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Ciências humanas e seus 'atores sociais' viajam na maionese

Título original: O erro de Foucault

por Luiz Felipe Pondé para Folha

Você sabia que o pensador da nova esquerda Michel Foucault foi um forte simpatizante da revolução fanática iraniana de 1979? Sim, foi sim, apesar de seu séquito na academia gostar de esconder esse "erro de Foucault" a sete chaves.

Fico impressionado quando intelectuais defendem o Irã dizendo que o Estado xiita não é um horror.

O guru Foucault ainda teve a desculpa de que, quando teve seu "orgasmo xiita", após suas visitas ao Irã por duas vezes em 1978, e ao aiatolá Khomeini exilado em Paris também em 1978, ainda não dava tempo para ver no que ia dar aquilo.

Desculpa esfarrapada de qualquer jeito. Como o "gênio" contra os "aparelhos da repressão" não sentiu o cheiro de carne queimada no Irã de então? Acho que ele errou porque no fundo amava o "Eros xiita".

Mas como bem disse meu colega J. P. Coutinho em sua coluna alguns dias atrás nesta Folha, citando por sua vez um colunista de língua inglesa, às vezes é melhor dar o destino de um país na mão do primeiro nome que acharmos na lista telefônica do que nas mãos do corpo docente de algum departamento de ciências humanas. E por quê?

Porque muitos dos nossos colegas acadêmicos são uns irresponsáveis que ficam fazendo a cabeça de seus alunos no sentido de acreditarem cegamente nas bobagens que autores (como Foucault) escrevem em suas alcovas.

No recente caso da USP, como em tantos outros, o fenômeno se repete. O modo como muito desses "estudantes" (muitos deles nem são estudantes de fato, são profissionais de bagunçar o cotidiano da universidade e mais nada) agem, nos faz pensar no tipo de fé "foucaultiana" numa "espiritualidade política contra as tecnologias da repressão".

E onde Foucault encontrou sua inspiração para esse nome chique para fanatismo chamado "espiritualidade política"?

Leiam o excelente volume "Foucault e a Revolução Iraniana", de Janet Afary e Kevin B. Anderson, publicado pela É Realizações, e vocês verão como a revolução xiita do Irã e seu fascínio pelo martírio e pela irracionalidade foram importantes no "último Foucault".

As ciências humanas (das quais faço parte) se caracterizam por sua quase inutilidade prática e, portanto, quase impossibilidade de verificação de resultados.

Esse vazio de critérios de aplicação garante outro tipo de vazio: o vazio de responsabilidade pelo que é passado aos alunos.

Muitos docentes simplesmente "lavam o cérebro" dos alunos usando os "dois caras" que leram no doutorado e que assumem ter descoberto o que é o homem, o mundo, e como reformá-los. Duvide de todo professor que quer reformar o mundo a partir de seu doutorado.

Não é por acaso que alunos e docentes de ciências humanas aderem tão facilmente a manifestações vazias, como a recente da USP, ou a quaisquer outras, como a dos desocupados de Wall Street ou de São Paulo.

Essa crítica ao vazio prático das ciências humanas já foi feita mesmo por sociólogos peso pesado, em momentos distintos, como Edmund Burke, Robert Nisbet e Norbert Elias.

Essa crítica não quer dizer que devemos acabar com as ciências humanas, mas sim que devemos ficar atentos a equívocos causados por essa sua peculiar carência: sua inutilidade prática e, por isso mesmo, como decorrência dessa, um tipo específico de cegueira teórica. Nesse caso, refiro-me ao seu constante equívoco quanto à realidade.

Trocando em miúdos: as ciências humanas e seus "atores sociais" viajam na maionese em meio a seus delírios em sala de aula, tecendo julgamentos (que julgam científicos e racionais) sem nenhuma responsabilidade.

