Título original: Territórios livres
por Luis Fernando Verissimo para o Estadão
Imagine que você é o Galileu e está sendo processado pela Santa Inquisição por defender a ideia herética de que é a Terra gira em torno do Sol e não o contrário. Ao mesmo tempo você está tendo problemas de família, filhos ilegítimos que infernizam a sua vida e dívidas, que acabam levando você a outro tribunal, ao qual você comparece até com uma certa alegria.
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Crucifixo em espaço público é direito da maioria, diz padre
março de 2012
Ministro do Supremo apoia retirada de crucifixos dos tribunais
março de 2012
Religião no Estado laico. Religião na Justiça. Verissimo, ateu famoso.
por Luis Fernando Verissimo para o Estadão
Imagine que você é o Galileu e está sendo processado pela Santa Inquisição por defender a ideia herética de que é a Terra gira em torno do Sol e não o contrário. Ao mesmo tempo você está tendo problemas de família, filhos ilegítimos que infernizam a sua vida e dívidas, que acabam levando você a outro tribunal, ao qual você comparece até com uma certa alegria.
No tribunal civil será você contra credores ou filhos ingratos, não você contra a Igreja e seus dogmas pétreos. Você receberá uma multa ou uma reprimenda, ou talvez, com um bom advogado, até consiga derrotar seus acusadores, o que é impensável quando quem acusa é a Igreja. Se tiver que ser preso será por pouco tempo, e a ameaça de ir para a fogueira nem será cogitada. No tribunal laico, pelo menos por um tempo, você estará livre do poder da Igreja. É com esta sensação de alívio, de estar num espaço neutro onde sua defesa será ouvida e talvez até prevaleça, que você entra no tribunal. E então você vê um enorme crucifixo na parede atrás do juiz.
Não adianta, suspiraria você, desanimado, se fosse Galileu. O poder dela está por toda a parte. Por onde você andar, estará no território da Igreja. Por onde seu pensamento andar, estará sob escrutínio da Igreja. Não há espaços neutros.
Um crucifixo na parede não é um objeto de decoração, é uma declaração. Na parede de espaços públicos de um país em que a separação de Igreja e Estado está explícita na Constituição, é uma desobediência, mitigada pelo hábito. Na parede dos espaços jurídicos deste país, onde a neutralidade, mesmo que não exista, deve ao menos ser presumida, é um contrassenso - como seria qualquer outro símbolo religioso pendurado.
Um crucifixo na parede não é um objeto de decoração, é uma declaração. Na parede de espaços públicos de um país em que a separação de Igreja e Estado está explícita na Constituição, é uma desobediência, mitigada pelo hábito. Na parede dos espaços jurídicos deste país, onde a neutralidade, mesmo que não exista, deve ao menos ser presumida, é um contrassenso - como seria qualquer outro símbolo religioso pendurado.
É inimaginável que um Galileu moderno se sinta acuado pela simples visão do símbolo cristão na parede atrás do juiz, mesmo porque a Igreja demorou mas aceitou a teoria heliocêntrica de Copérnico e ninguém mais é queimado por heresia. Mas a questão não é esta, a questão é o nosso hipotético e escaldado Galileu poder encontrar, de preferência no poder judiciário, um território livre de qualquer religião, ou lembrança de religião.
Fala-se que a discussão sobre crucifixos em lugares públicos ameaça a liberdade de religião. É o contrário, o que no fundo se discute é como ser religioso sem impor sua religião aos outros, ou como preservar a liberdade de quem não acredita na prepotência religiosa. Com o crescimento político das igrejas neopentecostais, esta preocupação com a capacidade de discordar de valores atrasados impostos pelos religiosos a toda a sociedade, como nas questões do aborto e dos preservativos, tornou-se primordial.
