Outra são os astros, que não tem uma frequência e um significado tão grande no seu dia a dia.
Um abraço
ser ateu tudo bem, mas hipócrita basta.
ser ateu tudo bem, mas hipócrita basta."
Precisa entender, se não explicar, apresentar argumentos, sustentando porque é uma hipocrisia - adotar uma forma de marcação de data comum a todos, sem relação com uma religião específica, como muitas outras culturas fazem - sua frase é só uma "bravata", uma tentativa de arrumar briga, mais nada.
Até em séries de ficção científica vemos novas formas de marcação de datas (como a data estelar), que levam em consideração a natural mudança que ocorre nas mesmas, de tempos em tempos.
Não marcamos mais o tempo de acordo com o calendário grego, nem com o Romano, nem com o Assírio, nem com o sistema de nascimento de imperadores chineses, etc, porque não devemos nos ajustar a tempos em que a religião cristã não "manda" mais em tudo?
Não seria mais hipócrita "fingir" que a datação com a menção ao ser imaginário Jesuis marca períodos históricos? Um início que, mesmo dentro da mitologia católica, é apenas simbólico (como a data de "nascimento" de Jesus", identificada com o solstício para "pegar carona" nas festas pagãs)?
Explique, porque seria hipócrita adotar um termo técnico já utilizado pelo sistema acadêmico/histórico?
Esse "mimimi" religioso, de organizações que cada vez mais perdem espaço, prestigio, visibilidade, é triste, embora irritante.
Cresça, Anonimo, vire adulto, seja responsável por sua vida e suas escolhas, a única vida que temos certeza existir. Essas superstições da idade do bronze não fazem mais sentido.
Cresça, Anonimo, cresça.
Cognite Tute
Pois bem, nós o estamos matando de novo!
Por quê não estão gostando?
Sim, claro, porque muito da história de Jesus não veio de Jesus. Jesus foi, como eu disse, um zé mané qualquer, existiam muitos da época deles que saiam por aí fazendo milagres e se dizendo o messias. Ele provavelmente só ficou famoso mesmo depois da queda do templo de Jerusalém, e ficou mais famoso fora da Galileia do que na Galileia em si.
Além do mais, hoje em dia, se você for de igreja em igreja, os milagres feitos também são bem parecidos uns com os outros, são "truques" que um indivíduo aprende com outro.
Eu recomendo as palestras de Bart D. Ehrman e um curso da Universidade de Yale por Dale B. Martin, estão no Youtube. De acordo com Martin, com exceção de um ou outro, todos os bons historiadores acreditam na existência histórica de Jesus e que aqueles que defendem o contrário costumam não entender muito bem do assunto.
Ele citou uma exceção e disse que é possível defender que Jesus não existiu, mas poucos acreditam nisso. E no curso ele ensina como se estuda quais pontos da história de Jesus provavelmente são verdadeiros e quais provavelmente foram inventados.
Pessoalmente, pra mim, dizer que Jesus não existiu não cola, eu fico com a posição de Ehrman e Martin. Pra mim, o verdadeiro milagre mesmo é um zé mané de dois mil anos atrás ter umas ideias tão geniais quanto Jesus tinha. Dizer que ele foi uma divindade só estraga o verdadeiro significado da sua existência, e dizer que as ideias de Cristo é que são a base do cristianismo é mostrar total ignorância do que ele foi e disse.
Este é um debate interessante, mas longo para uma conversa em posts de blog, uma pena.
Já tive debates bem mais longos em um blog :P Se tiver interessado, a gente move a discussão para um fórum.
Eu também, como disse na mensagem anterior. Alguém com parte das características atribuídas a Jesus deve ter existido, e deve ter sido uma "figura".
E também concordo que a divinização dessa figura, a necessidade de "mágicas" de palco, truques que qualquer charlatão da época fazia, deprecia a imagem e as ideias deste, para "dar peso" a alegação de ser filho de deus, é terrível para sua imagem.
Seria melhor, mais nobre, para Jesus ser conhecido como um grande pensador, um grande "filósofo", como Platão ou Aristoteles, do que como responsável por tanta enganação, trambiques, falcatruas, por organizações que protegem pedofilos, por seitas que roubam dinheiro de pessoas simples e indefesas, etc, como é usado hoje seu nome.
Cognite Tute
Jesus não pode, então, também ser considerado filosofo. Talvez que seria melhor classificado como uma espécie de místico, oráculo ou algo semelhante.
Grande abraço!
Acho que tem boa dose de razão, talvez a classificação mais precisa seja mesmo "profeta".
