'Jesus foi quem primeiro falou do fogo eterno' |
O Novo Testamento, o do Deus pai de Jesus, costuma ser citado por cristãos conscienciosos como uma espécie de upgrade, com menos bugs, do Velho Testamento, onde está o Deus mesquinho, cruel e insano. Para Christopher Hitchens (foto abaixo), contudo, o Novo Testamento é mais terrível que o Velho.
No Velho Testamento, argumenta Hitchens, há o mandado divino para o extermino de povos, o que hoje é chamado de limpeza étnica. A morte, nesse caso, é o castigo derradeiro de Deus a povos como os midianistas e amalecitas. No Novo Testamento, contudo, o castigo aos ímpios não se finda com a morte e prossegue no inferno por toda a eternidade.
Para Hitchens, essa ideia, a mais cruel de todas já feitas, nasceu com Jesus.
"Ele [Jesus] disse pela primeira vez: “Se você não concorda com o que ofereço, saia daqui e vá para o fogo eterno", disse Hitchens em novembro de 2007 em uma entrevista a Elizateh Carvalho para o programa Milênio, da Globo News. Foi quanto o britânico radicado nos Estados Unidos esteve no Brasil para o lançamento do seu livro “Deus não é grande – como a religião envenena tudo” (Ediouro, 304 págs.).
Nesta entrevista, há um pouco da perspicácia e contundência da critica às religiões do ateu mais brilhante e polêmico da contemporaneidade que morreu aos 62 anos no dia 15 deste mês vítima de um câncer no esôfago.
Íntegra da entrevista.
Christopher, vamos acompanhar um pouco a cronologia do seu livro e voltar a Dartwood na Inglaterra, onde você era um menino de 9 anos e tinha aulas de religião com a sra. Jean Watts. Ela parece ter sido a primeira pessoa a ajudá-lo sem querer a duvidar da existência de Deus. Acho que todos passam por uma experiência parecida como essa em algum momento da vida. Mas a verdade é que, independentemente do quão seja dogmática e irracional a religião, bilhões de pessoas ainda preferem abraçar a fé. Como você explica essa necessidade incontrolável por Deus?
Eu só posso dizer que Ele é muito real, muito necessário para milhões de pessoas. Também temos de admitir que, para muitos de nós, talvez 10%, 15%, essa necessidade não existe. Mas a senhora Watts não disse nada que eu já não soubesse. Não foi como uma revelação no caminho para Damasco. “Eu acreditava em algo, mas agora não acredito mais.” Ou: “Eu acreditava naquilo e agora acredito nisso.” Foi apenas a maneira como descobri que não podia acreditar no sobrenatural. Eu não acreditava e não podia acreditar. É algo diferente de um momento de convicção ou de um momento de descoberta. Mas ainda assim se tornou óbvio para mim, como disse Pascal, “do jeito que fui feito, não posso acreditar”.
Como disse, você escreveu esse livro a vida toda.
É muita gentileza você notar isso com tanta ênfase.
Esse longo caminho que o levou a sua inquestionável objeção à fé religiosa foi fácil ou doloroso?
Acho que foi menos doloroso do que a experiência de muitos dos meus amigos cristãos, muçulmanos e judeus após investiram tantos anos da vida em uma fé que sempre se mostrou inútil. Para mim, é um compromisso intelectual, que é tentar fazer as pessoas entenderem que a melhor vida é a que estuda a razão, ironia, literatura, ciência, humor. E que há outras coisas que fazem a vida a não valer a pena. Nós não devemos nada à ditadura do sobrenatural.
Será que isso tem algo a ver com nossa fragilidade, com a nossa “essência de vidro”? É uma bela definição do roteirista francês Jean-Claude Carrière, que escreveu sobre a nossa “essência de vidro”.
Para mim, não há dúvidas. Somos uma espécie parcialmente racional que tem muito medo da morte, do desconhecido, do escuro. Mas também é muito presunçosa, diferentemente do que outros animais. Acreditamos que o universo foi criado para nós. E isso nos convenceu de que nada foi por acaso. Nós temos de ser o centro, o objeto de tudo. Claro! Entre o nosso medo e o nosso egoísmo, é muito fácil vender a religião para nós. É claro que somos o centro de tudo, com o sol girando em torno de nossa terra! Nada seria mais provável. É tudo para mim, para moi. E é muito difícil perceber que tudo isso é besteira.
Seu livro ilustra muito bem como a religião foi prejudicial ao longo dos séculos e quantas atrocidades foram cometidas e ainda são cometidas em nome de Deus.
Não em nome de Deus, mas por causa da crença em Deus.
Mas ao mesmo tempo há razões por detrás delas [religiões]. E essas razões são a luta constante pela dominação, pela expansão, além do medo constante daquilo que é diferente. Medo e desprezo pelo que é diferente. Você acredita que, sem a religião, essas lutas acabariam?
Não. Vou dar um exemplo. O cristianismo copiou o judaísmo. E o islamismo copiou o cristianismo e o judaísmo. São plágios, mas o monoteísmo é original. É a suposta aliança entre Deus e o povo judaico. Segundo os judeus, Deus os mandou rezar toda manhã, e os homens têm de dizer: “Graças a Deus que não sou mulher”. E as mulheres dizem: “Graças a Deus, eu sou o que sou”. E ambos devem agradecer por não serem gentios ou escravos. Mas isso não foi criado por Deus, mas pelos homens. Pelos "homens", para ser exato, do sexo masculino. Assim eles mantinham as mulheres em seus lugares. Assim é fácil. Só um idiota não vê isso. Deus não decidiu isso. Os homens usaram a religião para controlar as mulheres. No entanto, o impulso por controlar as mulheres existiria mesmo que não acreditassem em Deus. Só que seria mais difícil convencer as meninas de que elas eram propriedade dos homens se não dissessem que esse era o desejo de Deus. Dizendo que era o desejo dos homens, elas não ficariam surpresas. Dizendo que era a vontade de Deus, elas poderiam aceitar, como a exemplo da existência de escravos. Deus quer que haja escravos. É diferente de os homens quererem possuir outras pessoas. Então, com o uso da religião, com a invenção da divindade, você pode disfarçar o que obviamente seria uma ditadura débil e hipócrita criada pelo homem. Então livrar-se da ideia do sobrenatural é um passo – apenas um, mas o mais importante –, talvez o primeiro passo, talvez o maior passo no caminho para a emancipação.
Até ler o seu livro, eu não sabia quantas criaturas divinas tinham nascido de virgens como a Maria. Você diz Buda, Krishma, Perseu, Hórus, Mercúrio...
Deus civilizados. Eu não conheço nenhum deus na mitologia -- escrevi um parágrafo sobre isso -- que não tenha nascido de uma virgem. Seria impossível o cristianismo vender a sua religião se não tivesse dado continuidade a essa tradição egípcia, asteca, persa, mongol. Até Buda nasceu de um corte no corpo de sua mãe. Tudo, menos pelo canal vaginal. Uma via impura. Deus, por alguma razão, prefere usá-la como uma mão única.
Isso seria o medo eterno do sexo ou a necessidade de criar, para Deus, uma origem diferente do sistema biológica humano?
Com certeza é o medo que a religião tem do sexo. Mas também é a repulsa masculina pelo que o homem mais deseja. Os homens precisam das mulheres e não gosta do fato de que precisam delas. Eles precisam muito delas e odeiam ter de precisar. Eles repugnam essa necessidade. E a religião transformou isso em um sistema e o torna sagrado. Minha primeira mulher era ortodoxa grega. Era cristã oriental. Quando ela menstrua não podia ir à igreja. Não podia receber o sacramento da missa. Acho que isso também valia para as católicas e com certeza para as judias. E a repulsa pelos fluídos menstruais femininos é muito comum no islamismo e em outros cultos. Isso vem da antropologia humana, não vem do céu, dos planetas, não vem do sol ou da lua. Vem de formas muito primitivas da antropologia humana. Isso é a primeira coisa é que preciso saber.
Falemos das três religiões monoteístas. Você mergulhou na leitura das Escrituras, em uma mesma história contada de três maneiras diferentes. Mas não ficou claro para mim como vê os três homens mais conhecidos da humanidade: Moisés, Maomé e Jesus. Fale sobre eles.
Moisés é uma figura mítica que foi inventada muitos séculos após a sua suposta morte. O Torá, a Bíblia judaica, tem aproximadamente quatro autores. O Pentateuco, os primeiros cinco livros do Velho Testamento,
Moisés inventado?