Proponho que da próxima vez que "os indignados sem causa" ocuparem a faculdade de filosofia da USP (ou "FeFeLeCHe", nome horrível!) que sejam trancados lá até que descubram que não são donos do mundo e que a USP (sou um egresso da faculdade de filosofia da USP) não é o quintal de seus delírios.

Agem com a USP não muito diferente da falsa aristocracia política de Brasília: "sequestram" o público a serviço de seus pequenos interesses.

No caso desses "xiitas das ciências humanas", seus pequenos delírios de grande "espiritualidade política".

Comentários

Avelino Bego disse…
Não tenho condições de tecer críticas à quem cursa ou ministra um curso na área de Ciências Humanas, mas vi e ouvi muita besteira sobre essa caso da USP.

"Intelectuais" querendo falar de "onda de repressão", como se a Ditadura estivesse voltando...
Anônimo disse…
Excelente texto.....
Leandro Santiago disse…
Não sou filósofo ou profissional das humanas (sou um desenvolvedor de softwares, algo bem longe de humanas!), mas concordo com muito do que o Pondé disse.

Realmente estes teóricos que encontram a fórmula do "homem perfeito" são ótimos projetos de tiranos: em busca deste ideal, qualquer coisa e qualquer um é sacrificável. Liberdade individual? Isso não importa para alcançarmos o estado ideal, onde todos sejam felizes (quem quer soma?!) e estejam plenamente satisfeitos com suas vidas. E este é o principal problema dos regimes coletivistas: a busca de um ideal para todos os seres humanos, mesmo que para "sua felicidade".

Mas não entendi exatamente qual foi o erro de Foucault que o autor diz. Já faz algum tempo que li obras de sua autoria (acho que vigiar e punir e a história da loucura na idade clássica), e achei livros muito interessantes, não encontrando em momento algum - pode ser que eu os tenha esquecido - ideais revolucionários.

Caso o autor - Pondé - esteja querendo utilizar o argumento "Foucault disse algo errado, logo tudo que ele disse é falso", creio que ele, melhor que ninguém, saiba se tratar do pior tipo de falácia lógica que existe.

Não sou muito fã do Pondé. Ele fala muita besteira, mas de vez enquando fala coisas lúcidas.

ps: vou ver se acho este livro recomendado pelo Pondé para ler. Me parece uma leitura interessante.
Charles disse…
CUIDADO: 'GÊNIO' NERVOSO! (DESCULPEM O CAPSLOCK!)
Anônimo disse…
Muitos docentes simplesmente "lavam o cérebro" dos alunos usando os "dois caras" que leram no doutorado e que assumem ter descoberto o que é o homem, o mundo, e como reformá-los. boa...boa...kkkkk

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2011/11/ciencias-humanas-e-seus-atores-sociais.html#ixzz1eXEL1DnS
Paulopes só permite a cópia deste texto para uso não comercial e com a atribuição do crédito e link. As reproduções são rastreadas diariamente.
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial
RENATA SOLE disse…
Com relação a Foucault, não posso falar nada, pois não conheço suas obras, mas concordo sobre o fato de professores entrarem na sala de aula defendendo a ideia do teórico como se fosse a verdade obsoluta. Felizmente estou lá para lembrá-los que é tão somente uma teória, e que como essas existem tantas outras.
Anônimo disse…
Pelo que conheço Foucault, ele não tinha uma essência de homem, e não falava de poder em termos de repressão.

E o texto do Pondé mais confunde que esclarece alguma coisa. Parece texto encomendado, bem típico do PCzão. Ideologia pura, isso aí.

Junte um diploma em uma Universidade reconhecida nacionalmente (e mundialmente também) a uma tentativa de fazer fama de rebeldezinho de direita, e pronto: já desce a merda.

Esse cara não sabe nem o que é Foucault. E agora, acabei de me convencer de que ele é um merda.