Fala-se que a discussão sobre crucifixos em lugares públicos ameaça a liberdade de religião. É o contrário, o que no fundo se discute é como ser religioso sem impor sua religião aos outros, ou como preservar a liberdade de quem não acredita na prepotência religiosa. Com o crescimento político das igrejas neopentecostais, esta preocupação com a capacidade de discordar de valores atrasados impostos pelos religiosos a toda a sociedade, como nas questões do aborto e dos preservativos, tornou-se primordial.
A retirada dos crucifixos das paredes também é uma declaração, no caso de liberdade.
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Crucifixo em espaço público é direito da maioria, diz padre
março de 2012
Ministro do Supremo apoia retirada de crucifixos dos tribunais
março de 2012
Religião no Estado laico. Religião na Justiça. Verissimo, ateu famoso.
Comentários
um objeto da fé romana cristã então afinal o que este objeto esta
fazendo dentro das repartições
públicas o que o estado tem a
ver com a religião que os
outros professam se de fato ele
é um estado laico?
Já passou da
hora de banir este símbolo
medíocre das repartições
públicas e poderia ser qualquer
outro símbolo que seria
medíocre do mesmo jeito para
estar nas repartições públicas e
outra não somos uma
teocracia.*
vejo que sua empreitada contra a religiosidade continua.
enfim tambem sou contra crucifixos em locais publicos, nao porque o estado é laico, mas porque o simbolo da cruz nao é um simbolo cristao, mas catolico. de acordo com a biblia e a historia a cruz era um simbolo do mal.
somos um estado laico, mas religioso , graças a Deus.
é estranho certos ceticos serem contra simbolos religiosos e a favor do aborto e contra a pena de morte, um ser que esta se formando e nao tem como se defender pode ser morto, mas um criminoso que mata pai de familia pra roubar nao?
nao vi aqui no seu blog uma materia falando dos gays que estupraram e torturaram um menino em SP.APESAR de seu blog ser pessoal, mas o senhor é um jornalista, e um jornalista tem que ser imparcial.
Aff fala sério o Brasil não é e nunhcca jamais vai ser laico,por isso eu não vejo a hora de ir morar na Inglaterra.
Afirmação de um leigo, só pode ser. Estado Laico e religioso é oximoro, ou seja, uma definição é contrária a outra. Ou o Estado é laico, ou o Estado é religioso, pois no conceito de laicidade não há religiosidade do Estado!
Afirmar que um estado é laico e religioso é erro primário!
O restante dos sofismas nem vale a pena refutar! É falácia ad hominem, é falácia da generalização apressada, tu quoque, espantalho, etc...
Comente mais, Izaque Bastos
Gostei das piadas....
Um doce para que souber onde Galileu foi sepultado
Graças à igreja ele teve que passar a vida toda negando uma teoria verdadeira.
Quando se trata de uma profissional espúria e vergonha da nossa classe - da psicologia- semear a mais crassa ignorância supersticiosa como "ciência"; invocam o princípio da liberdade religiosa...Mas quanto a mesma fanática fundamentalista demonstra-se obtusa e recalcitrante ao nível de psicótica; na apologia do segregacionismo, acepção de pessoas (que a própria Bíblia define como pecado!) e homofobia criminosa; tratam de "defendê-la" pois é por causa DE DEUS que a estão "silenciando"...Hipócritas! Serpentes!Até quando?
