por Maurílio Mendonça, d'A Gazeta
Católico, espírita, presbiteriano e ateu. Em quatro décadas, Wagner Kirmse Caldas (foto), 42, manteve apenas uma única característica inalterada: a inquietação. E isso começou cedo, quando perguntou sobre os dinossauros à professora de catequese, passando pelos questionamentos aos livros de Chico Xavier e pelos estudos teológicos – no desejo de virar pastor. Em todos os momentos, ele sempre buscou respostas. Até que aos 33 anos a inquietude era tanta que superou sua fé, e, aos 38, mostrou que ele não acreditava mais em Deus.
"Contei a amigos e à família. Mas foi um choque. Comecei a descobrir que a sociedade é preconceituosa com os ateus. E isso foi uma motivação para criar o blog (Bar do Ateu)", afirma. "Queria mostrar que ateus são cidadãos como qualquer outro. Temos moral e ética e seguimos as regras da sociedade".
Para se defender, eles passaram a fazer barulho. A mobilização coletiva na internet, principalmente em mídias e redes sociais, como blogs e páginas do Facebook, só faz crescer. É uma busca pelo orgulho de ser ateu, mesmo que ainda não se saiba o número exato de quantos existem no Brasil.
A movimentação é uma necessidade, defende o presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), Daniel Sottomaior. "O ateu é a última minoria da sociedade. Já faz parte do saber comum: se a sociedade vai mal, em valores e violência, a solução é apelar para a religião. O preconceito é tanto que, no dicionário, ser ateu é ser ímpio: uma pessoa sem fé, e maldosa", diz ele.
Na página da Atea – a associação foi criada há quatro anos – já são mais de 125 mil seguidores. O grupo tem cerca de 5 mil associados. Para o presidente da entidade, esse é um dos caminhos que fará os ateus assumirem sem medo a sua ideologia.
Apesar da mobilização, a onda de orgulho ateu não levanta bandeiras em busca da conversão. "Os espaços servem mais para tirar dúvidas e mostrar aos ateus, que ainda se sentem isolados, que eles não são os únicos no mundo", defende Wagner Caldas.
O seu blog serve como uma terapia coletiva. "Queremos aproximar os ateus e diminuir o grau de estranheza que a sociedade tem conosco. Ser ateu não é uma escolha, é um processo de conclusões pessoais que indicam ser bem provável não existir deuses nem divindades. É um caminho de consciência", diz o blogueiro.
O processo não é simples. O grupo Atea recebe diariamente histórias de pessoas que passaram por situações constrangedoras por serem ateus. "Recentemente denunciamos escolas que obrigam os alunos a rezarem nos intervalos das aulas. Tem, ainda, o caso de uma pessoa que, no primeiro dia de trabalho assumiu ser ateu e, no segundo dia, foi demitida", diz Daniel.
Há até casos de juízes que incluíram na decisão de soltura do preso uma visita obrigatória à igreja, sugerindo horário e local do culto. "Isso é o máximo do absurdo. Não se respeita nem a escolha religiosa de um detento, quanto mais a liberdade de não se ter uma religião", lamenta.
Apesar do preconceito, eles garantem que nada supera a sensação de ser quem você realmente é. "O melhor de ser ateu é poder ser um livre pensador, sem restrições dogmáticas e de consciência tranquila. É ter o senso crítico sobre tudo, e de ser feliz da sua forma", diz Wagner Caldas.
Drauzio Varella diz por que ateu desperta a ira do fanático religioso.
abril de 2012
Ateísmo.
Caldas: ateu é um cidadão
como qualquer outro
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"Contei a amigos e à família. Mas foi um choque. Comecei a descobrir que a sociedade é preconceituosa com os ateus. E isso foi uma motivação para criar o blog (Bar do Ateu)", afirma. "Queria mostrar que ateus são cidadãos como qualquer outro. Temos moral e ética e seguimos as regras da sociedade".
Para se defender, eles passaram a fazer barulho. A mobilização coletiva na internet, principalmente em mídias e redes sociais, como blogs e páginas do Facebook, só faz crescer. É uma busca pelo orgulho de ser ateu, mesmo que ainda não se saiba o número exato de quantos existem no Brasil.
