Pular para o conteúdo principal

Muçulmana se recusa a tirar véu para fazer exame de motorista

A brasileira Ahlan se  queixou
de discriminação religiosa
Uma funcionária de um CFC (Centro de Formação de Condutores) de São Bernardo do Campo impediu neste sábado (15) que a brasileira muçulmana Ahlan Saifi (foto) terminasse um prova teórica de renovação de carteira de motorista por ter se recusado a tirar o véu. Ahlan chamou a PMs, e o caso foi parar na polícia. 

“Eles [funcionários] me falaram que nenhum aluno pode entrar de boné, de gorro, com alguma coisa que não tenha como identificar", disse.

Ela argumentou que não podia tirar o véu porque se trata de uma vestimenta religiosa, mas não conseguiu convencer a funcionária. A prova foi bloqueada via rede de computador pelo Detran.

O 1º DP (Distrito Policial) da cidade vai apurar o que aconteceu. Orivaldo Marchi, dono do CFC, disse que provavelmente houve um travamento no computador da Ahlan. Ele informou que ela poderá se submeter a um novo exame na segunda-feira.

Ahlan foi acompanhada à delegacia por Sheikh Hassan Hammdeh, representante da Sociedade Islâmica de São Paulo. Ele disse ter havido uma discriminação por motivo religioso, o que é crime no Brasil.

Em alguns países islâmicos, como o Irã, mulher é proibida de dirigir.

Não há um levantamento oficial sobre o número de muçulmanos no Brasil. De acordo com algumas estimativas, o número de brasileiros convertidos aumentou 25% nos últimos dez anos.




Com informação das agências.

Justiça condena homem que chamou de ‘palhaça’ brasileira de burca.
abril de 2011

Comentários

Se o véu foi esse da foto, foi exagero.
Anônimo disse…
Mais se não pode bonés e gorros, este pano enrolado na cabeça também não pode, não foi preconceito só estavam fazendo valer as normas.
Sim, mas ninguém usa boné por imperativo religioso. É uma simples questão de querer. Acho que poderia ser usada alguma boa vontade no caso. Ninguém perderia nada.
Anônimo disse…
Custava tanto ela retirar o véu pra fazer a prova?
Fundamentalismo e um câncer mesmo.

Agora tem que ver a lei pra ver se o responsável infligiu a lei, que provavelmente não infligiu a lei.

Agora.... discriminação religiosa não foi.

Sera que ela não aprendeu que quando se dirige, não se pode usar qualquer vestimenta que cubra ou comprometa a visão do condutor?

Complicado caso.

Paulo Thiago Casado de Lima
Abbadon disse…
No pais dela, se eu fosse mulher, eu teria que ser obrigado a usar veu ou burca o tempo todo. Se eu tirasse, seria condenado a levar chibatadas. Ou ser preso.

Aqui, é o nosso pais. Nossas regras, nossas leis, nossos costumes. Vai ter que se adaptar a elas.

Se nao gostou, volta para o Irã. La nao vai dirigir mesmo.

Aqui, vc pode. mas vai ter que ser dentro de nossas regras. E sem reclamar ou choramingar.

Nenhum pais é obrigado a tolerar ou adotar costumes estrangeiros para agradar imigrantes. Eles que se adaptem ás regras do pais que os acolheu !!!
Anônimo disse…
Abbadon está certo... se eu tivesse que ir pra lá teria de usar véu, mas por aqui eles querem usar as regras deles? eles que se adaptem ao lugar que estão, ou voltem de onde vieram.

Além disso, o CFC também não está errado... tem que tirar o véu sim. Essas regras são pra evitar fraudes de provas e identificação, nada impede de que pudesse ser escondido algum transmissor embaixo do véu, da mesma forma que embaixo de um boné.

Por mais que tenha havido falta de boa vontade de ambas as partes, essa possibilidade não pode ser descartada em nome de uma "liberdade religiosa", já que nesse caso ultrapassa a legalidade ferindo a segurança da avaliação da instituição.
Anônimo disse…
A questão real é que o véu pode encobrir uma escuta para colar na prova.

Duvido que deixariam uma mulher fazer a FUVEST ou o ENEM usando isso aí.
Anônimo disse…
Dependendo do pais islamico a mulher não pode nem dirigir ela deveria agradecer de aki poder, e deve claro seguir as normas que vale pra todos!!
Anônimo disse…
José Geraldo Gouvêa
Jurava que todos são iguais perante a lei, quer dizer então que religiosos tem uma casta superior, e não precisam obedecer algumas regras? Se não pode para 1, não pode para TODOS.

Concordo ela deveria ter usado de boa vontade, e obedecer as regras como todo mundo e tirar o veu.
Rodrigo*
Coder disse…
Quanta bobagem.

Se ao invés de vomitar intolerância alguns aqui gastassem um tempinho lendo o texto, veriam que se trata de uma "BRASILEIRA muçulmana" e não uma imigrante. E mesmo que fosse, esse mimimi caipira de "voltem de (sic) onde vieram" não tem lugar numa sociedade minimamente tolerante. Vão estudar!

A discussão é bastante interessante, porém. Até que ponto devemos negociar nossas garantias civis com um Estado cada vez mais obcecado em regular todos os aspectos da nossa vida?

Neste caso, concordo com o José Geraldo. Se o véu usado for o da fotografia, a identificação da moça não seria prejudicada e houve exagero. Quanto ao problema dos possíveis transmissores, que averiguássem no início do exame, deixando-a usar o véu depois (se é que isso seria um problema, porque o texto só menciona a questão da identificação).

Não sejamos babacas sectários. Dói-me ter de escrever isso num fórum de ateísmo...
Anônimo disse…
PESSOAL, PONHAM DE LADO AS QUESTÕES RELIGIOSAS, MAS QUESTIONEM O DIREITO DE TODOS À CIDADANIA.

Não vamos nos iludir - o Brasil é um país PSEUDO-LAICO, afinal, as religiões católica e evangélica dominam o congresso, não é verdade??
Mas de repente, assim como que num passe de mágica, um órgão do governo resolve criar problemas com uma MUÇULMANA????

Não lhes parece uma grande hipocrisia??? E ironia, já que o véu que ela usava (vcs podem reparar), não cobria o seu rosto, como aquelas burcas que escondem até os olhos das mulheres - ao contrário, o rosto dela está bem visível e "identificável".

