por Luiz Felipe Pondé
para Folha
Tem coisa mais monótona do que discutir sobre a existência ou não de Deus? Ninguém crê em Deus "por razões lógicas". Isso é papo furado. Ninguém "decide" ter fé.
Tentar provar que Deus existe porque ele seria "uma necessidade da razão" me parece um engodo.
Primeiro porque a razão é risível em suas necessidades, como diria o cético Michel de Montaigne (século 16). A pergunta pela origem de tudo que existe (como numa espécie de aristotelismo aguado) não prova nada. Temos inúmeras necessidades que não são autoevidentes -por exemplo, que o bem deva vencer ao final das coisas.
Muitas vezes o mal vence e pronto. Quase sempre. Por outro lado, é interessante se pensar de onde veio a matéria que explodiu um dia e o lugar onde ela explodiu.
Mas isso nada prova acerca do Deus ocidental. O princípio pode ser uma mecânica estúpida.
Aliás, o chamado argument from evil (argumento a partir do mal) do ateísmo é famoso. Autores grandes como Dostoiévski e Kafka, entre outros, já o frequentaram de forma brilhante.
O argumento basicamente é o seguinte: se Deus é bom, por que o mundo é mau? Alguns já chegaram a supor que Deus seria mesmo mau, como o próprio Kafka.
Duas questões são importantes apontar nesse debate, uma com relação aos crentes, outra aos ateus.
Primeiro os crentes. Uma falácia comum por parte dos crentes é supor que seria impossível você ser uma pessoa razoavelmente moral sem alguma forma de religião. A história prova que ateus e crentes dividem o mesmo lote de miséria moral. Pouco importa ser ou não crente.
Pessoalmente, acho que o acaso decide: o temperamento (o acaso de você ter nascido "assim ou assado") é quase sempre o juiz do comportamento humano e não "valores" religiosos ou éticos seculares (não religiosos).
Portanto, a tentativa de afirmar que, se você é ateu você necessariamente não é "bom", é pura falácia. Tampouco penso que uma religião faça falta para todas as pessoas. Muita gente vive sem crise sem acreditar em coisa nenhuma "do outro mundo". Isso não significa que ela seja sempre feliz (tampouco os religiosos o são), a (in)felicidade depende de inúmeros fatores.
E mais: "crer ou não crer" não é algo que você escolhe, "acontece". Grandes teólogos como Santo Agostinho, Lutero e Calvino diziam que a "fé é uma graça" (simplificando a coisa), alguns receberam o dom e outros não (portanto, ela "acontece", como eu dizia acima, não é você quem escolhe ter ou não). Acho essa ideia bem mais elegante do que esse papo furado acerca das necessidades racionais, sociais, morais ou psíquicas da crença.
Quanto aos ateus, acho risível a ideia de que o ateísmo seja uma "conquista" da razão ou de alguma forma de rigor moral ou "coragem cosmológica".
Nada disso, como já disse antes, e repito, até golfinhos conseguem ser ateus em sua maravilhosa vida aquática. Fiquei ateu quando tinha oito anos.
O ateísmo me parece, entre todas as hipóteses sobre o universo, a mais fácil, simples, rápida e quase fast food theory (teoria fast food).
Não precisamos nos esforçar muito para perceber que podemos talvez um dia descobrir a causa "natural" do universo, ou acabarmos como espécie antes de descobrir qualquer coisa. E who cares se sumirmos um dia?
E mais: é quase evidente que somos uma raça abandonada na face da Terra e a indiferença dos elementos naturais para conosco (sejam eles externos ou internos ao nosso corpo) salta aos olhos.
E mais: a possibilidade de estarmos sozinhos é sempre mais fácil do que acompanhados por um ser maravilhoso, dono do universo e que sabe cada fio do cabelo que você tem na cabeça.