A movimentação é uma necessidade, defende o presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), Daniel Sottomaior. "O ateu é a última minoria da sociedade. Já faz parte do saber comum: se a sociedade vai mal, em valores e violência, a solução é apelar para a religião. O preconceito é tanto que, no dicionário, ser ateu é ser ímpio: uma pessoa sem fé, e maldosa", diz ele.
Na página da Atea – a associação foi criada há quatro anos – já são mais de 125 mil seguidores. O grupo tem cerca de 5 mil associados. Para o presidente da entidade, esse é um dos caminhos que fará os ateus assumirem sem medo a sua ideologia.
Apesar da mobilização, a onda de orgulho ateu não levanta bandeiras em busca da conversão. "Os espaços servem mais para tirar dúvidas e mostrar aos ateus, que ainda se sentem isolados, que eles não são os únicos no mundo", defende Wagner Caldas.
O seu blog serve como uma terapia coletiva. "Queremos aproximar os ateus e diminuir o grau de estranheza que a sociedade tem conosco. Ser ateu não é uma escolha, é um processo de conclusões pessoais que indicam ser bem provável não existir deuses nem divindades. É um caminho de consciência", diz o blogueiro.
O processo não é simples. O grupo Atea recebe diariamente histórias de pessoas que passaram por situações constrangedoras por serem ateus. "Recentemente denunciamos escolas que obrigam os alunos a rezarem nos intervalos das aulas. Tem, ainda, o caso de uma pessoa que, no primeiro dia de trabalho assumiu ser ateu e, no segundo dia, foi demitida", diz Daniel.
Há até casos de juízes que incluíram na decisão de soltura do preso uma visita obrigatória à igreja, sugerindo horário e local do culto. "Isso é o máximo do absurdo. Não se respeita nem a escolha religiosa de um detento, quanto mais a liberdade de não se ter uma religião", lamenta.
Apesar do preconceito, eles garantem que nada supera a sensação de ser quem você realmente é. "O melhor de ser ateu é poder ser um livre pensador, sem restrições dogmáticas e de consciência tranquila. É ter o senso crítico sobre tudo, e de ser feliz da sua forma", diz Wagner Caldas.
Drauzio Varella diz por que ateu desperta a ira do fanático religioso.
abril de 2012
Ateísmo.
Comentários
Estamos falando de uma doença?
"Na página da Atea – a associação foi criada há quatro anos – já são mais de 125 mil seguidores. O grupo tem cerca de 5 mil associados."
125 mil seguem, mas só 5 mil se associaram ao longo de 4 anos. Então, 125 mil se interessam pelo assunto, mas 120 mil não confiam suficientemente na ATEA, a ponto de se associarem. E se 1250 pessoas se associam por ano, então somente ao final de 24 anos todos os interessados serão associados, se tudo ocorrer de forma linear.
Outrossim, enquanto o Paulo não faz a correção, o link Bar do Ateu é: http://bardoateu.blogspot.com no qual já postei uma resposta ao professor Vitor Nunes (teólogo) que fez a Análise para o jornal, no link da matéria original.
Que coisa, eu não sabia que no dicionario ateu quer dizer pessoa maldosa. Fiquei surpresa. Mas enfim vou dar uma olhada nesse blog então^^
Agora me diz pq diabos p camarada foi falar, em ambiente de trabalho, sobre suas crenças? Trabalho não é lugar para isso.
Onde trabalho a maior parte das pessoas são religiosas, inclusive pessoas que considero já colegas. Na sala da empresa há um crucifixo bem grande, mas eu nem me importo. Quando entrei lá me dispus a respeitar aquele espaço que é, inclusive, propriedade dos meus patrões.
Como a maior parte deles comunga de mesma crença, conversam sem problemas sobre assuntos da igreja, moral etc. Dias atrás uma das donas da empresa - e minha chefe - me convidou para num sábado ir à igreja dela. Tentei dar a escapada mais educada possível, que não tinha hábito de ir, que não sou muito fã. Eu poderia simplesmente ter falado "não, não sou pq sou ateu". Embora eu anseie por uma sociedade onde falar abertamente das suas opções individuais seja algo comum e o indivíduo seja respeitado por por isso, sei que atualmente não é a realidade do Brasil.