Agora não perco meu tempo mais nem com os textos 'mais ou menos' dele.
Anônimo disse…
Pondé é do tipo de gente que não serviria nem para se perguntar se o céu está claro.
R B C disse…
Concordo quando o Pondé critica a posição irracional dos estudantes da USP, por outro lado acho que ele não foi feliz em seu comentário sobre manifestantes de Wall Street, brigar por causas reais não nos faz desocupados, e sim "corpo" integrante da sociedade que luta por seus direitos. Enquanto aos "atores socias" e o papel da universade em seu âmbito academico, como formar pessoas com pessamentos críticos? e não na retórica do conteúdismo? As ciências humanas é importante para que se reflita as causas e consequências de uma sociedade (homem) e seu comportamento, embora pareça utópica diante dela!
Anônimo disse…
Em princípio concordo com a crítica. Na minha universidade não havia Foucaultianos, mas sim marxistas, e claro, como toda "boa" Faculdade de História, maculelês, rebeldes sem causas, gente desorientada muita preocupada em acreditar em algo do que realmente estudar, e claro, também preocupados em só fazer manifestações (das quais, confesso, de algumas participei, por sorte não foram mais do que umas duas vezes) e fumar maaconha.

Porém, há algo nesse texto que não me agrada. Percebo apenas uma provocação, cuja não leva a lugar nenhum com o discurso da "praticidade". Então, o Sr.Autor do texto poderia me dizer o quê "ser prático" na ciências humanas?

Isso soa quase como o discurso daqueles que o texto a cima quer criticar. O quê significa essa Prática? Só fazer leis e executá-las tão "bem" e pragmaticamente como a maioria dos práticos, talvez até demais, "excelentes" políticos brasileiros? Ou ser prático é proclamar discurosos prontos até o absurdo, como por exemplo de discursos marxistas que proclamam uma opinião rdícula, cuja diz que só materialismos (leia aqui economicismos) são "importantes", até ao ponto de dizer que coisas como filosofia (muito abstrato e sem práxis), religião (ópio do povo), literatura (só ficção) são só ideologias,e por isso, coisas de segundo plano?
No meu tempo de faculdade de história eu não me identificava com a maioria dos meus colegas de faculdade, que em sua maioria estavam mais preocupados com qualquer outra coisa, menos estudar de verdade.
Concordo com a crítica a esses "atores sociais" e aos professores demogogos e mlitantes, cujos nunca mereciam o título de professor, porém não concordo com o discurso moralista de um apelo prático. Eu compartilharia com um discurso de uma outra praticidade, mas não com esse tom de provocação vazia, cuja também não formar nada. Me parece tão "radicalóide" com dos militantes, foucaultianos, ou marxistas, ou qualquer outro dogma, de profissão.
G. Carvalho
Anônimo disse…
Não gosto nenhum pouco desse Pondé, mas acho que ele merecia comentadores melhores, isso aqui tá sofrível, será que esse povo aprendeu o que viu nas universidades?
bruno disse…
Que belo prato de bos*a esse texto. Ele ta considerando alunos sem qualquer racionalidade. Sim, existem professores com esse teor de ensino, mas generalizar é estupidez; e usar OWS como exemplo?! por favor né, vai contar carneirinhos...
Quando não fala merda, Pondé não fala nada, que desgraça.
Ainda bem que ele se inclui na área de humanas, com toda essa prolixidade, esse rodeio de frases e parágrafos inúteis pra chegar no ultimo e falar "Não gosto de revoluções.".
Pondé demonstra que nem todo retardado é esquerdista, acho que até mais que Olavo, Olavo é astrólogo, mas sabe escrever, não fica de "relativismo", "solipsismo", indiretas, divagações existenciais e filosóficas e baboseira "humanas" que ele tanto diz não gostar.
Tudo para fugir do tema no ultimo assunto e defender a visão simplista "de direita".