Não há nenhuma evidencia definitiva de que Deus ou que qualquer outra entidade divina exista. O ônus da prova é de quem crê. Além do fato de que os japoneses, caras bem inteligentes, não creem em Jesus na maioria das vezes.
Acho Deus uma hipótese acerca da origem das coisas mais elegante do que a dos golfinhos. Mas, por outro lado, a ideia de que um dia o pó tomou consciência de si mesmo e constatou sua dolorosa solidão cósmica é bela como uma ópera.
Tem coisa mais monótona do que discutir sobre a existência ou não de Deus? Ninguém crê em Deus "por razões lógicas". Isso é papo furado. Ninguém "decide" ter fé.
Tentar provar que Deus existe porque ele seria "uma necessidade da razão" me parece um engodo.
Primeiro porque a razão é risível em suas necessidades, como diria o cético Michel de Montaigne (século 16). A pergunta pela origem de tudo que existe (como numa espécie de aristotelismo aguado) não prova nada. Temos inúmeras necessidades que não são autoevidentes -por exemplo, que o bem deva vencer ao final das coisas.
Muitas vezes o mal vence e pronto. Quase sempre. Por outro lado, é interessante se pensar de onde veio a matéria que explodiu um dia e o lugar onde ela explodiu.
Mas isso nada prova acerca do Deus ocidental. O princípio pode ser uma mecânica estúpida.
Aliás, o chamado argument from evil (argumento a partir do mal) do ateísmo é famoso. Autores grandes como Dostoiévski e Kafka, entre outros, já o frequentaram de forma brilhante.
O argumento basicamente é o seguinte: se Deus é bom, por que o mundo é mau? Alguns já chegaram a supor que Deus seria mesmo mau, como o próprio Kafka.
Duas questões são importantes apontar nesse debate, uma com relação aos crentes, outra aos ateus.
Primeiro os crentes. Uma falácia comum por parte dos crentes é supor que seria impossível você ser uma pessoa razoavelmente moral sem alguma forma de religião. A história prova que ateus e crentes dividem o mesmo lote de miséria moral. Pouco importa ser ou não crente.
Pessoalmente, acho que o acaso decide: o temperamento (o acaso de você ter nascido "assim ou assado") é quase sempre o juiz do comportamento humano e não "valores" religiosos ou éticos seculares (não religiosos).
Portanto, a tentativa de afirmar que, se você é ateu você necessariamente não é "bom", é pura falácia. Tampouco penso que uma religião faça falta para todas as pessoas. Muita gente vive sem crise sem acreditar em coisa nenhuma "do outro mundo". Isso não significa que ela seja sempre feliz (tampouco os religiosos o são), a (in)felicidade depende de inúmeros fatores.
E mais: "crer ou não crer" não é algo que você escolhe, "acontece". Grandes teólogos como Santo Agostinho, Lutero e Calvino diziam que a "fé é uma graça" (simplificando a coisa), alguns receberam o dom e outros não (portanto, ela "acontece", como eu dizia acima, não é você quem escolhe ter ou não). Acho essa ideia bem mais elegante do que esse papo furado acerca das necessidades racionais, sociais, morais ou psíquicas da crença.
Quanto aos ateus, acho risível a ideia de que o ateísmo seja uma "conquista" da razão ou de alguma forma de rigor moral ou "coragem cosmológica".
Nada disso, como já disse antes, e repito, até golfinhos conseguem ser ateus em sua maravilhosa vida aquática. Fiquei ateu quando tinha oito anos.
O ateísmo me parece, entre todas as hipóteses sobre o universo, a mais fácil, simples, rápida e quase fast food theory (teoria fast food).
Não precisamos nos esforçar muito para perceber que podemos talvez um dia descobrir a causa "natural" do universo, ou acabarmos como espécie antes de descobrir qualquer coisa. E who cares se sumirmos um dia?
E mais: é quase evidente que somos uma raça abandonada na face da Terra e a indiferença dos elementos naturais para conosco (sejam eles externos ou internos ao nosso corpo) salta aos olhos.