Os estudiosos da Bíblia sugerem pelo menos quatro autores que se contradizem e às vezes se sintetizam. Ninguém, além dos judeus fanáticos, acredita que Moisés foi o autor do Torá ou que Deus a ditou para ele, o que, nesse caso, ele seria autor de segunda mão. Maomé, que também teria escrito o livro de Deus – ditado pelo arcanjo Gabriel – não é um figura tão mítica, tão lendária. Provavelmente ele tenha existido. É bem possível que tenha existido. Ele está nesse limite, entre a existência e a lenda. Jesus de Nazaré está ainda mais nesse limite, como Guilherme Tell, Robin Hood e o Rei Artur. Com certeza, muito do que foi escrito sobre Jesus foi feito, como no caso de Moisés e Maomé, séculos após a sua morte por pessoas que evidentemente não o conheceram, pessoas muito tendenciosas. Mas o esforço que fizeram para tornar isso realidade sugere que houve alguma participação de um personagem histórico. Em todo caso, há o desenho de criar uma história que fortalece uma crença.
Como você descreveria Jesus na época em que viveu?
Na melhor das hipóteses, os seus partidários que escreveram sobre ele não concordam sobre o seu nascimento, sua vida, sua morte e sua suposta ressurreição. Os quatro evangelhos se contradizem sobre isso. Mas suponhamos que eles tenham tentado fazer o melhor possível, havendo concordância em relação à morte horrorosa. Ou não horrorosa. Para mim, a pergunta mais importante é: é legítimo que os cristãos digam “alguém morreu pelos seus pecados” sendo que essa pessoa na verdade não morreu? Imagine uma questão moralmente mais importante: se alguém se joga em cima de uma bomba que explodiria em uma sala de aula e absorve o impacto, morrendo para salvar as outras pessoas, podemos respeitar isso. E se for diferente, E se essa pessoa puder se levantar dois dias depois e disser: “Eu estou ileso”. Isso diminui a admiração que temos pelo sacrifício. O cristianismo tem todas essas questões morais que não foram resolvidas.
Voltando às escrituras, você disse que o Velho Testamento foi um pesadelo, mas o Novo Testamento foi mais cruel.. O que é tem de tão terrível?
O velho Testamento é um pesadelo porque tem o mandado divino oficial da limpeza étnica, como chamamos hoje, a destruição de outros povos. Na verdade, é uma limpeza étnica genocida que destrói até a última criança, dos midianistas, dos amalecitas e outros. Essas raças deveriam desaparecer. Suas terras deveriam ser tomadas. E se houvesse sobreviventes, de preferência moças, elas deveriam ser escravizadas e por aí em diante. Era um mandado divino para tudo isto: escravidão, genocídio, assassinatos de crianças, etc. E roubo, conquista, desapropriações. Imperialismo do pior tipo. Depois que os midianistas, amalecistas e moabitas foram destruídos, pronto, eles não sofreriam mais por não serem judeus ou por não terem uma aliança com Deus. Mas aí eles já estavam mortos e pronto, não havia inferno. Mas, pelo Novo Testamento, eles seriam torturados após a morte, para sempre. Essa ideia tão cruel nasceu com Jesus, que disse pela primeira vez: “Se você não concorda com o que ofereço, saia daqui e vá para o fogo eterno”. Acho essa é a ideia mais cruel já proposta na História, hoje muito pregada pelos assassinos suicidas do Islã. É o ensinamento centro de sua doutrina perversa.
Por outro lado, sua leitura do Corão o fizeram dizer que o Islamismo é ao mesmo tempo é mais interessante e a menos interessante das religiões monoteístas. Falemos do que é o mais interessante no islamismo.
O islã alega ser a culminância. Talvez devemos dizer a “consumação” da “revelações” de Abraão, Moisés, Jesus. Ele não as nega, apenas diz que agora Deus as completará com suas últimas palavras, depois das quais não se precisar questionar mais nada. Sem mais perguntas porque todas já foram respondidas. Só precisamos reconhecer as boas novas e nos ajoelhar diante delas. É uma doutrina muito perigosa, é claro, porque sugere literalmente que a época do questionamento humano chegou ao fim. Que já temos as informações de que precisamos. E nada pode ser pior do que isso. A mensagem do Corão ainda traz, no fundo, uma ameaça indireta: “Se você não concorda, há algo muito errado em você e você precisa entrar na linha”. E as medidas a serem tomadas devem ser muito severas.
Mas isso também é válido para outras religiões monoteístas?
Sim, é verdade. O sr. Ratzinger, Herr Ratzinger, o bávaro que se diz “bispo de Roma”, e cujos partidários, mas não eu, o chamam de “papa”, disse recentemente que a Igreja Católica Romana é a fé verdadeira. É claro que ele não poderia dizer outra coisa. Os ensinamentos da igreja estão aí, e ele quis reafirmá-los porque houve um enfraquecimento da doutrina cristã. Mas isso é dito desde antes do profeta Maomé. Acho que a diferença é que os clérigos muçulmanos dizem: “Nos conhecemos a Bíblia [cristã], mas a nossa vem depois, é a última, é a definitiva”. É mais parecido com o que os cristãos falam sobre os judeus. Ou dizem que eles [judeus] fizeram tudo errado, que mataram Cristo, que são hereges; ou os veem com bons olhos e dizem que agiram bem, que inventaram o monoteísmo e que só precisam entender que o Messias já veio, que precisam mais esperá-lo. Para mim, como ateu, todas as religiões são falsas. Elas são falsas do mesmo modo: preferem a fé à razão.
Há um capítulo muito interessante no seu livro, o mais generoso, eu diria, no qual você faz a pergunta: “As religiões fazem as pessoas se comportarem melhor?” E surpreendentemente você diz sim quando fala de Martin Luther King.
Não, eu digo que não. Lamento.
Eu entendi que você...
O que eu disse é que a luta pelos direitos civis dos afro-americanos, dos negros americanos, estava pronta muito antes de o dr. King nascer e foi criada por ateus, leigos e negros.
Você reconhece o papel importante que ele teve?
Retoricamente, a justificativa para o racismo e a escravidão era cristã, especialmente a cristã. É muito inteligente, retoricamente, poder usar a linguagem do cristianismo dialeticamente, mas não ajuda a provar que o racismo e a escravidão são moralmente condenáveis. Nos termos do Velho e do Novo Testamentos, eram um caso encerrado. É apenas uma grande vitória da propaganda: uma vitória retórica porque a religião nunca fez ninguém se comportar melhor. Mas certamente não poderemos dizer que religião não fez as pessoas agirem pior ou não poderíamos usar a justificativa cristã para a escravidão por mais de 200 anos e a justificativa judaica antes disso. Todas as justificativas para a escravidão são religiosas.
Você pertence a um pequeno e seleto grupo de evolucionista que propõe um Iluminismo renovado, centrado no homem. Pessoas como Richard Dawkins e Daniel Dennett, que se chamam de brights, iluminados.
Vou definir assim: eu não posso dizer que tenho uma luz interna. Se você disser que vê isso em mim, eu fico honrado. Mas eu não posso dizer que você deve me ver assim porque seria arrogante de minha parte. O centro do sistema é o ser humano ou a humanidade. Passamos muito tempo tentando mostrar às pessoas que foi a igreja que nos quis convencer de que o universo todo girava ao nosso redor. Por isso não gostavam do Galileu. Queriam que acreditássemos que o Sol girava em torno da Terra, que o universo todo estava centrado em nosso globo. Nós dizemos às pessoas ao contrário. Nós não estamos nem na periferia distante do universo conhecido. É hora de entendermos como nosso papel nisso tudo é pequeno. Só quando tivermos um senso de proporção é que provavelmente poderemos ver isso de forma racional.
Mas a “luz interior” também é uma definição de Deus. E há outras. Por exemplo, eu peguei do filósofo de esquerda Toni Negri, que não é exatamente um homem religioso. Ele diz que a única definição possível para Deus é o excesso, a superabundância, a alegria.
Nós não usamos a razão o suficiente. Nós negligenciamos nossas faculdades, do raciocínio, questionamento e ceticismo. Nós não a usamos de mais, nos a usamos de menos. Será um grande dia quando isso existir em abundância.
De todo o modo, podemos acreditar que a humanidade está evoluindo em direção a esse esclarecimento?
Não acho que a humanidade esteja evoluindo.
Nem um pouco?
Não. Acho que no momento estamos regredindo. As forças da teocracia crescem muito rápido. E de modo mais confiante. E com mais violência e mais adeptos que as forças da razão. O período do esclarecimento humano pode parecer uma fração de segundo muito breve, muito pequena na evolução humana, entre o ano de 1680 e hoje. E talvez esteja para sofrer uma eclipse.
