por Marco Politi
para o jornal Saturno
Crise de fé é uma expressão otimista, no fundo. Parece a crise dos bancos. Algo que, com oportunas recapitalizações, pode ser posta nos eixos. Mas o fenômeno em curso no Velho Continente, casa e coluna do catolicismo, vai muito além. A Europa entrou em uma era de descristianização.
A primeira década de 2000 viu a afirmação de uma geração que, no seu conjunto, perdeu a memória viva, o vínculo real com o patrimônio cristão. Armando Matteo, assistente eclesiástico dos universitários católicos (Fuci), fala de "primeira geração incrédula" e não tem medo de afirmar que o cristianismo está se tornando estranho aos homens e às mulheres do nosso tempo.
As massas não devem se enganar com os grandes encontros ou as declarações de "pertencimento" ao cristianismo que se verificam nas pesquisas. É uma pertença sem crença. Meramente sociológica. Mas se a diferença entre identidade formal e fé substancial é típica de outras épocas, muitas vezes caracterizada por flutuações no curso da existência, o sinal da atual geração incrédula se revela (para a grande massa, sem se deter nas pequenas minorias motivadas) por meio de uma "surdez geral quando se fala de Deus, de fé, de oração, de comunidade". Uma atitude que supera em muito a escassa participação na missa e nos sacramentos.
É uma perda sistêmica dos fundamentos culturais do cristianismo, dos ensinamentos, dos símbolos derivados do Antigo e do Novo Testamento. O fenômeno se manifesta ainda na infância, a partir do momento em que a família não exerce mais um lugar de transmissão primária da fé.
Foram removidos das suas raízes conceitos poderosos como eternidade, criação, providência, destino escatológico. Paraíso e inferno não são mais representáveis. Darwin subverteu a imagem do Deus Criador. Auschwitz tornou impossível a ideia de que o mal, embora grande, possa ter uma função voltada para o bem. O próprio Bento XVI em seu livro-entrevista Luz do Mundo (Ed. Planeta), por exemplo, reconhece que hoje a ideia do sangue de Cristo como "resgate" dos pecados do homem corre o risco de não chegar mais aos contemporâneos. Por outro lado, da sua pregação contra o relativismo, surge a dificuldade de propor o conceito de verdade absoluta.
Declinados os conflitos ideológicos do século XX, quando ainda se contrapunham visões de mundo fortes, a novidade radical não consiste no aumento do ateísmo. Matteo defende com justiça que a nova geração não se coloca contra Deus e a Igreja, mas "está aprendendo a viver sem Deus e sem a Igreja".
A presença de Deus não é mais um axioma individual e social. Acreditar em Deus é uma "possibilidade".
Alessandro Castegnaro, que dirige o Observatório Sociorreligioso do Triveneto, não por acaso intitula uma recente pesquisa sua sobre o mundo juvenil de C'è campo? [Há espaço?]. O ponto de interrogação expressa a intermitência com que são captados os temas da espiritualidade, da religião, da Igreja.
As novas levas respeitam expoentes eclesiais individuais e apreciam a Igreja quando indica horizontes de valores. Mas a separação da instituição é enorme, e a individualização das escolhas é máxima.
Regras e crenças são submetidas a um mecanismo de seleção e de redução sobre os quais a Igreja não tem nenhum poder. Dogmas fundamentais – como a pessoa de Deus, a filiação divina de Cristo, a ressurreição, o além – assumiram uma fisionomia indeterminada.
Grande parte dos conceitos teológicos são percebidos como imagens velhas. A Igreja como um todo é percebida como antiquada. "Eles não acertam as contas com o que vivemos. Contam-nos uma história que não existe", resume Castegnaro.
Com tradução de Moisés Sbardelotto para IHU Online.
Internet está ‘descristianizando’ o mundo
É uma perda sistêmica dos fundamentos culturais do cristianismo, dos ensinamentos, dos símbolos derivados do Antigo e do Novo Testamento. O fenômeno se manifesta ainda na infância, a partir do momento em que a família não exerce mais um lugar de transmissão primária da fé.