E mais: a possibilidade de estarmos sozinhos é sempre mais fácil do que acompanhados por um ser maravilhoso, dono do universo e que sabe cada fio do cabelo que você tem na cabeça.
Não há nenhuma evidencia definitiva de que Deus ou que qualquer outra entidade divina exista. O ônus da prova é de quem crê. Além do fato de que os japoneses, caras bem inteligentes, não creem em Jesus na maioria das vezes.
Acho Deus uma hipótese acerca da origem das coisas mais elegante do que a dos golfinhos. Mas, por outro lado, a ideia de que um dia o pó tomou consciência de si mesmo e constatou sua dolorosa solidão cósmica é bela como uma ópera.
Hitchens defendia o combate à nefasta influência de Deus na sociedade
por Luiz Felipe Pondé em dezembro de 2011
Comentários
os outros animais, coitados, nao puderam desenvolver sua imaginaçao criativa, sua racionalidade, como a do pondé.
tudo isto era uma LENDA um
mito daqueles antigos
criadores de cabras e voce
pensa o que sobre isto?
Padre Antonio
Continue rezando, Pondé.
Por parte de nós, ateus, onde q privatizamos a ciência, como se ceticismo fosse sinônimo de ateísmo.
Por parte da religião, onde a privatização de várias coisas denominadas "santas, valorosas e honrosas".
Agora o erro geral de ambos: a privatização do q deveria ser universal: a razão. O resultado da pesagem "razão/provas X crença/fé" influencia, de maneira pessoal sobre o q o indivíduo acredita.
E completo o título: ateísmo como forma de conquista da razão é a mesma coisa q aprender anatomia humana vendo CSI.
Pois então, vc pode achar elegante e o que for, mas isso não torna uma ideia realidade. Realidade é a necessidade de ter sempre um pai por perto para te vigiar moralmente, necessidade esta que a maioria esmagadora dos crentes demonstra possuir.
Para começar, crer ou não crer é claramente uma opção para qualquer um que enxergue opções. Para muitos, a criação não permite outra situação que não a de crente; para outros, crer é o absurdo sem tamanho. Mas, nem na mais simplista hipótese, a fé é uma "graça" ou qualquer coisa equivalente. Não é necessário mais do que uma boa aula de história para perceber que a religião foi fruto de nossa primordial forma de razão. Questionar as coisas, de fato, não as explica, mas não deixa de ser uma necessidade de um cérebro como o nosso. Afinal, nossa mente tem funções demais para se contentar no "comer e dormir" dos outros animais. Deus, para um primata que mal sabe como construir casas, pode ser uma explicação extraordinária para absolutamente tudo. Para seres que dominaram todos os ambientes e extrapolaram até mesmo o limite do próprio planeta, deus não é nem forçando uma resposta.
O que Pondé chama de "ateísmo" é o que qualquer ateu gostaria que fosse a religiosidade humana: a completa ausência de religião. De fato, nascemos ateus, como todos os animais nascem ateus. Mas ninguém nasce "ateísta". Esclarecendo: não haveria necessidade de dizer "eu sou ateu" se nunca houvesse existido o teísmo. O ateísmo moderno pode, sim, ser um movimento em favor da racionalidade, contra os absurdos rituais e a inconsequente confiança na ideia de que o criador do universo cuida de todas as pessoas. Para a maioria, talvez seja apenas uma opção. Contudo, o ateísmo dos animais, dos golfinhos (trecho realmente "risível" do texto) não é oriundo da conclusão de que "não há um deus por trás de tudo", mas da ausência de qualquer conclusão ou questionamento. Não é uma explicação fácil, simplesmente não entra no mérito de explicação!
Por último, é claro que a religião é mais poética! Claro que anjos te observando e mares se abrindo no meio são mais poéticos! Pelo mesmo motivo, "Harry Potter" é mais lido do que "A origem das espécies". Mas não se aprende, não se evolui, não se questiona baseando-se nos floreios que uma estória exibe. Se for assim, O Ragnarök é mil vezes mais notável do que o Apocalipse.