Muito obrigada sr. Christopher. Foi muito bom conversar com você.
Na última entrevista, Hitchens falou da relação Igreja-nazismo
Gabeira relata seu encontro no Brasil com Christopher Hitchens
Hitchens combatia a nefasta influência de Deus na sociedade
Livro de Hitchens é exemplo de como um ateu enfrenta a morte
Crivella afirma que só o ‘Brasil evangélico é que vai dar jeito nessa pátria’
Christopher, vamos acompanhar um pouco a cronologia do seu livro e voltar a Dartwood na Inglaterra, onde você era um menino de 9 anos e tinha aulas de religião com a sra. Jean Watts. Ela parece ter sido a primeira pessoa a ajudá-lo sem querer a duvidar da existência de Deus. Acho que todos passam por uma experiência parecida como essa em algum momento da vida. Mas a verdade é que, independentemente do quão seja dogmática e irracional a religião, bilhões de pessoas ainda preferem abraçar a fé. Como você explica essa necessidade incontrolável por Deus?
Eu só posso dizer que Ele é muito real, muito necessário para milhões de pessoas. Também temos de admitir que, para muitos de nós, talvez 10%, 15%, essa necessidade não existe. Mas a senhora Watts não disse nada que eu já não soubesse. Não foi como uma revelação no caminho para Damasco. “Eu acreditava em algo, mas agora não acredito mais.” Ou: “Eu acreditava naquilo e agora acredito nisso.” Foi apenas a maneira como descobri que não podia acreditar no sobrenatural. Eu não acreditava e não podia acreditar. É algo diferente de um momento de convicção ou de um momento de descoberta. Mas ainda assim se tornou óbvio para mim, como disse Pascal, “do jeito que fui feito, não posso acreditar”.
Como disse, você escreveu esse livro a vida toda.
É muita gentileza você notar isso com tanta ênfase.
Esse longo caminho que o levou a sua inquestionável objeção à fé religiosa foi fácil ou doloroso?
Acho que foi menos doloroso do que a experiência de muitos dos meus amigos cristãos, muçulmanos e judeus após investiram tantos anos da vida em uma fé que sempre se mostrou inútil. Para mim, é um compromisso intelectual, que é tentar fazer as pessoas entenderem que a melhor vida é a que estuda a razão, ironia, literatura, ciência, humor. E que há outras coisas que fazem a vida a não valer a pena. Nós não devemos nada à ditadura do sobrenatural.
Será que isso tem algo a ver com nossa fragilidade, com a nossa “essência de vidro”? É uma bela definição do roteirista francês Jean-Claude Carrière, que escreveu sobre a nossa “essência de vidro”.
Para mim, não há dúvidas. Somos uma espécie parcialmente racional que tem muito medo da morte, do desconhecido, do escuro. Mas também é muito presunçosa, diferentemente do que outros animais. Acreditamos que o universo foi criado para nós. E isso nos convenceu de que nada foi por acaso. Nós temos de ser o centro, o objeto de tudo. Claro! Entre o nosso medo e o nosso egoísmo, é muito fácil vender a religião para nós. É claro que somos o centro de tudo, com o sol girando em torno de nossa terra! Nada seria mais provável. É tudo para mim, para moi. E é muito difícil perceber que tudo isso é besteira.
Seu livro ilustra muito bem como a religião foi prejudicial ao longo dos séculos e quantas atrocidades foram cometidas e ainda são cometidas em nome de Deus.
Não em nome de Deus, mas por causa da crença em Deus.
Mas ao mesmo tempo há razões por detrás delas [religiões]. E essas razões são a luta constante pela dominação, pela expansão, além do medo constante daquilo que é diferente. Medo e desprezo pelo que é diferente. Você acredita que, sem a religião, essas lutas acabariam?
Não. Vou dar um exemplo. O cristianismo copiou o judaísmo. E o islamismo copiou o cristianismo e o judaísmo. São plágios, mas o monoteísmo é original. É a suposta aliança entre Deus e o povo judaico. Segundo os judeus, Deus os mandou rezar toda manhã, e os homens têm de dizer: “Graças a Deus que não sou mulher”. E as mulheres dizem: “Graças a Deus, eu sou o que sou”. E ambos devem agradecer por não serem gentios ou escravos. Mas isso não foi criado por Deus, mas pelos homens. Pelos "homens", para ser exato, do sexo masculino. Assim eles mantinham as mulheres em seus lugares. Assim é fácil. Só um idiota não vê isso. Deus não decidiu isso. Os homens usaram a religião para controlar as mulheres. No entanto, o impulso por controlar as mulheres existiria mesmo que não acreditassem em Deus. Só que seria mais difícil convencer as meninas de que elas eram propriedade dos homens se não dissessem que esse era o desejo de Deus. Dizendo que era o desejo dos homens, elas não ficariam surpresas. Dizendo que era a vontade de Deus, elas poderiam aceitar, como a exemplo da existência de escravos. Deus quer que haja escravos. É diferente de os homens quererem possuir outras pessoas. Então, com o uso da religião, com a invenção da divindade, você pode disfarçar o que obviamente seria uma ditadura débil e hipócrita criada pelo homem. Então livrar-se da ideia do sobrenatural é um passo – apenas um, mas o mais importante –, talvez o primeiro passo, talvez o maior passo no caminho para a emancipação.
Até ler o seu livro, eu não sabia quantas criaturas divinas tinham nascido de virgens como a Maria. Você diz Buda, Krishma, Perseu, Hórus, Mercúrio...
Deus civilizados. Eu não conheço nenhum deus na mitologia -- escrevi um parágrafo sobre isso -- que não tenha nascido de uma virgem. Seria impossível o cristianismo vender a sua religião se não tivesse dado continuidade a essa tradição egípcia, asteca, persa, mongol. Até Buda nasceu de um corte no corpo de sua mãe. Tudo, menos pelo canal vaginal. Uma via impura. Deus, por alguma razão, prefere usá-la como uma mão única.
Isso seria o medo eterno do sexo ou a necessidade de criar, para Deus, uma origem diferente do sistema biológica humano?
Com certeza é o medo que a religião tem do sexo. Mas também é a repulsa masculina pelo que o homem mais deseja. Os homens precisam das mulheres e não gosta do fato de que precisam delas. Eles precisam muito delas e odeiam ter de precisar. Eles repugnam essa necessidade. E a religião transformou isso em um sistema e o torna sagrado. Minha primeira mulher era ortodoxa grega. Era cristã oriental. Quando ela menstrua não podia ir à igreja. Não podia receber o sacramento da missa. Acho que isso também valia para as católicas e com certeza para as judias. E a repulsa pelos fluídos menstruais femininos é muito comum no islamismo e em outros cultos. Isso vem da antropologia humana, não vem do céu, dos planetas, não vem do sol ou da lua. Vem de formas muito primitivas da antropologia humana. Isso é a primeira coisa é que preciso saber.
Falemos das três religiões monoteístas. Você mergulhou na leitura das Escrituras, em uma mesma história contada de três maneiras diferentes. Mas não ficou claro para mim como vê os três homens mais conhecidos da humanidade: Moisés, Maomé e Jesus. Fale sobre eles.
Moisés é uma figura mítica que foi inventada muitos séculos após a sua suposta morte. O Torá, a Bíblia judaica, tem aproximadamente quatro autores. O Pentateuco, os primeiros cinco livros do Velho Testamento,
Moisés inventado?
Os estudiosos da Bíblia sugerem pelo menos quatro autores que se contradizem e às vezes se sintetizam. Ninguém, além dos judeus fanáticos, acredita que Moisés foi o autor do Torá ou que Deus a ditou para ele, o que, nesse caso, ele seria autor de segunda mão. Maomé, que também teria escrito o livro de Deus – ditado pelo arcanjo Gabriel – não é um figura tão mítica, tão lendária. Provavelmente ele tenha existido. É bem possível que tenha existido. Ele está nesse limite, entre a existência e a lenda. Jesus de Nazaré está ainda mais nesse limite, como Guilherme Tell, Robin Hood e o Rei Artur. Com certeza, muito do que foi escrito sobre Jesus foi feito, como no caso de Moisés e Maomé, séculos após a sua morte por pessoas que evidentemente não o conheceram, pessoas muito tendenciosas. Mas o esforço que fizeram para tornar isso realidade sugere que houve alguma participação de um personagem histórico. Em todo caso, há o desenho de criar uma história que fortalece uma crença.
Como você descreveria Jesus na época em que viveu?
