O estudante já vinha sendo intimidado |
Era um recado para ele. Na classe, todos sabem que ele é ateu. A escola se chama Santo Antônio e é do ensino estadual de Minas. Miraí é uma cidade pequena. Tem cerca de 14 mil habitantes e fica a 300 km de Belo Horizonte.
Quando houve outra aula, Ciel disse para a professora que ela estava desrespeitando a Constituição que determina a laicidade do Estado. Lila afirmou não existir nenhuma lei que a impeça de rezar, o que ela faz havia 25 anos e que não ia parar, mesmo se ele levasse um juiz à sala de aula.
Na aula seguinte, Ciel chegou atrasado, quando a oração estava começando, e percebeu ele tinha sido incluído no pai-nosso. Aparentemente com a aquiescência da professora, alguns estudantes substituíram a frase “livrai-nos do mal” por “livrar-nos do Ciel”.
O rapaz gravou o bullying com o seu celular e o reproduziu em um vídeo no Youtube, onde expos a sua indignação (ver abaixo).
E só então, por causa da repercussão do vídeo, a direção da escola e a inspetoria passaram a cuidar do caso, mas para dar um jeitinho, de modo que a professora pudesse continuar a rezar o pai-nosso sem a presença de Ciel.
Contudo, a Secretaria de Estado da Educação, ao ser procurada pela Folha de S.Paulo, informou que a professora Lila tinha sido orientada a parar de rezar. Não se tem a versão da professora porque ela não quis falar com a imprensa. Lila é católica.
O estudante gravou um segundo vídeo para contar o desfecho do imbróglio e agradecer o apoio da Atea (Associação Brasileira dos Ateus e Agnósticos), de familiares e dos parentes.
Ao jornal, a mãe de Ciel comentou: “Até chorei quando vi o vídeo [o primeiro] dele. Meu filho sempre foi um aluno ético”.
Ela é espírita.
"Livrai-nos do Ciel, amém"
"O diretor disse que era só um probleminha"
abril de 2012
Comentários
(Ataulfo Alves)
Eu daria tudo que eu tivesse
Pra voltar aos dias de criança
Eu não sei pra quê que a gente cresce
Se não sai da gente essa lembrança
Aos domingos, missa na matriz
Da cidadezinha onde eu nasci
Ai, meu Deus, eu era tão feliz
No meu pequenino Miraí
Que saudade da professorinha
Que me ensinou o beabá
Onde andará Mariazinha
Meu primeiro amor, onde andará?
Eu igual a toda meninada
Quanta travessura que eu fazia
Jogo de botões sobre a calçada
Eu era feliz e não sabia
Parabéns Ciel, Daniel e os pais da rapaz pela coragem.
É um orgulho dividir um país com cidadãos como vcs.
Obrigada Paulo pela divulgação. :)
Ele é ateu, mas poderia ser judeu,espírita,budista ou seguidor de qualquer outra religião e igualmente, ter virado motivo de chacota.
Quando uma instituição de ensino não sabe respeitar as leis constitucionais de um país,se faz necessário tomar atitudes mais rígidas para se ter respeito,segurança e tranquilidade.
Foi-se o tempo em que se "dava uma balinha" pros jovens se distraírem de seus objetivos.Alguns, mesmo que ainda poucos,estão evoluindo, usando a cabeça prá se defender.
Ele começou sozinho,conseguiu o apoio necessário, e soube se fazer respeitar, não se rendeu aos ataques dos demais, mesmo sabendo que era o único que tinha opinião diferente em toda a classe.
O mundo precisa de pessoas assim: Jovens de atitude,conhecedores de seus direitos, que usando simplesmente de conhecimento e coragem, conseguem solucionar os problemas a seu redor.
Muito diferente daqueles que aceitam qualquer coisa que lhes inculquem, sem contestar se é certo ou errado, dizendo apenas "amém,amém,amém".
E sim ele deveria ter processado a professora por constrangimento. :X
Esse e ateu de verdade, esta lutando pelo Estado Laico.
Coisa que a grande maioria não faz, só se concentram em falar maus das religiões e dos deuses das mesmas...
Bando de revoltadinho.
Aqui o que é mais importante e o Estado Laico!
E é por isso que devemos lutar!