Mas ok... vou usar outro exemplo que não seja religioso: E se essa mulher fosse careca (por algum problema genético/médico) e usasse peruca (ou lenço)? O Detran teria o direito de exigir que ela retirasse a peruca/lenço p/ ser fotografada? Não! Porque o Detran seria processado por constrangimento ou coisa semelhante. Gente, se na nossa (obsoleta) constituição as religiões devem ser respeitadas, o véu da muçulmana, por ser um símbolo religioso, deixa de ser um adereço qualquer, e dessa forma, ela passa a ter o direito, sim, de usar o véu p/ a fotografia, desde que seu rosto esteja visível para identificação. Helena P.
Claudio Tavares disse…
Abbadon e anônimo, a moça que papo é esse de "no país dela"?! Ela é BRASILEIRA como eu e vocês.
Mas ok... vou usar outro exemplo que não seja religioso: E se essa mulher fosse careca (por algum problema genético/médico) e usasse peruca (ou lenço)? O Detran teria o direito de exigir que ela retirasse a peruca/lenço p/ ser fotografada? Não! Porque o Detran seria processado por constrangimento ou coisa semelhante.

Era o que eu estava querendo dizer. Ou seja, para alguns aqui os carecas estão acima da lei só porque podem usar peruca.
Yuri disse…
E não é uma lei que proíbe ela de usar a burca mas uma regra do detran, uma regra de uma instituição não pode passar por cima da lei, que garante liberdade religiosa.
Anônimo disse…
Quer dizer então que se eu registrar uma igreja amanhã em cartório e declarar que o boné é uma vestimenta sagrada na minha nova religião, todos os locais que o proíbem terão de se submeter à minha crença?!
Anônimo disse…
"...Quanto ao problema dos possíveis transmissores, que averiguássem no início do exame, deixando-a usar o véu depois (se é que isso seria um problema, porque o texto só menciona a questão da identificação)..."

Existem pessoas com limitações físicas e por lei temos dispositivos e pessoas habilitadas para lidar com estas questões. Acho que todos concordam que isto é necessário. Agora em nome de religiões teremos também alguém para fiscalizar situações como esta? Pq com certeza o que o amigo Coder sugere acima não seria de fácil execução pois teria que ser alguém habilitado, abençoado, carimbado, etc...
Concordo que o Brasil é laico apenas no papel. Ainda assim a maioria cristã permite uma certa uniformidade nos costumes. Se quer ser muçulmana procure um país muçulmano ou saiba que as leis aqui são (deveriam ser) para todos.
Quer dizer então que se eu registrar uma igreja amanhã em cartório e declarar que o boné é uma vestimenta sagrada na minha nova religião, todos os locais que o proíbem terão de se submeter à minha crença?!

Se a sua crença adquirir suficiente peso na sociedade, a reposta é sim.

Existem pessoas com limitações físicas e por lei temos dispositivos e pessoas habilitadas para lidar com estas questões. Acho que todos concordam que isto é necessário. Agora em nome de religiões teremos também alguém para fiscalizar situações como esta?

Isso não seria necessário. Bastaria que ela fosse examinada por uma instrutora do sexo feminino, e/ou na presença do marido ou de um irmão.
Anônimo disse…
Chamemos então o Niko Alm "pastafarianista" para fazer a prova com seu escorredor de macarrão sagrado.

para quem não conhece:
http://www.youtube.com/watch?v=gTwe_FZU3pg
Não custa lembrar que os rastafarianos estão quase conseguindo o direito de uso religioso de maconha, graças ao precedente aberto pelo Santo Daime.
Coder disse…
@Anônimo (16/10/11 17:00)

"Quer dizer então que se eu registrar uma igreja amanhã em cartório e declarar que o boné é uma vestimenta sagrada na minha nova religião, todos os locais que o proíbem terão de se submeter à minha crença?!"

Seu comentário é de uma formidável delinqüência, embora levante sim algumas questões interessantes.

O que eu defendo é a ascêndencia dos valores individuais. Defendo que, num conflito entre você (e suas [des]crenças, opiniões) e o Estado Tiririca-Pior-Não-Fica (e sua inépcia corrupta e sua burocracia paquidérmica), VOCÊ vença - se as conseqüências desta vitória não se materializarem em prejuízo aos direitos de indivíduos terceiros. E este é claramente o caso: formalizar num código de posturas uma conduta específica para pessoas que portem símbolos religiosos é infinitamente menos lesivo ao conjunto de indivíduos (nós) do que OBRIGAR - usando todo o poder coercitivo do Estado (já ouviu falar de Weber?) - pessoas a abrirem mão de rituais importantes para suas convicções religiosas, protegidas pela Constituição.

E sim, eu sou ateu.

Agora, respondendo à sua pergunta.

Deixando de lado a demonstração inequívoca de canalhice que seria fundar uma igreja para burlar processos seletivos, SIM, eu acredito que todas as repartições públicas deveriam respeitar as particularidades do seu credo, por mais imbecis que elas sejam, porque a alternativa é cassar a liberdade de consciência de milhões de pessoas em nome de um "nivelamento" que se pretende republicano, mas rescende a fascismo de quinta categoria.
Coder disse…
@Anônimo (16/10/11 17:00)

"Agora em nome de religiões teremos também alguém para fiscalizar situações como esta?"

Você fala de "religiões" como se a crença religiosa fosse uma manifestação de segunda classe da liberdade de consciência. Como se elas não merecessem respeito ou guarida legal porque, vejamos, VOCÊ decidiu assim.

Se a Constituição diz que é vedado ao Estado embaraçar a profissão de qualquer credo, então que se cumpra.

Porque amanhã nada impede um crente maluco de propor um plebiscito mandando a deportação imediata de ateus comprovados, entende?


"Pq com certeza o que o amigo Coder sugere acima não seria de fácil execução pois teria que ser alguém habilitado, abençoado, carimbado, etc..."

Achismo da pior espécie.

Você mesmo mencionou a necessidade real e as respostas dadas às pessoas com deficiência nos processos seletivos.

Incluir o respeito as rituais religiosos em um documento formalizado não custa nada.
Coder é o único sensato por aqui.

Mas é isso ai, é o esquerdismo-socialismo de quinta que está arraigado na nossa cultura bananeira, liberdade individual sempre deixada de lado por uma deturpação da ideia de "todos são iguais", melhor dizendo, "todos tem que ser iguais, idênticos, nivelados por baixo, e igualmente subjugados ao Estado, mestre supremo da vida, deus e pai de todos, provedor de tudo de bom que já aconteceu à sociedade e a vida humana", somado a um nacionalismo meia-bunda de "voltem para onde vieram com suas crenças bobocas, no fica no meu país quem aceita regras arbitrarias sem levantar a cabeça" nesses comentários.