Quem viaja na maionese é ele, ou ele é idiota, ou não sabe argumentar e lança o "argumento da parede de texto" pra defender os adolescentes revoltadinho de direita, como disseram ai, sua fama é apenas por ser "intelectual" e "de direita".

Pondé é o Sokal brasileiro, só que ele engana a "direita brasileira" com baboseira de "ciências humanas" e "filosofia pós-moderna esquiva e relativista" vazia de conteúdo; mas ao defender sempre no finalzinho o "lado politico" dos adolescentes projetos de skinhead, qualquer baboseira prolixa parece lindo ensaio filosófico.

Pondé se apoia na base da mentalidade de ""não entendo nada do que está escrito, portanto deve ser verdade e eu sou tolo para não compreender"", mas a verdade é que se você não entende nada é porque o escritor é incompetente ou mais provável, que NÃO HÁ NADA A SER COMPREENDIDO, exceto o ultimo paragrafo

Para entender como Pondé escreve seus textos:
http://www.suicidiovirtual.net/dados/lerolero.html
Anônimo disse…
Teve um anonimo que disse que o autor do texto mereceria uns comentaristas melhores. Bem, nao sei a quem ele se refere (pois ele comentou logo depois de mim). Penso que textos provocativos devem ser respondidos na mesma medida.
g. carvalho
Anônimo disse…
Paulo Lopes, um Pimba que se faz falando dos ignorantes e charlatães da religião.
Não deixa de ele mesmo um charlatão que se autoilude com importancia usando o podre da religião.
antonio. disse…
Este escritor é um idiota. Não leva em conta o regime de terror do Xá do Irã, não leva em conta a história, não respeita as razões da epoca. É midiático e apressado. Vai deixar de ser moda daqui a pouco. E vai sofrer. Antonio.
Pondé é o Sokal brasileiro

Você está cometendo uma injustiça aqui. Sokal DENUNCIOU com seu embuste a falta de objetividade de certa área das ciências humanas. Ele não era, e nunca foi, um obscurantista ou um "lero-lerista".

Para Pondé ser o Sokal brasileiro ele teria que conseguir notoriedade com seus textos e logo em seguida expor seu embuste. Mas ele sentou na fama, o que me leva a pensar que ele não está querendo expor nada, apenas ganhar dinheiro.
Anônimo disse…
Por isso que eu sou matemático! Orgísticamente,CHUPEM TODOS!
Anônimo disse…
Concorda que há muitos estudantes ''caça causa'', filhinhos de papai que não tem mais o que fazer, mas generalizar as ciências humanas com sua inutilidade prática é ridículo e uma falta de base total. E sinceramente, defendo as ciências humanas, nós pensamos, analisamos e sabemos pensar, é esse o papel da universidade. Não existem somente professores querendo alienar seus alunos, lógico que não dá pra engolir e aceitar como verdade única aquilo dito em sala de aula, mas boa parte é consideravelmente importante. Não acho que as humanas sejam inuteis na prática, acho que o senhor autor considera só a geografia, história e filosofia como ciências humanas né ? Achei sua crítica sinceramente, ridícula. Não dá pra se apegar a um ''filosofo'', um caso específico e generalizar todo o campo de estudos das ciências humanas.
Anônimo disse…
O pondé está equivocado, heidegger tb é atacado por ter aderido ao nazismo, isso não é novidade na filosofia, nietzche tb foi utilizado pelo nazismo. E nem por isso, tais filosofos deixaram de falar e diagnosticar contextos importantes para se pensar a sociedade. Acho equivocado esse tipo de argumento que quer desvalorizar toda uma construção filosófica em uma matéria de nem meia página de um jornal quadrado e conservador! Tenho vergonha alheia quando vejo opiniōes reacionárias como essas. A ditadura não está mais aqui, mas triste daquele que acha que a democracia já está pronta.... pondé se aposenta, querido, as ciências sociais não precisa de você.
Adilson disse…
ABAIXO-ASSINADO PARA A EXTINÇÃO DOS CURSOS DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS SOCIAIS, HISTÓRIA, GEOGRAFIA E LETRAS.


