Título original:
por Daniel Sottomaior para Sul21
Tem sido argumento recorrente dos defensores de crucifixos em repartições públicas a alegação de que eles constituem tradição centenária ligada ao cristianismo que sempre permeou a cultura brasileira. Afinal de contas, se é tradição, é bom e verdadeiro.
março de 2012
Livrar tribunais do crucifixo é ato de liberdade, afirma Verissimo
março de 2012
Secularismo.
Crucifixos devem sair das repartições públicas
por Daniel Sottomaior para Sul21
Manter a tradição é um princípio que atua sempre em favor do bem comum e que, por isso, deve ser observado incondicionalmente pelos legisladores e pelos operadores do direito.
A escravidão, por exemplo, é uma tradição que remonta não só aos primeiros dias da colonização no Brasil, mas vai muito além, e está bem fundamentada nos textos sagrados das três religiões abraâmicas. Deus, em sua infinita sabedora, dá instruções muito específicas sobre como tomar, tratar e vender escravos.
Jesus fez parábolas com escravos, jamais se incomodando com seu status, e Paulo disse com todas as letras que eles deveriam obedecer aos seus senhores.
Essa é a tradição em que foi fundada nossa civilização, desde muito antes do Império Romano. Ora, este país foi construído sobre o trabalho escravo. E mais: a escravidão é plenamente legitimada por diversas bulas papais. Sua Santidade, Paulo VI, dirigiu ao rei de Portugal a bula Dum Diversas, em que afirmou:
“Nós lhe concedemos, por estes presentes documentos, com nossa Autoridade Apostólica, plena e livre permissão de invadir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos e quaisquer outros incrédulos e inimigos de Cristo, onde quer que estejam, como também seus reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades… e reduzir suas pessoas à perpétua escravidão”
Esta é nossa tradição. Por que deveríamos negá-la, se está sustentada pela Bíblia e reafirmada pelas palavras de mais de um Santo Padre?
Depois da abolição da escravatura, as coisas só pioraram. Ao menos naquela época, a Constituição ainda instituía que o governo deve ser monárquico e que a religião oficial era a Católica Apostólica Romana. O Brasil andou muito bem nos quatro séculos de um Estado legitimado pelo direito divino, uma tradição antiqüíssima que só bem trouxe às gentes, mas ela foi subitamente encerrada com a instituição da República, cujo poder se imaginava emanar do povo, e não de Deus.
Como consequência, a República instituiu o voto universal e – imaginem só – a liberdade religiosa plena. Como pudemos virar as costas para a nossa tradição dessa maneira? Nunca o país teve liberdade religiosa, e nossa origem portuguesa também lhe é contrária. Só uma constituição que não foi proclamada com a proteção divina em seu preâmbulo poderia conter tamanho absurdo.
Depois da abolição da escravatura, da instituição da República e da democracia, da liberdade de divórcio civil, do uso legal de contraceptivos, da igualdade da mulher e tantas outras heresias instaladas em nome de direitos fundamentais, agora vêm de novo esses mesmos iconoclastas nos impor o fim de mais uma tradição fulcral à cultura brasileira.
Retirar os crucifixos das repartições públicas é uma clara perseguição aos cristãos em seu inalienável direito histórico de converter todos os demais à única e verdadeira religião. Ou será que também irão nos dizer que uma mera Constituição, que nem trinta anos tem, deve prevalecer sobre tradições milenares?
Nesse ritmo de negação do passado e de nossas mais profundas raízes, é de se temer que algum dia poderemos chegar à igualdade plena entre os cidadãos de todas as fés, e até mesmo os descrentes. Que Deus nos livre disso.
Daniel Sottomaior é presidente da Atea (Associação Brasileira da Ateus e Agnósticos).
Crucifixo em espaço público é direito da maioria, diz padreA escravidão, por exemplo, é uma tradição que remonta não só aos primeiros dias da colonização no Brasil, mas vai muito além, e está bem fundamentada nos textos sagrados das três religiões abraâmicas. Deus, em sua infinita sabedora, dá instruções muito específicas sobre como tomar, tratar e vender escravos.
Jesus fez parábolas com escravos, jamais se incomodando com seu status, e Paulo disse com todas as letras que eles deveriam obedecer aos seus senhores.