Tem um trechinho que precisa ser corrigido: "Não se tem a versão da professora porque ela não quiser falar com a imprensa". Deveria ser "quis" no lugar do "quiser".
Abraços e parabéns pelo blog.
Já que não sabem conviver em harmonia com outras pessoas que não acreditam na mesma fábula que vocês, a ponto de constranger, ofender e vilipendiar terceiros. Que a Justiça (sim, a dos homens, pois a tal 'justiça de deus' é parte da imaginação de vocês) os ensine. Professoras como essa, pastores como os do Leão de Juda Cola, Valdomiros, Macedos, Malafaias, Marisa Lobo, enfim... todos esses párias, merecem cada linha de processo judicial que lhe destinem.
Ao Ciel, meus parabéns garoto. É sempre um orgulho ver que ainda tem jovem ligado no que acontece ao seu redor, que não se deixa enganar, nem se levar por qualquer coisa.
Robson Kvalo
Agora é torcer para que as pessoas enxerguem a gravidade do problema. Tenho certeza de que a grande maioria da população, por ser cristã e preconceituosa, vai ficar do lado da "professora". Mas que ao menos as autoridades vejam que essas atitudes indesejadas estão muito mais comuns do que se pensa e que tomem uma atitude para acabar com esses professores proselitistas. Já temos muitos problemas na educação, com a falta de profissionais capacitados, infra-estrutura, materiais, etc... E agora mais isso? Que diabo de sistema educacional é esse? Está na hora de haver algumas mudanças bem drásticas, e investir em professores de verdade, que saibam ensinar suas matérias, que tenham vontade de formar a nova geração (em vez de fazerem só por obrigação, por ser seu trabalho, e por isso fazem de má vontade), que tenham compromisso e ética profissional. Que saibam separar sua vida pessoal de seu trabalho. Porque esses, hoje em dia, parecem ser a exceção, e não a regra (no ensino público, pelo menos).
Mas enfim... É isso aí, Ciel, você fez bem. Nunca deixe os outros acharem que podem pisar em você, por qualquer motivo que seja.
Nos ateus lutamos para manter o Brasil laico e pela justiça e dignidade, colocando o ser humano em primeiro lugar.
Esse bando (sim, literalmente bando; afinal eles não gostam de ser referidos como ovelhas?), de criminosos tem ser banidos de vez das repartições publicas como escolas, creches, etc.
Essa professora e um exemplo de como a religião frita o cérebro da pessoa não deixando pensar, virando mais um zumbi.
#INDIGNAÇÃO
Essa professora não deve ter estudado como deveria. Provavelmente fez um curso a distância.
A secretaria do estado deve explicar melhor aos seus professores o que é uma escola LAICA. Laica não é nome de cachorra.
Seria bom se todos os alunos que estejam passando por isso se manifestasse como você. Espero que pelo menos esses professores aprendam que escola não é igreja.
Essa escola deve ser um inferninho religioso. Se não fosse a intervenção externa da Atea o Ciel provavelmente iria ser queimado como herege.
Esse detalhe é revelador e nos mostra pelo menos duas coisas.
1 – Que durante 25 anos a professora desrespeitou a Lei com a cumplicidade de todos os profissionais de ensino com os quais trabalhou e que sabiam dessa prática.
2 – Que a professora, em relação a essa questão, sente-se intocável quando ela afirma que não iria parar, mesmo se um juiz fosse levado à sua sala de aula.
O desconhecimento dos artigos fundamentais da Constituição Federal por essa “professora” de história mostra-nos que ela, não apenas é uma mal profissional, mas, ainda, é um exemplo a não ser seguido por seus alunos. É uma pessoa que estraga o sistema público de ensino. E a coisa fica muito pior. Ao desafiar o aluno dizendo que não iria parar com o seu proselitismo, mesmo na presença de um juiz, nos mostra, de maneira clara e cristalina, que ela desafia, também, as leis que regem essa nação.
Esses fanáticos precisam ser combatidos com firmeza e de maneira exemplar. Precisam ser extirpados do serviço público. Com eles o serviço público só pode piorar. Se quisermos um serviço público de qualidade devemos, em primeiro lugar, contratar pessoas com as faculdades mentais em ordem; fanáticos religiosos não entram nessa categoria.
É inevitável. Uma guerra contra a teocracia se avizinha. Isso é só o começo.