Diante do fato de que as últimas manifestações de estudantes na USP, além de todas as outras anteriores, sempre terem sido inflamadas por cabeças perturbadas desses indivíduos que fazem cursos de Humanidades, principalmente Filosofia, Ciências Sociais, História, Geografia e Letras - os cinco cursos mensageiros do apocalipse - que tentam, insistentemente, a desestruturar a boa e necessária democracia de rebanho que temos, peço a gentileza a todos, que apoiarem a presente iniciativa, a assinar esse abaixo-assinado a fim de apresentarmos um projeto de lei à Câmara dos Deputados para acabar, extinguir, esquecer e cuspir em cima de todos esses cinco cursos acima, e PARA NÃO RESTAR DÚVIDA, VOU REPETIR: FILOSOFIA, CIÊNCIAS SOCIAIS, HISTÓRIA, GEOGRAFIA E LETRAS. Isso mesmo, ante a total inutilidade desses cursos, vamos exterminá-los, principalmente Filosofia, essa doença grega que se alastrou pior do que a peste negra pela humanidade e ainda traz seus malefícios às poucas cabeças que insistem em ler um livro desses, sempre inútil, inválido e improdutivo para o mercado de trabalho, porque pensar não é o mesmo que obedecer e os desobedientes não conseguem bons empregos.

Imperativo para a boa formação da juventude é, então, acabar com as inutilidades de nossa sociedade. Precisamos de médicos, engenheiros, dentistas, administradores, economistas e advogados. Ninguém precisa de um filósofo, um pessoa formada em letras - que nem sei que nome que se dá a um profissional desses - nem outros filhos dessa mãe espúria e nefasta chamada Filosofia, esse câncer que apodrece a mente das pessoas. Antes um Alzheimer do que Nietzsche. Deus me livre e me guarde!


Projeto de Lei


art. 1 - Ficam extintos em todo país, a partir da data de publicação desta lei, todos os cursos universitários de graduação e pós-graduação de FILOSOFIA, CIÊNCIAS SOCIAIS, HISTÓRIA, GEOGRAFIA E LETRAS.


I - As dissertações de mestrado e as teses de doutorado de qualquer área do conhecimento não poderão conter citações a textos filosóficos ou de pensadores ligados a desintegração da sociedade.


II- Ficam extintas, no ensino médio e fundamental, as disciplinas de Filosofia, Sociologia, História, Geografia Humana e Literatura. Como substitutas entrarão Autoajuda e Motivação, Empreendedorismo, Secretariado, Recursos Humanos e Interpretação de Textos da Veja, Estadão, Folha e afins.

art.2 Ficam revogadas todas as disposições em contrário.
Ricardo disse…
Adilson,

Ainda não consegui decidir se o que você escreveu é sério mesmo ou uma piada.
Baú disse…
...

o Pondé tem uma coluna na Folha. Vocês têm esse quadradinho aqui!

hahahaha
Anônimo disse…
Coluna na Folha(vulgo foia)?Grande coisa!
Adilson, espero sinceramente que você esteja sendo ultra irônico... se foi, parabéns, bela piada.