O ateísmo pode começar como apenas uma opção, mas diante da irracionalidade de uma sociedade dominada pela fé, a que somos expostos, muitos de nós assumem-no como uma verdadeira "'conquista' da razão ou de alguma forma de rigor moral ou 'coragem cosmológica'". Risível é basear sua conclusão nas experiências e nas palavras de outrem. Isso se chama religião.
Este Izaque e a NILGAZZOLA, são cheios de falácias...Seus comentários são irritantes.
E para o Cristopher Hitchens: Que descanse em paz! seus livros e pensamentos, sempre serão lembrados.
23/12/11 16:31
Beatriz ele não pode descansar em paz, pois, como é ateu devi ter ido pro inferno, e seu corpo esta se deconpondo.
Discutir a existência de crendices em pleno seculo 21 é uma perda de tempo.
Todos sabem que Deus existe, só que é na mente dos ingênuos. Só lá.
Acho que o meu sentimento e entendimento do texto do Pondé pode ser apreciado pelo que o Samuel escreveu.
agora quanto a sua pergunta, todas a alegorias referente a sacrificio no AT, se vc tiver falando serio, é uma sombra do NT, tudo na velha aliança se refere a nova, leia Hebreus, que vc entenderá o pq de sacrificios no VT,ceto?
todo o velho se encera no cumprimento da lei em Jesus Cristo.
o texto do Ponde é relativista demais, mais eu sei, que é dos ateus mais ferrenhos até os mais legais, ficar em cima do muro, nao é facil acreditar no invisivel, isso é so por fé, pois ela é a certeza do que nao se pode ver.
agora quanto a sua pergunta, todas a alegorias referente a sacrificio no AT, se vc tiver falando serio, é uma sombra do NT, tudo na velha aliança se refere a nova, leia Hebreus, que vc entenderá o pq de sacrificios no VT,ceto?
todo o velho se encera no cumprimento da lei em Jesus Cristo.
o texto do Ponde é relativista demais, mais eu sei, que é dos ateus mais ferrenhos até os mais legais, ficar em cima do muro, nao é facil acreditar no invisivel, isso é so por fé, pois ela é a certeza do que nao se pode ver.
E, ao que parece, ao ler o último parágrafo, Pondé faz suas escolhas de crença em mais uma falácia: argumentum ad consequentiam: ele faz as escolhas de suas crenças pelas que mais lhe agradam.
Deuses pra mim são irrelevantes, não cheiram nem fedem.
Qualquer pessoa consciente das suas limitações de conhecimento não tem a menor necessidade de apelar pra uma divindade.
O não-saber não é subsídio pra se acreditar em deuses, e sim, pra se pesquisar, descobrir.
Deuses são totalmente desnecessários pra se explicar alguma coisa.
Deuses somente são usados quando algo acontece e a pessoa não encontra explicações, ou pior, não as aceita.
Assim com o conto do "Um Dragão em minha Garagem" de Carl Sagan, um crédulo em lendas SEMPRE vai arranjar um desculpa pra justificar sua crença em lendas.
Por que você ainda publica os textos de idiota do Pondé?
Tudo bem garantir a liberdade de expressão, mas você não precisa publicar os textos dele.
Abs.
Nesse ponto penso como o Dr. Drauzio Varella. Nós temos uma mente que pensa ou de forma materialista/naturalista ou de forma poética/sobrenaturalista. Assim para os primeiros tudo deve ser explicado pela matéria, pela natureza, queremos saber o que é? como é? qual mecanismo? que substância provoca? etc, etc...
Já para os de pensamento sobrenaturalista/poéticos, as explicações religiosas são mais que suficientes. É assim porque Jesus quis! É assim porque é a vontade de deus! Você deve fazer porque o Senhor o manda!