Essa é a tradição em que foi fundada nossa civilização, desde muito antes do Império Romano. Ora, este país foi construído sobre o trabalho escravo. E mais: a escravidão é plenamente legitimada por diversas bulas papais. Sua Santidade, Paulo VI, dirigiu ao rei de Portugal a bula Dum Diversas, em que afirmou:
“Nós lhe concedemos, por estes presentes documentos, com nossa Autoridade Apostólica, plena e livre permissão de invadir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos e quaisquer outros incrédulos e inimigos de Cristo, onde quer que estejam, como também seus reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades… e reduzir suas pessoas à perpétua escravidão”
Esta é nossa tradição. Por que deveríamos negá-la, se está sustentada pela Bíblia e reafirmada pelas palavras de mais de um Santo Padre?
Depois da abolição da escravatura, as coisas só pioraram. Ao menos naquela época, a Constituição ainda instituía que o governo deve ser monárquico e que a religião oficial era a Católica Apostólica Romana. O Brasil andou muito bem nos quatro séculos de um Estado legitimado pelo direito divino, uma tradição antiqüíssima que só bem trouxe às gentes, mas ela foi subitamente encerrada com a instituição da República, cujo poder se imaginava emanar do povo, e não de Deus.
Como consequência, a República instituiu o voto universal e – imaginem só – a liberdade religiosa plena. Como pudemos virar as costas para a nossa tradição dessa maneira? Nunca o país teve liberdade religiosa, e nossa origem portuguesa também lhe é contrária. Só uma constituição que não foi proclamada com a proteção divina em seu preâmbulo poderia conter tamanho absurdo.
Depois da abolição da escravatura, da instituição da República e da democracia, da liberdade de divórcio civil, do uso legal de contraceptivos, da igualdade da mulher e tantas outras heresias instaladas em nome de direitos fundamentais, agora vêm de novo esses mesmos iconoclastas nos impor o fim de mais uma tradição fulcral à cultura brasileira.
Retirar os crucifixos das repartições públicas é uma clara perseguição aos cristãos em seu inalienável direito histórico de converter todos os demais à única e verdadeira religião. Ou será que também irão nos dizer que uma mera Constituição, que nem trinta anos tem, deve prevalecer sobre tradições milenares?
Nesse ritmo de negação do passado e de nossas mais profundas raízes, é de se temer que algum dia poderemos chegar à igualdade plena entre os cidadãos de todas as fés, e até mesmo os descrentes. Que Deus nos livre disso.
Daniel Sottomaior é presidente da Atea (Associação Brasileira da Ateus e Agnósticos).
março de 2012
Livrar tribunais do crucifixo é ato de liberdade, afirma Verissimo
março de 2012
Secularismo.
Comentários
presentes documentos, com nossa
Autoridade Apostólica, plena e livre
permissão de invadir, buscar,
capturar e subjugar os ATEUS e
PAGÃOS e HOMOSSEXUAIS e quaisquer outros
incrédulos e inimigos de Cristo[MULÇUMANOS TAMBÉM ENTRA NESTA],
onde quer que estejam, como
também seus reinos, ducados,
condados, principados e outras
propriedades… e reduzir suas
pessoas à perpétua escravidão”
Veja que este texto caberia hoje perfeitamente para a igreja. Graças ao SECULARISMO fomos salvos do deus otario dos desertos
e seus lácaios seguidores. Não tem nada a ver mais eu não podia passar despercebido isto.
Quem esta desmerecendo a maioria do povo brasileiro são elas.
Estado teocrático ? onde os ateístas estavam escondidos na década passada como medo das religiões?
Brasil é um Estado laico e assegura
liberdade religiosa para todos os
cidadãos. As autoridades devem dar
garantias ao culto de qualquer
religião, sem, no entanto, agir em
nome de nenhuma.
Em uma
democracia, esses princípios são
importantes porque preservam o
pluralismo da sociedade e protegem
o pleno exercício dos direitos
individuais.
Trata-se de uma conquista da
civilização ocidental que se encontra
ameaçada no Brasil. Hoje, fé e
política parecem manter uma
relação espúria, na qual princípios
religiosos contaminam de forma
indevida o processo legislativo
nacional.
Absurdamente, começa-se
a achar natural que projetos de lei
submetidos à Câmara dos
Deputados, ainda que consonantes
com os princípios da Constituição e
dirigidos ao todo da população —
religiosa ou não —, tenham de
passar pelo crivo doutrinário das
igrejas e fiquem reféns de sua
sanção.
Retira-se, assim, de parcela
considerável do povo brasileiro, a
possibilidade de regular seus
direitos constitucionais fora de
preceitos bíblicos que não abraçou.
"Ao mesmo tempo, as lideranças
religiosas assumem ares de
superioridade moral e alavancam
seus interesses políticos baseados
em uma ideologia teocrática de
exclusão, que desqualifica quem não
partilha de sua fé.