Foram removidos das suas raízes conceitos poderosos como eternidade, criação, providência, destino escatológico. Paraíso e inferno não são mais representáveis. Darwin subverteu a imagem do Deus Criador. Auschwitz tornou impossível a ideia de que o mal, embora grande, possa ter uma função voltada para o bem. O próprio Bento XVI em seu livro-entrevista Luz do Mundo (Ed. Planeta), por exemplo, reconhece que hoje a ideia do sangue de Cristo como "resgate" dos pecados do homem corre o risco de não chegar mais aos contemporâneos. Por outro lado, da sua pregação contra o relativismo, surge a dificuldade de propor o conceito de verdade absoluta.
Declinados os conflitos ideológicos do século XX, quando ainda se contrapunham visões de mundo fortes, a novidade radical não consiste no aumento do ateísmo. Matteo defende com justiça que a nova geração não se coloca contra Deus e a Igreja, mas "está aprendendo a viver sem Deus e sem a Igreja".
A presença de Deus não é mais um axioma individual e social. Acreditar em Deus é uma "possibilidade".
Alessandro Castegnaro, que dirige o Observatório Sociorreligioso do Triveneto, não por acaso intitula uma recente pesquisa sua sobre o mundo juvenil de C'è campo? [Há espaço?]. O ponto de interrogação expressa a intermitência com que são captados os temas da espiritualidade, da religião, da Igreja.
As novas levas respeitam expoentes eclesiais individuais e apreciam a Igreja quando indica horizontes de valores. Mas a separação da instituição é enorme, e a individualização das escolhas é máxima.
Regras e crenças são submetidas a um mecanismo de seleção e de redução sobre os quais a Igreja não tem nenhum poder. Dogmas fundamentais – como a pessoa de Deus, a filiação divina de Cristo, a ressurreição, o além – assumiram uma fisionomia indeterminada.
Grande parte dos conceitos teológicos são percebidos como imagens velhas. A Igreja como um todo é percebida como antiquada. "Eles não acertam as contas com o que vivemos. Contam-nos uma história que não existe", resume Castegnaro.
Com tradução de Moisés Sbardelotto para IHU Online.
Internet está ‘descristianizando’ o mundo
Comentários
O jogo está virando.
Eu duvido. Nem todos os cristãos acreditam em Satanás, o Satanás do judaísmo é extremamente diferente (ele não é mal!) e outras religiões (budismo e hinduísmo) não pregam a existência de nenhum anjo caído.
Aliás, isso é um argumentum ad populum. Arranje uma máquina do tempo e veja quantas pessoas acreditavam que a Terra era plana na Idade Média. Se tanta gente acreditava, deveria ser verdade, não?
nada é realmente como desejamos ou queremos
E a crença na existência de Deus nada mais é do que um desejo.
Paraíso e Inferno hein.
Acho que não precisamos de tanto desespero. Vamos descobrir se isso existi quando morrermos^^
Mas até lá...vamos ver quem aguenta^^
E depois ainda acham ruim que os ateus queiram tirar a religião da esfera pública!
Não, não vai. Nem vai encontrar cristo, uma figura mitológica, nem vai mudar por isso. Ninguém muda devido a isso. Nem você.
Você é o responsável por todas as mudanças em sua vida. Pode usar como desculpa um amigo imaginário, mas quem fez a mudança foi você.
O que o post, este artigo, apresenta, é algo que vem de algum tempo. Pessoas tem abandonado as "regras" das religiões, que pretensamente viriam de deus, a adotando regras pessoais, racionais, culturais, de bom senso, etc.
Cristãos, católicos, que fazem sexo antes de se casar, grupos como o Católicas pelo direito de Decidir, pró descriminalização do aborto, e tudo o mais.
Algumas ainda mantém uma elusiva "crença em deus", mas que não tem desdobramentos ou decorrências.
Mesmo você deve ter "escolhido" regras que lhe parecem "boas", e deixado de lado regras que lhe parecem "ruins", no conjunto de sua religião. Por exemplo, não apedreja filhos desobedientes.
Crer em deus, é uma coisa, acreditar que pode "saber" o que este pretende, deseja, intenciona, etc, é outra. Há um "salto lógico não autorizado" entre eles.