É um condicionamento, é maneira com que pensamos. Ao pensar sobre o ateísmo, temos uma grande chance de libertação. Para a pessoa que vivia num mundo ilusório da religião o questionamento ateísta lhe permite um abrir os olhos, um dar-se conta da completa manipulação e falta de lógica das crenças.
Leandro
huahuauhahua
(Odeio imprensa marrom)
Uma questão cultural, japoneses sabem tanto sobre Jesus quanto os Brasileiros sabem sobre Buda.
Cristão
A verdade não tem a menor relação com a felicidade, tem muita gente feliz que acredita em duendes, mas isso não significa que duendes existam.
A falácia do Ponde foi o apelo a autoridade, de uma forma tosca ele usou os Japoneses um grupo de pessoas de pouca ou nenhuma relação com a vida de Jesus. Teria sido melhor citar os Judeus afinal foram conterrâneos de Jesus e mesmo tendo contato com o próprio jamais foram convencidos de que Jesus era o messias.
De um modo geral foi um bom texto, tirando esse apelo a autoridade dos japoneses, o problema do mal simplificado além do tolerável.
O sinal do fim dos tempos
Ponde escreveu algo que presta.
2012 esta chegando, é o fim do mundo...
Mais: quanto a felicidade: de que felicidade fala o leitor? Se for dessa satisfaçao (efemera) humana e terrena, nao me parece que tenha nada a ver com o propósito do cristianismo. Aliás, mesma essa "felicidade" é a que mais parece ficar divorciada do espírito ateísta, não? rs. Olhem como fica as escancaras esse desassossego pertubador da alma ateísta que nao consegue descansar em relaçao aquilo que teima em dizer que nao crer... rsrs
Esses crentes fanáticos parecem um organismo parasita que quer matar todos os hospedeiros: o parasita vai ser extinto quando o fizer, mas não hesita em fazer o quanto antes possível.
Duas falácias no artigo do Pondé: primeiro crer em algo não significa ter um dom, á priori, pois ter o tal do dom pressupõe que quem crê em qualquer coisa tem alguma forma de superioridade sobre quem não tem. Não é dom somente crença. A outra é que se é fácil perceber que um dia chegaremos a uma explicação cientifica para as questoes fundamentais da natureza, o processo para se chegar é lento e complexo. Ao contrário de apenas acreditar pela fé, que é o mais puro acomodamento moral.
27/12/11 21:08
Por isso que para nós ateus, o que acontece na realidade não se resume a uma versão de delírio coletivo e sim naquilo que para nósé mais viável, não seria o caso de acreditarmos fielmente na ciência mas sim no que não é pronto e acabado. Para nós é bem melhor depositar alguma confiança em algo que é relativo do que verdade absoluta.
Ateísmo é uma maneira de enxergar a realidade de maneira humana e sincera e não de maneira imaginária e falsa.
´´Além do fato de que os japoneses, caras bem inteligentes, não creem em Jesus na maioria das vezes.``
Ponde fala da crença dos Japoneses em seu texto e apela para o elevado grau de inteligência deles.
Nos fomos colonizados a bala por povos cristãos, por séculos quem não acreditasse em Jesus seria morto. O Japão nunca passou por isso, no ultimo século apenas que ouve um intercâmbio cultural significativo no entanto nada comparavel ao feito aqui.
Filhos de cristãos provavelmente serão cristãos, filhos de muçulmanos provavelmente serão muçulmanos, filhos de judeus provavelmente serão judeus.
Supondo que Jesus fizesse milagres aos montes e sua palavra fosse espalhada aos povos daquela região do oriente médio. Os judeus que aguardavam a vinda do messias certamente virariam cristão. Tudo isso pode ser irrelevante para determinar a santidade de Jesus, mas é um atestado de incompetência não conseguir convencer nem ao menos aqueles que esperavam por um messias.