Sou ateu, mas antes de tudo sou racional, existem mil e uma maneiras pra ter feito essa prova sem chance de fraude, até mesmo em vestibular e concursos existe opções para permitir que até cegos e amputados façam a prova. Não mataria ninguém se esforçar um pouquinho mais pra evitar que a muçulmana em questão fizesse a prova sem chance de fraude.

"Mas é a lei", o papagaio repete.
É o que disse, o estado sempre superior ao individuo; brasileiro médio adora leis, brasileiro tem pensamento magico, acha que só porque existe uma lei, que as coisas se resolvem, "não preciso me preocupar, nem pensar, só criar uma lei e fica tudo bem" e aí começa a criar lei pra tudo, o Brasil é o país com maior numero de leis, códigos, medidas provisorias, projeto de leis, regras, artigos, atas, registros, contratos, cartórios, ect e ect, e ainda assim continua sendo um dos mais corruptos e fraudulentos que existe.
"Mas então tem que criar mais uma nova lei contra a corrupção", o papagaio pensa; e eu pessoalmente desisto.

http://www.vanguardapopular.com.br/portal/comentario-popular/92-pelo-fim-da-subtracao
http://www.opiniaopopular.com/2008/05/da-igualdade-de-idias-originais.html
Unknown disse…
No pais dela, se eu fosse mulher, eu teria que ser obrigado a usar veu ou burca o tempo todo. Se eu tirasse, seria condenado a levar chibatadas. Ou ser preso.

Aqui, é o nosso pais. Nossas regras, nossas leis, nossos costumes. Vai ter que se adaptar a elas.


Vocês concordam que é ruim os países muçulmanos obrigarem as mulheres a usarem burca por motivos religiosos? E não seria uma atitude praticamente idêntica se nós obrigarmos as pessoas a não usarem burcas por motivos religiosos?

Se os outros países não têm respeito por indivíduos de outras religiões e por suas crenças e se nós achamos essa uma atitude ruim, então não devemos imitá-los, devemos fazer o oposto e respeitar as crenças!

Se o seu inimigo tem atitudes desprezíveis, faça o que for, mas não o imite!
ddragoonss, você foi injusto comigo, cara... eu defendi a mesma coisa que o Coder, antes dele.
Anônimo disse…
@José Geraldo Gouvêa e outros
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, "salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei";

Grava bem oq está escrito entre parênteses, lê umas 10 vezes que talvez vcs entendam.
Constituição e leis estão acima de qualquer livro sagrado.

Na minha convicção filosófica, estou inclinado a exigir o mesmo direito que religiosos tem. Se um tem o direito de burlar algumas regras, todos também podem.

Em relação a doenças é muito diferente, ninguém escolhe ficar doente. Não tente quebrar regras, fazendo comparações sem sentido.

Coder
Oba típico argumento de papagaio, que tenta validar algo apelando para quantidade, falácia de apelo ao povo te manda um abraço. Seu Ad Hominem só funciona com pessoas que estão no mesmo nível mental que o seu.

A questão não é de proibir, e sim que vc não está acima de todos só pq escolheu uma religião.
O maluco pode fazer plebiscito, mas democracia não é ditadura da maioria. A justiça simplesmente vai vedar isso.

Vai vedar pq na constituição existem leis pétreas, e uma delas é que todos são iguais, em direitos e deveres.
Rodrigo*
Unknown disse…
O problema, "Anônimo", é que não usar boné ou burca no teste de direção não é uma lei. E é óbvio que a moça do artigo não está usando a burca para dificultar a identificação, dá para identificar ela muito bem pela foto.
O que me deixa de cara é o discurso ufanista tosco de "aqui é o brasil, ela que se adapte as regras daqui ou que volte pro país dela"... A mulher é brasileira! Que parte de muçulmana BRASILEIRA é tão dificil de entender? Mãs a dificuldade de entender que alguém possa ser brasileiro sem ser cristão é uma coisa que eu já notei a muito tempo - assim como a tendência a tratar estrangeiros e membros de religiões "estranhas" como sendo alienigenas :(
Coder disse…
Isto está cada vez mais interessante. Vamos lá.


"Oba típico argumento de papagaio, que tenta validar algo apelando para quantidade, falácia de apelo ao povo te manda um abraço."

Você convenientemente ignora o príncipio filosófico defendido por mim quando me referi a "milhões de pessoas" para, em seguida, chorar as pitangas sobre uma suposta falácia de quantidade.

Não é muuuito intelectualmente honesto da sua parte, sabe?

Eu não tentei "validar nada apelando para a quantidade". O que escrevi - e repito - é que no nosso modelo de sociedade não há lugar para o esmagamento da liberdade de consciência dos indivíduos, não importa se você cultua Maomé, Steve Jobs ou o Curupira.

Ou ninguém.

O trecho que você postou do artigo 5º da Constituição só fortalece meu argumento, quer ver?

"VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e RECUSAR-SE A CUMPRIR PRESTAÇÃO ALTERNATIVA, FIXADA EM LEI"

Diga-me uma coisa: que "prestação alternativa" foi proposta à moça? O burocrata de plantão exigiu que ela retirasse o véu, ou não faria a prova. Se isso não for uma flagrante violação do que vai abaixo, preciso agendar umas aulas de interpretação de texto:

"VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias"

Reconhece? É o nosso querido artigo 5º de novo. Você, claro, não leu essa parte porque estava muito ocupado procurando amparo legal para sua má-vontade infantil para com as pessoas que pensam diferente de você.

"Seu Ad Hominem só funciona com pessoas que estão no mesmo nível mental que o seu."

Não usei Ad hominem. Eu disse que fundar uma igreja para burlar processos seletivos seria uma demonstração de canalhice e, lamento, não há NADA para desdizer.

Isso é tão ad hominem quanto o que você escreveu acima sobre meu texto, dizendo ser um "típico argumento de papagaio".

Me senti ofendido? Não.

Mas se minha argumentação feriu suas sensibilidades, fazer o quê, peço desculpas... Sou um pacifista nato.

"democracia não é ditadura da maioria."

Que lindo, concordamos em alguma coisa. A diferença é que eu me amparo corretamente na lei para propor a inclusão de pessoas que pensam diferente de mim.