Eu usei filosofo no sentido de que parte de seu discurso, aquela parte mais próxima das idéias gregas, do estoicismo, etc, seriam mais filosofia que pregação propriamente.
Seria uma forma de os seus atuais seguidores deixarem a parte mística/sobrenatural de lado, e adotarem as partes "boas", como a regra de outro.
Eu, pessoalmente, acho a "filosofia" cristã muito simplória, pouco original, e bastante infantil. Tratar algo como "ame seu próximo" como a maior revelação do universo me parece um pouco de exagero..:-)
Cognite Tute
Leia-se "como a regra de OURO".
Cognite Tute
Na verdade, Jesus muito provavelmente não pregava tanto assim a fé e nem o sobrenatural quanto costumam fazer parecer. Eu acredito que o grande vilão foi Paulo, ele que começou a mistificar a figura de Jesus como uma divindade e, conforme ele mesmo admitiu, ele não tentou aprender as coisas que Jesus dizia, mas ele "consultava Jesus diretamente" (ou seja, tirava merda da própria cabeça dele).
Por outro lado, considere, por exemplo, o evangelho de Tomé (eu recomendo):
http://textosparareflexao.blogspot.com/2008/12/o-evangelho-de-tom-i.html
Um versículo:
"Disse Jesus: Quando fizerdes um de dois, tornar-vos-eis Filhos do Homem; e se disserdes montanha mova-te, ela se moverá."
Lembra daquela passagem que fala "se tiverdes fé, movereis montanhas?" Aí tem outra versão da mesma frase, meio que dizendo que o que move montanhas é algo como a união em vez da fé. Pra mim o mais provável é que esta esteja mais próxima da versão original da frase. Veja que ele está dizendo implicitamente que outros são ou serão Filhos do Homem, assim como ele.
É claro que Jesus era um homem extremamente religioso, ele via as coisas com os óculos do que ele acreditava e provavelmente tinha esquizofrenia por achar que era o messias e que voltaria depois de morto. Ainda assim, para muitas coisas, ele era bem pé no chão e racional.
Ele foi um profeta e também foi um filósofo.
Tratar algo como "ame seu próximo" como a maior revelação do universo me parece um pouco de exagero..:-)
Eu concordo.
Agora, "amai os vossos inimigos e fazei bem aos que vos querem mal", até onde eu sei, essa sim foi uma ideia original, além de ser anti-intuitiva. Outra ideia é "se alguém lhe der um tapa, ofereça a outra face." E ele justifica tudo isso de forma racional, algo do tipo: "se você devolver o tapa, que grande merda você está fazendo? O seu inimigo não faria o mesmo? Faça melhor, seja melhor!"
No sermão da montanha, que foi o discurso onde havia o maior número de pessoas (conforme diz a história), ele falou a respeito de não revidar, de humildade, mansidão, ele não ficou falando "olha, eu sou foda, eu sou o filho de Deus, adorem-me" e nem falou de coisas sobrenaturais. Ele fazia críticas eloquentes, ele justificava as atitudes dele de forma inteligente, enfim.
Se você ler esperando encontrar características de um deus, você se decepciona. Mas se você ler esperando encontrar um homem, você se surpreende. Ao menos eu me surpreendo com certeza :)
A melhor forma de matar um deus é relegá-lo ao esquecimento.
Faça o que com Maomé, meu querido? Você quer dizer mudar o calendário dos muçulmanos? E como é que nós poderíamos fazer isso?
antes da nossa era,
em nossa era,
não sei qual a unidade de referência histórica que ele utiliza, mas acho bem interessante a iniciativa.
E quem disse que eu quero me livrar das religiões?
Eu quero me livrar da intolerância, do preconceito, do medo e da filha-da-putisse tão comum nas religiões.
E não vou perseguir ninguém, os cristãos que continuem com essa prática malévola, que não tenho vontade nenhuma de imitar!
Ah, a bondade, tolerância, amor e generosidade cristãs, nunca deixam de me espantar e comover..:-)
Não sei como viveríamos sem ela..:-)
Parabéns Anonimo, você parece ser tão mesquinho, violento, vingativo, e insano, quanto o ser imaginário que adora. Ele deveria ficar muito feliz com você, caso ele existisse claro..:-)
Vocês se merecem.
Cognite Tute
PS: um exemplo claro de como uma conversa, um debate, interessante, produtivo, racional e principalmente educado, pode ser posto a perder por um troll religioso maluco e ameaçador.