Pessoas religiosas, mesmo que algumas vezes ajam de forma "intolerante" com ateus ou pessoas de outras religiões são na maior parte das vezes pessoas boas. E eu tento sempre que possível evitar entrar em terrenos que possam criar algum tipo de desconforto entre os participantes da discussão.
Não creio que hoje, como já estou há vários meses na empresa e mostrando ser um bom funcionário, fosse demitido caso minha não-cristandade fosse exposta, até pq isso daria um bom processo em cima deles e pq creio que fosse algo irrelevante frente à minha postura profissional que tenho demonstrado todo este tempo.
Caso no segundo dia de trabalho eu chegasse - olhem, sou ateu - creio que isso criaria deixaria o ambiente bastante tenso entre todos, já que eu seria um novato que já çhega com uma postura ameaçadora à todos.
Por mais chato que pareça, o mundo ainda não está pronto para que as pessoas sejam respeitadas de primeira independentemente de suas posições religiosas, filosóficas, políticas e futebolísticas.
Me tornei ateu mesmo com 14, quase 15 anos e uma das piores coisas que tem é ter que ficar "escondendo" isso da minha família E da família da minha namorada, ambas extremamente religiosas.
Certo dia, minha vó me mandou rezar e eu não aceitei. Ela insistiu muito e eu virei e falei que não acreditava em deus.
A mulher não conseguia olhar pra mim no dia seguinte.
São coisas assim que os ateus "sofrem", e é por isso que eles se defendem.
Só acho ridículo quando chamam os crentes de qualquer coisa (filhos da puta, burros, incompetentes), por raiva deles.
Temo que a ATEA vire uma certa religão, inclusive tendo preconceito contra outras religiões, e sempre fiquei com um pé atrás em todas as vezes que pensei em participar.
Mas agora, lendo esse post e escrevendo esse comentário percebi que ateus sofrem do mesmo preconceito em comum, e se essa é a causa da movimentação, vale a pena ajudar o próximo e defender seus ideais.
E É PRA ISSO QUE A GENTE LUTA!!!
Se o próprio ateu não se respeitar como pode exigir respeito?
Ele tem o direito de dizer que é ateu pra quem quer que seja e se foi mandado embora melhor assim, tenho certeza que ele só saiu ganhando em não trabalhar em um lugar onde tem um patrão com uma mente limitada que acredita que a religião ou falta de religião implica em sem trabalho.
tem que existir terapia especial para ajudar os que diariamente tem que suportar comentários como o do anonimo acima... fala sério!
quanto ao:"Pessoas religiosas, mesmo que algumas vezes ajam de forma "intolerante" com ateus ou pessoas de outras religiões são na maior parte das vezes pessoas boas."
devem ser muito boas mesmo
capazes de
despedir um funcionário
discriminar
tratar mal
excluir
etc etc etc
é muita bondade cristã junta!
Datena sabe disso
_A única característica, no caso, que se manteve inalterada, foi a inquietação que, por sua vez, o motivou a descobrir um suposto "motivo" para tal. Sua esfera de conflitos, culminou em uma "descoberta" menos desagradável para ele mesmo.
Sou favorável à criação de associações ateias; sou favorável que os ateus se unam; sou favorável que os ateus se expressem pelos meios que forem possíveis. É importante que os ateus cresçam e apareçam.
O ateísmo não é uma escolha; o ateísmo é uma conclusão. Ninguém escolhe ser ateu. Não é como escolher a mitologia que melhor se adapte a um modo de vida. Tornar-se ateu é o resultado de uma série de questionamentos e análises sobre a visão religiosa que, durante milênios, foi e continua sendo imposta às pessoas.