Na melhor das hipóteses, os seus partidários que escreveram sobre ele não concordam sobre o seu nascimento, sua vida, sua morte e sua suposta ressurreição. Os quatro evangelhos se contradizem sobre isso. Mas suponhamos que eles tenham tentado fazer o melhor possível, havendo concordância em relação à morte horrorosa. Ou não horrorosa. Para mim, a pergunta mais importante é: é legítimo que os cristãos digam “alguém morreu pelos seus pecados” sendo que essa pessoa na verdade não morreu? Imagine uma questão moralmente mais importante: se alguém se joga em cima de uma bomba que explodiria em uma sala de aula e absorve o impacto, morrendo para salvar as outras pessoas, podemos respeitar isso. E se for diferente, E se essa pessoa puder se levantar dois dias depois e disser: “Eu estou ileso”. Isso diminui a admiração que temos pelo sacrifício. O cristianismo tem todas essas questões morais que não foram resolvidas.
Voltando às escrituras, você disse que o Velho Testamento foi um pesadelo, mas o Novo Testamento foi mais cruel.. O que é tem de tão terrível?
O velho Testamento é um pesadelo porque tem o mandado divino oficial da limpeza étnica, como chamamos hoje, a destruição de outros povos. Na verdade, é uma limpeza étnica genocida que destrói até a última criança, dos midianistas, dos amalecitas e outros. Essas raças deveriam desaparecer. Suas terras deveriam ser tomadas. E se houvesse sobreviventes, de preferência moças, elas deveriam ser escravizadas e por aí em diante. Era um mandado divino para tudo isto: escravidão, genocídio, assassinatos de crianças, etc. E roubo, conquista, desapropriações. Imperialismo do pior tipo. Depois que os midianistas, amalecistas e moabitas foram destruídos, pronto, eles não sofreriam mais por não serem judeus ou por não terem uma aliança com Deus. Mas aí eles já estavam mortos e pronto, não havia inferno. Mas, pelo Novo Testamento, eles seriam torturados após a morte, para sempre. Essa ideia tão cruel nasceu com Jesus, que disse pela primeira vez: “Se você não concorda com o que ofereço, saia daqui e vá para o fogo eterno”. Acho essa é a ideia mais cruel já proposta na História, hoje muito pregada pelos assassinos suicidas do Islã. É o ensinamento centro de sua doutrina perversa.
Por outro lado, sua leitura do Corão o fizeram dizer que o Islamismo é ao mesmo tempo é mais interessante e a menos interessante das religiões monoteístas. Falemos do que é o mais interessante no islamismo.
O islã alega ser a culminância. Talvez devemos dizer a “consumação” da “revelações” de Abraão, Moisés, Jesus. Ele não as nega, apenas diz que agora Deus as completará com suas últimas palavras, depois das quais não se precisar questionar mais nada. Sem mais perguntas porque todas já foram respondidas. Só precisamos reconhecer as boas novas e nos ajoelhar diante delas. É uma doutrina muito perigosa, é claro, porque sugere literalmente que a época do questionamento humano chegou ao fim. Que já temos as informações de que precisamos. E nada pode ser pior do que isso. A mensagem do Corão ainda traz, no fundo, uma ameaça indireta: “Se você não concorda, há algo muito errado em você e você precisa entrar na linha”. E as medidas a serem tomadas devem ser muito severas.
Mas isso também é válido para outras religiões monoteístas?
Sim, é verdade. O sr. Ratzinger, Herr Ratzinger, o bávaro que se diz “bispo de Roma”, e cujos partidários, mas não eu, o chamam de “papa”, disse recentemente que a Igreja Católica Romana é a fé verdadeira. É claro que ele não poderia dizer outra coisa. Os ensinamentos da igreja estão aí, e ele quis reafirmá-los porque houve um enfraquecimento da doutrina cristã. Mas isso é dito desde antes do profeta Maomé. Acho que a diferença é que os clérigos muçulmanos dizem: “Nos conhecemos a Bíblia [cristã], mas a nossa vem depois, é a última, é a definitiva”. É mais parecido com o que os cristãos falam sobre os judeus. Ou dizem que eles [judeus] fizeram tudo errado, que mataram Cristo, que são hereges; ou os veem com bons olhos e dizem que agiram bem, que inventaram o monoteísmo e que só precisam entender que o Messias já veio, que precisam mais esperá-lo. Para mim, como ateu, todas as religiões são falsas. Elas são falsas do mesmo modo: preferem a fé à razão.
Há um capítulo muito interessante no seu livro, o mais generoso, eu diria, no qual você faz a pergunta: “As religiões fazem as pessoas se comportarem melhor?” E surpreendentemente você diz sim quando fala de Martin Luther King.
Não, eu digo que não. Lamento.
Eu entendi que você...
O que eu disse é que a luta pelos direitos civis dos afro-americanos, dos negros americanos, estava pronta muito antes de o dr. King nascer e foi criada por ateus, leigos e negros.
Você reconhece o papel importante que ele teve?
Retoricamente, a justificativa para o racismo e a escravidão era cristã, especialmente a cristã. É muito inteligente, retoricamente, poder usar a linguagem do cristianismo dialeticamente, mas não ajuda a provar que o racismo e a escravidão são moralmente condenáveis. Nos termos do Velho e do Novo Testamentos, eram um caso encerrado. É apenas uma grande vitória da propaganda: uma vitória retórica porque a religião nunca fez ninguém se comportar melhor. Mas certamente não poderemos dizer que religião não fez as pessoas agirem pior ou não poderíamos usar a justificativa cristã para a escravidão por mais de 200 anos e a justificativa judaica antes disso. Todas as justificativas para a escravidão são religiosas.
Você pertence a um pequeno e seleto grupo de evolucionista que propõe um Iluminismo renovado, centrado no homem. Pessoas como Richard Dawkins e Daniel Dennett, que se chamam de brights, iluminados.
Vou definir assim: eu não posso dizer que tenho uma luz interna. Se você disser que vê isso em mim, eu fico honrado. Mas eu não posso dizer que você deve me ver assim porque seria arrogante de minha parte. O centro do sistema é o ser humano ou a humanidade. Passamos muito tempo tentando mostrar às pessoas que foi a igreja que nos quis convencer de que o universo todo girava ao nosso redor. Por isso não gostavam do Galileu. Queriam que acreditássemos que o Sol girava em torno da Terra, que o universo todo estava centrado em nosso globo. Nós dizemos às pessoas ao contrário. Nós não estamos nem na periferia distante do universo conhecido. É hora de entendermos como nosso papel nisso tudo é pequeno. Só quando tivermos um senso de proporção é que provavelmente poderemos ver isso de forma racional.
Mas a “luz interior” também é uma definição de Deus. E há outras. Por exemplo, eu peguei do filósofo de esquerda Toni Negri, que não é exatamente um homem religioso. Ele diz que a única definição possível para Deus é o excesso, a superabundância, a alegria.
Nós não usamos a razão o suficiente. Nós negligenciamos nossas faculdades, do raciocínio, questionamento e ceticismo. Nós não a usamos de mais, nos a usamos de menos. Será um grande dia quando isso existir em abundância.
De todo o modo, podemos acreditar que a humanidade está evoluindo em direção a esse esclarecimento?
Não acho que a humanidade esteja evoluindo.
Nem um pouco?
Não. Acho que no momento estamos regredindo. As forças da teocracia crescem muito rápido. E de modo mais confiante. E com mais violência e mais adeptos que as forças da razão. O período do esclarecimento humano pode parecer uma fração de segundo muito breve, muito pequena na evolução humana, entre o ano de 1680 e hoje. E talvez esteja para sofrer uma eclipse.
Muito obrigada sr. Christopher. Foi muito bom conversar com você.
Na última entrevista, Hitchens falou da relação Igreja-nazismo
Gabeira relata seu encontro no Brasil com Christopher Hitchens
Hitchens combatia a nefasta influência de Deus na sociedade
Livro de Hitchens é exemplo de como um ateu enfrenta a morte
Crivella afirma que só o ‘Brasil evangélico é que vai dar jeito nessa pátria’
Comentários
a fé tem que esta fundamentada na realidade e nao na psicologia,o cristianismo nao é um remedio evidente,o cristianismo afirma fazer um relato dos fatos, para contar realmente como é o universo.
caso o cristianismo seja falso , entao nenhyuma pessoa hoensta desejara acreditar nele, por mais util que ele possa ser: caso seja verdadeiro toda pessoa honesta desejara acredita nele, mesmo que nao lhe proprocione auxilio algum.
