com atualização
Na quinta-feira (12), uma professora de inglês do Colégio Estadual General Carneiro, de Roncador (PR), expulsou da classe um aluno ateu de 16 anos que não quis rezar. Roncador tem cerca de 11.000 habitantes e fica a 435 km de Curitiba.
Wanderson Flores da Rocha, tio do estudante, contou que o sobrinho se sentiu discriminado pela professora por se recusar a participar do “momento de reflexão”.
“Não gostei”, disse Rocha. “Isso não poderia ter acontecido porque o nosso estado é laico e a escola é pública.”
Rocha denunciou a discriminação à direção da escola e à Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos), que enviou um ofício ao estabelecimento pedindo providências.
O Conselho Escolar determinou que a professora não fizesse qualquer tipo de proselitismo religioso, mas, segundo o estudante, ela passou a propor a oração como opção a quem quisesse. “Ela desrespeitou o conselho”, afirmou Rocha.
Daniel Sottomaior, presidente da Atea, disse que esse tipo de discriminação faz parte da rotina das escolas. “O que chama a atenção é que de uns tempos para cá as pessoas têm denunciado esses abusos com maior frequência.”
Em Miraí (MG), o estudante Ciel Vieira, por se recusar a rezar o pai-nosso, teve de ouvir da professora Lila Jane de Paula que “jovem que não tem Deus no coração nunca vai ser nada na vida”.
Em outro caso recente, o estudante Guilherme Marçal, 13, vinha se sentido intimidado por professores e pela diretora da Escola Estadual Gertrudes Eder, da Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, por se manter em silêncio durante uma oração obrigatória, no pátio de esportes do estabelecimento.
O estudante de Roncador contou que deixou de acreditar em Deus ao tomar conhecimento mais profundamente das "teorias da ciência". Ele afirmou estar satisfeito com a decisão da escola de proibir o proselitismo religioso. “Senti que minha opinião vale.”
Com informação da Folha de Londrina. do G1.
Tribunal suspende lei que impôs pai-nosso nas escolas de Ilhéus
março de 2012
Religião no Estado laico.
Comentários
É o começo de uma faxina no sistema educacional. Ou ao menos, é o que eu espero que seja.
Para ser um processo tipo queda de dominós, cada caso teria que gerar condições para que mesmo casos não denunciados fossem reprimidos. Isto é, as situações já constatadas deveriam gerar leis ou resoluções que proibissem atos religiosos em todas as escolas.
A Nota de Repúdio da ATEA é irrelevante.
A professora deveria ser, no mínimo, multada ou suspensa. Mas isso não aconteceu.
Casos isolados vão continuar a ocorrer e nenhum resultado importante vai ser tirado disso.
Por um lado, eu só lamento por isso. Mas por um lado, isso significa que as coisas estão mudando drasticamente.
Isso se chama REVOLUÇÃO!
Se for piada, não tem graça
Com o tempo essas pessoas começarão a reconhecer que crença é algo muito pessoal e não pode ser imposto.
Dando um exemplo:
Se no futebol, aparecer uma regra que torna obrigatório dar um beijinho de desculpas no jogador adversário, o que deveria acontecer ?
Ora, todos os treinadores vão chamar seus jogadores e explicar a situação, obrigando a todos os jogadores a darem beijinhos nos adversários.
Mas as escolas não estão fazendo isso ou então são coniventes com o modo de ação dos professores, portanto todos deveriam ser punidos, tanto professores como a direção da escola.
Afinal, o estado é leigo.
Quando vemos outros fazendo aquilo que temos vontade de fazer somos incentivados a fazê-lo.
O efeito dominó encerra esse sentido.
Complicada é a situação dos pais que muitas vezes tem de se calar diante disso pois seu filho esta na mão dessa gente alem de que ao reclamar pode trazer um estigma para a criança e até expor ela a rótulos e bullying.
Já me vi nessa situação e tive de me conter por o estado não ser firme nessa questão.