Você TENTA se amparar na lei - DESASTROSAMENTE, como demonstrei nove parágrafos acima - para MARGINALIZAR pessoas que pensam diferente de você.

Não espanta que tantas pessoas vejam o ateísmo hoje como uma derivação teratológica da religião. Obrigado por fortalecer a causa teísta!
Pedro Henrique Leal, brasileiro que não acredita em Jesus Cristo não é brasileiro "de verdade" e tem que ser deportado; quem não acredita em Deus não merece os direitos dados a quem é filho de Deus; quem quebra x lei "não é mais humano, mas um animal", e não merece os direitos dados aos humanos...
E por ai segue os preceitos neo-nazistas da aulinha de "Como criar uma boa desculpa para a tortura, assassinato, linchamento e/ou espancamento de um homo sapiens".


Quando todo esse "respeito" e "bondade" de gente sem instrução(ainda mais agora com a maravilha da progressão continuada) se juntar com o coletivismo autoritário esquerdista, eu quero é realmente estar bem longe desse país.

"Brasil, converta-se ou morra", quero dizer, "Brasil, Aceite-o ou deixe-o".
Anônimo disse…
@Coder
"VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias"

Meu amigo, oq isso tem haver? Esse artigo não tem nada haver, com o texto ou com oq estou discutindo. Estou simplesmente falando que se 1 tem esse direito, todos deveriam ter.

As liturgias não estão acima da lei, se quiser sacrificar pessoas em nome de deus, como a bíblia fala vc será autorizado?

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, "salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei";

O agente público não pode, nem deve deixar vc cometer um delito ou quebrar uma regra, só para vc depois se ferrar. É o mesmo que dizer que agente tem que registrar minha carteira de identidade, com uma mascara, boné ou pelado. Ele simplesmente não vai tirar pq é contra lei ou regra, e duvido que tenha uma lei que obrigue ele a fazer um ato ilícito, para depois deixar a banana na mão da pessoa. Aparece com chinelo, camiseta, boné, gorro quando vc for se alistar no exército, o soldado vai ter a delicadeza de mandar vc catar coquinho ou pior, e vc não vai se alistar.

O mesmo acontece em cartórios quando as pessoas tentam registrar seus filhos com nomes bizarros. Ele não vai registrar e ponto final, pode entrar na justiça, mas a justiça não vai deixar vc registrar esse nome, até que seja julgado o caso.

Vc simplesmente esta colocando a posição religiosa acima das demais posições, lhe garantindo direitos extras. Conheci alguns amigos que tinham vergonha de seu cabelo, e usavam boné. Pq essa posição estaria abaixo da posição religiosa? E pq minha posição filosófica, de achar que todos devem ter direitos e deveres iguais, esta abaixo da posição religiosa?

Vc não refutou nenhum átomo de meu argumento.

@gugamilare
Pergunte para investigadores, e te garanto que a maioria vai dizer que atrapalha na investigação. Não se sabe o tipo de cabelo que a pessoa tem, se ela tem entradas no cabelo ou falhas, a orelha o formato da cabeça e etc. Pq vc acha que impedem gorros e bonés? É impossível saber se ela esta fazendo isso por condição religiosa ou não, e mesmo que for por condição. ainda assim, como qualquer pessoa futuramente pode cometer um delito, e dificultar a investigação. É impossível saber se o cara que está usando boné por vergonha do cabelo ou não, e mesmo se for por vergonha, isso não impede que essa pessoa cometa um delito depois, dificultando a identificação.
Rodrigo*
Yuri disse…
A peça chave que ninguem leu no meu comentário: TIRAR A PORRA DA BURCA NÃO TA NA PORRA DA LEI!
Não é contra a lei sair no meio da rua ou fazer provas de burca, mas as instituições onde será realizada a prova pode proibir.
Que se sentir prejudicado com a atitude da instituição, pode recorrer, se achar que ele tem o direito de permanecer com seu material religioso, ótimo. Há formas de contornar o problema.
Coder disse…
"VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias"

"Meu amigo, oq isso tem haver? Esse artigo não tem nada haver, com o texto ou com oq estou discutindo."

Quando um agente estatal (ou privado, designado pelo Estado) impede seu acesso a um serviço público com base numa manifestação individual de religiosidade, ele fere o direito à liberdade de consciência e de crença.

Que é exatamente o que estamos discutindo.

"As liturgias não estão acima da lei, se quiser sacrificar pessoas em nome de deus, como a bíblia fala vc será autorizado?"

Falácia do Espantalho.

Eu nunca disse que as "liturgias estão acima da lei". Matar pessoas é crime e qualquer um que o cometa deve apodrecer na cadeia.

Eu defendi que a Constituição seja cumprida: que às pessoas não sejam negados serviços públicos por conta de suas posições religiosas ou qualquer manifestação de liberdade de consciência.

"O agente público não pode, nem deve deixar vc cometer um delito ou quebrar uma regra, só para vc depois se ferrar"

Estamos discutindo precisamente se permitir que uma brasileira exerça seu direito à liberdade de culto é motivo ou não para impedi-la de prestar um certame público e, pois, constitui ou não delito.

Você tomou um atalho, assumindo que o delito já estava caracterizado. Petitio principii.

Isso invalida seu parágrafo abaixo, construído todo ao redor da mesma falácia:

"É o mesmo que dizer que agente tem que registrar minha carteira de identidade, com uma mascara, boné ou pelado. Ele simplesmente não vai tirar pq é contra lei ou regra, e duvido que tenha uma lei que obrigue ele a fazer um ato ilícito, para depois deixar a banana na mão da pessoa. Aparece com chinelo, camiseta, boné, gorro quando vc for se alistar no exército, o soldado vai ter a delicadeza de mandar vc catar coquinho ou pior, e vc não vai se alistar."

Minha vez de perguntar: o que isso tem a ver com que estamos discutindo?

"O mesmo acontece em cartórios qua ndo as pessoas tentam registrar seus filhos com nomes bizarros. Ele não vai registrar e ponto final, pode entrar na justiça, mas a justiça não vai deixar vc registrar esse nome, até que seja julgado o caso."

O que isso tem a ver com o que estamos discutindo??

"Vc simplesmente esta colocando a posição religiosa acima das demais posições, lhe garantindo direitos extras."

Estou reconhecendo um preceito constitucional: a inviolabilidade de consciência. Não há "direitos extras".