"
Ninguém é melhor ou mais ético
porque tem religião. Cada um tem o
direito de escolher os princípios
morais que nortearão sua vida de
acordo com a sua consciência. Essa
prerrogativa fundamenta os direitos
individuais. Foi conquistada a duras
penas, em reação, justamente, ao
monopólio ideológico e religioso
que, diversas vezes na história,
impôs-se com resultados terríveis
para a humanidade.
Ao longo dos séculos, muitas
atrocidades foram cometidas em
nome da Bíblia e de outros textos
religiosos. Não fosse a garantia da
pluralidade democrática, o mesmo
deputado que vocifera contra cultos
de matriz africana ou direitos
reprodutivos das mulheres, poderia
ter sido queimado na fogueira da
Inquisição católica ou morto por
apedrejamento como infiel.
O Brasil é um país diverso. E quer
continuar a sê-lo. Nele, não deve
haver espaço para a intolerância O
Congresso não legisla apenas para
quem tem religião. Tem de proteger
a todos. Tentar impor uma ideologia
religiosa por meio da ação
legislativa desfigura nossa
democracia. Os religiosos têm o
direito de observar seus princípios,
mas não podem impingilos ao resto
da população.
O Brasil não é regido
pela Bíblia. Que os religiosos
cultuem o que quiserem, mas que
respeitem quem não pensa como
eles (grifo nosso) e não quer viver
como eles.
É importante que as autoridades do
governo tentem colocar em
perspectiva a ação política de grupos
religiosos no Brasil. O Estado
brasileiro é laico e deve comportar-
se como tal. Em mais de uma
instância, minorias sociais têm visto
seus direitos individuais virarem
moeda de troca. Tolerar a
intolerância pode render votos, mas
não é uma forma justa de governar.
ALEXANDRE VIDAL PORTO é
advogado
Fonte: http://
sergyovitro.blogspot.com.br/2012/03/
o-brasil-nao-e-regido-pela-
biblia.html
Tirei esta matéria do bar do ateu apesar de estar com o link foi de lá que eu tirei.
O autor trabalha em cima de uma falácia muito utilizada para defender a manutenção do crucifixo mesmo contra o princípio da laicidade que é apelar à tradição, como se isso fosse fundamento jurídico para se violar a Constituição. Demonstrou que tradições não são para serem valoradas e legitimadas acriticamente pelo Estado, como desejam cristãos favoráveis à manutenção por interesses privados. Apresentou justamente o contraponto de que tradição não é necessariamente algo bom; algo que deve ser preservado!
O Brasil ainda possui muita oposição à aplicação plena da democracia. Muita dessa oposição vem de uma tradição de sempre querer que seu interesse privado se sobressaia ao público, ora alegando direito individual, ora alegando “direito de maioria” – sempre com cinismo! A democracia para esses indivíduos só é desejável quando é para benefício deles...
Citando outro exemplo, é a reclamação que eu tenho aqui sobre a Farra do Boi, que é um absurdo, mas as pessoas inisstem que não tem nada de errado "porque é tradição". Foda-se que é tradição, isso não a torna menos estúpida ou prejudicial - Como no exemplo da escravidão. Se está errado, tem que mudar. Como foi com a escravidão, com a submissão de mulheres, etc, etc, etc., e como deve ser com a qeustão so símbolos religiosos em repartições públicas.
Mania do povo de achar que porque algo sempre foi de um jeito, tem que continuar sendo desse jeito. Quando vemos que algo está errado, devemos mudar isso para melhorar a sociedade, simples assim. O passado tem sua importância, sim, mas nada é tão importante quanto o futuro.
Mas quando religião entra no meio, aí ferrou... Tudo que elas querem é que tudo permaneça intocável, imutável e medieval.
Artigo 226 - A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
(…)
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
Houve mudança da constituição ? não não houve .
A quem cabe promover uma constituinte n é o legislativo?
quem passou por cima da constituição, não foi o judiciário?
Porque? porque o ESTADO é o povo, e os legisladores são eleitos pelo povo, e os legisladores temendo perder voto jamais aprovariam uma mudança destas.
Pelo amor de Deus n estou discutindo se é certo ou errado.
E pela constituição todos somos iguais, porque querem aprovar cotas para homossexuais e afros ?
Porque se uma pessoa agredida for hétero tem menos direitos que se fosse homossexual ou crime caracterizado como crime racial, o agressor fica preso.
Mas onde diabos existe cota para homossexuais? Sei não, mas acho que você viajou nessa.
Só repetindo parte do que comentei em Feb 26, 2012 05:41 PM...
