Campos: evangélicos e católicos
se dão muito bem no Congresso
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Esse partido religioso informal é formado por cerca de cem parlamentares católicos e evangélicos -- uma bancada, portanto, significativa. Eles agem em conjunto no monitoramento de 368 projetos da Câmara e do Senado para influenciar sua tramitação não de acordo com o programa do partido legalmente constituído de cada um deles, mas por orientação de seus pastores e bispos.
Entre os projetos monitorados, destacam-se os que criminalizam a homofobia, a união civil entre homossexuais, abortos legais e a proposta de divórcio pela internet, com o mínimo de burocracia.
Os parlamentares religiosos abusam de recursos regimentais contra esses projetos, retirando-os de pauta ou rejeitando-os, em dois exemplos.
Eles se unem na defesa de outros projetos, como o do Estatuto do Nascituro, que prevê o pagamento de um salário mínimo a quem ficar grávida de estupro.
O deputado João Campos (PSDB-GO), na foto, coordenador da bancada evangélica, disse ao jornal O Globo que não há ou são muito poucas as discordâncias entre os parlamentares evangélicos e católicos.
“Foi-se a época em que nós nos estranhávamos no Congresso”, disse. “Hoje trabalhamos juntos na proteção da família e da vida.”
O “partido da religião” tem sido aceito com naturalidade pela Justiça Eleitoral e pela sociedade, com poucas vozes de indignação, como a da procuradora Simone Andréa Barcelos Coutinho.
Em recente artigo, ele afirmou que as representações religiosas no Congresso Nacional são incompatíveis com o Estado laico. “O Poder Legislativo é um dos Poderes da União; se não for o Legislativo laico, como falar-se em Estado laico?”
Congresso de Estado laico não pode ter bancada religiosa, diz procuradora
agosto de 2010
Religião no Estado laico. Religião na política.
Comentários
Ela disse tudo aí...A Constituição que diz que o estado é laico não e comprida, E o governo não faz nada;Até o dia em que eles mandarem exterminar os judeus,gays,mulçumanos...ou providenicar ''cura'' para essas pessoas.
Mas aí entra em jogo a democracia.
É quase um paradoxo um país de maioria cristã ser laico e democrático ao mesmo tempo; a maioria escolhe o que quer e a maioria não quer laicidade. Quer fogueiras para homossexuais, ateus, pessoas de outras religiões, etc.
Em certas ocasiões, democracia se torna uma merda. O povo é como uma criança; não sabe o que é melhor para ele. Se deixar escolher, come doces o dia inteiro e fica doente.
Mas pra acabar com a bancada,teríamos de acabar com todas as outras bancadas, o que é ridículo.
O estado laico não significa que cada parcela da sociedade deve ser representada?
Nosso país não tem tradição de partidos políticos. Enquanto a Argentina tem partidos com 60 anos de idade, como o Justicialista (peronista), ou o dobro disso, como a UCR. Enquanto Uruguai e Paraguai têm partidos sesquicentenários (colorados, blancos) e o México tem partidos mais que centenários, nós temos partidos com pouco mais de vinte anos de história.
Isso aconteceu porque, duas vezes, golpes totalitários ocorridos em nosso país, em 1937 e 1964, terraplenaram o sistema político, quebrando a continuidade dos partidos. No caso do golpe getulista em 1937 não se perdeu grande coisa, porque os partidos da República Velha eram muito localistas. A rigor, não havia partidos nacionais, nem plataformas nacionais. A política era feita por estados. Mas o golpe de 1964, que levou à extinção dos partidos em 1967, pôs a perder uma tradição que tinha se iniciado, na qual havia o PSD (partido do JK), o PTB (Getúlio), a UDN (Lacerda) e outros partidos com identidade, além do velho "Partidão" (PCB).
Quando se formaram os partidos, após a anistia, o governo militar exigiu que eles não fossem continuadores da tradição anterior a 1964 (por isso, por exemplo, negou a legenda "PTB" ao Brizola). Esses novos partidos logo foram se dividindo e se fundindo. Dos seis partidos fundados em 1979 (PMDB, PP, PDS, PT, PDT e PTB) dois já não existem (PP e PDS) e um sofreu várias dissidências (PMDB).
A fragilidade desses partidos enfraqueceu a Constituinte e permitiu que as forças ultra-conservadoras se unissem no odioso "Centrão", um bloco suprapartidário que se opôs a todas as propostas progressistas. Essa bancada evangélico-católica nada mais é do que uma continuadora do "Centrão". A bandeira é a mesma, a tática, também.
Isso acontece porque os partidos, até bem recentemente, não tinham qualquer ferramenta para assegurar a fidelidade partidária. Isso personalizou o voto, criando figuras como o "político migratório", que (a exemplo das andorinhas) muda de pouso de acordo com as estações, o partido de aluguel e essa bancada "suprapartidária".