Impedi-la de fazer a prova, sim, seria cerceá-la de um direito básico.

"Conheci alguns amigos que tinham vergonha de seu cabelo, e usavam boné. Pq essa posição estaria abaixo da posição religiosa?"

Porque não é uma manifestação de liberdade de consciência.

"E pq minha posição filosófica, de achar que todos devem ter direitos e deveres iguais, esta abaixo da posição religiosa?"

Entendi: só se tem direitos e deveres iguais quando o contexto filosófico lhe apetece, certo?

Quando se trata de defender direitos e deveres iguais para pessoas de opinião diferente da sua (mas perfeitamente legítimas), então eles são "extras" e insustentáveis.

"Vc não refutou nenhum átomo de meu argumento."

É pra rir?
Anônimo disse…
@Coder
"Quando um agente estatal (ou privado, designado pelo Estado) impede seu acesso a um serviço público com base numa manifestação individual de religiosidade, ele fere o direito à liberdade de consciência e de crença."

Engraçado que vc só cita religião, mas não cita posição filosófica e política. Pq será hein?

O agente não esta impedindo com base na manifestação religiosa, esta impedindo com base na regra ou lei.

"As liturgias não estão acima da lei, se quiser sacrificar pessoas em nome de deus, como a bíblia fala vc será autorizado?"
Claro que vc não disse diretamente, ainda assim vc esta defendendo que se podem quebrar regras, e leis baseadas em liturgias religiosas.

Não foi negado a ela serviço público nenhum, ela que se negou a cumprir as regras imposta a TODOS os cidadãos. E não foi negado por posição religiosa, foi negado por isso. "Eles [funcionários] me falaram que nenhum aluno pode entrar de boné, de gorro, com alguma coisa que não tenha como identificar"

Se eu entrar com boné, ou gorro. Será negado o serviço público. Pq? Simples está impedindo parte da identificação.

Vc tem todo direito de ter liberdade de culto, desde que seu culto não quebre regras ou leis.

Liberdade de culto não é irrestrita, aqui no RJ impediram pastores de ficar pregando em trens, e enchendo o saco das pessoas, que não tinham como se retirar daquele local. Oq vc acha? Ele tem liberdade de dizer que sou pecador, imoral, que estou sendo controlado pelo demônio e me ameaçar tortura eterna caso não entre no clubinho dele, onde quiser? Transporte é um serviço público, não estaria impedindo ele também?

"Entendi: só se têm direitos e deveres iguais quando o contexto filosófico lhe apetece, certo?"

Ou vc é muito sem noção ou é desonesto mesmo, estou exatamente defendendo direitos e deveres iguais.

Quando se trata de defender direitos e deveres iguais para pessoas de opinião diferente da sua (mas perfeitamente legítimas), então eles são "extras" e insustentáveis.

A quer dizer que opiniões religiosas são legitimas, e as minhas opiniões filosóficas e políticas, baseadas na constituição que todos têm direitos e deveres iguais não são legitimas? Bem imparcial vc hein. KKK ateus, agnósticos, pessoas sem religiões, deístas e etc, não tem opiniões legitimas. Fala sério, vergonha alheia de vc. Ou entra em uma patotinha ou clubinho social “religião” ou vc não terá opinião filosófica legitima.

É bem simples de entender, "Todos são iguais, sem nenhuma distinção". Todos têm os mesmos direitos e deveres.

Mas para vc é claro, a nata religiosa goza de privilégios, é uma casta superior que não precisa obedecer algumas regras.
Rodrigo*
E a minha humilde opinião. Se ela é muçulmana, deve seguir as leis da sua religião, ou seja é proibido que mulher dirija.
Yuri disse…
"O agente não esta impedindo com base na manifestação religiosa, esta impedindo com base na regra ou lei."

É uma regra de uma instituição.
O Coder já esclareceu isso em:

"Estamos discutindo precisamente se permitir que uma brasileira exerça seu direito à liberdade de culto é motivo ou não para impedi-la de prestar um certame público e, pois, constitui ou não delito.

Você tomou um atalho, assumindo que o delito já estava caracterizado. Petitio principii."
""O mesmo acontece em cartórios quando as pessoas tentam registrar seus filhos com nomes bizarros. Ele não vai registrar e ponto final, pode entrar na justiça, mas a justiça não vai deixar vc registrar esse nome.""

E o papagaio acha isso bonito, adora seguir leis arbitrarias, mas é claro, não precisa pensar, é só seguir, "tá na lei", adora ter a liberdade individual tomada pela desculpa de "Todos tem que ter direitos e deveres iguais", e daí?

A questão é quais são esses deveres, código de transito(CTB) não está acima da constituição federal, se a regrinha da auto-escola é errada e arbitraria, ela tem todo o direito de ir na justiça.
Se o dever for "todos tem que andar de burca", o papagaio só vai reclamar se uma pessoa tiver o direito de não andar de burca, não a ideia da obrigatoriedade da burca em si.
"Mas são deveres iguais pra todos, isso é que importa, igualdade, não me importo de cortar meu mindinho, tá na lei, é obrigatório, só se preocupo é com a ideia de alguém não cortar por mero desejo pessoal."
Anônimo disse…
@Yuri
É uma regra de uma instituição."

E onde na lei ou na regra, está dizendo que um grupo goza de privilégios a mais que o outro? TODOS não podem usar nada que cubra a cabeça, mas um grupo privilegiado pode? E minha posição filosófica e política que todos devem ter os mesmos direitos e deveres, ficam abaixo das posições religiosas? PQ?

@ddragoonss
O papagaio no caso é vc, no caso do cartório os nomes são impedidos de serem registrados pelo simples fato que alguns nomes podem afetar a vida social de uma criança. Uma criança pode ter um nome como "A melhor noite do casal x"? Sim já tentaram registrar uma criança com esse nome. Faz o seguinte, quando vc não sabe nada sobre algo, não vomite achismos se não pode acabar passando vergonha, moleque.

"A questão é quais são esses deveres, código de transito(CTB) não está acima da constituição federal, se a regrinha da auto-escola é errada e arbitraria, ela tem todo o direito de ir na justiça."

Exatamente pq o CTB não está acima da constituição é que ela deve obedecer às leis ou as regras como todo mundo. CF= "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza." Qual parte vc não entendeu?
Todos têm direito de entrar na justiça por qualquer coisa, agora se procede ou não já é outra história.