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E acho q vale p/ outras coisas também, inclusive feriados religiosos de origem da ICAR. Vejam como os feriados e dias santos da ICAR estão atrelados às leis, sobretudo trabalhistas, de forma tão 'natural' q ninguém percebe. E ñ mexe só em serviços públicos, pois praticamente submete atividades privadas a resguardar feriados q nada têm a ver c/ as preferências do dono do negócio. É assim qdo um ateu, judeu ou árabe e descendente se veem 'obrigados' a fechar o seu negócio aos domingos, pois se quiseram trabalhar vão encontrar barreiras de 'tradição' e legais, já q pra efeitos de CLT todos os dias são úteis, incluindo sábados, vejam lá o artigo, menos o domingo!! Sei de uma dona de escola de inglês q ñ abre aos sábados pq é adventista, mas ñ pode compensar esse dia nos domingos por questões trabalhistas. Embora o texto diga 'preferencialmente’ aos domingos, acaba sendo 'obrigatoriamente', já q em domingos e feriados o pagamento é diferente dos demais dias 'úteis'.De todas as 'tradições', acho q as q se misturaram a leis diversas, sobretudo trabalhistas,são as mais resistentes à mudança. As pessoas querem os feriados, as folgas aos domingos e ñ se dão conta q o calendário e certas coisas organizadas em torno dele são ligadas a religiões, Cristianismo em especial, e dentro dele a força da ICAR q é tão grande e cristalizada nas nossas rotinas q poucos percebem q parece coisa da vida civil e 'laica'( s/ influência religiosa), mas na verdade NÃO É, tem os pés bem ficados na religião. Mexer em tais tradições não é tirar direitos conquistados. Mas é preciso pensar q feriado de Natal é religioso, sim! Ñ parece oportunismo ou esquizofrenia nas convicções querer mexer em símbolos como cruzes e relegá-los aos redutos religiosos (certo!),e, ao mesmo tempo fingir que Natal e Sexta-feira Santa ñ são símbolos e rituais q ñ deveriam interferir na vida de todos?A laicidade apita em quais terreiros afinal? Ou leis q determinam feriados ñ são atos de Estado — e note-se lá nos textos q ressaltam q feriados devem levar em conta as tradições locais, incluindo religiosas! Ou qdo repartições públicas param em feriados q tais ñ é uma perturbação da laicidade?
Por que uma audiência ñ pode ser feita no dia 24/ 25 de dezembro?? Por que ñ trabalham...E por que ñ trabalham? Por que é feriado de UMA certa religião...Ora, o calendário assim arranjado está decidindo atos judiciários e de Estado ou ñ? Da mesma forma q uma cruz ou santo poderia 'inspirar' ações dos julgadores?
Foi mais fácil acabar com a escravidão q existia desde tempos imemoriais, bem antes do aparecimento do calendário infestado de datas carregadas de altíssima carga religiosa, do q enfrentar tais mudanças e imposições protegidas de 'tradições' q são até bem mais recentes, vide Carnaval q nunca foi feriado, ñ é feriado p/ fins trabalhistas, mas já virou tradição folgar todos aqueles dias, na base do 'todo mundo gosta assim, faz assim'... Não é preciso mudar o nome de Santo da cidade ou qquer lugar, mas tirar o feriado do dia do Santo isso deveria merecer o mesmo empenho q tirar cruzes. Só ilustrando: em SC faz tempo q o dia da 'santa' ñ é feriado, nem mesmo do dia da padroeira da capital,mas alguns municípios vizinhos preservam o feriado do dia do santo padroeiro, via lei municipal. Dia 12 de outubro ñ era feriado nacional nem pra festejar Dia das Crianças, nem do Descobrimento da América, mas criaram feriado pra N.S. Aparecida em função da visita de um papa. Ora, ora. Tradição nenhuma é 'imexível'. Nem mesmo calendários, como se sempre tivesse existido só esse q conhecemos como o melhor, mais certo, mais conveniente, mais racional(?).
Segue...
Admiro Daniel pela coragem de dizer o q precisa ser dito, não se esconde travestido de agnóstico não militante, do tipo que espera as coisas acontecerem sem serem provocadas ou reivindicadas. Ele sai da zona de conforto, ponto pra ele.
Muito bem a cena invoca apenas a propaganda religiosa. Nesse ato simbolico, que não representa aboslutamente nada, todos mentem. Apenas as provas e os fatos dizem a verdade.
No lugar representando vida e liberdade ficaria melhor um vaso com uma bela planta.
PNDH3
381. Promover políticas destinadas ao primeiro emprego, incorporando questões de gênero e raça, e criar um banco de dados, com ampla divulgação, voltado para o público juvenil que busca o primeiro emprego.