Ele cria as pessoas, sabe tudo que elas vão pensar e fazer, antes mesmo de criá-las, sabe cada detalhe da vida destas, vai condená-las por algo que ele já sabia que elas iriam ser e fazer. Ele as criou só para jogá-las no inferno? Assim como ele deixou o mal existir só para ver o apocalipse?
e qum disse que Deus tinha prazer em sacrificios de animais? vá ler a biblia seu tolo,1 SM 15;22 diz o que?
se eu fosse Deus alem de nao ter paciencia com vc, eu nao teria nenhum problema em ver sacrificios de animais, pois ate hj animais sao sacrificados para saciar a minha e a sua vontade humana de comer carne, nao venha dizer que vc nao come carne.
e o sacrificio de animais era comum na comunidade daquela epoca, cada com o interesse de agradar seu deus, só que o sacrificio de animais no judaismo tinha uma tipificaçao diferente, se referia ao sacrificio em que Jesus ia ser submetido, pois ele foi consederado o cordeiro que tira o pecado do mundo.
O conhecimento e a razão são diretamente proporcionais, quanto mais conhecimento mais razão. O conhecimento atual permite-nos concluir racionalmente que pela falta de provas ou incoerência não há divindade alguma, pelo menos não uma que seja conhecida.
Tem gente que não sabe o que é ser ateu... mas basicamente ser ateísta é não precisar de um Deus nem de deuses para justificar os próprios atos. Não é simplesmente "negar" a existência de deus/deuses. É assumir a responsabilidade de estar vivo e viver conforme a própria consciência, fruto do funcionamento cerebral.
Ser ateísta portanto é não ter vínculos com outras realidades supra-humanas, é estar livre para decidir por si mesmo, sem medo de estar indo contra ou esperando estar a favor de algum tipo de supra-consciência à qual se deva obediência. É reduzir as crenças a um número limitado delas, focadas no aqui/agora. É não se saber ligado aos demais por algum tipo de poder sobrenatural mas simplesmente pelo fato de "apenas" ser um ser humano convivendo entre os demais seres humanos e de acordo com as leis humanas. É não esperar recompensa por seus atos senão aquelas que outros seres humanos possam oferecer como recompensa.
Ser ateísta é ser "simples", é ter cortado todo excesso, é enxergar a vida pela perspectiva humana, sem a necessidade de deificá-la nem a necessidade de deificar a que quer que seja. E lógico que ateístas têm Fé, Fé em si mesmos mas ela não os "cega", pelo contrário, ela faz abrir os olhos para o que está acontecendo a fim de que se tomem as medidas necessárias, sem acreditar numa outra justiça maior do que aquela que possa ser levada a cabo por si mesmo ou pelos desígnios humanos.
Os ateus não têm moral para criticar a moral das religiões.
os animais sim, iracionais que sao deveriam temer a morte, mas o ser humano nao, esse nao deveria temer a morte, pois ele sabe que se morrer acabou ali, sua existencia, nao existe alma, nao existe espirito, só existe ilusao de acordo com a doutrina ateista.
se Deus nao existe, vale tudo, vale ate tranzar com animais, crianças e etc.
enfim pra um ateu, a moral é relativa, a religiao nao ajuda em nada, temer a Deus nao ajuda em nada, só atrapalha.
um ateu quer evidencias da existencia de Deus, mas nao consegue evidencias da nao existencia dele, pois as evidencias estao em toda parte, preferem acreditar em uma teoria.
Rapaz, de onde você tira tanta demência,ignorância, ou é má-fé mesmo?
- "Eu espero que a morte seja o nada, e por remover todos os meus medos possíveis da morte sou muito grato ao ateísmo" - Isaac Asimov. E é isso que penso também sobre a morte.
"os animais sim, iracionais que sao deveriam temer a morte, mas o ser humano nao, esse nao deveria temer a morte, pois ele sabe que se morrer acabou ali, sua existencia, nao existe alma, nao existe espirito, só existe ilusao de acordo com a doutrina ateista."