Se falou sério, bom... me devolva os parabéns com juros.
Anônimo disse…
Bom mesmo é o estado terrorista de Israel, parece que disto que este babaca do pondé gosta.
Anônimo disse…
O Pondé toma vinho de graça no espaço CPFL Cultura e é comentarista do Jornal da Rede Cultura (só o mais imparcial e de maior credibilidade do país). Tem livro no mercado aberto e sua filosofia, bem ou mal, já acomete o senso-comum em detrimento da auto-ajuda... E os senhores ?
A maioria dos Srs são professores enjaulados em vossas salas de aulas improfícuas, e tomam remédios pra impotência sexual para não sucumbirem de vez à baixa auto-estima ! rs
ALÊ disse…
concordo com relacao a acida critica que Ponde faz a atitudes mesquinhas tipicas de uma consideravel parte de professores e alunos das ciencias humanas, mas acho que ele exagerou ao retirar qualquer utilidade pratica delas, pq a discussao sobre o que e ou nao util e pratico e bem delicada....nada obvia...eu, p.ex., vejo uma utilidade pratica indiscutivel na Filosofia: ela me serve como contraponto de equilibrio em relacao aos padroes e rotinas de uma sociedade capitalista e enrustidamente crista-moralista em que me considero inserido.....
Jorge Gomes disse…
O Pondé descobriu um nicho de mercado que estava vago desde a morte de Paulo Francis. Mas seu histrionismo não se compara ao do jornalista.Ademais Francis escrevia bem à Bessa e o filósofo que ama as câmeras e por elas é amado,escreve "no sentido de". Aposto que uns dois anos atrás ele escrevia "a nível de"
Bruno Cruz disse…
O problema da "FeFeLeCHe" não é tanto o corpo docente ou seus alunos, mas sim a força que o movimento estudantil tem lá, graças à presença de estudantes que começam ali mesmo a carreira política, ligados a partidos como o PSTU. Esses movimentos partem de um maniqueísmo revolucionário (são do "bem", enquanto todos os que discordam deles são "do mal", aliados da opressão e grande capital) que não tem um propósito de realmente de ajudar a sociedade, mas de afirmação ideológica para crescimento pessoal no partido. Esse pessoal inviabiliza o debate lá dentro, controlando assembléias, vaiando quem discorda e inclusive ameaçando ou agredindo quem fica no caminho.
No caso, um prof. da História foi agredido por membros do MNN por querer que os 3 maconheiros presos pela polícia fossem levados à delegacia, já que apenas precisariam assinar autos e irem embora. Agora ameaçam professores que não aderirem à greve. Esses caras picham bandeiras justas frente à sociedade e deslegitimam qualquer coisa que saia da FFLCH, posto que todos passa a confundir a FFLCH com eles, assim como muitos europeus confundem a mulher brasileira com as prostitutas que trabalham por lá. Em ambos casos é uma generalização sem tamanho (e olha que eu adoro generalizar).
No momento, o maior desafio da FFLCH é extirpar esse câncer. Sabe-se lá como.
Flávio disse…
Sou formado em Matemática então digo, se o "vazio" das ciências humanas permitem que um tanto de desocupados (alguns pelo desemprego outros pela simples vadiagem) façam adesão a esses movimentos de protesto, como o Pondé afirmou,é também verdade que modelos matemáticos distantes da realidade das ambições e expectativas humanas permitiram a crise do Subprime e 700 bilhões de dólares do contribuinte entrouxados no mercado falido.