Freud , diz que, distorçoes de carater e equivocos de raciocinio resultam dos conflitos que uma pessoa possa ter ter tido com seu pai durante a infancia.
acho que o odio de Hitchens por Deus, deve ter sido isso, problemas com o pai dele na infancia.
Paul Vitz, afirma que, o ateismo do tipo forte ou intenso é, em grande medida, gerado por necessidades psicologicas peculiares de seus defensores.normalmente associada a distorçao da figaura paterna.uma pena que ele morreu debruçado sobre o vomito da sua arrogancia.
A religião conseguiu convencer as pessoas que existe um homem invisível, vivendo no céu, que assiste tudo que você faz a cada minuto em todos os dias de sua vida.
E ele tem uma lista de 10 coisas que não quer que você faça. E se você fizer uma, só uma dessas coisas ele tem um lugar especial para você cheio de fogo e fumaça e cinzas e tortura para onde ele vai te mandar para sofrer e queimar e gritar e chorar para todo o sempre até o final dos tempos.
...Mas ele te ama!
Ele te ama e precisa do seu dinheiro!
ele diz na defesa da sua descrença, que;
"todas historias serao nada: toda vida tera sido, no final das contas , uma contorçao transitoria e sem sentido na face idiota da materia ifinita.se me pede que eu acredite que esta é a obra de um espirito bondoso e onipotente, respondo que todas as evidencias apontam para a direçao oposta.ou nao existe nenhum espirito por tras do univrso, ou entao existe um espirito indiferente ao bem e ao mal, ou ainda um espirito maligno."
mas, só que C.S.LEWIS, chegou a reconhecer antes de deixar o ateismo, que se " todas filosofias positivas tem de lidar com o problema do mal, as filosofias negativas possuem um dilema oposto, o problema do bem."
ou seja, traduzindo; se o universo é essencialmente sem sentido e a humanidade esta destinada apenas a extinçao, entao de onde vem os nossos ideais de como a vida deve ser?
No seu esforço retórico para tentar associar tudo de ruim à religião e tudo de bom ao ateísmo (prática comum entre os ateístas militantes), Hitchens culpa a religião pela escravidão, e louva os ateus pela luta contra o racismo.
O cara de pau chega ao cúmulo de falar uma asneira dessas: "Todas as justificativas para a escravidão são religiosas."
Como se não tivesse havido, nas centenas de sociedades que adotaram a escravidão como prática comum ao longo da história, nenhuma "justificativa" de outra ordem, sobretudo econômica.
E como se nunca tivesse havido argumentos religiosos contra a escravidão e o racismo.
O Christopher Hitchens até aparenta ser erudito. Mas a desonestidade intelectual do militante, distorcendo fatos e idéias para melhor se acomodarem a seu ativismo raivoso contra as religiões, contamina todo seu blablablá e só convence distraídos, trouxas ou gente movida pelo mesmo ódio pseudo-racional que o consumia.
Só pode ser trollagem. Como você acredita em Jesus cristo, você é muito erudito.
Como pode se discutir com alguém de tanta sabedoria?
Com esse "argumento" (ou melhor, falácia Ad Hominen), você se iguala justamente aos supostos ateus raivosos que critica.
E para o Cristopher Hitchens: Que descanse em paz! seus livros e pensamentos, sempre serão lembrados.
Mais deu tudo errado e o proprio deus renegou tudo ,renegou teu povo e lhes faltou com as promessas e faz com que seja salvo apenas aqueles que aceitam o cristo ,cristo este que foi morto a deus sacrificado a ele mesmo para apagar o ódio que ele tinha da sua criação.
O cristianismo alimenta um desejo mortal de genocidio a seus contrarios esta é a mensagem do cristianismo que atormenta aqueles que abraçam estas ideias medievais, não existe cristo ,nem deus , nem espirito santo, sem ser por aqueles que dizem que eles existem.
Observei que os destaques em azul NÃO SÃO os trechos mais importantes da entrevista, são apenas as frases que induzem o leitor a achar que a religião é o grande bicho papão malvado, "raiz de todo mal"...
em nome de um estado laico, muita gente pode ir parar nos poroes da tortura, como acontece em Cuba, Coreia do Norte e etc.
Mais o problema não é só a sua crença é a todas, não se deve ensinar o candoblé em escolas nem o judaismo , nem o islamismo, nem o cristianismo ,não se deve aborratar os predios publicos com o simbolos destas religiões. Percebeu agora a merda que a religião faz com a tua cabeça , e percebeu que o estado laico não é um verme que vai te comer por dentro.
Na verdade, os militantes ateus - como Hitchens e outros, inclusive neste blog, deixam claro - não querem apenas o tão chorado Estado laico.
Querem que a religião, especialmente o Cristianismo, seja silenciada e por fim banida da sociedade, já que a religiosidade, segundo a sábia ateuzada, é a origem de toda maldade, toda guerra, toda morte, toda doença, toda dor, toda coceira, todo terremoto, toda enchente, enfim toda coisa ruim que existe neste nosso mundo maravilhoso...
Aqui é um lugar escuro... eu nunca sei quando ele está próximo ou distante... é alguém que eu ainda não vi...todas as vezes que ele se aproxima, eu sinto dor! Mas o pior é o isolamento; aqui eu não ouço nada, o cheiro é de puro esgoto...eu preciso de ajuda! Me ajudem! Me tirem daqui! Eu sinto a boca seca, tenho vontade de fumar, mas estou como que preso nesta escuridão! Por que não consigo me mover! Me ajudem!...Não, não, eu não estou morto! ME AJUDEM!!!...
esse anonimo é troll , faz isso pra suscitar discussoes, um perfeito ateu idiota.
Já você é um exemplo de "amor cristão": mal-educado, terrorista e ainda por cima bem-mal informado, mas é o que se pode esperar de um fundamentalista que acha que o mundo gira em torno de seu umbigo (eufemismo à parte).
O que lhe adianto de antemão é que nada do que você disser mudará esse fato, só vaiu acrescentar mais lenha na fogueira (terrestre).
esse cara morreu , e concerteza daqui uns 50 anos ninguem mais lembrará dele.
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Sinto aqui uma espécie de Argumentum ad verecundiam conjugada com um pouco de Magister dixit (Apelo à autoridade)?
quero citar aqui um trecho do "argumento do nao-projeto" de C.S.Lewis, um dos autores mais lucidos do cristianismo e que por muito tempo foi ateu.
ele diz na defesa da sua descrença, que;
"todas historias serao nada: toda vida tera sido, no final das contas , uma contorçao transitoria e sem sentido na face idiota da materia ifinita.se me pede que eu acredite que esta é a obra de um espirito bondoso e onipotente, respondo que todas as evidencias apontam para a direçao oposta.ou nao existe nenhum espirito por tras do univrso, ou entao existe um espirito indiferente ao bem e ao mal, ou ainda um espirito maligno."
mas, só que C.S.LEWIS, chegou a reconhecer antes de deixar o ateismo, que se " todas filosofias positivas tem de lidar com o problema do mal, as filosofias negativas possuem um dilema oposto, o problema do bem."
ou seja, traduzindo; se o universo é essencialmente sem sentido e a humanidade esta destinada apenas a extinçao, entao de onde vem os nossos ideais de como a vida deve ser?
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Novamente aqui Argumentum ad ignorantiam associada à credulidade pessoal?
Porque deveria ter um deus atrás de nosso instinto de auto-sobrevivência?
Esse comportamento está em todos os animais e não me parece ser obra de uma divindade.
Melhore seus argumentos!
nao me sinto ameaçado pelo ateismo, pq ele nao pode fazer nada, mas pelos ateus sim, pois o odio que os pseudo-ateus sentem pelos cristao me dá medo de uma nova URSS.
em nome de um estado laico, muita gente pode ir parar nos poroes da tortura, como acontece em Cuba, Coreia do Norte e etc.
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Mas tais regimes políticos tem sua religião: o regime que tais ditadores defendem.
Esse discurso não serve pra dizer que ateísmo é a razão de tais regimes.
Sabe... se ele este serzinho que se acha, escreve algo assim da existência de Deus, eu escrevo que não creio na existência de Christopher Hitchen, eu duvido que o livro dele venda mais que a Biblia. Abraços a todos, foi uma otima materia.
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Os fakes agora se preocupam em colocar fotos.
Bom, isso dá um certo ar de veracidade.
Hitchens existiu pela evidências mais óbvias.
E o seu argumento tem uma falácia: Argumentum ad populum, isto é, algo vendeu ou fez muito sucesso, logo, é verdade.
Argumento fraco.
esse cara morreu , e concerteza daqui uns 50 anos ninguem mais lembrará dele.