- De acordo com vocês, os animais irracionais não tem alma e não vão ter "vida pós morte". É, acho que eles não tem medo da morte.
"se Deus nao existe, vale tudo, vale ate tranzar com animais, crianças e etc."
- Sem comentários... Só para deixar bem claro, cristianismo não tem moralidade. Cristianismo tem reverência a uma autoridade. Isso substitui a moralidade. A prova é são as pessoas ditas cristãs que afirmam que matariam o próprio filho caso o deus deles mandasse, e ainda acharia isso algo bom. Então essa analogia que "se deus não existe, pode tudo" é infantil.
"enfim pra um ateu, a moral é relativa, a religiao nao ajuda em nada, temer a Deus nao ajuda em nada, só atrapalha."
- A moral é subjetiva, ela muda com o passar do tempo. Sou eu que decido o que é moral ou não, é a sociedade. E sou mais moral que o deus cristão, diga-se de passagem. E sim, eu me sinto muito atrapalhado pela religião, especialmente o cristianismo. Eles querem impor uma verdade individual para todos, e isso não está certo. São contra o casamento gay, o aborto e as pesquisas de células-tronco porque o livro "sagrado" deles diz isso, isso e isso... e acha que todo mundo deveria pensar o mesmo.
"um ateu quer evidencias da existencia de Deus, mas nao consegue evidencias da nao existencia dele, pois as evidencias estao em toda parte, preferem acreditar em uma teoria."
- O ônus da prova está para quem afirma. Não dá para provar a inexistência de qualquer coisa. Você não pode provar que o unicornio cor de rosa invisível não existe, assim como deus.
Aliás, teoria é algo de suma importância dentro dos campos da ciência. São teorias com suposte evidencial e justificação lógica.
E qual o suposte evidencial e justificação lógica para seus contos de fadas para adultos?
Francisco Soares
A pretensão e arrogância - sem contar novamente a boa ignorância - são o mote que impulsiona seres humanos, culturalmente autodefinidos cristãos, a pensar que um sistema solar gira em torno de seus próprios umbigos, uma vez que eles detêm a Verdade, em detrimento do vasto pensamento e desenvolvimento filosófico apresentado em outras partes do mundo, que graças ao bom deus, não sentiram a compaixão nefasta da religião de Jesus.
Obs.: o autor do texto, Sr. Pondé, tem todo o direito a suas falacias (preciosismo que percebi que os leitores adoram utilizar), mas comete uma "gafe" ao enfiar palavras estrageiras em meio a texto produzido para leitores lusófonos; como o próprio escreveu em outro artigo que adorar a Europa é brega e cafono, os mesmo conceitos aplicam-se a meter "who cares" e etc. em texto em português corrente.
ah...mas não vale ser ateu e nao ser esquerdista...faz parte do pacote...
Vc é ateu? Entoa amigo, azar o seu...
E quem disse que Deus pede isso?
Quem inventou as religiões foram os homens, não Deus!
DUVIDÉ Ó DÓ QUE SE ALGUM ATEU ESTIVER NUM AVIÃO E ESSE AMEAÇAR CAIR, ELE NÃO VAI TEMER OU ATÉ MSM GRITAR POR DEUS!
Quanto a clamar por Deus, bem, dê uma procurada por gravações de caixas-pretas e veja o que os pilotos dizem por último. Nem todos rezam.
Não li o comentário, mas me senti tolido desse direito de opinar, ou melhor, de ler a opinião.
Será que crer é uma ofensa a quem não crê? Se for o relacionamento fica com uma única via de diálogo, ou monólogo.
E se eu estiver num avião e ele começar a cair, gritar por deus não vai fazer uma mão gigante aparecer e fazer o avião pousar tranquilamente. E só reforçaria a tese de que as pessoas só acreditam em deus na hora de dificuldades, quando não raciocinam muito bem.
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