E antes da FFLCH extirpar "esse câncer" deve ser extirpado o câncer da violência e das drogas na cidade de São Paulo, pois quem se sente mais seguro nas ruas da cidade do que na USP? Ideologias à parte, tudo é uma questão de sobrevivência. São Paulo é a antipenúltima cidade em qualidade de vida numa lista de 26 grande metrópoles mundiais. Esse estado está há 20 anos sendo governado por carolas tementes a Deus então que Deus nos acuda
Anônimo disse…
Ele não é formado pela usp,só fez o doutorado lá; não to tirando o mérito, mas faz diferença, passar na fuvest pra ficar tomando geral não dá né, a "fflcch" é de longe o pessoal q mais lê la dentro.
Anônimo disse…
J.N Bem não sou paulista, mas se fosse teria vergonha de a USP ter o 7° maior orçamento do Brasil R$ 3 bilhões de reais para ser mais exato, (orçamento bem maior que o da minha capital) e ser o lié em vários aspectos, com esse dinheiro todo era para ser um local esplendoroso em todos os sentidos! Esse é o orgulho paulista e para quem estuda lá sugiro como farda capacete, colete à prova de balas, botas vulcanizadas, luvas de couro a! levem papel higiênico e se possível um banheiro químico particular, pq. Se sentar num daqueles vasos vai cair o bilau.
Anônimo disse…
Bem não sou paulista, mas se fosse teria vergonha de a USP ter o 7° maior orçamento do Brasil R$ 3 bilhões de reais para ser mais exato, (orçamento bem maior que o da minha capital) e ser o l.i.x.o que é em vários aspectos, com esse dinheiro todo era para ser um local esplendoroso em todos os sentidos! Esse é o orgulho paulista e para quem estuda lá sugiro como farda capacete, colete à prova de balas, botas vulcanizadas, luvas de couro a! levem papel higiênico e se possível um banheiro químico particular, pq. Se sentar num daqueles vasos vai cair o b.i.l.a.u.
A USP é um retrato da Universidade brasileira, instituição de fachada criada para conceder título de doutor honoris causa a monarca visitante estrangeiro...Criação de uma Universidade pelo Estado, e isso em plena de década de 30, quando a Cidade do México já possuía uma Universidade desde o século XVII...É um retrato do descaso da colonização portuguesa pelo Brasil, pois as faculdades isoladas de direito, medicina e engenharia eram particulares e restritas aos ricos filhos das elites.O Marquês de Pombal antecipou essa morte da educação pública, expulsando os jesuítas e instalando um ensino oficial composto por fantasmas e poucos professores leigos e despreparados, ainda por cima mal pagos. Instaurar uma Universidade num país de analfabetos, é a ironia símbolo da contradição que é o Brasil. A USP forma uma elite tupiniquim da qual Pondé embora crítico faz parte. Raríssimas exceções como Gilberto Freyre, Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso, Bento Prado Junior, poucos destes pensadores chegaram próximo de algo realmente universal. Na enciclopédia dos filósofos, figura apenas o nome de um brasileiro e ainda por cima - não pra variar, mas pra confirmar a regra da autorejeição à identidade própria da nossa cultura, citadora e adoradora de franceses e alemães-; ele nem é conhecido nem citado. É Bento Prado Junior, o único brasileiro considerado filósofo, por ter criado um conceito novo, algo original, na história do pensamento, em sua crítica à obra de Bergson. Foi lido e citado inclusive por Deleuze. É lido e admirado na França, essa mesma da qual os uspianos são eternos colonos. Agora, no reino do papel-carbono, da xerox e agora do control-c e control-v; é impossível se conseguir um orientador para se desenvolver sequer uma pesquisa sobre o pensamento de um brasileiro...Tente o próprio Bergson, ou Deleuze, eles dizem, desencorajando o neófito. Todos uns papagaios, incorporadores dos espíritos dos mortos, psicógrafos que conferem a si mesmos, e uns aos outros, a chancela de interprete oficial reconhecido e autorizado do falecido. Quando me perguntam se eu estudo filosofia, eu digo, não, estudo espiritismo...Porque a faculdade de filosofia no Brasil é como uma funerária. Só encontramos espanadores das múmias dos filósofos e guardiães de sarcófagos. Não se pensa o pensamento dos vivos, -por exemplo, este que o blog do Paulo Lopes diariamente demonstra-, mas para desespero de quem sabe e pensa que está vivo...Só se repete o pensamento dos mortos. Não o dos imortais, é óbvio, mas a letra morta, assassinada por eles mesmos, pensamento repetido à exaustão, canonizado e legalizado sob a interdição estatutária à criação, à invenção, à originalidade. Um caos. Pondé sabe, mas não fala. O inferno sartriano é um nada comparado ao uspiano.
Assista a uma palestra e sinta-se na Saxônia, se você não dominar o idioma germânico. O que deve ter levado o compositor e poeta de nível médio e cultura idem afirmar:"filosofar, só se for em alemão". (e pior, macarrônico).
Anônimo disse…
Brilhante seu comentário!
Anônimo disse…
Que texto vazio.

