Título do autor: A mágica da realidade
Alguém já disse que livros infantis tratam as crianças como idiotas. Como já faz décadas que perdi o hábito de lê-los, eu não saberia dizer. O que posso afirmar é que, se a assertiva é verdadeira, ela acaba de ser desmentida pelo biólogo britânico Richard Dawkins.
De quebra, Dawkins propõe discussões que ficam no limite entre a ciência e a filosofia, especulando sobre as chances de haver vida em outros planetas ou tentando explicar por que "coisas ruins" acontecem.
Em termos de estrutura narrativa, os capítulos começam com mitos que buscam tornar inteligível o fenômeno analisado e, quando os limites dessas historietas ficam escancarados, entra a ciência.
Quase tão fascinante quanto o texto de Dawkins são as ilustrações de Dave McKean, que, na versão eletrônica para iPad, ganham movimento. Há também alguns joguinhos. Nada muito sofisticado, mas serviram para atrair a atenção de meus filhos de nove anos, que logo se puseram a ler o livro com avidez.
É claro que Dawkins não seria Dawkins se não aproveitasse a ocasião para fazer um pouco de propaganda do ateísmo. Mas, ao menos na comparação com "Deus, um Delírio", ele está bastante bem-comportado. Não reserva palavrões para o Criador nem afirma que a religião é um mal.
O que o autor tenta mostrar ao longo do livro é que a realidade, isto é, a ciência, revela-se muito mais mágica e excitante que todos os mitos e religiões. É uma tese bastante razoável.
Criacionista diz a Dawkins que seu livro para criança ‘zomba de Deus’.
outubro de 2011
Mais sobre Dawkins. Ateísmo. Ciência versus religião.
por Hélio Schwartsman, da Folha
As ilustrações são Dave McKean |
Lançado na última terça no mundo anglófono, The Magic of Reality (a mágica da realidade) é uma introdução à ciência que leva a sério tanto as crianças como a epistemologia. Partindo daquelas perguntas que pais nunca sabemos responder, do tipo "quem foi a primeira pessoa?", "do que as coisas são feitas?", "como tudo começou?", o autor cobre os aspectos mais fundamentais da biologia, da físico-química, da astronomia e da geologia.
De quebra, Dawkins propõe discussões que ficam no limite entre a ciência e a filosofia, especulando sobre as chances de haver vida em outros planetas ou tentando explicar por que "coisas ruins" acontecem.
Em termos de estrutura narrativa, os capítulos começam com mitos que buscam tornar inteligível o fenômeno analisado e, quando os limites dessas historietas ficam escancarados, entra a ciência.
Quase tão fascinante quanto o texto de Dawkins são as ilustrações de Dave McKean, que, na versão eletrônica para iPad, ganham movimento. Há também alguns joguinhos. Nada muito sofisticado, mas serviram para atrair a atenção de meus filhos de nove anos, que logo se puseram a ler o livro com avidez.
É claro que Dawkins não seria Dawkins se não aproveitasse a ocasião para fazer um pouco de propaganda do ateísmo. Mas, ao menos na comparação com "Deus, um Delírio", ele está bastante bem-comportado. Não reserva palavrões para o Criador nem afirma que a religião é um mal.
O que o autor tenta mostrar ao longo do livro é que a realidade, isto é, a ciência, revela-se muito mais mágica e excitante que todos os mitos e religiões. É uma tese bastante razoável.
outubro de 2011
Mais sobre Dawkins. Ateísmo. Ciência versus religião.
Comentários
Enfim... Esse com certeza é um livro que lerei aos meus filhos quando os tiver.
E o conhecimento científico DEVE ser ministrado desde a infância, para que (na medida do possível) se tornem adultos mais céticos, mas inteligentes.
Não é à toa que religiosos veem as crianças como sua fonte primária de conversão, enchendo a cabeças delas com o dogma religioso.
E, aqui, novamente a dica:
A palavra "Dawkins" tem o poder de evocar trolls das profundezas.
Não os alimentem!
Com isso teremos cada vez mais gerações de pessoas mais informadas, mais capazes.
Infelizmente, as mitologias do deus de Abraão mais impedem perguntas, e nos enfiam goela abaixo o dogma do "acredita e cala a boca".
As mitologias do deus de Abraão tem o péssimo hábito de separar o mundo numa dicotomia cruel: os bons (quem acredita nas lendas) e os maus (os "infiéis" que não acreditam na lenda).
Apenas uma pergunta: onde é que tem palavrão em "Deus, um Delírio"?
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Em nenhum lugar.
Acho que foi apenas "força de expressão" do Helio, pois o Um Delirio tem apenas expressões fortes, como chamar o deus do antigo testamento de mesquinho, cruel, insano, violento, etc.