Você diz crer em deus. E daí? Como pretende "saber" o que esta criatura cósmica, deseja? Se comer porco vai para o inferno? Ou não? Se fizer sexo? Ou não? Se não abaixar 6 vezes ao dia? Ou não?
Se amar ao próximo, vai para o céu? Ou só vai se lutar e exterminar infiéis? Há quem defenda ambas as coisas, como decide isso?
Você parece ser uma boa pessoa. Não deve nada a um deus imaginário, inseguro, insano, cruel e violento. Pense nisso, você mudou sua vida, não um ser imaginário.
Cognite Tute
Além disso, como fica todos aqueles que "encontraram" Alá, Buda, o Monstro Espaguete Voador e tantos outros deuses?
Enquanto você não mostrar que ele existe, não tem o direito de dizer o que é verdade ou não.
Engraçado você dizer isso, porque ultimamente eu tenho estudado bastante a respeito do Jesus histórico, mas a noção que eu estou formando a respeito de quem foi Jesus é com certeza bem diferente da sua.
Eu entendo e respeito o seu direito de acreditar em Deus, ninguém é obrigado a concordar com o que qualquer outra pessoa acredita. Não me entenda mal, mas a minha objeção era com o argumento simplista que você apresentou no primeiro comentário.
Ah, não, agora você vai me dizer que o Monstro Espaguete Voador não existe?
...
E eu que passei tanto tempo rezando a um pacote de macarrão...
Por partes. A existência de algo não depende de opinião, mas de evidências. Eu não concordo que não exista Thor, e seu martelo Mjolnir, mas infelizmente, ele continua "não-existindo"..:-)
Ou melhor, não há evidências de existência de Thor. Ou deus.
Segundo, pessoas merecem respeito, não ideias, opiniões, alegações, etc. Respeito você, e também não tenho nada contra você. Parece ser boa pessoa, como disse antes, bem melhor que o amigo imaginário.
Mas se expõe suas ideias, elas podem ser refutadas, criticadas e analisadas.
Além disso, com base em suas 1deias, ou melhor nas ideias das religiões, o que inclui a sua, pessoas e grupos tem perseguido outras pessoas e grupos, tem impedido direitos a cidadãos, e atrapalhado pesquisas científicas, etc.
Então, embora eu respeite você, lutarei contra as ideias que defende.
Com todo respeito.
Cognite Tute
- Queria muito rir dessa frase, mas não consigo. Não tem graça, por mais trágico que seja.
Por tanto tempo eu ouvi essa ladainha "Jesus muda", "Jesus salva", "Jesus isso e aquilo"... Eu fui batizado aos 12 anos porque pensei que algo ia mudar minha vida, que eu seria uma pessoa nova, melhor. Eu me entreguei completamente a minha fé, porque pensei que assim eu deixaria de ser homossexual. Ah, como eu queria mudar naquela época, mas NADA MUDOU! Sabe por quê? Porque eu acreditei numa MENTIRA! Eu passei muito tempo amarrado as minhas crenças irracionais, também pensei que não era possível alguém viver sem religião, que a ideia de Deus não existir era uma loucura, a ideia de Inferno me enchia de pavor, mas passou um minuto de reflexão, preciso apenas um momento de me voltar a razão e esquecer a fé que eu finalmente pude perceber que eu desperdicei boa parte de minha vida por nada!
Você, Senna, não concorda com a ideia da inexistência de Deus porque a suas crenças não se baseiam na razão, se baseia na prufunda necessidade de acreditar. No seu caso, é uma questão cultural. Já parou pra pensar que, se você tivesse nascido na Palestina, você seria muçulmano, seguidor do Alcorão e do profeta Maomé e defenderia suas crenças da mesma maneira que está fazendo agora, com o mesmo fanatismo?
Quanto a Ciência, ela realmente não tem todas as respostas, sabe por quê? Porque se tivesse todas as respostas, não haveria mais Ciência, e sem Ciência, ficamos estagnados no tempo. Deve ser por isso que os crentes são tão reacionários e anacrônicos. Eles acham que tem todas as respotas e ficam por isso mesmo, parados e acomodados. Enquanto o mundo inteiro evolui, vocês persistem em entregar suas vidas para mitos da Idade do Bronze!