Alguem tem algum email, twuiter coisa assim pra dar uns parabens ao menino?
Parabéns ao garoto, ele mostrou que ainda tem gente consciente nas escolas.
Agora, será que essa professora chegou ao menos a comentar o que começou a acontecer no século XVIII, quando alguns paísess começaram a fazer a separação entre igreja e Estado? Ou será que ela pulava essa parte?
Religião é um caso de saúde pública.
Verdade! Também percebi isso.
Onde estão nossos "criminosos vitimistas" prediletos para alegar que o aluno está perseguindo a sala inteira?
Parabéns Ciel. Você mostrou o que todo mundo já sabia: que nós, ateus, lutamos contra um poderoso inimigo chamado "estado teocrático"; que os religiosos são intolerantes ou cúmplices disso; e que o estado laico precisa ser defendido.
Where are you people? We are just waiting for the comments of secularist dictatorship.
To cansada de ver videos e reportagens de ateus sofrendo preconceito e ninguem tomando atitude, entao se for so rpa aparecer e nao fazer NADA, sai fora.
Parabéns pela atitude.
[]´s
LHDias
O engraçado é que é um anônimo reclamando que quer atitude, tipo odeia essas pessoas que não se colocam a frente tipo, um, digamos, anônimo... ¬¬
[]´s
LHDias
O meu deus todo poderoso dessa semana é Thor. Mesmo por que não vejo gigantes de gelo zanzando por ai. Quer dizer que ele está fazendo o seu trabalho.
[]´s
LHDias
demonstra o quanto rezar não quer dizer nada, pois a fundamentalista pediu para o mal do garoto.
Mas não consigo ter pena de gente estúpida a esse ponto...
Me identifiquei muito com a história dele. No ensino médio eu tinha um professor de matemática que sempre orava o Pai-Nosso antes de dá aula. Eu ainda não era ateu na época (mas era agnóstico), mas ficava em silêncio e nunca desrespeitei ninguém que orava (mesmo eu achando aquilo bem idiota). A diferença que ele mesmo percebendo que eu (e outros também) não orávamos, ele nunca puxou nossa orelha e nos obrigou a fazer nada. Pelo menos isso.
Atitude muito corajosa desse rapaz, ele vai longe.
Engraçado que "Ciel" é o nome que pretendo dá para meu filho, rsrs. Coincidências à parte.
E o nome do escudeiro dele era Sancho...
Parabéns pelo seu blog. Há muito precisávamos de algo assim. Dentro do possível tenho feito de tudo para divulgá-lo. As pessoas precisam tomar conhecimento do que realmente está acontecendo no mundo e o que as religiões estão fazendo com as elas.Bola pra frente e parabéns!!!!
Além disso, prefiro adorar uma garota gostosa do que um zumbi judeu do deserto.
Bola pra frente, porque se chutar pra traz, irá ser gol contra.
E, não esquece de passar a bola pra mim.... não seja fominha. rsrsrsrs
O que se pode esperar de um bocó que caiu numa brincadeira de 1º de Abril, né?
>> "mais sou contra a atitude dessa professora,escola é lugar de estudar. mas esse garoto aproveitou a carona para ter seus 5 minutinhos de fama."
Não, Paulo. Esse garoto fez um protesto válido, já que usar horário de aula numa escola - que é um ambiente de ensino e não uma igreja - pra rezar uma oração de uma determinada religião é inconstitucional num estado laico.
Ou vc acha que ele deveria ficar sentadinho na carteira, de boca fechada, sem protestar contra um proselitismo religioso inconstitucional acontecendo numa instituição governamental?
>> "pelo visto essa galera nao defende o ateísmo mas defende falsos deuses,deuses que nao pode salvar. toda honra e toda a glória seja dada ao senhor jesus rei dos reis e senhor dos senhores de eternidade a eternidade."
Que falsos deuses, ô boca aberta? Ateus não acreditam em deuses, ponto final. Qdo mencionamos Tupã, Thor, Odin, Baphomet, Ganeesha, Zeus, Baco, Goku, etc, é ironia, sarcasmo. Pra ateus esses deuses (com exceção de Goku que é um personagem de anime) são tão imaginários qto o deus que vc acredita.