Quero ver se encaram os descendentes de Moisés também, ou têm medinho de serem tachados de "anti-semitas". :D
Com os muçulmanos, sabemos que os homo-ateus não se metem mesmo, pois como já dito por outro comentarista, quem tem C* (órgão mais importante da anatomia homo-ateísta) tem medo!
:D
No mais, eu moro no Brasil, o calendário daqui é cristão, se eu morasse em outro país com outro calendário de outra religião eu questionaria do mesmo jeito. Será que você é tão desprovido de capacidades intelectuais para entender que não faz sentido eu questionar o calendário judeu, que é seguido apenas pelos judeus, no Brasil?
Ah, e tenho outra novidade para você: você também não é cristão, afinal, mostrou uma atitude claramente não coerente com a doutrina :)
P.S.: Você deve sentir uma saudadinha da inquisição com suas fogueiras purificadoras não é mesmo? Vá procurar a Arca de Noé e deixe o discurso sério para aqueles que atingiram a maioridade.
Essa é a "maioridade" dos ateus? Que lindo!
Quanto ao calendário, acordem, bobinhos.
Na prática, a referência continua sendo o tão odiado (por vocês) Jesus Cristo. Mesmo com a troca de palavras ateo-babaca, o referencial permanece:
"Antes da era comum" continua significando ANTES DE CRISTO, e "era comum" continua sendo DEPOIS DE CRISTO.
Continuem esperneando.
Sorry.
Odiado? De forma nenhuma! Acreditar que ele não foi Deus, ou mesmo que ele não existiu, está bem longe de odiar. O que nós odiamos é a hipocrisia e a tentativa de instituir o cristianismo de forma ditatorial sobre os não cristãos.
Não exatamente. Compreendo que história não deve ser seu forte, mas imaginei que sobre as superstições religiosas deveria saber um pouco mais.
Não há uma data precisa do nascimento de Jesus. Registros históricos quase não existem, nenhum sobre esse evento fenomenal, nenhum registro histórico confiável, a não se a biblia, e mesmo a biblia não é lá muito precisa, com várias controvérsias.
Então, AC/DC significa mais "antes da data aproximada do pretenso nascimento de um suposto Jesus" e 'depois da data aproximada do pretenso nascimento de um suposto Jesus"..:-)
Isso não é muito confiável, tem de concordar.
Além disso, a data não é significativa, e não marca exatamente um nascimento de um deus vivo, mas marca o momento em que um novo sistema de datação foi imposto, por uma nova organização no poder, a Icar.
E calendários são algo interessante e engraçados, e totalmente relativos. Tirando passagens de tempo óbvias, como a duração do dia, e outros reais mas menos óbvias, como a duração do ano, todo o mais é apenas um acordo entre as partes.
Nem sempre acordadas de forma amigável. Quando Gregório "consertou" o calendário, uma boa parte da Europa recusou o "conserto", e continuou a usar o antigo calendário, com 10 dias de defasagem.
Essa é uma história interessante, deveria procurar para estudar, os 10 dias que nunca existiram..:-)
Calendários são substituídos, e aprimorados. É isso que estamos fazendo agora, ajustando uma forma de marcar datas e eventos, de forma mais precisa e menos supersticiosa.
E é apenas por conveniência que usamos um padrão bem estabelecido, ainda que estabelecido pela força e pela violência, não seria razoável mudar agora. Mas poderia ser mudado, bastaria definir um evento preciso, como uma eclipse, ou outro evento cósmico, e datar a partir deste ponto.:-)
Claro que você, e sua superstição, pode ficar "feliz" que ainda seja a "data de nascimento de seu senhor jisuis cristinho", é seu direito..:-)
Mas é como adultos que ainda creem em Papai Noel, ficarem felizes porque os Shoppings ainda se enfeitam no Natal..:-) Uma coisa um tanto triste de ver (e motivo para procurar ajuda psiquiátrica, me parece).
Cognite Tute
PS: O gugamilare disse tudo, não se pode odiar algo inexistente, não faz sentido. Apenas ficamos preocupados com os seguidores de um ente imaginário, que tenta prejudicar outras pessoas e impor sua superstição da idade do bronze.
Não, não é hipocrisia (com i). Nada é assim, 8 ou 80. Tudo precisa começar por algum lugar.
Não é preciso tirar "todas" as referências de uma vez só, é perfeitamente possível ir ajustando conforme as necessidades.
Muitas de nossas convenções são "legados", que não valem a pena mudar, seria esforço sem necessidade. Por exemplo, dividimos o dia em um formato que vem dos antigos Assirios, em base 6. 6, 12, 24, 36, etc.
