Estudo se focou em pessoas que creem ter contato com divindades |
Essa jovem faz parte do grupo de evangélicos de Chicago e Palo Alto (Estados Unidos) que a antropóloga Tanya Luhrmann estudou por quatro anos para escrever um livro onde defende a tese de que as pessoas que afirmam ter contato com divindades sofrem de alucinações não psicóticas.
A abordagem de Luhrmann é inédita porque os estudos sobre alucinações se concentram em pessoas esquizofrênicas e nas que têm outros transtornos mentais.
O que a antropóloga fez foi estudar pessoas tidas como “normais”, ou seja, emocionalmente estáveis, mas com experiência sensorial incomum, a do contato direto com Deus. Para ela, pesquisar essas alucinações é uma forma de entender como funciona a mente humana.
No livro When God Talks Back, Luhrmann conta que a maioria dos 30 evangélicos que entrevistou disse ter ouvido a voz de Deus ou agraciada com uma visão sagrada uma ou mais vezes ao longo de um período.
Livro surgiu de
estudo de 4 anos
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Luhrmann disse que a sensação de estar se comunicando com o sobrenatural não ocorre só com pessoas religiosas e que muitas delas não revelam essa experiência porque têm medo de serem considerados como doentes mentais.
A antropóloga escreveu que essas experiências se inserem dentro do padrão da normalidade desde que ocorram poucas vezes durante a vida das pessoas. Se forem frequentes, os casos passam a ser de debilidade mental, de alucinação psicótica.
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