Coisa que ele claramente é..:-)
Cognite Tute
Dawkins um escritor fracassado ateu que escreve livros contra a religião para achar um modo de ser notado por alguém, é o tipico fracassado que usa religião para despejar sua revolta do mundo."
Puxa, deve ser por isso que Dawkins, professor em duas universidades, Oxford e Berkeley, entre outros cargos docentes, respeitado biologo, zoologo, etologo, ganhau premios como:
Zoological Society of London Silver Medal (1989)
Prêmio Michael Faraday (1990)
Kistler Prize (2001)
Kelvin Medal (2002)
E tudo isso bem antes de escrever Deus, Um Delirio, e por isso é tão respeitado por todo meio acadêmico dos dois lados do Atlantico..:-)
Deve ser por isso que muitos jornais publicam suas colunas, e que a Royal Society o declarou sócio emérito, e por isso que em 2005 foi eleito o intelectual do ano na Inglaterra (com o dobro dos votos do segundo colocado).
Por isso que, muito antes de Deus, Um Delirio, seus livros sobre biologia eram os mais vendidos no mundo, e o Gene Egoista, escolhido como o melhor livro de ciências.
Tudo isso porque é apenas um "escritor fracassado"..:-)
Agora entendi, bom mesmo, de "sucesso", é o Anonimo que critica Dawkins em um blog..:-)
Faz todo sentido..:/
Cognite Tute
no post abaixo:
``Dawkins um escritor fracassado ateu que escreve livros contra a religião para achar um modo de ser notado por alguém, é o tipico fracassado que usa religião para despejar sua revolta do mundo.´´
Olha só que legalzinho!
Chama mesmo :D
Posso tentar?
Dawkins.
Ok, esse tipo de ensino sempre me lembra a escola, que o professor de Filosofia sempre tem problemas em falar de alguma outra mitologia (como a Grega) e depois tem que ficar explicando que não é contra Deus e etc, isso no terceiro ano do ensino médio
A resposta nunca foi dada, porque a pergunta não faz sentido. Amor, de uma esposa, é um conceito, uma emoção, que pode ser "medida", de algumas formas, pode ter "evidências", como comportamentos, mas não "provada científicamente".
Deus é uma "entidade" a quem se credita uma existência real. Deveria ser demonstrada a evidência dessa existência, antes de se concluir por sua relaidade.
É, na verdade, um jogo de palavras que se tenta fazer com conceitos como "amor", "bondade", etc.
Dawkins respondeu, diversas vezes, a essa tolice, mas não da forma como desejam os que apresentam o jogo de palavras.
Mas a desonestidade intelectual dos "religiosos" é mais forte.
Eu penso que minha esposa me ama. Todos os sinais, que são uma forma de evidência, estão presentes, ela diz que me ama, e o que sei sobre emoções humanas, e comportamentos, me dá boa dose de confiança de que ela me ama.
Não é a "existência" de seu amor, entretanto, que está sendo mensurada. Não "existe", m termos materiais, algo como "amor". É um estado emocional humano, não uma entidade real, material.
Se o Pé Grande existe, ele existe de forma concreta, ou não existe. Não poder demonstrar, concretamente, que algo que nem é concreto, como "amor", não "existe", NÃO valida a crença no Pé Grande. Ou em papai o céu.
Eu penso ter evidências do amor de minha esposa. Entretanto, isso não apenas pode mudar, como muitos que pensaram o mesmo descobriram que a esposa não os amava realmente.
São coisas distintas, e as provas ou evidências de cada uma são também distintas. Não posso "provar" amor, ainda (Nicolelis pode chegar lá, com seus sistemas de leitura cerebral), mas posso provar, se existir, um Unicórnio Rosa Invisível. Ou um Deus.
Enfim, jogos de palavras, desonestidade intelectual, desespero de causa, e um temor/pavor da força dos argumentos presentes nos livros de Dawkins, é o que sustenta os ataques a ele.
Medo, em resumo.
Como disse o colega acima "A palavra "Dawkins" tem o poder de evocar trolls das profundezas."
Cognite Tute
Ele se recusa, e não apenas ele, porque crentes, como você demonstra bem, não são intelectualmente honestos, e debates racionais, pelo menos os produtivos, exige isso.
Ele, como muitos, não se recusa a debater com TODOS os crentes, apenas com os desonestos, os que tergiversam, os que não estão lá para um debate racional, mas pela exposição na mídia que isso resulta.
Se seu "argumento" sobre o "amor da esposa" de Dawkins fosse válido para demonstrar que a crena de "deus" é valida, ele serviria perfeitamente para demonstrar que a crença em Unicórnios Rosa Invisiveus, Zeus, Odim, Alah, Javé, Bhrama, etc, etc, são igualmente válidas.