Eu não vou mais me enganar! Nem tente fazer proselitismo comigo ou com qualquer um daqui. Não somos idiotas! Tentar nos converter é tão inútil quanto implantar a democracia na China, portante não perca seu tempo conosco!
--- RESPOSTA ---
Eu nao vou buscar nenhum ser imaginario chamado "Jesus", ate porque nao ha provas concretas de que tenha existido como personagem real e historico.
E nao foi por falta de procurar evidencias concretas e solidas que pudessem comprovar. Ate porque nao foram encontradas essas evidencias. E nenhum crente tambem nunca conseguiu provar para mim que tal ser existe/existiu.
Apenas recorreram a apelos sentimentais, frases decoradas, bordoes e jargoes, versiculos, trechos da Biblia.
Depois as ameacinhas basicas de morte, inferno, condenacao, castigos, etc.
Ninguem muda a minha vida, somente eu mesmo posso muda-la.
Essa é a realidade dos fatos.
Gostaria de saber como eu faco para incluir formatacao em minhas respostas, colocar negrito, italico, essas coisas.
Obrigado.
Mal das pernas?!?..:-) Sim, há uma crise, mundial, mas mal das pernas? Está falando sério?
Quando foi a última vez que foi a Europa? A Suécia? Ou que pelo menos leu sobre esses lugares? Sobre o IDH de países europeus?
Mal das pernas estamos nós, países africanos, o terceiro mundo. A Europa tem os melhores índices de qualidade de vida, mais satisfação com a vida, melhor educação, melhor tudo, em relação a nós.
A crise econômica é global, mas é melhor estar na crise na Finlândia que no Brasil..:-) Na Suécia que na Nigéria.
E, claro, deve ter lido as estatísticas que ligam o melhor IDH com a menor religiosidade, e afastamento da igreja católica e demais crenças cegas.
Acho que é isso que o assusta.
Cognite Tute
A única parte correta, é que se trabalha em silêncio.:-) Silenciosamente, se levou a expectativa de vida a mais de 80 anos (menos de 30 no passado), a mortalidade infantil a níveis mínimos (contra 48% ou mais no passado), se construiu computadores, redes de satélites, se eliminou ou controlou centenas de doenças (que assolavam nossos antepassados crédulos), etc.
Enfim, quase tudo que vê a sua volta foi produzido, se não pelo ateísmo propriamente, pelo ceticismo racional da ciência, sem necessidade de deuses imaginários ou seres mitológicos.
Sim, em silêncio, sem contar vantagem, ou pedir algo em troca (talvez um pouco de gratidão, seria bom).
Mas não se preocupe, você parece ser tão doente, mesquinho, cruel, inseguro, chiliquento e insano quanto o deus imaginário que adora, ele deve estar feliz com você..:-)
Talvez ele apenas não queira que use essas coisas do demônio, inventadas por cientistas ateus, como computador, quem sabe. Melhor evitar e não escrever mais nele..:-)
Cognite Tute
Nossa, Cognitude Tute, agora você pegou pesado.
He he he, é, mas se considerar que o pessoal gosta de ser como seu amigo imaginário, foi um elogio na verdade.
Parte do problema na verdade é esse. Como existem milhares de religiões, e dezena de milhares de diferentes alegações sobre o que "deus é" e sobre o que "deus deseja", cada pessoa "ajusta" seu amigo imaginário da forma como lhe convém, e muito parecido com ele.
Para pessoas mesquinhas, homofóbicas, que odeiam gays, seu deus é mesquinho, homofóbico, e odeia gays. Ser parecido com ele, na verdade, é a condição básica, não a exceção.
Pessoas que explodem ônibus com crianças tem deuses que gostam de ver ônibus com crianças infiéis explodindo. Pessoas, boas, que gostam de ajudar outras pessoas, tem deuses que também gostam disso.
Não se preocupe, o Anonimo acima deve ter achado até bom ser parecido com o deus que ele criou em sua mente..:-)
Um abraço.
Cognite Tute
Faz diferença?
Cognite é GAY???
Faz diferença?
