Em resposta a um internauta que se assina como @faxinageral, o teólogo da libertação Leonardo Boff, 73, escreveu no Twitter que o microblog “não é lugar para discutir ateísmo. Viva seu ateísmo sem proselitismo. Os ateus geralmente são os que mais falam de Deus”.
Boff tem mais de 52 mil seguidores no Twitter. Ao se julgar pelas suas postagens ali, em relação proselitismo cristão, o microblog está liberado, inclusive para criticar ateus.
No dia 20 de janeiro, ele escreveu que Miguel Nicoleis é um bom cientista, “mas, filosoficamente, diz bobagens a mais não poder. Quer até fundar uma ‘igreja de ateus’. Talvez o 'papa' seja ele.”
Ateus têm reagido com firmeza às afirmações de Boff. O internauta que se assina como Coline Kennel, por exemplo, escreveu que é “arrogância querer censurar a liberdade de expressão dos outros. Cale-se você.” Já João Aquino disse: “Aqui as pessoas discutem o que quiser e não o que vcs [religiosos] acham conveniente. Deus não existe!!”
Em contradição com o que escrevera, Boff respondeu que no Twitter as pessoas podem postar o que quiser e que ninguém é obrigado a segui-lo ali. “Siga seus afins. Não estou disposto a polemizar”.
Mas ele acabou polemizando com ateus. A um disse que ele, descrente, iria dizer que “Jesus, S. Francisco, dom Helder, Madre Tereza, Irmã Dulce e Dorothy são antinatureza, acho que não sabe o que diz”. A dois outros, escreveu: “Eu sou ateu de muitas imagens de Deus, especialmente daquelas deploráveis de alguns proclamados ateus”.
Com informação do Twitter de Boff.
Boff contesta ateus e afirma que só a razão não basta para ser bom.
setembro de 2011
Ateísmo. Intolerância religiosa no Brasil.
Comentários
Mas quem discorda dele, tem que ficar quieto.
Não é esse um dos princípios do cristianismo? Ele está sendo coerente com sua fé.
Se faz sentido ou não e se isso torna ele um idiota ou não, é outra história.
Daqui a pouco ambos estarão enterrados.
Nossa, um dia desses ouvi essa frase: "você fala mais de deus que os religiosos".
Não entendo o problema disso. Será que é porque é muito contraditório sendo eu ateu? Mas e daí? Acredito que muitos religiosos só devem falar de deus quando os interessam. Eu também, quando me interessa eu falo mesmo...lol
E agora? Será que deus aparecerá na minha frente como dizem acontecer com o diabo: "de tanto falar ele aparece"
Boff parece fazer joguinho psicológico no Twitter.
Devo muito disso a ele.
Não vejo razão para censurar os ateus por se ocuparem com o tema 'Deus'. Esse tema deve ser universalizado, deve ser posto em debate, sobretudo quando está na base de decisões importantes para a vida humana. Será que os religiosos supõem ter o direito ao monopólio do tema?
E aí?
O post abaixo tem partes de um texto em um site dos EUA que está sedo reproduzido no Brasil. Cheio de barbaridades.
Criacionismo nas escolas: tendência mundial?
http://portugues.christianpost.com/news/criacionismo-nas-ecolas-tendencia-mundial-10145/
O norte-americano republicano Jerry Bergevin, por exemplo, associa o ensino da teoria da evolução às atrocidades de Hitler e à falta de respeito aos direitos humanos em países como a União Soviética, Cuba, os nazistas e a China atual.
Segundo sua declaração à publicação Concord Monitor, a ideia evolucionista “é uma visão mundo que não contempla Deus. O ateísmo tem sido tentado em várias sociedades e tem induzido a crimes de desrespeito aos direitos dos cidadãos”.
Se somos ateus vamos falar de quê?
A internet e o twitter são lugares para se opinar, informar e dicutir qualquer coisa que alguém quiser.
Pelo menos por enquanto, enquanto os esquerdopatas, ateístas xiitas e gayzistas (que Boff, Betto, Gondim & cia costumam apoiar) não conseguem amordaçar a sociedade e proibir, com o patrulhamento e as leis tirânicas que adoram inventar, a livre manifestação do pensamento.
Essa teologia da libertação só foi criada por conta da ditadura militar, na quele tempo a igreja católica foi perseguida pelos militares por abrigar terroristas e ter discursos subversivos. Mas ela não vale para as outras religiões e tão pouco para o ateísmo. Mas teoricamente era pra valer para todos. Em quanto todos estavam no mesmo barco era esse papinho de teologia da libertação, mas depois que a ditadura acabou a igreja quis instalar um ditadura teocrática que não teve muito exito, mas aos poucos ela começou "policiar" os seus fieis. Hoje em dia ela tenta ganhar o espaço que ela tinha antes da ditadura militar, mas o que vemos é só a perda desse espaço, aí vem um teólogo metido abesta como esse para ajudar a recuperar um espaço, um poder que a igreja não tem mais.
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