O fato de que mesmo você entende o absurdo dessa alegação, demonstra o quão desonesto é esta alegação.
O que compromete qualquer debate racional que se pretenda adotar.
Cognite Tute
Usar de evidências que não tem explicação para tentar provar uma divindade é o Argumentum ad ignorantiam (Apelo à ignorância).
Aliás, o subconjunto dessa falácia, usada com o propósito de provar um deus chama-se "Deus das lacunas".
Encaixa-se um deus nas lacunas do conhecimento (daí o nome da falácia).
Os erros lógicos e a falta de cultura científica do troll, não deveria ser combatida com mais Argumentum ad hominem, e sim, como um exemplo de quão errado ele o é.
Abraços.
Eles sempre usam a Ciência como muletas.
Provas efetivas, evidências, nenhuma.
E, costumeiramente, quando são refutados, partem para o Argumentum ad hominem (Argumento à pessoa), que é atacar a pessoa ao invés do argumento.
Que é algo que julgo que ele o fará logo em seguida.
Dawkins é um ateu que brada ferozmente contra a religião. Alega que a existência de Deus não pode ser "provada cientificamente". Que sem essa evidência nada poderá ser provado. Um dos momentos mais constrangedores por que passou este ateu militante aconteceu no debate entre ele (Dawkins) e Lennox quando Lennox pergunta a Dawkins onde está a evidência científica de que sua esposa (de Dawkins)o ama.
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Refis meu comentário.
Responderei ao troll, mas não com o intuito de alimentá-lo, mas de explicar a falácia usada por ele e por todos os adoradores de lendas, principalmente Lenox e Craig: O Argumentum ad ingorantiam (Apelo à ignorância).
Como funciona tal falácia? Eu tenho a evidência de algo, mas não tenho uma explicação convincente do mesmo, então, eu a uso pra provar (ou desmentir) uma ideia.
A esposa de Dawkins o ama, ele tem evidências disso.
Ele tem a evidência do sentimento amor.
O que ele não tem, é a explicação de COMO o amor é formado no cérebro.
O grande erro é dizer que a ciência prova tudo.
Ela não prova tudo.
Mas ela se sustenta sobre evidências bem explicadas.
Temos a evidência do sentimento amor, mas não sua explicação.
Sabemos que ele se forma no cérebro, mas não sabemos COMO ele se forma.
Aliás, no que se refere ao cérebro, sabemos muito pouca coisa.
Portanto, tal falácia, do Argumentum ad ignorantiam é a principal arma de um crédulo em lendas.
Lennox usa e abusa do Argumentum ad ignorantiam.
Ele chega ao ponto de perguntar ao seu assistente "se já se sabia de onde veio a matéria".
Aliás, Willian Craig usa do Argumentum ad ignornantiam em dizer que o Universo existe e tem uma explicação e, que como a ciência não explica, só pode ser deus.
Portanto, senhores, o troll nos mostrou como o uso de Argumentum ad ignorantiam é errado.
E que venha agora o Argumentum ad hominem.
KKKkkkkk
essa idiotice foi de mais, achei que poderia ser mais esperto KKKKKKK
o amor cientificamente não pode ser provado. O amor pode ser demonstrado, pois a mulher do cara é real e ela pode provar com suas ações. Agora Já Deus...as pessoas que te amam podem provar cientificamente para ti? Nem por isso você deixa de acreditar nelas sabe por que? Por que você pode vê-las e tocá-las.
Ele não conseguiu explicar o que era a gravidade.
Einstein demonstrou o que era a gravidade (curvatura do espaço-tempo).
Isaac Newton chegou próximo da verdade.
Einstein, chegou um pouco mais perto.
Portanto, ter as evidências mas não conseguir provar os mecanismos do mesmo não invalidam a ciência.
Usar da falta de explicação dos mecanismos de algo, é um erro lógico, que chamamos de falácia.
A que foi empregada por uma participante deste tópico foi a do Argumentum ad ignorantiam.
Onde se lê:
"Usar da falta de explicação dos mecanismos de algo, é um erro lógico, que chamamos de falácia."
Leia-se
"Usar da falta de explicação dos mecanismos de algo, como prova, é um erro lógico, que chamamos de falácia."
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_manifesto_contra_o_criacionismo
Se o livro é bom para ensinar ciência a uma criança, eu o compraria com certeza.
Valdo.
o cara é autor de mais de 4 best sellers, vencedor da medalha Michael Faraday* de divulgação científica ao lado de David Attenborough!
*O Prêmio Michael Faraday é concedido pela Royal Society por "excelência na comunicação de ciências ao público do Reino Unido".(wikipédia)
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