"Se o dever for "todos tem que andar de burca", o papagaio só vai reclamar se uma pessoa tiver o direito de não andar de burca, não a ideia da obrigatoriedade da burca em si."

Com qual alegação mesmo vc vai aprovar uma lei que todos devem andar de burca? Hum, acho que vc esta confundindo Estado Democrático de Direito, com sua tão sonhada teocracia. :)

"Mas são deveres iguais pra todos, isso é que importa igualdade, não me importo de cortar meu mindinho, tá na lei, é obrigatório, só se preocupo é com a ideia de alguém não cortar por mero desejo pessoal."

Alguém pode me explicar oq esse cidadão quis dizer com isso????? Sério cara vai dormir um pouco. Suas ideias não correspondem aos fatos.
Rodrigo*
Unknown disse…
Pergunte para investigadores, e te garanto que a maioria vai dizer que atrapalha na investigação.

Talvez sim. Se um bandido confessar o crime para um médico, o médico não pode contar para a polícia, isso também atrapalha na investigação. O policial não pode fazer uma busca no seu domicílio se você não permitir, eles não podem usar uma confissão se você tiver pedido a presença de um advogado antes da confissão, eles não podem lhe obrigar a fazer o teste do bafômetro... Enfim, um monte de coisas atrapalham na investigação. Mas, às vezes, pelo bem da sociedade, é necessário dificultar a vida dos investigadores.

Convenhamos, você está falando em termos muito teóricos e pouco práticos. No mundo real, são poucos os muçulmanos, poucos fazem questão de usar a burca. E, quando a usam, não é com a intenção de dificultar a identificação, ao contrário de muitos mal-intencionados que usam bonés. Eles não a usam para obter status ou privilégios, muito pelo contrário, a imagem deles é denegrida por eles usarem a burca.

Você fala que os religiosos estão sendo colocados acima da sociedade, o que eu concordaria em outras circusntâncias, mas, me diga, em quê alguém fica acima dos outros por poder usar a burca?

Não é nenhum privilégio para eles seguir estes rituais: eles estão presos a eles. Se o que você tem é pena, se você quer que eles não se sintam obrigados a usar uma burca, esse obviamente não é o caminho. Pelo contrário, fazendo isso você estará constrangendo-os ainda mais e mais ainda eles ficarão presos a estes rituais.

Eu não sou cristão nem teísta, mas há um versículo em Zacarias (4,6) que se aplica muito bem a este caso: "Não pelo poder, nem pela força, mas pelo Espírito."
Alexandre disse…
Rodrigo, você está corretíssimo e a questão é realmente muito simples. Ridículo caracterizar como "preconceito religioso" o incidente, cuja motivação foi puramente técnica (prejudica a identificação). A religião está totalmente fora da questão. Aos olhos do examinador, trata-se apenas de uma pessoa com um pano em volta da cabeça e do pescoço. Além do mais, acho que quem adota uma crença deve seguir seus preceitos onde quer que esteja. Se nos países islâmicos é uma transgressão aos olhos da religião o ato de dirigir, a moça deveria se conformar e até se orgulhar de não dirigir um carro, pois fazê-lo seria uma desobediência tão grave quanto a retirada do véu.
Isa disse…
qtos comentários sectaristas! tenho certeza q com inteligência e bom senso a situação seria resolvida de forma menos truculenta, mas se precisou ser assim, q isso sirva de referência para construção de políticas públicas que atendam a TODOS. religião e direitos humanos não são assuntos q podem ser tratados como uma brincadeira de queimado (meu lado bombardeia o seu lado!).
Coder disse…
Vamos lá, Rodrigo (é seu nome, certo?).

Primeiro, gostaria de me desculpar por não dispor de tanto tempo livre quanto você... Isso meio que me fez perder o fio da meada nesta discussão. Vou tentar recolocar as coisas nos eixos.

"Engraçado que vc só cita religião, mas não cita posição filosófica e política. Pq será hein?"

Por causa do escopo do debate: a interdição a um direito fundamental de uma cidadã brasileira por conta de uma norma flagrantemente inconstitucional.

" 'As liturgias não estão acima da lei, se quiser sacrificar pessoas em nome de deus, como a bíblia fala vc será autorizado?'

Claro que vc não disse diretamente"

Bom, pelo menos você assume que foi desonesto.

"ainda assim vc esta defendendo que se podem quebrar regras, e leis baseadas em liturgias religiosas."

E se nós tentássemos hierarquizar as coisas, hm? Um pouco de matemática não vai fazer mal a ninguém. Já respondo ao seu comentário.

Existe um troço chamado ordenamento jurídico. É a classificação das normas jurídicas, baseada na ascêndencia relativa entre elas.

A Constituição reina soberana, três ou quatro níveis acima da regra (portaria?) do Detran (ou pior, do CFC). Todas as demais normas jurídicas lhe devem obediência. Daí, temos:

A. A Constituição garante a inviolabilidade de consciência e a proteção ao exercício de ritos religiosos.

B. A moça porta um véu em respeito a um rito religioso.

C. A norma do Detran obriga a moça a tirar o véu (arvorando-se na premissa, de todo falsa, que este impede-lhe a identificação).

Não é preciso ser um Schoppenhauer para depreender o resultado, concorda?, por mais escandalosa que seja a sua vontade de sacrificar um direito civil - que, ó ironia!, sendo você um ateu numa sociedade predominantemente religiosa, deveria lhe ser muito caro! - no altar sagrado da intolerância militonta.

Respondendo agora diretamente ao seu comentário sobre "quebrar regras e leis": nenhuma lei foi quebrada porque nenhuma lei, em obedecendo à Constituição, dá suporte a tamanha obtusidade. Quanto à regra do Detran, é própria REGRA que ESTÁ A QUEBRAR A SUA REGRA - a CONSTITUIÇÃO! A pusilanimidade dos burocratas de plantão em reconhecer isso de imediato é só uma nota a mais nesse marcha fúnebre da inteligência.

Qual o seu último bastião retórico? Uma bobajada na forma de:

"É bem simples de entender, 'Todos são iguais, sem nenhuma distinção'. Todos têm os mesmos direitos e deveres"

Você berra a plenos pulmões que a Constituição está sendo desrespeitada quando uma norma INCONSTITUCIONAL deixa de ser aplicada!

Vou desenhar, porque sou bonzinho: o "dever" que você deseja ver aplicado a "todos" está descrito numa norma infra-(e bota infra nisso!)-constitucional, que, neste caso, VIOLA UM PRECEITO CONSTITUCIONAL! Corolário: a Constituição se sobrepõe à norma e o "dever", que você tão ardentemente queria ver "cumprido", "por todos", não faz sentido.