Seria mais "natural", para nossa cultura, dividir o dia em 10 partes, base decimal. Seria também extremamente trabalhos, e pouco útil, uma vez que todos estão acostumados com este formato em base 6.
Já o AC/DC pode ser modificado, já está sendo modificado em ambiente acadêmico, de forma simples, e prática.
É nossa era, a era comum, não a era de um imaginário ente sobrenatural.
Cognite Tute
Embora não seja possível apontar, de imediato, qual é a mais fundamental de nossas ações, é possível sugerir os critérios para identificá-la:
UNIVERSALIDADE: ela deve ter uma relação tal com a Existência Humana, que ninguém, independente de sexo (ou escolha de sexo), cor (ou escolha de cor), credo (ou ausência de credo), idade registrada (ou aceita) possa ignorá-la; ela se aplica a todos;
CONTRIBUIÇÃO COLETIVA DIFUSA: tal realização não deve ser originária da criatividade ou ação de um único indivíduo ou de uma coletividade definida; ela deve ser reconhecida como o despertar simultâneo de um número indefinido de pessoas diferenciadas, que contribuíram espontaneamente para seus resultados, seja de forma explícita ou anônima;
HARMONIA: a Maior Realização Humana deve promover um estranho, mas funcional, acoplamento entre idéias, aparentemente e historicamente, irreconciliáveis; ela deve funcionar como uma cola, cuja composição desligue as inconsistências, alinhe as indiferenças numa sintaxe que resulte num sentido irretocável, e converta os impactos da mútua agressão num impensável e surpreendente crescimento criativo e realizador.
As Organizações Atéias e Agnósticas deveriam promover uma campanha, no mundo inteiro, para que se escolha essa grande realização humana que pode vir a ser o referencial histórico de uma Sociedade Laica. Só o fato de a discussão ser aberta vai gerar um avanço incrível no Secularismo.
É uma mancha negra na história da humanidade e terá que ir obrigatoriamente para a prateleira dos mitos mais dia menos dia.
Genial e provisória classificação. As religiões imperialistas atrapalharam até mesmo a contagem dos tempos. Os cristãos contam o tempo pelo uso do calendário gregoriano. Judaístas, pelo calendário judaico e por fim, os islamitas com o calendário hegírico.
O tempo deve ser contado a partir do que se conhece geologicamente a respeito do planeta, e não como "deveria ser" sob a ótica de uma religião (mito).
Os tempos estão mudando.
Tipo: estamos no ano 6.343.431
Humor involuntário ateísta é sempre diversão garantida.
Ops, errou feio (isso não me espanta)..:-). 6 milhões nem chega perto da idade da Terra. São aproximadamente 4,5 BILHÕES de anos. E n;ao, não sabemos se foi "exatamente" em uma segunda feira ou no sábado..:-)
Na verdade, quem alega saber 'exatamente" quando o mundo começou são religiosos (e tem certezas absolutas), como alguns cristãos que "contaram" os tempos de vida dos personagens bíblicos, até Adão, e descobriram que ela tem 5610 (na noite anterior ao dia 23 de outubro, um domingo, do ano 4004 antes de Cristo).
Fala a verdade, é muito mais divertido, não?..:-)
Toda contagem de tempo é uma convenção, e diferentes culturas usaram diferentes marcos para iniciar a contagem. Podia ser o nascimento de um imperador ou ancestral importante, podia ser um fenômeno cósmico, como uma eclipse ou vulcão.
A data atual é fruto da chegada ao poder de uma organização religiosa, que herdou as estruturas administrativas do Imperio Romano (por acidente), e que trocou marcadores de data romanos (como nascimentos de imperadores) por um marco de sua crença (nascimento de um ser imaginário do passado).
Talvez você não saiba, mas o calendário atual NÃO começa no nascimento do senhor jisuis, até porque ninguém prestou atenção nisso na época, mas séculos depois, implantado a posteriori (e nãos em briga, conflitos e discussões acaloradas sobre quando teria sido isso..:-).
Nosso calendário é muito mais romano, inclusive nos nomes dos meses, forma de contagem dos meses, dias da semana (as "feiras" de nossos dias não existem em outras denominações, que usam ainda os nomes de Thor para os dias da semana), e a sua data principal, 25 de dezembro, é uma apropriação de uma festividade pagã.
Janeiro, é em honra a Janus, o deus com dois rostos, um voltado para o passado, outro para o futuro. Julho homenageia Julho Cesar, Agosto, Augustus. Setembro, outubro, novembro e dezembro ainda mantém os nomes romanos para sétimo, oitavo, nono e décimo mês. Calendário se refere as calendas, dias especiais dos romanos.
