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Evolução ainda não é aceita por uma minoria de cientistas


da Globo Ciência

Há 150 anos,  Darwin teve
de enfrentar duras críticas
Desde quando divulgou a teoria da evolução das espécies através da seleção natural, na obra “A Origem das espécies”, em 1859, o naturalista britânico Charles Darwin (foto) enfrentou críticas, tanto de outros cientistas quanto da Igreja. Hoje, mais de 150 anos depois, poucos se atrevem a contestar o evolucionismo darwiniano, com exceção de religiosos – alguns deles cientistas – que defendem o criacionismo.

“Hoje em dia, a teoria evolucionista é aceita por toda a comunidade científica, exceto por fundamentalistas, especialmente nos Estados Unidos e em alguns países árabes. Os lugares que têm mais oposição à teoria evolutiva são Turquia e Estados Unidos”, diz o diretor do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professor Antonio Solé-Cava.

A restrição de religiosos a Darwin acontece porque a teoria do britânico, ao defender a evolução dos seres vivos por meio da seleção natural, prescinde de um criador para explicar a origem das diferentes espécies. No entanto, há cientistas religiosos que compartilham das críticas ao evolucionismo e defendem que a origem dos indivíduos é obra da criação de Deus. São os chamados criacionistas.

“Existem cientistas que defendem o criacionismo, pessoas que têm doutorado, que publicam artigos, mas eles são minoria. Eles são fundamentalistas. O fundamentalismo é pegar o que está na Bíblia, ou em qualquer livro sagrado, e interpretar literalmente. O fundamentalismo cristão é muito fácil de rebater. Se os defensores querem interpretar a Bíblia ao pé da letra, eles têm que acreditar que a Terra é plana, que o Sol gira em torno da Terra...”, critica Solé-Cava.

Nos Estados Unidos, há alguns anos, o desenho inteligente, vertente do criacionismo, começou a ser ensinado nas escolas, em detrimento da teoria de Darwin. No entanto, em 2005, o juiz federal John Jones proibiu o ensino desta teoria em escolas públicas do país. O desenho inteligente (ou design inteligente) prega que certas características dos seres vivos teriam em sua origem uma causa inteligente, em vez de um processo sem finalidade como a seleção natural.

“De acordo com o desenho inteligente, algumas estruturas são tão complexas que não se consegue imaginar como elas poderiam evoluir aos poucos. Um exemplo é o olho. Como o olho poderia ser resultado de seleção natural quando o cristalino de um olho não faz sentido nenhum sozinho? Eles dizem que seria impossível a seleção natural fazer um olho aparecer ao acaso. O problema é que o olho não aparece ao acaso. Ao longo da evolução, há criaturas que têm só algumas células sensíveis à luz, outras em que essas células ficam concentradas em um buraquinho, e, ao fazer isso, permite que haja foco, depois isso evoluí para um cristalino, que melhora o foco... O desenho inteligente tem sido a estratégica política adotada pelos criacionistas nos últimos 10 anos”, afirma o professor.

Críticas religiosas à parte, o evolucionismo só foi aceito pela comunidade científica nos anos 1930/40. No início do século XX, a “redescoberta”, pelos cientistas, dos estudos de genéticos de Gregor Mendel que explicavam a hereditariedade – as Leis de Mendel – eclipsaram o pensamento darwiniano. Para os geneticistas, em vez da seleção natural como mecanismo evolutivo, o que ocorria, de fato, eram mutações. Somente anos depois é que o aprofundamento dos estudos genéticos permitiu conciliar o darwinismo, no que foi chamado de Síntese Moderna.

“Só quando houve a síntese biológica, que aconteceu nos anos 30 e 40, que se somou a ideia da genética com a ideia da evolução. Antes, estavam separadas. A partir disso, a teoria evolutiva foi tomando força e hoje em dia ela é aceita por toda a comunidade científica, exceto por fundamentalistas”, diz o diretor do Instituto de Biologia da UFRJ.



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dezembro de 2011

Ciência versus religião.      Evolução e criacionismo.


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