Simples assim.
Att.,
Espancador de Pastores
O problema começa quando professores religiosos (direito assegurando pelo estado laico) introduzem em sala de aula suas crenças (desrespeitando o mesmo estado laico).
É aquele velho conceito simples mas que poucos compreendem: o direito de um vai até onde começa o direito do outro. Simples assim.
Para crentes, estado laico no c** dos outros é refresco.
Att.,
Espancador de Pastores
- Quando ministros da justiça do supremo, dizem que um crucifixo não é um simbolo religioso, mas cultural;
- Quando professores obrigam alunos a rezar em escolas publicas, mesmo sabendo ser proibido;
- Quando prefeituras ajudam, na construção de templos e memoriais a determinadas religiões;
- Quando é necessário uma batalha ferrenha, para retirar a frase "DEUS SEJA LAVADO" das cédulas monetárias;
Por isso e muito mais, acredito que o Estado é Leigo !
Mas outro problema sério é a educação em si mesma. Nossos alunos estão saindo da escola sem conhecer os princípios elementares da matemática.
Penso que uma melhor educação científica diminuiria o fanatismo religioso.
Valdo.
Anda acontecendo coisa parecida com 'câmara' e 'câmera'.
A forma mais 'castiça' seria 'câmara fotográfica', significando algo fechado, não importando formato quadrado, cúbico, redondo, etc. A palavra 'câmera' é um empréstimo do inglês, donde vieram termos como 'camera man/operator'. As maquininhas vieram pela via inglesa e não portuguesa, ora pois! hehehe.
Curiosamente, podemos usar tanto 'câmara' como 'câmera' para máquinas fotográficas e filmadoras, embora haja um certa preferência dessa àquela. No entanto, para demais usos, como salas de reuniões, dependências de um imóvel, miolos de pneumáticos e quejandos, a ambivalência soa exdrúxula e não se usa dizer 'câmara/câmera' dos deputados, do pneu, de descompressão, antecâmara/câmera...Coisas da língua, esta rebelde que se recusa a funcionar pelas leis da lógica, mas do uso...
Se eu estiver errada, corrijam-me, s.f.f!
De qualquer forma, a religião da gente (ou mesmo a falta de religião) não é conteúdo programático, não é razão pra se perder tempo de aula, que já é pouco (em inglês, são duas horas-aula por semana, de 50 ou mesmo 45 minutos cada, dependendo da escola). Religião é competência dos pais, em casa, e não dos professores. Pena que os crentes estão cada dia mais tomando para si a função de polícia dos bons costumes, e tentando socar os seus "bons" costumes goela abaixo de todo mundo.
Engraçadinho.
E por que ela tinha que rezar na sala de aula? Ela não podia rezar depois que a aula terminasse? Lugar de oração é na igreja.
Chegou a ler o outro caso? De uma professora que orava na sala fazendo com que um aluno sofresse bullying por ser de uma outra religião?
O bom é que como na matéria diz, esses casos estão sendo descoberto com maior frequencia^^
Quem eu acho que não tem esses valores é a professora.
Ela mesma descumpre com a palavra dela e expulsa um aluno. Acho que deveria ser proposto um teste pra ela também, para saber se não se trata de uma fanática religiosa.
Afinal, é fácil viver num pais cristão, SER CRISTÃO e achar que está tudo bem em enfiar suas crenças mitológicas na goela dos outros. O dia que fizerem o mesmo que você, gostaria de estar lá para ver a sua reação.
Não sei se você é cristão. Pouco me interessa. Mas você já viu como cristãos normalmente se sentem quando estão inseridos em um ritual religioso que não é do credo deles?
Experimente levar um evangélico a missa ou um católica na IURD. E olha que ambos são cristãos, heim!
Você disse tudo o que quer fazer e provavelmente não se deixa, aí dirige a outro. faça o seguinte se solte e faça você o que tudo disse.
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