He he he, excelente..:-) Não, não sou, mas não tenho nenhum problema com isso..:-)
Anônimo disse...
Nada contra, é que uma boa parte dos ateus que conheço são.
Imagino que saiba que mentir é pecado mortal, segundo seu amigo imaginário, não? E imagino que saiba que está mentindo, já que nenhum estudo ou dado estatístico demonstra isso..:-)
Então, sabendo que mentir é pecado mortal, e que está mentindo, como se sente agora que sabe que vai para o inferno eterno de dor e sofrimento terríveis (porque seu amigo imaginário te ama)?..:-)
Anonimos crentes, divertindo as pessoas desde séculos ante da Era Comum..:-)
Cognite Tute
É porque para os ateus, cristão são homofóbicos, isso leva a crer que a maioria são gays, e nesse blog vc vê que tem.
Puxa, mas esse anonimo é diversão garantida, parece que não importa o vexame, ele sempre pode piorar..:-)
Não é "para ateus", leia a biblia. É ela que chama de abominação, e manda matar homens que se deitam com homens. Nós apenas achamos isso errado, homofóbico.:-)
Além de não ler seu próprio livro sagrado, seu "argumento" é um "non sequitor", ou seja, não faz sentido, não é coerente. Mesmo que fosse verdade, que para ateus os cristãos sejam homofóbicos, isso não implica em que sejam gays.:-).
É como apresentar um argumento desse tipo: a maior parte dos homens comem carne, então eles devem ser carecas! Entendeu? "Non sequitur", não se segue, não faz sentido..:-)
Mais, nesse blog você vê pessoas que defendem direitos de outras pessoas. Só isso. Não é possível saber mais nada a partir disso, nem o sexo de quem escreve, nem a atração, nem a altura, nada.
A única coisa que se pode saber, é o que a própria pessoa escreve, por exemplo, seu ódio, mesquinharia, pequenez de caráter, deriva das coisas que você escreve por aqui. Nada mais se pode dizer.
Mais, escreva mais, é sempre divertido mostrar os absurdos de seus textos..:-)
Cognite Tute
A maior parte dos homens defende as mulheres, então eles devem ser mulheres..:-)
A maior parte das pessoas defende as crianças, então elas devem ser crianças.
A maior parte das pessoas é contra o racismo, então elas devem ser negras.
E assim por diante..:-)
Entendeu? Precisa que desenhe? Pessoas, boas pessoas, defendem inocentes e outras pessoas, como indivíduos, Isso NÃO significa que seja preciso ser a pessoa perseguida para defender algo.
É espantoso ter de explicar algo tão evidente, me sinto conversando com uma criança com problemas cognitivos..:-)
E outra coisa, acha mesmo que alguém aqui ficaria ofendido por ser chamado de gay?!.:-) Sério!?.:-) Acha que está mesmo ofendendo a mim com isso?!.:-)
Espantoso!..:-)
Cognite Tute
E o comentário do (provavelmente outro) anônimo, eu concordo, não está completamente certa, mas você levou o comentário a sério demais. Tenha calma.
Olha, Cognite Tute, ele só disse que a maioria dos ateus que ele conhece que são gays. Ele não disse que a maioria dos ateus são gays.
E acha mesmo que ele disse isso por ser verdade?.:-) Que ele a) conhece muitos ateus e b) são todos gays?.:-)
Acho que não, a intenção era mesmo provocar.
Algo como, sei lá, a maioria dos caras que eu conheço e se chamam Gustavo são gays.
Esquisito ler isso, não?
O motivo é que ele realmente acha que chamar alguém de gay é ofensivo, que a pessoa vai ficar "chateada".
Gustavo: "E o comentário do (provavelmente outro) anônimo, eu concordo, não está completamente certa, mas você levou o comentário a sério demais. Tenha calma."
Na verdade não, não levei à sério, eu nunca levo, não vale a pena.:-) É só divertido responder, e ver os erros se acumulando. Eu nunca perco a calma, e certamente não com anônimos malucos.
Evidentemente, a ação de gente assim é perigosa, e causa dano a muitas pessoas, violência, ofensas, etc, e isso me preocupa, claro.