Já falei sobre isso...
a fé tem que esta fundamentada na realidade e nao na psicologia,o cristianismo nao é um remedio evidente,o cristianismo afirma fazer um relato dos fatos, para contar realmente como é o universo.
Aqui você se superou!
Fé é fundamentada em realidade?
Onde? A fé numa lenda?
caso o cristianismo seja falso , entao nenhyuma pessoa hoensta desejara acreditar nele, por mais util que ele possa ser: caso seja verdadeiro toda pessoa honesta desejara acredita nele, mesmo que nao lhe proprocione auxilio algum.
O Cristianismo é uma das religiões baseadas nas lendas do deus de Abraão, machista, homofóbica, segregadora.
Talvez aí esteja seu grande valor de atração para várias pessoas.
Você mesmo Izaque, é homofóbico e preconceituoso.
Freud , diz que, distorçoes de carater e equivocos de raciocinio resultam dos conflitos que uma pessoa possa ter ter tido com seu pai durante a infancia.
acho que o odio de Hitchens por Deus, deve ter sido isso, problemas com o pai dele na infancia.
Nao, o ódio de Hitchens e de muita gente deve-se pelo caráter segregador que as religiões baseadas nas lendas do deus de Abraão tem.
Você é a prova disso.
Paul Vitz, afirma que, o ateismo do tipo forte ou intenso é, em grande medida, gerado por necessidades psicologicas peculiares de seus defensores.normalmente associada a distorçao da figaura paterna.uma pena que ele morreu debruçado sobre o vomito da sua arrogancia.
Sua vocação pra psicologia não são das melhores.
Ele (e eu) não nos consideramos filhos de um deus, nos consideramos animais como todos os outros, e ele que é arrogante?
Aliás, essa dualidade da mitologias da Bíblia (violenta no Antigo Testamento, mais paz-e-amor no Novo Testamento) veio bem à calhar pra dualidade humana.
Amar seus próximos (filhos, pais, etc...) e odiar os que não lhe são agradáveis...
e peconceituoso é vc, que acha que os cristaos sao todos idiotas por acreditar em Deus,e se vc é um animal como outros qualquer, entao vai comer capim.
e me responda uma coisa, se o homem é um animal como qualquer outro, porque só o homem tem uma mente criativa, racional? e de onde veio essa mente?
se existe mente como nao posso ve-la? se existe vento como nao posso ve-lo?
enfim, vcs se superam, com suas acusaçoes sem sentido, concerteza vao vir dizer , ha argumentum ad nao sei o que,explique aí pra mim sem agredir verbalmente.
e peconceituoso é vc, que acha que os cristaos sao todos idiotas por acreditar em Deus,e se vc é um animal como outros qualquer, entao vai comer capim.
e me responda uma coisa, se o homem é um animal como qualquer outro, porque só o homem tem uma mente criativa, racional? e de onde veio essa mente?
se existe mente como nao posso ve-la? se existe vento como nao posso ve-lo?
enfim, vcs se superam, com suas acusaçoes sem sentido, concerteza vao vir dizer , ha argumentum ad nao sei o que,explique aí pra mim sem agredir verbalmente.
Vocé prova que só é cristão porque não nasceu no irã por exemplo , porque se tivesse nascido lá seria islãmico e estaria adorando Allah ,e a força da sua crença esta mais nas lacunas do que propriamente num deus.
Izaque e se você fosse deus o que sacrificios de animais e de um humano iria mudar na sua vida de deus e porque você iria querer que pessoas comessem e bebessem o sangue do sacrificio como unico meio de salvar suas vida? Você consegue dar uma resposta lógica a isto sem usar a biblia ,apenas usando teu raciocinio?
entendido ele nao seria
Deus, desde quando a
criatura tem que decifrar seu
criador?
O que pode ser afirmado sem provas ,também pode ser rejeitado sem provas. Christopher Hitchens
Avelino onde a biblia manda odiar alguem
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Manda.
E se não mandasse, você já faz isso porque o seu forte não é inteligência, seu crédulo nas lendas do deus de Abraão!
e me responda uma coisa, se o homem é um animal como qualquer outro, porque só o homem tem uma mente criativa, racional? e de onde veio essa mente?
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Usando de Argumentum ad ignroantiam, Izaque?
Eu esperava mais de você!
Mais uma vez, um crédulo nas lendas do deus de Abraão (no caso o Izaque), usa a falácia do Argumentum ad ignorantiam pra justificar a crença numa divindade.
Aqui está a explicação de tal falácia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Argumentum_ad_ignorantiam
e me responda uma coisa, se o homem é um animal como qualquer outro, porque só o homem tem uma mente criativa, racional? e de onde veio essa mente?
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Nossa inteligência é fruto dos mutações aleatórias, filtradas pela Seleção Natural.
É sua vaidade de crédulos em lendas que o faz achar que é "especia".
Isso também tem explicação:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Argumentum_ad_consequentiam
se existe mente como nao posso ve-la? se existe vento como nao posso ve-lo?
Vento e mente eu posso evidenciar. Explicações da mente ainda não temos.
enfim, vcs se superam, com suas acusaçoes sem sentido, concerteza vao vir dizer , ha argumentum ad nao sei o que,explique aí pra mim sem agredir verbalmente.
Argumentum ad ignorantiam.
Estude falácias, e verás quantidade enorme das mesmas que você usa...
Amém.
Agora ele está comprovando tudo o que foi falado acerca do juizo Divino,e isso é só o começo.
E aí anonimo do dia 24/1/2011 22:41,não adianta rezar mais por ele,porque a biblia diz em HEBREUS 9.27 que quando morre,segue o seu juizo!!
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Rapaz, ele não está comprovando é nada, virou comida de minhoca como todos nós viraremos um dia.
Se c.Hitchens se arrependesse e fosse na igreja Jesus curaria ele e o levaria para o céu.
Este Izaque e a NILGAZZOLA, são cheios de falácias...Seus comentários são irritantes.
E para o Cristopher Hitchens: Que descanse em paz! seus livros e pensamentos, sempre serão lembrados.
23/12/11 16:31
Beatriz ele não pode estar em paz ele é ateu foi comido por vermes.
Hitchens mente quando diz isso. As primeiras palavras de Jesus foram: //Arrependei-vos porque é chegado o reino dos céus\\ Em outras palavras: // Deixem o mau e pratiquem o bém\\. O mau sem dúvidas terá outro destino que não é o céu. Mas isso, Ele Jesus deixa claro que é escolha de cada um.
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado" Marcos 16.15,16.
sabemos MUITO bem terremotos por exemplo são decorrentes das movimentações de placas tectonicas ú.ú
Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2011/12/para-christopher-hitchens-jesus-supera.html#ixzz1lF67SZ6Y
Paulopes só permite a cópia deste texto para uso não comercial e com a atribuição do crédito e link.
Na boa, se o inferno existisse te mandaria para la.
No caso de Cristo: segundo a crença cristã , Jesus é o bom pastor e protege o rebanho. "se alguém não permanecer em mim, será lançado fora... e o apanham , lançam no fogo e o queimam ". ele não diz que ELE faria isso. só que longe da sua proteção a pessoa estaria á mercê do que "inimigo" ( Satan) o cara que "anda á volta como um leão" e só quer "matar e destruir".
não é dito que JESUS /YESHUA irá fazer isso, a pessoa se teria posto fora de sua proteção.
é por isso que a imagem de Jesus é do pastor. hoje em dia a gente tem a idéia bucólica de pastorzinhos crianças pastoreando ovelhinha. na época da bíblia , PASTOR eram homens feitos, uns brutamontes capazes de pôr leões a correr na tijolada. (Abraão foi pastor) . Os Massai matam FERAS quando elas ameaçam o rebanho. saem em bandos com armas e tochas. "pastor " não era bolinho não.
famoso blogueiro ateu
Mas sim, todo Ateu nega deus, isso? Não!!! nega o que se diz sobre deus...
Se você tivesse diante de uma bela paisagem
e lhe pedisse para descreve-la, haveria palavras
nesse mundo que fizesse justiça ao que se contempla?
Palavras são pobres... E se fosse "belo" o que se via, faria-se "feio" logo na primeira palavra. (ou oposto ocorreria, palavra é o veneno da "alma")
Provavel que quando descrito "o que é" seria totalmente distorcido. Talvez inlógico. Poderiamos até entender os signos que são as palavras, mas ver por palavra o que foi visto? hmmm... Duvidoso a exatidão.