O que está em risco aí não é só o secularismo, é a própria estabilidade política do país.
Anderson
Foram eles que salvaram nossas crianças da doutrinação gay nas escolas e estão resistindo ao PLC 122/2006 que estabeleceria uma ditadura gay, uma mordaça, violando a Declaração Universal dos Direitos Humanos em seu artigo 19, que trata da liberdade de expressão.
Jonas potialves@ig.com.br
Mais uma vez, é preciso explicar a religiosos raivosos, e dispostos a submeter todos a suas superstições que democracia NÃO é a "ditadura da maioria".
Pelo contrário, democracia é uma forma,a melhor até o momento, de impedir que maiorias subjuguem minorias, que o poder do mais forte seja usado para subjugar o mais fraco. Dar voz a quem não tem voz.
Uma democracia deve, em primeiro lugar, impedir que uma maioria, mais forte, abuse ou destrua uma minoria.
Religiosos podem ser políticos, mas não podem agir como religiosos enquanto políticos. Não podem propor coisas que conflitem com os direitos dos outros, não religiosos, por exemplo.
Religiosos, como políticos, pode propor o que diz respeito a sua crença até, a suas superstições da idade do bronze. Não podem propor que estas afetem as outras pessoas, que retirem direitos de outras pessoas.
Não podem, por exemplo, legislar para eximir religiosos de crimes, como calúnia, difamação, ofensas em geral. Não podem impedir que uma sociedade cuide da saúde pública com aulas de educação sexual, distribuição de preservativos, planejamento familiar.
Uma bancada, digamos, islâmica, mesmo que fosse "maioria", não poderia propor uma lei que impedisse, você Izaque, de seguir a religião que deseja. Ou que sua mulher, Izaque, fosse obrigada a viver dentro de um saco (burca).
Se entende isso, talvez, apenas talvez, entenda o problema com essa bancada "religiosa".
Mas tenho pouca esperança disso.
Cognite Tute
PS: em algum momento tem de parar de falar bobagens, e fazer pelo menos UMA afirmação razoável. Não acho possível que existe alguém assim, que não acerta UMA de vez em quando..:-)
Engraçado um sujeito preconceituoso falar em direitos humanos e liberdade de expressão, não?
Parece que esse sujeito não entende que direitos humanos não servem só para quem ele acha que merece (seus companheiros lunáticos que dividem o mesmo amigo imaginário), mas para todos, incluindo aqueles que ele acha que não deviam existir.
E que os outros terem esses direitos não diminui os direitos dele e nem é uma ofensa pessoal a ele e seu deus voyeur. Os outros apenas querem viver suas próprias vidas e terem os mesmos direitos do homofóbico ali. Mas ele não pode ser feliz sabendo que outras pessoas o são de uma forma diferente da dele. Ou todos são como ele, ou não têm o direito de ser nada.
Gostaria de saber como agiriam se houvesse uma bancada ateísta no Congresso.
Além do mais, o lobby gay conta com o apoio e a bajulação da maior parte dos meios de comunicação, sempre dando o maior destaque para sua chantagem emocional e política, e submetendo a sociedade a uma lavagem cerebral gayzista .
Portanto, temos mais é que agradecer aos parlamentares católicos, evangélicos e de bom senso que ainda lutam pelos direitos da MAIORIA da população, alvo constante da sociopatia de uma minoria perturbada e tirânica que odeia democracia e que acha que seu próprio rabo é a coisa mais importante do universo.
Outro Anonimo sem noção (ou mais do mesmo): "Os militantes gays acham que é "direito" deles perseguir (retirar direitos, censurar, punir, multar, botar na cadeia) quem discorda deles."
Dois exemplos típicos dos erros e distorções que religiosos malucos costuma cometer, com falácias de espantalho.
Primeiro, os que lutam pelos direitos de homossexuais, entre outros grupos, não pretendem "tirar" direitos, mas ampliar os que já existem para uma parcela da população que tem sido prejudicada pelo preconceito religioso.
Eles não pretendem "tirar" nada de ninguém. Por exemplo, o reconhecimento do relacionamento estável, JÁ era um direito de todas as pessoas, MENOS de homossexuais, e foi reconhecido isso.
Nenhum não homossexual perdeu nada com isso.
O direito de não ser caluniado ou difamada JÁ é um direito de todos, mas tem sido ignorado em relação a homossexuais, sob a desculpa de "liberdade religiosa". Nenhum não homossexual, que não deseje intencionalmente caluniar e difamar homossexuais, perde qualquer coisa com isso.
Segundo, "senso de normalidade" não faz o menor sentido. São apenas preconceitos pessoais. Senso de normalidade foi usado para tentar impedir o casamento inter-racial no passado. Senso de normalidade foi usado para impedir a concessão de direitos as mulheres no passado. Senso de normalidade foi usado para tentar barrar o instituto do divórcio no passado.