Vc não perceberia sarcasmo e ironia nem se eles te batessem na cara. Mas td bem. Sarcasmo e ironia são pra poucos, não é todo mundo que tem inteligência pra perceber e entender uma piada sarcástica.
Não sei se o amoniaco se referiu ao Pancho (de Pancho VIlla) ou se referia a Sancho Panza (juntando os dois nomes e saindo Pancho).
Somente após aquele primeiro vídeo, por conta da repercursão, o garoto conseguiu o apoio necessário para "peitar" a professora, escola e até o Estado em vista da responsável por estes assuntos.
Deixe de ser hipócrita. Se fosse você, na situação daquele garoto, com pessoas de outro credo te constrangendo e você fazendo o vídeo, pode ter certeza que eu, assim como a maioria aqui, estaria te defendendo. A questão é a laicidade atacada e não a fama individual do garoto.
Seu argumento de que não ouviram sua opinião ou dos demais da escola invalida o constrangimento que Ciel passou? Invalida a PROVA deste contrangimento [gravação]?
O fato da professora querer parar de dar aula invalida o ato que a mesma cometeu? Não estaria ela fazendo um bem à sociedade com sua ausência, vez que na visão dela, fazer proselitismo religioso na rede pública de ensino não é ilegal??
Uma pessoa que, como você diz, já tem problemas pessoais de depressão e baixa-estima não deveria ter justamente tratamento mais adequado pelos professores e demais funcionários da escola? É certo que por conta destes problemas tais profissionais usem essa desculpa para o constranger mais e afetar ainda mais seus problemas pessoais??
Pronto, seu argumento e NADA são a mesma coisa.
Não me pergunte o que aconteceu com a prostituta, ainda é um mistério...
Sério, Paulo, se o seu único propósito é glorificar seu deus e não debater o assunto, está no lugar errado, porque isso não passa de poluição para o blog.
Seja produtivo! Temos ideias que concordamos e outra que discordamos! Vamos debatê-las e chegar numa conclusão plausível! Mas proselitismo, por favor, não estamos interessados nisso!
PS.: Miraí só aparece nos noticiários quando a chuva inunda toda a zona da mata mineira.
Que bom que hoje li uma notícia diferente.
Lembre-se que um professor não precisa conhecer a constituição, apesar de que eu penso que isso é de fato necessário. Mas digo isso porque existem coisas que deveríamos saber para exercermos nossas funções, porém não nos é exigido. É uma questão cultural.
Bacana o fato de o garoto ter se manifestado em favor de seus direitos. Nosso país precisa disso em muitas áreas, cada vez mais.
Só acho que muitos rebaixam a professora, quando o que deve ser questionado é mesmo a estrutura educacional, que é o que pode vir a mudar alguma coisa.
Comecemos valorizando este profissional e exigindo melhores salários, pois se for um emprego atrativo não teremos qualquer um à frente de nossas classes.
Deveria ser dado algum adicional por cada curso de capacitação que o profissional viesse a fazer e estes cursos deveriam ser de áreas variadas, como a área legal, medicinal, psicológica, dentre outras.
Enfim, a professora também é vítima do sistema.
E, se ele fosse um garoto inteligente mesmo, teria percebido isso.
Sabia que Optimus Prime era deus!
Que Optimus Prime e os Autobots nos abençoe e nos proteja dos Decepticons.
Generalizar é muito feio, nem todos que desejam acreditar em algo são como essa "professora" ou qualquer outro fanático religioso.Comece primeiro a separar, fanaticos de quem só quer algo para acreditar. Cada tem sua vida e faz o que quiser delas, não é criticando e muito menos "tornando a vida um inferno" que você irá mudar isso.
Dou muitas risadas quando vejo este tipo de comentarios de "garotos" metidos a sabichões e revoltados.
Como disse não vou generalizar, cada um tem a vida que deseja, seja querendo acreditar em alguma religião, queira não. Respeito a vontade de cada um. E seria bom se ao invés de apenas criticar passasemos a ouvir e aceitar cada ser que está ao nosso redor. Irei citar a frase de um grande homem.
"Seja a mudança que você quer ver no mundo."
Ba Dum Tiss.
A reza em si é um problema, mas ela poderia alegar falta de conhecimento e ser uma vítima do sistema, como você disse. Mas e o bullying? Uma professora estimular o bullying?