O mesmo acontece em relação as coisas de deus,
descreve-lo é faze-lo incredivel!!!
o certo é... quem fala de certeza sobre deus, o negando ou o acreditando, se passa como tolo. Ambos são embasado na fé. um ná fé de que deus existe, e o outro também na fé, já que não pode provar que não existe, e ainda assim acredita que sem prova, essa fé ainda é bem mais estranha
só existe se a primeira houver. Vish!
[hipotese]Fora Adão que falou com deus pessoalmente (face a face), nós n temos tal privilégio,ou seja, viveremos nossa fé, ou fingindo que tanto faz. Mas adão preferiu cair fora, talvez deus não seja assim tão gente boa... Ou Eva era muito gostosa!!! Mina gata pira a cabeça do pião. ueduheduheduhue não resisto!!![/hipotese]
Me mostre no site do planalto a lei que eu rasgo meu diploma de direito.
2º: vc tem certeza que é ateu ou só quer falar mal do cristianismo?
3º:considerando fatores historicos é natural que ainda existam resquicios da relacao do estado com o cristianismo, lembrando que o brasil nem sempre foi um estado laico. Entretanto, nao sao todos os cristaos que apoiam os feitos promovidos pela igreja catolica, pois lutero nao revolucionou o cristianismo a toa. As religioes evangelicas surgiram por entender que A BIBLIA NAO PREVIA O MASSACRE, VIOLENCIA E DISCRIMINACAO aos ateus, cristaos e etc.
4º:somos nós cristãos que gastamos dinheiro pra promover o evangelho e não o estado, as escolas estaduais já foram proibidas a muito tempo de pregarem qlqer tipo de religião (é claro que sempre tem alguém que infringe isso).
Entretanto, concordo que a humanidade tem usado a feh das pessoas para o mau, ate igrejas que se dizem evangelicas estao mais preocupadas com dinheiro do que com o evangelho, mas isso eh um problema DO BRASILEIRO, pois as igrejas MUNDIAIS e as UNIVERSAIS foram fundadas aparentemente so com esse intuito.
Entao, pasmem, nos cristaos pensamos, temos senso critico, eu nao entrei nessa pagina so pra discutir ou causar a discordia, mas por que eu gosto de saber por ai quais as besteiras estao dizendo sobre nos, ou quais atitudes nossas podem causar o espanto as outras pessoas. Minha feh nao foi abalada nenhum pouco com a leitura desse texto, muito pelo contrario, eu li apenas o pensamento de mais um ateu que conhece muito superficialmente a palavra e o coracao de deus.
me perdoem, mas o teclado aqui desconfigurou e por isso parei de acentuar corretamente as palavras.
As religiões e digo TODAS elas buscam apenas roubar a consciência do homem e escravisa-lo, tirar dele as finanças também, logo não existe nada mais lucrativo que um inferno de fogo, rsrs, afinal quantos não pagaram indulgencias para não ir para lá ou se converti para escapar deste lugar ficticio criado no medievo, haja vista que até o 7 século tal doutrina era por completo desconhecida dos Judeus e dos Apostolos e da Igreja Primitiva.
Não Estou aqui fazendo uma defesa da religião ou do teísmo, rsrrs, muito pelo contrário, estou apenas dando uma pequena aula de História e de Teologia, haja vista se eu busco negar a Deidade tenho que pelo menos conhecer a crença das religiões sobre este ser, buscar nos anais históricos fontes confiaveis, para que eu possa argumentar contra aquilo o qual eu julgo ser um devaneio da mente de um monte de primatas que criam divindades para suprir suas fraquezas, uma patuléia de miséraveis,mas enfim vamos ver o quanto este ser incoerente,Christopher Hitchens, se enbanana constantemente.
A doutrina da existência de um ‘inferno de fogo’ tem despertado e atenção dos homens de todos os séculos. Pensadores têm rejeitado o cristianismo por causa de tal doutrina; jovens têm abandonado a crença em Deus, pois pensam: “Não posso crer em um Deus que para demonstrar sua justiça tenha de atormentar no fogo a alma de uma pessoa eternamente; Ele não existe...”. Muitos têm saído das fileiras do cristianismo por causa deste assunto. Isto poderia ser evitado, caso fosse feito um estudo sincero, honesto e fiel ás regras de interpretação do verso Bíblico e ao contexto das Escrituras.
O presente estudo irá analisar o que é o inferno de acordo com o ensino Bíblico; qual o correto significado de alguns dos textos Bíblicos que mencionam a palavra ‘inferno’; o inferno de fogo existe hoje ou existirá em um futuro? Por quanto tempo?
Antes disso, é importante salientar o que a Bíblia ensina sobre o estado do homem na morte:
A Bíblia diz que Jesus Cristo criou todas as coisas com Deus o Pai, e que Ele existe desde a eternidade. “Ele é a imagem do Deus invisível o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio Dele e para Ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. (todos vivem por meio Dele, pois é Jesus quem dá vida e respiração a todas as criaturas do universo -Colossenses 1:15-17) (Leia Miquéias 5:2; João 1:1-3 - cf. Apocalipse 19:13; João 17:5; Romanos 9:5; Filipenses 2:5-11; Colossenses 2:8-10; Tito 2:13; Hebreus 1:6-12; I João 5:20, etc.)”.
Pelo fato de Jesus ter ajudado a Deus, o Pai, e também o Espírito Santo, a criar todas as coisas, é muito óbvio que Ele saiba melhor que qualquer um como é a morte. Vejamos o que Jesus diz sobre a morte:
“Isto dizia e depois lhes acrescentou: Nosso amigo lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo. Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Jesus, porém, falara com respeito á morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono. Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu...” (João 11:11-14- grifo nosso).
Depois de ficar doente, Lázaro morreu. E o que Jesus disse a respeito da morte de Lázaro? Disse que ele estava dormindo! Não devemos duvidar do Senhor. Ele sabe melhor que nós qual é o estado do homem na morte. A Bíblia compara a morte a um sono em aproximadamente 53 versos diferentes.
O Antigo Testamento, que também teve sua inspiração do Espírito Santo (II Timóteo 3:16), também declara que, quando um a pessoa morre, ela está em total inconsciência. Veja: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem “coisa nenhuma”, nem tampouco terão eles recompensa, pois sua memória está entregue ao esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram: para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” (Eclesiastes 9:5,6- leia também Salmo 6:5;Salmo115:17;Salmo 146:3,4;Isaías 38: 18,19).
O próprio Jesus disse que a ressurreição será no último dia, quando ele voltar (João 6:40). Mas como harmonizar estes versos com aqueles que mencionam o “tormento eterno?”.
Primeiramente temos de entender que a Bíblia foi inspirada pelo Espírito Santo. (II Pedro 1:20, 21).
Sendo que o Espírito Santo é perfeito, Ele não vai se contradizer; não irá dizer em uma parte da Bíblia que na morte a pessoa está em total inconsciência e em outra afirmar que os ímpios sofrerão eternamente na segunda morte.
[2]Para entendermos melhor sobre o assunto, temos de analisar alguns pontos:
1o) Quais as palavras hebraicas e gregas que foram impropriamente traduzidas por inferno;
2o) Que significam estas palavras na língua original;
3o) Analisar as dificuldades em bem traduzi-las.
A doutrina de um inferno para tormento eterno é de origem pagã, foi aceita pela igreja dominante, nos séculos escuros da Idade Média, para intimidar os pagãos a aceitar as crenças católicas”.
Vamos fazer uma análise das palavras traduzidas por inferno. Partes deste estudo foi tirado do livro de Pedro Apolinário, “Explicação de textos difíceis da Bíblia”, págs. 135 a 142:
Análise das palavras erradamente traduzidas por inferno:
Sheol.
Este vocábulo aparece 62 vezes no Velho Testamento.
Sheol era o lugar para onde iam os mortos, por isso é sinônimo de sepultura, ou lugar de silêncio dos mortos.
Sheol nunca teve em hebraico a idéia de lugar de suplício para os mortos.
Sendo difícil traduzi-los porque nenhuma palavra em português dá a exata idéia do significado original, o melhor é mantê-la transliterada como fazem muitas traduções. A tradução brasileira não a traduz nenhuma vez.
Experimente traduzir sheol por inferno nestas duas passagens: Gênesis 42:38 e Jonas 2:1-2.
Hades.
É usada apenas 10 vezes no Novo Testamento: Mateus 11:23; 16:18; Lucas 16:23; Atos 2: 27,31; Apocalipse 1:18; 6:8; 20:13,14 (I Cor. 15:55).