A hiporisia das serpentes, ou seria a ofídica natureza dos hipócritas? Tanta confusão pela presença do crucifixo nos Tribunais, e nenhuma reivindicação para o entronizarem nas suas paredes, em suas salas! Há muito que os outrora corações de Jesus e de Maria foram retirados, considerados bregas e cafonas, e os crucificos idem. Retirados inclusive dos pescoços, por conta da crença supersticiosa que "cruz atrai sofrimento"...Se os católicos gostassem tanto assim do crucifixo, o estampariam em suas capas de cadernos, em suas mochilas, o encimariam nos telhados de suas "religiosíssimas" residências; não o teriam retirado das salas dos seus domicílios, para tantos televisores terem ocupado o lugar sagrado...Entronização mesmo, hoje, na casa católica, é a Tv de plasma, como o pinguim de geladeira de antigamente, na cozinha reinando, absoluto, entronizado! E aquele terço gigante, horroroso, de artesanato, que pregavam nas paredes, em forma de coração ou triângulo invertido, dependurado? Foram também desterrados, para o lixo, enquanto as estantes modernas e prateleiras suspensas passaram a ostentar fotos modernas, coloridas...Ao mesmo tempo que baniram os retratos de pai e mãe, outrora "sagrados", nos quadros emoldurados. Breguice, cafonice, o sagrado dos locais privados excluído, deve ser religiosamente consagrado; no espaço público violado com tal lixo, e poluído por esse refugo alienado?
Em nossa Clínica temos um exemplo dessa hipócrita religiosidade da confusa e paradoxal "alma cristã" brasileira. Minha irmã é oncologista, e possui por força de tradição, uma estatueta do tal São Peregrino, venerado por muitas de suas pacientes...Na última reforma, a arquiteta sugeriu (no espaço privado, do consultório); "sabe como é ...doutora, a decoração deve ser o menos pessoal possível"...Até para o seu próprio bem, pois a senhora deve ter pacientes evangélicas, atéias, budistas, judias, muçulmanas etc. Não gostaria de retirá-lo?" E lá se foi o São Peregrino...Depois de alguns dias, mesma Arquiteta, conhecida na cidade, encabeça um movimento, financiado pelas católicas ricas, para entronizar, em espaço público(praça) uma estatua de Nossa Senhora de Fátima...Que elas obviamente não querem em casa! Não na sala de suas casas! Vá entender as serpentes, e os hipócritas...
O estado é laico e é por isso que as religiões (no plural) têm o seu espaço. A laicidade do Estado deveria interessar mais aos religiosos do que a nós, ateus. A não ser, é claro, que os religiosos em questão sejam os dominantes, sejam os que sonham com uma teocracia, em outras palavras, sejam os evangélicos.
Aborto e pena de morte são assuntos que não se relacionam com o tema em pauta. Em sou ateu e sou contra o aborto, a favor da pena de morte e a favor da retirada dos símbolos religiosos dos espaços laicos.
Ah! Então você é a favor que se destrua o Cristo Redentor? Não, não sou. O cristo Redentor nem sequer deveria ter sido erguido. O foi numa época em que a laicidade do Estado era uma novidade ainda desconhecida por muitos. Hoje, tendo em vista que o Cristo Redentor é um símbolo de turismo, de comércio, de se ganhar dinheiro, não é inteligente derrubá-lo.
E sobre o blog, é um blog, ou seja, o dono dele escreve o que quiser e o que tiver vontade dentro dos objetivos que o motivaram a criá-lo.
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Vejamos um símbolo da Justiça em varias partes do mundo:
“DEUSA de olhos vendados - Usualmente uma imagem da deusa romana Iustitia, que corresponde à grega Diké, significa o desejo de nivelar o tratamento jurídico de todos por igual, sem nenhuma distinção. Tem o propósito da imparcialidade e da objetividade. É a afirmação de que todos são iguais perante à lei. Portanto, uma vez que seus olhos estão vendados, elucidam o disposto clara e evidentemente. Há que se dizer que a imagem original não comportava tal venda, no entanto, com a evolução da humanidade, por obra dos alemães, esta se faz presente até hoje.”
[http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADmbolos_da_Justi%C3%A7a]
Esta perseguição contra símbolos que fazem parte da historia de um povo me parece uma grande infantilidade, tipo aqueles caras do Afeganistão que explodiram uma belíssima imagem de Buda incrustada na rocha.
Nosso judiciário tem tantas deficiências, mas a prioridade é tirar os crucifixos das paredes... então tá!