O hilário desta sua insistência num argumento tão furado é o efeito bumerangue que eu, generosamente, me reservei de usar até agora: você é o sr. "Direitos e deveres iguais para TODOS", né?

Por que então cassar o direito DESTA MOÇA de exercer, pacífica e ordeiramente, à sua maneira, a liberdade de consciência?


Isso, claro, se eu precisasse deste argumento.
Anônimo disse…
Não gostou, filha? Se muda pra Arábia Saudita que lá você vai poder andar com esse pano na cabeça o quanto quiser. Pena que lá mulher toma chibatada se tentar dirigir.
Unknown disse…
Anônimo, você que é autor deste último comentário, você é um fundamentalista intolerante, e dos piores. Tão intolerante quanto os muçulmanos que você tanto critica. E isso, é claro, também faz de você um hipócrita.

Querer expulsar alguém do país por causa de seus costumes ou crenças é uma atitude extremamente preconceituosa e sectária. Aliás, esse foi o tipo de preconceito que motivou Anders Breivik em seus ataques terroristas.
Anônimo disse…
Que perda de tempo e bytes discutir com gente medíocre que se esconde no anonimato. Não discutam com medíocres e quejandos, eles te rebaixam ao nível deles e vencem pela experiencia.
Alexandre disse…
"Liberdade de consciência"? Que exagero. Que distorção. É um PANO ENROLADO NA CABEÇA. Liberdade de consciência é um conceito muito mais profundo, e nem entra na discussão aqui. Não compliquem tanto a discussão...
Calisto disse…
Estou impressionado como Guga e esses ateus estão defendendo os muçulmanos. NUnca vi um ateu defendendo os muçulmanos. Tenho vergonha de ser ateu.

Eles desconhecem que os ateus que professarem o ateísmo nos países muçulmanos serão decapitados ou presos. Não sabem?

Um bando de ateus trouxas.
Unknown disse…
Calisto, nem todo muçulmano é mau. Os muçulmanos mais radicais dos países muçulmanos comumente são maus, assim como os cristãos mais radicais do nosso país também são. Já aqui, os muçulmanos não costumam ser radicais. Não dá para generalizar dessa forma como você está fazendo.
Samanta disse…
pra eu fazer uma simples prva de concurso devo prender os cabelos pra deixar as orelhas desnudas para que o fiscal possa visualizar algum fone.

É um motivo simples.

Ah sim, e segundo a religião dela, ela pode dirigir? Ahh, ta!
Vintage 72 disse…
Fico preocupado com essa questão de invocar motivos religiosos para poder usar determinados trajes em toda e qualquer religião. Aqui perto da minha casa tem um supermercado com 2 caixas eletrônicos. Acontece que tem uma comunidade muçulmana, na qual algumas mulheres andam com o rosto completamente coberto. Só dá para ver os olhos.

Não sei se elas tiram esse veu da frente do rosto quando entram no supermercado. Vou até reparar direito. Se elas entrarem sem problemas isso caracteriza-se um risco a segurança de toda a coletividade. Daqui a pouco vai ter criminoso usando esse tipo de traje para praticar roubos. E além, motoqueiros irão querer te o direito de entrar em qualquer lugar usando o capacete.

Entendem que determinadas regras devem ser seguidas por todos quando a finalidade é o garantir a segurança e a lisura?
Anônimo disse…
e se ela estiver usando fones por baixo do véu recebendo alguma ajuda externa?

a lei é para todos... se nós nos sujeitamos, ela também tem q se sujeitar...
Valdo disse…
A vestimenta dela não cobre nem compromete a visão.
Nesse caso eu estou percebendo preconceito no comentário.
Valdo disse…
Primeiro lugar quem disse que ela é originária do Irã.
Seu comentário é bastante interessante, segundo o seu raciocínio, todos deveriam ter se adaptado aos costumes indígenas ou voltado para a Europa.
Mas sabemos que não foi o que aconteceu.
Eu não vi nenhum problema aí. Somos uma sociedade multicultural, onde há muito estranhamento quanto ao que não é de origem européia. Tudo aquilo que não faz parte da cultura judaico-cristã causa enorme estranhamento e atrai críticas iradas.
Valdo disse…
Se a questão era uma escuta isso poderia ser verificado.
Valdo disse…
Eu concordo plenamente com você. Mas sempre houve preconceito contra as religiões não cristãs no Brasil. E vejo que este mesmo preconceito é compartilhado por muitos não religiosos.
Ateus, agnósticos, não religiosos, não diferem muito dos religiosos em relação a isto.
Unknown disse…
A relação não procede, já que, quando os europeus chegaram, não havia um "país". O que havia era um ajuntamento de sociedades arborígenes com constumes diferentes entre si.

E sim, ela, por questão de bom-senso, deveria acatar as leis locais. Se ela julgasse estar impediada de seguir alguma regra da prova, deveria ter comunicado o fato com antecedência e não, chegar na hora e tentar fazer valer o seu direito a grito.
Anônimo disse…
Elas podem fazer o Enem com o véu sim. Tinha uma muçulmana na mesma sala em que eu prestei o exame. Só foi solicitado que ela deixasse a fiscal olhar se não havia nenhuma escuta. Não sei dizer se é o procedimento padrão, mas foi o que ocorreu.
Anônimo disse…
O mais sentato daqui foi o Rodrigo.
Tanko disse…
Em concurso público tem até que prender os cabelos.
Anônimo disse…
É, mas os portadores de necessidades especiais precisam comunicar sua condição e solicitar o que precisam para fazer a prova com bastante antecedência (sala especial, cadeira diferenciada, tempo para amamentar, auxiliar para leitura, etc.). E todos fazem esses pedidos na hora da inscrição, se atrasarem ou esquecerem, não serão contemplados. Essa é a parte da igualdade. =B Ninguém pode ir fazer a prova com um bebê no colo alegando que não sabia que tinha que marcar a opção de condições especiais.