Ainda acha, mesmo, que o calendário e a forma de datar atual, tem qualquer coisa a ver com seu amigo imaginário Jisuis? Sério?..:-)
Se vamos falar de humor involuntário, acho que religiões ganham disparado..:-)
Cognite Tute
Estado laico-babaca já!
(a diversão continua)
Não, não temos..:-) Temos apenas de tornar as referência da mitologia hebraica, bem, mitológicas..:-)
Acho que está começando a entender a questão, mesmo com suas limitações cognitivas agravadas pela fé cega..:-)
Mais um pouco e vai entender que é tudo mitologia, e nada mais. Talvez até entenda que seu amigo imaginário é imaginário, veja que legal!
Boa sorte com esse problema..:-)
Cognite Tute
Mas, apesar da pose de "racionais", coerência não é o forte dessa militância, eu sei.
E isso faz parte do humor involuntário ateísta.
É, vai ser mais difícil do que pensei, sua capacidade cognitiva não é lá grande coisa..:-)
Não há falta de coerência, pois as situações são diversas. Ninguém leva a sério a mitologia greco-romana, como se verdade fosse, como se Zeus, seu filho Hércules, centauros e hamadriades fossem personagens reais, históricos.
Por outro lado, está cheio de malucos, ops, crentes, que pensam que Jeová, seu filho Jisuis, anjos e demonios, são reais, verdadeiros, e que Adão e Eva são personagens históricos.
E estes malucos, ops crentes, tentam usar essa mitologia para infernizar a vida dos outros.
Por isso as referências a mitologia greco-romana não causa dano, mas as referências a mitologia hebraica, causa.
Viu, é simples, leia de novo, preste atenção, peça ajuda a sua mamãe nos trechos mais difíceis, e até você vai entender (em algum momento, espero)..:-)
Cognite Tute
PS: Tem razão, é muito divertido..:-)
Portanto, sou uma perigosa ameaça ao seu querido "Estado laico" perseguidor de religiões.
Vocês, militantes religiofóbicos, correm grande perigo.
É melhor vocês mudarem logo os nomes dos planetas e retirarem todas as referências greco-romanas do calendário.
Vocês não podem vacilar, todo cuidado é pouco!
Prezados comentaristas, a igreja católica não é o Cristianismo, Ele está acima de todas as igrejas e de quaisquer convenções humanas. O cristianismo do Cristo é o amor em essência; dia virá em que todos compeenderão que somos "um só rebanho para um só pastor".
Desculpe, mas não existem evidências do que afirma. E não sou rebanho, nem preciso de pastor, pelo contrário, preciso de liberdade, de corpo e pensamento.
Procure outra igreja para pregar frases feitas e sem conteúdo, aqui não vai encontrar muita receptividade..:-)
Cognite Tute
Esse cristianismo só existe na cabeça dessa louca, O QUE JESUS TROUXE FOI A CONDENAÇÃO ETERNA NO INFERNO.
DISSE O JESUS INVENTADO PELA IGREJA CATÓLICA:
"QUEM CRER E FOR BATIZADO (NA ICAR) SERÁ SALVO, MAS QUEM NÃO CRER SERÁ CONDENADO." (AO INFERNO)
Que lindo amor não é mesmo?
Deveriam também criar um novo calendário, tal que conciliasse, na medida do possível, as referências do tempo lunar e solar , e teríamos o ano de 13 meses e algumas horas.....
essa foi a do ano... rsrsrs
Acredito no salvador mais não acredito nesse jesus cristo, inventado por Constantino.
tem que colocar o link para as noticias originais, em ingles, que sejam, como referencia!
só pra comentar...é um sarro comparar este tipo de atitude com as atitudes das emissoras de tv brasileiras! :p
Acho que deve-se permitir que cada um creia no que queira, mas não que essa crença não transpasse a legislação.
Não vejo nada demais em mudar, alias, eles não tem do que reclamar, esse tipo de coisa é feito por historiadores e os cristãos não são donos da história.
E o mundo real que te cerca são drogas, tráfico de armas, tráfico humano, corrupção, fome, egocentrismo, falta de paz, alegria... e isso, nenhum cigarro de maconha, ou uma cheirada é capaz de suplantar.
Quando tu nasceu, muitos sorriam e só tu chorava. Viva de uma maneira sensata para quando tu morreres, muitos chorem... e só tu sorria.
Vê se consegue escrever teu nome na história de vida para que tua memória não se apague tão fácil, e não sejas apenas uma lápide comum num cemitério qualquer.
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