E sinceramente, o garoto tem 17 anos e foi atrás de informação. Ele deveria ter relevado o que a professora fez por ela ser uma vítima do sistema? Ou seja, ele não foi inteligente o suficiente para perceber que a professora na verdade é só mais uma engrenagem no podre sistema que vivemos.
Vamos imaginar que o inferno exista e ele seja como eles dizem. Fogo, ranger de dentes, sofrimento. Eles dizem que vamos para lá por não crermos na mesma coisa com eles. Ou seja, eles querem que acabemos no pior lugar imaginável, que vamos sofrer horrores. E quando fazemos uma piada, nós é que estamos ofendendo. Sério mesmo?
hehehehe
Chuck Norris seja louvado!
Seu herege! O único e verdadeiro deus e salvador é Optimus Prime. Ele veio para este planeta junto com os Autobots pra nos proteger da ira assassina de Megatron e os Decepticons.
É graças à Optimus Prime que vc está vivo! Aleluia!
hehehehehehe
Hereges! Quero ver quando Shao Khan e seu exercito invadirem e destruirem os Reinos da Terra e tomar nossas almas se vão continuar com essas tolices!
Que os Deuses Anciões tenham piedade de suas almas!
E isso é obviamente 100% confiável, porque você não pode provar que não é verdade!
Já era de se esperar a falta de respeito entre os humanos, é uma pena, pois só há um jeito...
Só temos a versão do garotinho ateísta adestrado pela ATEA.
Agora, faz-se necessário refletir também no seguinte: Não sendo falar de Deus, alguém tem direito de falar qualquer coisa, como: palavrão, colocar músicas contendo palavras ofensivas ou apologia às drogas; e ainda, comemorar o Halloween (satanismo) etc?
Quem está na sala de aula, alunos e professores, sabem do que estou falando!
Edmílson Costa (RJ)
ou melhor: você sabe o que é o satanismo? Creio que não.
E quando digo estudante estou me referindo se você gosta de pesquisar sobre o assunto.
:-)
em primeiro lugar, denunciar pela internet não é coisa de vigarista, é uma das poucas armas que a população (principalmente os mais jovens) encontraram para denunciar abusos, entre outras coisas, porque dá resultados. Ou só porque deu "audiência" e resultado (mesmo que mínimo) é motivo para chamar de vigarice?!
Em segundo lugar, o menino postou o primeiro video ANTES de receber ajuda da ATEA (o que você já deveria saber se tivesse visto os videos e prestado atenção no que o garoto falou) é muito preconceito seu acreditar que só porque a professora não sabe da existência de um estado laico, um garoto de 17 anos bem informado não saberia (eu sei da laicidade do estado desde os 12 anos).
Em terceiro lugar essa sua frase "A mãe que se diz espirita" veja bem, minha mãe é espírita e ela respeita o meu espaço para crer no que eu quiser, contanto que não me faça mal, porque antes de ser espírita ela é minha mãe.
Se você é obrigado por pressão psicológica e social dentro da sala de aula, com 17 anos, a fazer uma coisa que você não quer ou não concorda e , não é apoiada por lei, muito pelo contrário, então acredito que a mãe está certa em apoiar o bem estar psicológico do filho.
Não se pode "perseguir grupos religiosos" e eu concordo com isso, mas os grupos religiosos poderiam parar de perseguir quem não tem a mesma religião que eles, ou nenhuma religião.
é tudo questão de uma palavrinha simples, mas pouco aplicada em nosso pais, chamada RESPEITO.
Daqui uns dias vou te ver no BBB ou fazendo alguma novela.... KKKKKKKKKKKK
ELA, fazendo esse bullyng, é que não vai ser nada na vida!
Como assim vc não acredita que a mãe dele é espírita? Só pq ela não é a favor de proselitismo religioso numa escola e aprovou a atitude do filho de exigir que a lei em relação ao estado laico prevista na Constituição seja cumprida?