Como você disse, faz alguma diferença, para um argumento se o autor é ou não gay? Ser gay tem qualquer coisa a ver com a discussão?
Um abraço.
Cognite Tute
Sim, acho possível.
Que ele a) conhece muitos ateus e b) são todos gays?.:-)
Não, ele deve conhecer só um grupo, talvez uns três ou quatro. Depende de onde você vai, acontece que gays (assumidos) costumam se reunir, e entre os gays há uma quantidade bem razoável de ateus.
Acho que não, a intenção era mesmo provocar.
Eu acho que não, acho que ele estava sendo sincero. E se a intenção dele era ofender, então para mim ele falhou. Você não precisava nem responder nada.
Eu nunca perco a calma, e certamente não com anônimos malucos.
Disso eu duvido muito. Todo mundo perde a calma. Até eu que sou muitas vezes chamado de extremamente calmo também estouro de raiva e começo a xingar todo mundo. E eu acho que você perdeu um pouco a calma.
De certo modo tem razão, todo mundo em alguma medida pode perder a calma.:-) Mas os motivos que levam as pessoas a perder a calma variam muito, e para mim debates com malucos não é uma delas, eu acho divertido (ou nem viria a blogs escrever comentários.:-).
Mas ser enfático é diferente, não implica em perder a calma. Talvez entenda melhor se passar algum tempo por aqui, e tiver de ler as maluquices recorrentemente.
Tudo bem você achar que perdi a calma, entretanto, ainda que eu garanta que não. Todos temos direito a opinião, e o que parece ser de uma forma para alguns, pode parecer diferente para outros.
Há, claro, muita ironia as vezes, e até certo sarcasmo, mas é proposital, e quase sempre, merecido.
Gustavo: "Depende de onde você vai, acontece que gays (assumidos) costumam se reunir, e entre os gays há uma quantidade bem razoável de ateus."
Não exatamente. Não conheço estudos que possam embasar algo assim, seria uma questão de relato anedótico, pessoal.
Mas o que provavelmente acontece é que existem mais não religiosos, até por falta de aceitação, entre gays, mas que devem ter o mesmo índice de ateísmo da população em geral, mantendo uma crença em deus sem ter uma religião específica.
Além disso, a afirmação não é que existam mais ateus entre os gays, mas o contrário, que os ateus, em sua maioria, são gays.
No primeiro caso, poderia ser um relato pessoal, anedótico, no segundo, certamente era uma tentativa de "ofensa disfarçada"..:-)
Veja a diferença:
Conheço vários Gustavos que são gays.
E...
A maioria dos Gustavos é gay.
A primeira frase é apenas uma constatação. A segunda, uma forma de provocar você.
Um abraço.
Cognite Tute
Como adoro ler/assistir yaoi minha mãe me chama de lésbica (se eu assistisse yuri ainda entenderia ela pensar que sou >.>).
E também sou fã de traVKos (VK = Visual Kei, ou visual j-rock), onde você não sabe se os integrantes são homens ou mulheres. Veja, por exemplo, Hizaki da banda Versailles, quem não conhece jura de pés juntos que é uma mulher XD
Mas apesar de ser ateia, adorar assistir homens se pegando e ouvir músicas de VK, sou hetero. '-'
- Mari
Merecer é algo muito subjetivo e pernicioso. A ideia de querer dar às pessoas o que elas merecem deveria ser completamente abandonada. "Olho por olho, dente por dente" é um conceito arcaico.
Em vez disso deveríamos procurar fazer o bem às pessoas. Se você acha que os religiosos são pessoas más, preconceituosas porque não sabem respeitar as outras crenças, então faça diferente. Esse é o espírito da frase "amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos querem mal".
Ser sarcástico e irônico com a intenção proposital de ser ofensivo é exatamente o que os crentes mais fanáticos e fundamentalistas fazem. E eles também acham que estão fazendo o que é certo. É por isso que eu digo que devemos ser bem diferentes disso.
Não conheço estudos que possam embasar algo assim, seria uma questão de relato anedótico, pessoal.
Talvez, mas o comentário dele foi pessoal.