Senso de normalidade, se fosse um argumento válido, teria impedido o fim da escravidão no Brasil.
Pessoas tem direitos, acostume-se. Ou mude para um pais islâmico, em que homossexuais são apedrejados e condenados a morte, devido ao "senso de normalidade" dessas culturas e crenças.
Não há ataques a religião, há ataques a manifestações daninhas da religião. Tente entender, quando o ministério público processa pastores FDPs, ladrões e criminosos, não é um ataque a religião, mas aos crimes.
Quando se luta contra a discriminação contra quem quer que seja, não importa se vem de uma religião da idade do bronze, é contra o crime que se luta.
Para o segundo anonimo (ou o mesmo sem noção), discordar é diferente de ofender, discriminar, caluniar, difamar. Bem diferente. Eu estou discordando de você, e tenho todo direito.
Mas se eu dissesse que você é um FDP, safado, ladrão, mentiroso, e que abusa de suas filhas, isso seria crime.
São coisas distintas, compreende? Você, e os religiosos mais malucos, tem todo direito de discordar de homossexuais, e de jamais se tornar um (como acredita que é uma "escolha", talvez tenha medo de "virar gay"..:-), mas não de ir a público ofender as pessoas.
Pessoas, não apenas gays.
Observe que em todo esse "mimimi" sobre ser perseguido e não poder dizer o que pensa, sobre ir para a cadeia, sobre "liberdade de expressão" (que como todo direito, não é absoluta), vocês NUNCA dizem o que exatamente querem dizer e não podem.
Até porque aqui tem dito tudo que querem, os maiores absurdos, sem problema.
O que quer dizer, anonimo, mas não pode?
Sabemos o que é..:-) E sabemos porque não diz em voz alta: até você perceberia o horror, a pusilanimidade, a covardia e o caráter ofensivo do que "deseja dizer e não pode".
Parabéns anônimos, vocês são tão ruins, mesquinhos, vingativos e cruéis quando o ente imaginário que adoram.
Cognite Tute
PS: Se não gostarem do que escrevi, pensem, é apenas liberdade de expressão..:-)
A menos que o que ele queira dizer e não possa (por falta de coragem) é que todo o seu ódio vem do seu desejo incontrolável de soltar a franga.
Perfeito..:-)
Cognite Tute
Ainda bem que existem esses parlamentares.
Precisa haver mais deputados e senadores como estes, comprometidos com os direitos do povo brasileiro e não apenas com os de certas minorias.
Nos últimos anos, temos visto uma desmoralização do congresso sem precedentes. Veja, eu não estou tecendo uma crítica direta à imprensa, seja ela a marrom, ou qualquer outra, mas constatando que as instituições vêm sendo cada vez mais vistas pela opinião pública como corruptas e essa visão não é referente só ao legislativo, se estende também ao executivo e judiciário.
Sinceramente eu me preocupo com isso. Estamos próximos de um "ou vai ou racha" perigoso. Em 64 com o apoio da mídia que "convocava os militares para assumir seu papel de defender a nação de uma gerra cívil - e coloquei entre aspas para citar um vídeo longo produzido pela Globo em 75 fazendo um balanço dos 10 primeiros anos do governo militar - havia um clima de animosidade que hoje só não é diferente devido à situação econômica do pais não estar sequer perto da que atravessamos por exemplo na década de 80.
Ou seja, eu acredito que se o estado político que vivenciamos hoje, fosse associado à uma crise econômica como a da década de 80, veríamos uma nova tomada de poder. A diferença para 64 é que não acredito que quem fosse tomar o poder fossem os militares, mas por mais absurdo que pareça, os religiosos. Pois estes estão organizados de forma suprapartidária, ecumênica, de uma forma como nenhuma outra bancada está organizada. E eles têm um poder econômico enorme, e pior, virtualmente infinito. Contam com meios de comunicação em massa...
Enfim, o que realmente falta à eles é estabelecerem as divisões de poder. Chegarem à um acordo à respeito de quem vai comandar.
Por incrível que possa parecer o que vou dizer, hoje quem está "segurando a onda" é a Globo. Mas esta vai quebrar pois dificilmente vão conseguir por muito mais tempo superar o poder econômico da principal patrocinadora da que hoje é sua maior rival, a Rede Record. Quando a Globo cair, o ópio TV se fundirá ao ópio proselitismo religioso.
E quando isso ocorrer, é bem provável que haja um "levante" para limpar as instituições. Ou seja, estado religioso não somente com o consentimento, mas com o "clamor popular", tal como em 64 (feito pela Globo) pela tomada de poder por parte de um grupo, nesse caso, religioso.
Muito catastrófico?
E olha que sou otimista.
Você também visualiza isso ou acha que "fui longe demais"?
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