Espíritas rezam o pai nosso sim, mas eles não fazem isso em lugares inadequados como em uma escola, por exemplo. Eu já frequentei centros espíritas e os espíritas mantêm a doutrina deles apenas no centro, na casa deles e/ou na casa de pessoas que pedem para eles irem lá pra fazer uma reunião, um passe ou algo para abençoar o lar dessa pessoa e os que habitam esse lar. Espíritas têm a noção de que crença religiosa é uma escolha e um direito individual e - portanto - eles não impõem a crença deles nas outras pessoas. Frequenta centro espírita quem está interessado e vira espírita quem quer. Tanto que a mãe desse garoto não o obriga a ser espírita. Ela - talvez - pode até não concordar com o fato do filho não crer em deuses (não sei), mas ela pelo menos respeita a escolha do filho e o apóia qdo se trata de fazer o certo (nesse caso, pedir que tanto a escola qto a professora respeitem a laicidade do país prevista na Constituição).
O garoto não foi "induzido por vigaristas", ele tomou essa decisão de protestar contra o proselitismo religioso na escola dele sozinho e ele recebeu o apoio da ATEA, que é uma organização que representa os ateus e agnósticos brasileiros.
Ninguém ali na ATEA - ou aqui - estão perseguindo grupos religiosos. Vc tem o direito de acreditar no que quiser, contanto que mantenha essa fé para vc e a mantenha longe de assuntos do governo (separação entre estado e religiões, lembra?).
Apenas defendemos a laicidade do estado e pedimos que ela seja respeitada. Que as religiões pertençam ao indivíduo, que seja uma escolha e um direito individual, não um dever coletivo.
Num estado laico, as religiões são tratadas igualmente e nenhuma recebe privilégios em detrimento das outras (o que não acontece aqui no Brasil). Se - num estado que se diz laico - pode se rezar o pai nosso, ave-maria, salve rainha, etc, antes das aulas ou no Congresso antes da sessão começar, então se pode tb fazer orações à Alá, à Buda, fazer rituais wiccanos, orações aos deuses hindus, fazer despachos, passes, reuniões espíritas, psicografia, etc, antes das aulas ou antes de cada sessão no Congresso. Ou então - numa forma de garantir que todas as pessoas, independemente de suas crenças ou da falta delas, sejam respeitadas - não faça oração alguma, não dê privilégios para uma religião em particular em detrimento de outras religiões e ideologias não-religiosas.
As coisas não se inverteram, elas apenas mudaram. Antes ateus e agnósticos ficavam calados dentro do armário, sem se assumir, sem exigir seus direitos e lutar pelo direito e liberdade individual de não crer em divindades, sem defender direitos humanos, sem defender e apoiar os direitos das minorias. Hj mostramos a nossa cara, mostramos que existimos, que temos direitos, que somos seres humanos e não monstros seguidores de Satã que comem criancinhas no café da manhã depois de fazer um ritual de magia negra durante a noite. Se alguns religiosos não gostam de ver que ateus e agnósticos estão se assumindo como tal, se reunindo para trocar idéias e defender interesses que têm em comum, que se organizem e formem associações que representam os ateus e agnósticos desse país, que protestemos contra a hipocrisia, a intolerância, os crimes, o ódio, o preconceito e os mandos e desmandos dessas religiões, etc, o problema é deles; não nosso.
Da mesma forma que religiosos têm o direito de se reunirem numa igreja, de terem associações que defendem os interesses deles, de fazerem passeatas e protestos a favor do que eles acreditam ou contra algo que eles discordam, nós tb temos. Liberdade de associação e de expressão vale para todos (menos se for pra usar a liberdade de associação e de expressão para disseminar preconceito, ódio, intolerância e violência).
Se alguns religiosos se sentem incomodados com ateus e agnósticos mostrando a cara, é sinal que estamos fazendo algo certo. :)
Mostra a cara, meu filho.
Claro que ele não sabe o que é. O que sabe é o que ele aprendeu a vida toda, porque o padre ou pastor ensinou e disse que era do diabo, e que era mal. Quanta ignorância.
Fico de cara quando as pessoas falam sobre aquilo que não sabem realmente o que é.
Paz.
Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.
Mateus 6:9-13.
-Não eu não fui Satanista, e não, eu não sou Satanista ou Ocultista [em parte não], sou agnóstico. Porém sim, gosto muito desses assuntos mitológicos, ocultistas e satanistas, pois gosto muito da rica filosofia abordada por tais assuntos e das magníficas estórias.
Quando digo que não sou Satanista, isso seria em parte, pois me indentifico muito com a filosofia de Anton LaVey [olho por olho, não submissão a qualquer divindade, libertinagem, uso da razão, entre outras].