Assim como o STF legislou no caso do casamento de pessoas do mesmo sexo, nada impede que faça novamente.
Nenhum dos ateus ignorantes se tocou de que esta informação está errada!
A Bula Dum Diversas é de autoria de do Papa Nicolau V.
O Combustível de sua descrença é, sem dúvida, a ignorância.
Nenhum dos ateus ignorantes se tocou de que esta informação está errada!
A Bula Dum Diversas é de autoria de do Papa Nicolau V.
O Combustível de sua descrença é, sem dúvida, a ignorância.
Templário, você tomou seus remédios hoje?
E mesmo se fosse verdade, promover apenas uma religião é sacanagem!
Prabens ao Daniel.
Não foi Paulo VI.
Foi Nicolau V.
Nooooossssa!
Mudou tudo!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKK
“A escravidão, por exemplo, é uma tradição que remonta não só aos primeiros dias da colonização no Brasil, mas vai muito além, e está bem fundamentada nos textos sagrados das três religiões abraâmicas.”
O “sapiente” Daniel omite aqui que a escravidão remonta praticamente desde o inicio da sociedade humanas, não somente nas religiões monoteistas. Se bem que não da pra esperar muito do Daniel é um completo desinformado.
“Sua Santidade, Paulo VI, dirigiu ao rei de Portugal a bula Dum Diversas, em que afirmou:
“Nós lhe concedemos, por estes presentes documentos, com nossa Autoridade Apostólica, plena e livre permissão de invadir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos e quaisquer outros incrédulos e inimigos de Cristo, onde quer que estejam, como também seus reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades… e reduzir suas pessoas à perpétua escravidão”
Paulo VI?? Kkk , Daniel não tem nem a capacidade de averiguar suas fontes, quem escreveu a Dum Diversas foi Nicolau V em 1452 em plena batalha com os árabes sarracenos que ameaçavam a Europa, alias há varias bulas papais condenando a escravidão
“Esta é nossa tradição. Por que deveríamos negá-la, se está sustentada pela Bíblia e reafirmada pelas palavras de mais de um Santo Padre?”
Mas, se você ler as cartas de São Paulo e dos demais Apóstolos, você verá que eles recomendavam aos escravos que obedecessem a seus senhores.
Na mesma epístola aos Colossences, São Paulo recomenda aos escravos que obedeçam a seus senhores, e não que se revoltem: "Servos, obedecei em tudo a vossos senhores temporais, não servindo só quando sob suas vistas, como para agradar aos homens, mas com sinceridade de coração, temendo a Deus"( Col.III 22).
E aos Efésios escreve São Paulo: "Servos, obedecei a vossos senhores temporais com reverência e solicitude, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo." ( Ef.VI, 5).
Mas São Paulo determinava também que os senhores tratassem bem os seus escravos.
Ele recomenda especialmente que Filemon não maltratasse o seu escravo Onésimo que havia fugido (Cfr Epístola de São Paulo a Filemon, I, 8-19). E jamais os Apóstolos pregaram a revolta dos escravos.
Se a Igreja não pregou em Roma a revolta dos escravos, apesar de ensinar que em Cristo não havia mais senhor ou servo, é porque ela foi obrigada a aceitar a situação anômala existente no Império, e que ela não tinha força de mudar. Mas, logo que a população do Império Romano ficou católica, já não houve mais escravos. Não foi necessária uma lei de libertação dos escravos: triunfante o cristianismo, não existiram mais escravos.
Infelizmente, com o fim da Idade Média e com o advento do Humanismo Renascentista-- que queria voltar à cultura romana e que condenava a cultura cristã medieval -- voltou a escravidão. Foi o Humanismo, foi o Renascimento que trouxe de volta a escravidão. E hoje, os que elogiam o Renascimento querem atribuir à Igreja a escravidão. Foi o contrário o que aconteceu. Com o Renascimento voltaram o paganismo e a escravidão. E a Igreja sempre condenou a escravidão, embora fosse obrigada a aceitar a situação que existia, mas logo que foi possível a Igreja combateu a escravidão até derrubá-la. Aqui no Brasil, foram os conventos e os sacerdotes os primeiros a libertar os escravos e a favorecer a abolição da escravatura.
Portanto, é de uma tremenda ignorância comparar a escravidão que esteve arraigada na sociedade humana com a doutrina católica e tentar proibir a manifestação de religiosidade através dos crusifixos
Não se esqueça do nossa tradição de embolachar a mulherada que vem sendo sistematicamente combatida.
André Luis.
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