E olha que eu concordo com o pouco que é dito em meio a tantas palavras sem sentido.
Anônimo disse…
Eu pensava que Foucalt era "fuck you" em frances kkkkk
Douglas disse…
Minha indagação sociológica a cerca do texto moralista, ridículo e bossal acima: "Isso é um belo prato de bosta."
Anônimo disse…
E por acaso a ditadura não existe?
Anônimo disse…
Concordo plenamente, não dá mais pra perder tempo com colunistas que não sabem nem do que estão falando...este pais nada cada vez mais na cultura rasa...
Marcos Luã disse…
Esse comentário merece um milhão de "curti"! Pena que não é no Facebook!

Interessante é o Pondé ganhar uma nota como professor universitário de humanas e ficar desdenhando da área. Acho que ele acabou fazendo filosofia porque não sabia fazer mais nada e virou um cara rico que tinha tempo e dinheiro para ler e se dedicar, mas não conseguiu ampliar a sua visão de mundo.
Marcos Luã disse…
Pondé só é o que é por sua origem, não por sua competência. Ou vai querer me dizer que o Diogo Mainardi é um cara inteligentíssimo? É o mesmo caso do Pondé!
Marcos Luã disse…
Alguns comentários aqui, e o próprio texto do Pondé só reforçam o motivo pelo qual as Humanidades são importantes para a sociedade. Pena que o Pondé parece ter dado mais valor ao seu reacionarismo elitista do que ao estudo sério.
Marcos Luã disse…
Ah, o Paulo Lopes deve concorda bastante com o Pondé, diga-se de passagem, porque republica seus textos com uma certa frequência. Ou então, publica pra aumentar a audiência, porque sempre dá o que falar.

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O Juízo Final, no afresco de Michangelo na Capela Sistina 2033 Quem previu -- Religiosos de várias épocas registraram que o Juízo Final ocorrerá 2033, quando a morte de cristo completará 2000. 2012 Quem previu – Religiosos e teóricos do apocalipse, estes com base no calendário maia, garantem que o dia do Juízo Final ocorrerá em dezembro, no dia 21. 2011 Quem previu – O pastor americano Harold Camping disse que, com base em seus cálculos, Cristo voltaria no dia 21 de maio, quando os puros seriam arrebatados e os maus iriam para o inferno. Alguns desastres naturais, como o terremoto seguido de tsunami no Japão, serviram para reforçar a profecia. O que ocorreu - O fundador do grupo evangélico da Family Radio disse estar "perplexo" com o fato de a sua profecia ter falhado. Ele virou motivo de piada em todo o mundo. Camping admitiu ter errado no cálculo e remarcou da data do fim do mundo, que será 21 de outubro de 2011. 1999 Quem previu – Diversas profecias

Santuário Nossa Senhora Aparecida fatura R$ 100 milhões por ano

Basílica atrai 10 milhões de fiéis anualmente O Santuário de Nossa Senhora de Aparecida é uma empresa da Igreja Católica – tem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) – que fatura R$ 100 milhões por ano. Tudo começou em 1717, quando três pescadores acharam uma imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul, formando-se no local uma vila que se tornou na cidade de Aparecida, a 168 km de São Paulo. Em 1984, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu à nova basílica de Aparecida o status de santuário, que hoje é uma empresa em franca expansão, beneficiando-se do embalo da economia e do fortalecimento do poder aquisitivo da população dos extratos B e C. O produto dessa empresa é o “acolhimento”, disse o padre Darci José Nicioli, reitor do santuário, ao repórter Carlos Prieto, do jornal Valor Econômico. Para acolher cerca de 10 milhões de fiéis por ano, a empresa está investindo R$ 60 milhões na construção da Cidade do Romeiro, que será constituída por trê