Eu seria um tipo de Agnóstico/Satanista.
Espero que eu tenha respondido sua pergunta.
A questão de rezar ou não o pai-nosso é muito mais complexa do que alega nosso amigo Ciel,a constituição fala em respeito e liberdade, a todos. A constituição traz em seu preâmbulo Deus (pesquise)...
"Apesar do estado brasileiro ser laico e a Constituição proibir a discriminação religiosa, a professora tem direito a abrir suas aulas rezando, segundo o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente, Jovem e Idoso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) , Stanley Gusman. "A prática da professora não é inconstitucional, ela não cometeu delito algum. Se o aluno quiser, pode se retirar da sala durante a oração', considera Gusman. "Mas ela não tem o direito de querer converter o aluno".
Segundo Ciel Vieira, a escola a professora não vai mais dar a primeira aula à turma dele. "De minha parte, considero o caso encerrado, resolveram meu problema. Só queria ter meu direito respeitado".
Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2012/04/04/interna_gerais,287085/religiao-causa-discordia-em-escola-mineira.shtml
Por favor... pessoas boas, crianças e jovens podem ser ateus. Podem ter vontade livre e podem agir por si. Não desvirtue o esforço do garoto.
> mais complexa do que alega nosso amigo Ciel,a
> constituição fala em respeito e liberdade, a
> todos. A constituição traz em seu preâmbulo
> Deus (pesquise)...
Não tem complexidade nenhuma. A escola está lá para educar, não para doutrinar. A professora não pode utilizar a sala de aula para promover a fé cristã em detrimento das demais e da ausência de fé. Não se trata nem de "religiosidade versus cristianismo", trata-se do desrespeito à laicidade em defesa de um credo particular (o cristão).
E o preâmbulo da Constituição já foi declarado pelo STJ sem nenhum valor legal. Ele não serve como argumento. Já o Artigo 5º que estabelece a liberdade religiosa no Brasil e determina a existência do Estado laico, impedindo o Estado de se associar com qualquer religião, tem valor legal muito claro. Faça você a sua pesquisa.
O único problema é exatamente chamá-la de satanismo. Sei que ele fez isso como forma de rompimento, mas o peso do nome para com os religiosos tradicionais é muito forte. Antes de conseguir explicar que o Satanismo de Lavey é mais uma linha filosófica e não tem nada de adoração de seres mitológicos, somos ignorados pela simples menção ao nome "satanismo".
De resto respeito muito os seguidores de Lavey. Assim como os seguidores do Budismo, que considero o real contrário filosófico de Lavey, em algumas vertentes.
[]´s
Basta que a oração parta dos alunos. Traduzindo em miudos, eles podem solicitar no inicio da aula um ou dois minutos a professora e fazerem sua oração do pai nosso.
Como sei disso?
Constituição e a secretaria de educação não pode impedir.
Basta que não venha da parte do funcionário do estado, mas dos estudantes. No caso, basta que seja facultativo e que eles não incomodem o Ciel, no entanto, o Ciel e o pessoal da ATEA vai ficar ultra decepcionado... ja pensaram que triste se alguém ligar para a escola, convresar com a professora e os alunos e estes tomarem essa iniciativa?
Poxa... seria tão triste.
De fato, jamais me apresento como satanista ou simpatizante de suas filosofias, pois esse nome [satanista], como você disse, é muito forte em nossa preconceituosa sociedade.
Respeito muito os budistas, se pudesse ter só uma religião no mundo e eu pudesse escolher, esta seria o Budismo.
Abraços.
O garoto estava no colégio e ele foi constrangido por que justamente ele NÃO REZAVA. Ele estava num COLÉGIO e não numa IGREJA. Você tem razão, eu não o conheço e por não o conhecermos você quer que ele seja uma má pessoa só por que ele é ateu. Até agora o garoto está certo e a professora errada.
É difícil responder à pergunta em termos de "sim" ou "não". A laicidade não existia no tempo do Império, já foi maior no início do período republicano, pelo menos na educação pública, e é hoje maior do que naquela época na legislação sobre a família. É como a democracia. O Estado brasileiro é hoje mais democrático do que foi em qualquer momento do passado, mas há muito, muito mesmo a fazer para ampliar a democracia. Já houve recuos, mas os avanços prevalecem.