Sobre o emprego desta palavra em I Cor. 15:55, Edílson Valiante numa Monografia sobre a palavra Hades, pág. 27 (1978), declarou:
“A passagem de Paulo de I Cor. 15:55 apresenta um problema de crítica textual. Na leitura feita na Septuaginta, encontramos também neste verso a palavra Hades, no vocativo. As traduções mais antigas da Bíblia, antes das descobertas do século XIX para cá, traziam a palavra “inferno” como sendo tradução de hades”.
“Com estudos feitos na área da crítica textual, valendo-se das importantíssimas descobertas de Tishendorf, verificou-se que a palavra usada não era Hades, mas a palavra yanatov (morte). Este estudo foi baseado nos mais fidedignos manuscritos descobertos até hoje”.
“Com tudo isto ficou claro que Paulo não usou nenhuma vez termo hades em seus escritos, provavelmente para não confundir com os conceitos deturpados do hades que existiam em sua época. Outra razão é dada por Edwards, dizendo que Paulo, escrevendo em grego, procurava fugir do mau agouro que acompanhava a palavra e causava terror ao povo; cota Platão a para reafirmar sua idéia: “O povo em geral usava a palavra Pluto como eufemismo do hades, com seus temores de levá-los para as partes errôneas do invisível”. É certo, também que Paulo não usou nenhuma vez a expressão Pluto, mas subentendendo o conceitualismo Bíblico, em Romanos 10:7 usa o termo abismo”.
Edílson Conclui sua ponderações declarando: Além de todas essas razões, Nichol, em seu Answers to Objections diz:
“Nós concluímos que também em I Cor. 15:55, onde a palavra sepultura é uma tradução de Hades, e descreve que sobre o tal os justos serão finalmente vitoriosos na ressurreição. Incidentalmente, I Cor. 15:55 é uma citação do Velho Testamento (Oséias 13:14), onde encontramos a palavra sheol aplicada”. – F. Nichol. Answers to Objections, pág. 366.
A palavra “Hades” no Novo Testamento corresponde exatamente á palavra “Sheol” do Velho Testamento. No Salmo 16:10 Davi disse: “Pois não deixarás a minha alma no Sheol...”.
Pedro usando esta passagem profética do Velho Testamento afirmou em Atos 2:27: “Porque não deixará a minha lama no hades...”.
Outra prova da sua exata correspondência se encontra na tradução da Septuaginta, pois das 62 vezes que Sheol é usada no Velho Testamento, 61 vezes foi traduzida por hades.
Origem da palavra Hades.
Provém do prefixo a – alfa grego com a idéia de negação, privação e do verbo idein = ver, significando então: o que não é visto, lugar de onde não se vê, por isso é sinônimo de sepultura, habitação dos mortos.
Os gregos dividiam o Hades em duas partes, (posteriormente falavam até em quatro): o Elysium – a habitação dos vitoriosos e o Tártarus – a habitação dos ímpios.
Esta idéia de divisões e subdivisões do Hades é totalmente pagã sem nenhum apoio Bíblico.
Geena.
Palavra hebraica transliterada para o grego geena, que se encontra nas seguintes 12 passagens: Mateus 5: 22, 29, 30; 10:28; 18:9; 23:15, 33; Marcos 9:43, 45, 47; Lucas 12:2; Tiago 3:6.
Geena vem do vocábulo hebraico Ge Hinom ou Gé Ben Hinom – Vale de Hinom ou Vale do filho de Hinom. Nesse vale havia uma elevação denominada Tofete, onde ímpios queimavam seus próprios filhos.
Este vale se situava a sudoeste de Jerusalém; neste local, antes da conquista de Canaã pelos filhos de Israel, cananitas ofereciam sacrifícios humanos ao deus Moloque.
Terminados os sacrifícios humanos, este local ficou reservado para depósito do lixo proveniente da cidade de Jerusalém. Juntamente com o lixo vinham cadáveres de mendigos encontrados mortos na rua ou de criminosos e ladrões mortos quando cometiam delito. Estes corpos, ás vezes, eram atirados onde não havia fogo, aparecendo os vermes que lhes devoravam as entranhas num espetáculo dantesco e aterrador. É a este quadro que Isaías se refere no Capítulo 66 verso 24.
Por estas circunstâncias, este vale se tornou desprezível e amaldiçoado pelos judeus e símbolo de terror, da abominação e do asco e mencionado por Jesus com estas características. Ser atirado á Geena aos a morte, era sinônimo e desprezo ao morto, abandonado pelos familiares, não merecendo ao menos uma cova rasa, estando condenado á destruição eterna do fogo.
O vale de Hinom era um crematório das sujidades da cidade de Jerusalém.
O fogo ardia constantemente neste sítio e com o objetivo de avivar as chamas e tornar mais eficaz a sua força lançavam ali enxofre.. Devido a estas circunstâncias, Jesus com muita propriedade usou este vale para ilustrar o que seria no fim do mundo a destruição dos ímpios, sendo queimados na Geena universal.
Tártaro.
A palavra grega “Tártaro” ocorre somente uma vez no Novo Testamento. Encontra-se em II Pedro 2:4 e diz o seguinte:
“Ora, se Deus não poupou a anjos quando pecaram, antes precipitando-os no inferno (Tártaro no original) os entregou a abismos de trevas, reservando-os para o Juízo”.
Os problemas relacionados com a palavra inferno se desfazem como bolhas de sabão, quando conhecemos bem o significado etimológico dos termos sheol, hades, geena e tártaro, que jamais poderiam ser traduzidos pela nossa palavra inferno por ter uma conotação totalmente diferente do que é expresso por aqueles vocábulos.
A palavra inferno foi usada pelos tradutores por influências pagãs e por preconceitos enraizados na mente de muitos, mas totalmente estranhos ao texto sagrado.
De acordo com a Bíblia todos os que morrem, quer sejam bons, quer sejam maus descem á sepultura, ao lugar de esquecimento e ali esperam até o dia da ressurreição quando então receberão a recompensa. (Apocalipse 22:14).
Muitas das traduções modernas da Bíblia, mais fiéis aos originais hebraico e grego, preferem manter estas palavras transliteradas, por expressarem melhor o que o que elas significam.
As palavras Sheol em hebraico e Hades em grego eram usadas para sepultura, não trazendo nenhum sentido de sofrimento e castigo eterno.
Geena apenas figurativamente foi usada por Jesus como um símbolo das chamas destruidoras dos últimos dias por causa do envolvimento da palavra nos acontecimentos anteriormente descritos. [3]
Galera o estudo sobre a fatuidade desta doutrina e consequentemente da insana igreja é muito longo, mas se for requerido eu envio via email, mas coloquei ai só pra mostrar que este dito senhor ai fala só abobrinha, se vai negar ou criticar algo que pelo menos se conheça antes.
[1] Por Leandro Soares de Quadros.
[2] Pedro Apolinário, Explicação de Textos Difíceis da Bíblia, pág. 134-142. Adaptado.
[3] Pedro Apolinário, “Explicação de Textos Difíceis da Bíblia”, págs. 135-142.
Vocês fazem o bem não por bondade e sim por "medinho do tal do Satanás" porque, se não fizerem o bem, estarão condenados a sentar no colo dele. Estou errada? Crie juízo, pessoa! Nada contra o fato de você ser teísta mas o teu pensamento torpe, arrogante e pedante chega até a ser ofensivo a outros religiosos. Por isso que TODO O MUNDO tem implicância com vocês, porque são arrogantes, se acham acima do bem e do mal, acima de todos! Esfregam um livro arcaico cheio de falácias, absurdos, contrariedades na cara de todos como se tivessem certeza de sua verdade. Nem vocês o leem!
Se você tivesse vergonha na cara, não viria como anônimo.
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Gostei! Agradeço a gentileza. Favor enviar-me por e-mail:
mauro.moraes2000@yahoo.com.br
Obrigado.
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Mauro Moraes
Porém,existe sim provas de que a bíblia é uma história real,eu não vou citar aqui,mais existe.
Enfim,eu já vi várias páginas deste site,e o que eles dizem não é bem assim.Eles pegam trechos da bíblia,e colocam com uma interpretação totalmente diferente.Eu já expliquei aqui hoje às respeito do apedrejamento,do sacrifício e muitas outras coisa,se lerem as outras páginas verão.
Religião deveria ser extinta da terra!!!
Mandar na religião dos outros é errado!Jesus morreu na cruz por nós!As repreensões que ele dava,nem digo castigos,eram brandos.Quem foi mau foi Judas Escariotes e Herodes e também o povo que o condenou.Ele é a prova viva que existem pessoas boas e más na terra.Quem nos leva pro inferno é Lúcifer,que antes foi um belíssimo anjo,o comandante do exército do céu,que desejava o poder extremo de Jesus.
Sai de reto site de satanás!
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