É a mesma analogia, se ela tivesse visto isso antes, talvez tivesse uma solução pro problema dela.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Líder religioso confirma que atirador foi da Testemunhas de Jeová

O superintendente do Circuito Rio de Janeiro-07 da Testemunhas de Jeová, Antônio Marcos Oliveira, confirmou ao UOL que Wellington Menezes de Oliveira, o atirador do Realengo, frequentou um templo da religião na Zona Oeste da cidade. Casa do atirador tinha publicações da TJs O líder religioso procurou minimizar esse fato ao ressaltar que Wellington foi seguidor da crença apenas no início de sua adolescência. Ele não disse até que ano Wellington foi um devoto. Na casa do atirador, a polícia encontrou várias publicações editadas pela religião. (foto) Essa foi a primeira manifestação da TJs desde que Wellington invadiu no dia 7 de abril uma escola e matou 12 estudantes e ferindo outros. Oliveira fez as declarações em resposta a um ex-TJ (e suposto amigo do atirador) ouvido pelo UOL. Segundo esse ex-fiel, Wellington se manteve na religião até 2008. Por essa versão, Wellington, que estava com 23 anos, permaneceu na crença até os 20 anos. Ou seja, já era adulto, e não um pré-ad

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Valdemiro pede 10% do salário que os fiéis gostariam de ter

TJs perdem subsídios na Noruega por ostracismo a ex-fiéis. Duro golpe na intolerância religiosa

Maioria jamais será ateia nem fiel da Iurd, diz padre Marcelo

Para Rossi, Deus não reconhece casal de gays como família O jornal Correio da Manhã, de Portugal, perguntou ao padre Marcelo Rossi (foto): - O que o assustaria mais: um Brasil que deixasse de crer em Deus ou um Brasil crente em que a Iurd fosse maioritária? A resposta foi enfática: - Não acredito que isso possa acontecer. Nunca. O Brasil não vai deixar que isso aconteça. Rossi foi evasivo ao responder se está ou não preocupado com o avanço no Brasil dos evangélicos protestantes. “Há igrejas e igrejas”, disse. “Uma coisa são as igrejas tradicionais evangélicas e outra são as seitas.” O padre foi entrevistado por Leonardo Ralha a propósito do lançamento em Portugal do seu livro 'Ágape'. Ele disse ter ficado surpreso com das vendas do livro no Brasil – mais de sete milhões de exemplares, contra a expectativa dele de um milhão. Atribuiu o sucesso do livro à sua tentativa de mostrar às pessoas um resumo dos dez mandamentos: “amar a Deus sobre todas as

Secretaria do Amazonas critica intolerância de evangélicos

Melo afirmou que escolas não são locais para mentes intolerantes Edson Melo (foto), diretor de Programa e Políticas Pedagógicas da Secretaria de Educação do Estado do Amazonas, criticou a atitude dos 14 alunos evangélicos que se recusaram a apresentar um trabalho sobre cultura africana para, segundo eles, não ter contato com as religiões dos afrodescendentes. “Não podemos passar uma borracha na história brasileira”, disse Melo. “E a cultura afro-brasileira está inclusa nela.” Além disso, afirmou, as escolas não são locais para “formar mentes intolerantes”. Os evangélicos teriam de apresentar em uma feira cultural da Escola Estadual Senador João Bosco de Ramos Lima, em Manaus, um trabalho dentro do tema "Conhecendo os paradigmas das representações dos negros e índios na literatura brasileira, sensibilizamos para o respeito à diversidade". Eles se negaram porque, entre outros pontos, teriam de estudar candomblé e reagiram montando uma tenda fora da escola para divu

Tibetanos continuam se matando. E Dalai Lama não os detém

O Prêmio Nobel da Paz é "neutro" em relação às autoimolações Stephen Prothero, especialista em religião da Universidade de Boston (EUA), escreveu um artigo manifestando estranhamento com o fato de o Dalai Lama (foto) se manter neutro em relação às autoimolações de tibetanos em protesto pela ocupação chinesa do Tibete. Desde 16 de março de 2011, mais de 40 tibetanos se sacrificaram dessa dessa forma, e o Prêmio Nobel da Paz Dalai Lama nada fez para deter essa epidemia de autoimolações. A neutralidade, nesse caso, não é uma forma de conivência, uma aquiescência descompromissada? Covardia, até? A própria opinião internacional parece não se comover mais com esse festival de suicídios, esse desprezo incandescente pela vida. Nem sempre foi assim, lembrou Prothero. Em 1963, o mundo se comoveu com a foto do jornalista americano Malcolm Wilde Browne que mostra o monge vietnamita Thich Quang Duc colocando fogo em seu corpo em protesto contra a perseguição aos budistas pelo

Presidente do STJ nega que tenha proibido enfeites de Natal

Pargendler disse que a notícia foi veiculada sem que ele fosse ouvido Com atualização em 14/12/2011  Ari Pargendler (foto), presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), emitiu nota hoje (14/12) negando que tenha proibido a colocação de enfeites de Natal nas dependências desta Corte. A notícia, que agora se revela falsa, foi divulgada no dia 11 pelo jornalista Claudio Humberto, do Jornal do Brasil, com a explicação de que a decisão de Pargendler tinha sido para cumprir a Constituição, que estabelece a laicidade do Estado. Pargendler também desmentiu informação publicada na Folha de S.Paulo segundo a qual ninguém mais poderia usar no STJ “sandálias tipos gladiador” e “calças jeans”. Na verdade, de acordo com a nota do presidente do STJ, a proibição só vale para o uso de chinelos “tipo havaianas”. Com informação do STJ . Liga de Lésbicas do Sul pede a retirada de crucifixos de prédios públicos. outubro de 2011 Religião no Estado laico.

Jornalista defende liberdade de expressão de clérigo e skinhead

Título original: Uma questão de hombridade por Hélio Schwartsman para Folha "Oponho-me a qualquer tentativa de criminalizar discursos homofóbicos"  Disputas eleitorais parecem roubar a hombridade dos candidatos. Se Fernando Haddad e José Serra fossem um pouco mais destemidos e não tivessem transformado a busca por munição contra o adversário em prioridade absoluta de suas campanhas, estariam ambos defendendo a necessidade do kit anti-homofobia, como aliás fizeram quando estavam longe dos holofotes sufragísticos, desempenhando funções executivas. Não é preciso ter o dom de ler pensamentos para concluir que, nessa matéria, ambos os candidatos e seus respectivos partidos têm posições muito mais próximas um do outro do que da do pastor Silas Malafaia ou qualquer outra liderança religiosa. Não digo isso por ter aderido à onda do politicamente correto. Oponho-me a qualquer tentativa de criminalizar discursos homofóbicos. Acredito que clérigos e skinheads devem ser l