Em suma: o Estado brasileiro não é totalmente laico, mas passa por um processo de laicização.
Na sua formação, o Estado brasileiro nada tinha de laico. A Constituição do Império (1824) foi promulgada por Pedro I "em nome da Santíssima Trindade". O catolicismo era religião oficial e dominante. As outras religiões, quando toleradas, eram proibidas de promoverem cultos públicos, apenas reuniões em lugares fechados, sem a forma exterior de templo. As práticas religiosas de origem africana eram proibidas, consideradas nada mais do que um caso de polícia, como até há pouco tempo. O clero católico recebia salários do governo, como se fosse formado de funcionários públicos. O Código Penal proibia a divulgação de doutrinas contrárias às "verdades fundamentais da existência de Deus e da imortalidade da alma". Os professores das instituições públicas eram obrigados a jurarem fidelidade à religião oficial, que fazia parte do currículo das escolas públicas primárias e secundárias. Só os filhos de casamentos realizados na Igreja Católica eram legítimos, todos os outros eram "filhos naturais". Nos cemitérios públicos, só os católicos podiam ser enterrados. Os outros tinham de se fingir católicos ou procurarem cemitérios particulares, como o "dos ingleses" (evangélicos), no Rio de Janeiro.
A situação de hoje é bem diferente daquela, mas ainda está longe de caracterizar um Estado laico. As sociedades religiosas não pagam impostos (renda, IPTU, ISS, etc) e recebem subsídios financeiros para suas instituições de ensino e assistência social. O ensino religioso faz parte do currículo das escolas públicas, que privilegia o Cristianismo e discrimina outras religiões, assim como discrimina todos os não crentes. Em alguns estados, os professores de ensino religioso são funcionários públicos e recebem salários, configurando apoio financeiro do Estado a sociedades religiosas, que, aliás, são as credenciadoras do magistério dessa disciplina. Certas sociedades religiosas exercem pressão sobre o Congresso Nacional, dificultando a promulgação de leis no que respeita à pesquisa científica, aos direitos sexuais e reprodutivos. A chantagem religiosa não é incomum nessa área, como a ameaça de excomunhão. Há símbolos religiosos nas repartições públicas, inclusive nos tribunais.
Mesmo? Put up or shut up...
(prove que é o Cielo ou cale a boca)
Se alguns ateus se sentem incomodados com religiosos mostrando a cara, é sinal que esses religiosos estão fazendo algo certo.
Eu não me sinto incomodada com religiosos mostrando a cara até pq eles fazem isso há séculos.
Agora alguns religiosos se sentem incomodados com pessoas se assumindo atéias ou agnósticas, mostrando a cara, criticando a religião deles, mostrando a imoralidade e hipocrisia de algumas religiões (e de alguns religiosos tb), etc.
Alguns religiosos não se sentiam incomodados com ateus e agnósticos pq nós tínhamos receio de nos assumir como tal pq sabíamos que o chumbo iria engrossar pro nosso lado em termos de sermos alvos de preconceito, intolerância e até mesmo de agressões.
Alguns de nós perdeu esse receio e o medo e decidimos enfrentar essa intolerância criando conscientização em relação ao ateísmo e agnosticismo para que esses religiosos percebam que somos seres humanos como eles, com a única diferença que não cremos em deuses (no caso dos ateus) ou que temos dúvidas em relação à existência dos mesmos (no caso dos agnósticos); que não somos um demônio de sete cabeças ou anticristo ou uma pessoa imoral e inescrupulosa como eles gostam de nos pintar.
E esse religiosos tb se sentem ameaçados por nós pq defendemos os direitos das minorias, defendemos os direitos humanos que eles são contra por causa das religiões deles e pq defendemos o laicismo do estado.
E eu tb não me sinto incomodada com religiosos mostrando a cara pq eles têm esse direito da mesma forma que nós ateus e agnósticos temos direito de fazer o mesmo. :)
Permitir que tais atos como o dessa professora,continuem é sem duvida alguma sugestinoar a preceitos reliosos.
Que a escola fique com a parte que lhe cabe instruir o aluno nas mais diversas diciplinas e forma-lo.
O que rezar e se quer ou não rezar é uma escolha de cada um.
Ciel mais uma vez parabéns!
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