Depois da Copa, Olimpíadas, Trem Bala, Comissão da Verdade... nada mais me assusta a respeito de nossas prioridades.
http://terapiadalogica.blogspot.com.br/
A deusa Têmis simboliza o que?
O crucifixo simboliza o que?
Já percebeste a diferença? Já percebeste a falácia que você cometeu? Já percebeste que a comparação que fizeste entre esses dois símbolos foi equivocada?
Eu vou lhe ajudar.
A deusa Têmis simboliza a Justiça. Por um acaso, a Justiça é alguma religião?
O crucifixo simboliza e representa o Cristianismo. Seria o Cristianismo uma religião?
Percebeste?
Primeiro que tentar associar a campanha de cumprimento da laicidade de se retirar o crucifixos dos tribunais com um atentado a um símbolo budista é típica falácia ad terrorem – além da grande desonestidade intelectual.
Segundo que não é perseguição contra nenhum símbolo: é cumprimento de princípio constitucional, em consonância com a democracia.
Terceiro que “fazer parte da história” não é argumento que se sustenta, visto que não dá embasamento jurídico para se contrariar norma constitucional. Além do mais, é bastante fraca a idéia de que o Estado deva ser um simples legitimador acrítico da história, dando, inclusive, preferência a determinada religião, e esquecendo-se que diversas outros elementos e religiões também fizeram parte da nossa história.
“Nosso judiciário tem tantas deficiências, mas a prioridade é tirar os crucifixos das paredes... então tá!”
Essa é o velho estratagema de redução da importância do tema, com finalidade de torná-lo tabu e retirá-lo de discussão, tendo seu interesse preservado mesmo sem razão.
É um falso interesse num “bem maior”, tendo em vista que quem recorre a esse estratagema tem enorme interesse na manutenção do crucifixo, e não no tal “bem maior” (neste caso, as “deficiências” do judiciário). É um típico sofisma!
Ademais, mesmo como argumento, não prospera de forma alguma. Primeiro que não vivemos em uma sociedade monotemática, onde se sobressai o pensamento binário – por mais que esse pensamento esteja na mentalidade de muitos cidadãos. Vivemos em uma sociedade pluritemática, até mesmo por causa do multiculturalismo, e isso é requisito essencial para a nossa evolução enquanto democracia e república. Por isso mesmo, a retirada dos crucifixos não obsta ou exclui qualquer solução para outros problemas do judiciário, sendo, ao contrário, parte desses problemas – pois a tentativa de se manter um símbolo cristão por interesse privado viola o princípio da impessoalidade, e é a primeira demonstração de um Estado corruptível.
Para terminar, o argumento da Têmis como suposta “contradição” dessa campanha. Têmis foi símbolo de uma deusa de uma mitologia que não existe mais. Não há mais seguidores da mitologia grega! O símbolo, como bem explicado pelo Willpapp, está representando a justiça, e não uma suposta divindade que nem conotação religiosa tem mais. E justiça não é religião...
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Não, não percebi.
Uma Deusa é uma divindade então em Estados laicos não poderia existir estes símbolos espiritualistas, o argumento do colega que disse que pode porque a religião da deusa não existe mais...HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH! Seria um incentivo para que a religião voltasse a existir.
No segundo tópico, que eu saiba, a interpretação legal feita pelo juiz no Brasil não é orientada pela bíblia cristã ou dogmas cristãos, logo a imagem da cruz fica no mesmo nível simbólico da deusa.
Mas não vou me estender neste debate, não tenho necessidade de dar a ultima palavra em tudo então encerro dizendo que nos novos Fóruns a compra de crucifixos pode ser cancelada, mas nos que já estão com a cruz, que fiquem lá.
Do jeito que vai qual seria o próximo passo? Explodir o Cristo Redentor?
Boa noite a todos, foi um dia cansativo...fui!