Segundo, ninguém é obrigado a ficar verificando a validade científica de todas as afirmações que faz. Se for uma afirmação preconceituosa ou usada para justificar uma regra moral, neste caso, sim, é preciso verificar a validade.
Veja a diferença:
Conheço vários Gustavos que são gays.
E...
A maioria dos Gustavos é gay.
A primeira frase é apenas uma constatação. A segunda, uma forma de provocar você.
Sim, e o comentário do Anônimo se assemelha à primeira versão. Veja o que ele disse:
"Nada contra, é que uma boa parte dos ateus que conheço são."
Este tópico mesmo é que está obsoleto, desde de 2011 nenhuma postagem, e os sites Cristãos bombando até a intertnet cair...
Quem mesmo que está acabando ???
A religião está fadada ao morticínio e à extinção? Tenho cá minhas dúvidas, porque na minha pequena e limitada concepção, - pelo menos foi o que aconteceu comigo -; só a leitura, a informação, o conhecimento, a reflexão e outras atividades do espírito podem substituir a dependência psicológica de invisíveis muletas...Talvez estejamos assistindo a um acúmulo e até excesso de informação, mas quanto ao conhecimento...É bom lembrar que os deuses, por mais fortes ou poderosos que tenham sido, na afirmação da fé dos que neles têm crido; e corajosos para arregimentar todo o exército dos valores do passado, neles estribado; como Providência, Finalidade benévola de Tudo, Vitória do Bem sobre o Mal, Absolutos Fundamentos da Moral; eram ainda assim produtos da imaginação criadora, e esta, pródiga e ativa, produz novos deuses incansavalmente. Depostos os ícones metafísicos do panteão antigo, erigem-se novos outros e logo; simulacros de ilimitada bondade, beleza, força ou virtude...A mitologia laica afirma-se como uma poderosa religião e seus ídolos apresentam um apelo mágico-transcendente tão misticamente influente quanto o arcaico e original. Temos aí a beleza onipresente, e a orto-alguma coisa onipotente e onisciente. Alguma coisa é boa e correta em toda e qualquer parte, até o colesterol, ou os carboidratos subsistem como os DO BEM E OS DO MAL...Eu sei, é risível, e eu quase morri de rir também, quando vi a "doutora" (nutricionista)na telinha da televisão, (porque o especialista é o novo áugure da religião científica); a explicar a "verdade materialista", embebida de uma velha metafísica dos nutrientes! Como dizia o velho Cícero, O TEMPORA O DEOS!(oh, tempora, oh mores).Novos tempos, novos deuses...
Inclusive, minha sogra, que é uma purista biblista, quando eu indaguei sua opinião sobre tal...ela me disse que há um texto escriturístico que levanta essa hipótese: Por que você condena esse pecado se você faz o mesmo? Você se condena naquilo mesmo que amaldiçoa. Evidentemente que nada pessoal, apenas uma impressão da maioria, sobre o que é homofobia e anti-homofobia. Talvez os dois lados da mesma questão, sobre pecado e combate-ao-pecado.
Satanás só existe na mente de quem acredita em deus. Sim, cristãos são satanistas. Fora de sua crença pueril, não há espaço para deus ou diabo numa mente guiada pelo bom senso. Um delírio paranóico de que suas vidas são guiadas por algum poder invisível.
As pessoas buscam ideais, pois somos racionais e capazes de pensar subjetivamente, isso não implica que sejamos religiosos e estejamos meramente buscando deuses na ciência e na razão. Na verdade, eu diria que isso é um antagonismo inconciliável, um autoengano. Claro que é possível exaltar qualquer objeto da mesma forma irracional que caracteriza a religião, mas não significa que seja esta a premissa. Ideais são necessários, religião não. Enquanto a religião - instituição da superstição - se apropria de valores e ideais para manter-se no poder, Ideologia e Religião são coisas distintas.
Sua argumentação e embasamento são muito bons, mas acredito que neste momento, incorreu em falha lógica.
Pesquisas apontam que dentro de algumas décadas a Europa será de 70% de população muçulmana. A Europa está sim se islamizando, vamos vê se talvez daí saia um islamismo secularizado e na coleira, como o iluminismo conseguiu com o cristianismo.
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