“Art. 5. A Religião Catholica Apostolica Romana CONTINUARÁ a ser a Religião do Imperio. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem fórma alguma exterior do Templo.”
Mais adiante podemos ler:
“Art. 95. Todos os que podem ser Eleitores, abeis para serem nomeados Deputados. Exceptuam-se
III. Os que não professarem a Religião do Estado.”
Ou seja, se não forem católicos não serão hábeis para serem nomeados Deputados.
“Art. 103. O Imperador antes do ser acclamado prestará nas mãos do Presidente do Senado, reunidas as duas Camaras, o seguinte Juramento - JURO MANTER A RELIGIÃO CATHOLICA APOSTOLICA ROMANA, a integridade, e indivisibilidade do Imperio; observar, e fazer observar a Constituição Politica da Nação Brazileira, e mais Leis do Imperio, e prover ao bem geral do Brazil, quanto em mim couber.”
“Art. 106.0 Herdeiro presumptivo, em completando quatorze annos de idade, prestará nas mãos do Presidente do Senado, reunidas as duas Camaras, o seguinte Juramento - JURO MANTER A RELIGIÃO CATHOLICA APOSTOLICA ROMANA, observar a Constituição Politica da Nação Brazileira, e ser obediente ás Leis, e ao Imperador.”
“Art. 14I. Os Conselheiros de Estado, antes de tomarem posse, prestarão juramento nas mãos do Imperador de - MANTER A RELIGIÃO CATHOLICA APOSTOLICA ROMANA; observar a Constituição, e às Leis; ser fieis ao Imperador; aconselhal-o segundo suas consciencias, attendendo sómente ao bem da Nação.”
Juramentos de manter a Religião Católica. Interessante.
“Art.179
V. Ninguem póde ser perseguido por motivo de Religião, uma vez que respeite a do Estado, e não offenda a Moral Publica.”
Ou seja, se você não respeitasse a religião do Estado – o Catolicismo – poderia ser perseguido. Que legal!
Os crucifixos ainda existem nos Tribunais, Câmaras e demais repartições públicas POR SEREM UM RESQUÍCIO DA DOMINAÇÃO CATÓLICA NESSE PAÍS; dominação que durou quase 400 anos. Só em 1891, dois anos após a Proclamação da República, é que a laicidade do Estado foi instituída. Isso significa 121 anos de laicidade; uma laicidade que passou despercebida durante muito tempo; uma laicidade que, só agora, está sendo levada a sério; uma laicidade constantemente ameaçada, não mais pelos católicos, mas, sim pelos evangélicos. Retirar esses crucifixos dos Tribunais pode parecer pouco importante, mas não o é. Essa atitude significa que a laicidade desse país está realmente acontecendo, que está saindo do papel, que está sendo respeitada e cumprida. Não há o que reclamar.
É necessário saber analisar os símbolos. Entender o que eles significam. E entender, também, o que significa laicidade. Sem isso o debate torna-se infrutífero.
Não dá sinceramente para compreender a risada com a sua pura falta de argumento! O que expliquei é algo histórico, com fundamento, que deixa claro que a Têmis não possui espiritualidade, o que é totalmente diferente de um crucifixo cristão – mais precisamente católico! “Incentivo para que a religião voltasse a existir” é puro devaneio em sua mente...
“ No segundo tópico, que eu saiba, a interpretação legal feita pelo juiz no Brasil não é orientada pela bíblia cristã ou dogmas cristãos, logo a imagem da cruz fica no mesmo nível simbólico da deusa.”
Essa afirmação é totalmente confusa! Não diz nada...
A laicidade importa, dentre outras coisas, que o Estado não tenha confissão sobre qualquer crença. Crença deve ser existente no sentimento e na mentalidade dos cidadãos. Se uma religião (na verdade, uma mitologia) deixou de existir por ausência de crença, suas simbologias deixaram de ter conotação metafísica. Portanto, a ligação com a simbologia cristã é totalmente sofismática!
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