Ser ateu é algo raro; é para poucos. A pessoa que se torna ateia, o fez porque há nela características que a levaram a isso. Questionar as “verdades” estabelecidas, recusar-se a acreditar em coisas sem sentido, permitir-se a usar do raciocínio, da razão são as características que não são comuns à gigantesca maioria das pessoas. Quando somos crianças acreditamos cegamente nas figuras de autoridade que nos cercam. Elas decidem por nós. É uma característica que a natureza nos dotou e que é muito útil; a nossa sobrevivência dependeu disso. Entretanto, conforme vamos crescendo, começamos a ter elementos para tomarmos as nossas próprias decisões. É o estado natural da vida, mas, por um sistemático condicionamento mental infligido ao homem por organizações religiosas, esse estado mental infantil é perpetuado. Os religiosos ainda se encontram na infância mental e precisam que alguém lhes diga o que fazer, o que pensar, no que acreditar, o que comer, o que vestir, o que ser. Ateus já superaram essa infância mental e não precisam seguir cegamente às ordens ou conselhos de nenhuma figura de autoridade. Se o fazemos é porque tais ordens ou conselhos “fazem sentido”, ou seja, são razoáveis, advém da razão, batem com aquilo que pensamos ser o certo.
Grupos ateus não são grupos para a prática do ateísmo; praticar o ateísmo é algo impossível. Ateus se reúnem em grupos porque reunir-se em grupo é algo humano. Gostamos de estar perto das pessoas com idéias afins. Gostamos de conversar, de debater, de organizar movimentos contra ou a favor de algum tema nacional e, principalmente, para ajudar o país a manter-se laico.
É importante existir grupos ateus para que haja o equilíbrio. Vimos na história o que acontece quando um grupo com idéias segregadas e segregadoras, como os religiosos, faz quando assume o poder. A existência dos grupos ateus faz-se necessário para coibir que crenças religiosas não se transformem em leis e que leis que já se baseiam em crenças religiosas sejam revistas.
Também 100% das pessoas não acreditam do deus Urramé.
O que eu quero dizer é que não existe esta de um comportamento/crença/descrença (declarada ou oculta)fazer as pessoas melhores ou piores nas profissões que exercem na sociedade. As pessoas devem ser vistas pelas ações, não pelas características individuais que não prejudicam nem beneficiam (cor de cabelo, orientação sexual, entre outras divisões ridículas dentro da sociedade).
Não acho que ateísmo seja para poucos. Creio que hoje em dia, com toda a influencia fortissima da religião na cultura humana, o ateísmo não tem muito espaço pra respirar. Contudo, acho que isso mudará com o tempo.
Também achei um tanto generalista e condescndente dizer que todos os religiosos se encontram num estado infantil perpétuo, a não ser que por religiosos você queira espcificar um determinado grupo teísta. Não se pode comparar, por exemplo, um evangélico fundamentalista com um budista, shintoísta, um deísta. Há "religiosos" num estado profundo de mentalidade infantil sim, mas há os que buscam as crenças com um certo grau de razão e crítica. Há quem busque com a consciencia de que é uma escolha filosófica, e não pela necessidade de ter um papai do céu. Ser ateu também não nos exclui de seguir ordens e figuras de autoridade.
Quando eu disse que ser ateu é para poucos eu me refiro ao tempo presente. Quanto ao futuro do ateísmo, se ele irá crescer ou não, não sei.
Veja que eu me refiro aos religiosos. O teísta pode, ou não, ser um religioso. Religioso, a meu ver, é aquele que pratica uma religião. Acreditar em algum Deus e não praticar religião alguma configura, em minha opinião, um teísmo ou deísmo não religioso. Para ser religioso é necessária a prática da religião. Nesse sentido, os religiosos moldam as suas vidas no discurso religioso das religiões que seguem. Mesmo a religião mais light é composta por códigos de conduta que irão ordenar a vida do seu praticante. Não importa que códigos sejam esses, eles serão seguidos. E o motivo disso é o não questionamento. Não questionar, segundo a minha visão, é um comportamento infantil. Veja que quando as crianças estão crescendo elas começam a questionar a autoridade dos pais, dos irmãos mais velhos, dos tios, dos professores, enfim, eles começam a questionar as figuras de autoridade. O religioso não questiona e, por isso, eu usei essa analogia da infância mental.
Sim. Nós ateus seguimos ordens de figuras de autoridade. Mas são ordens que se baseiam na lógica, na razão, são ordens que “fazem sentido”, como por exemplo, as leis. Não obstante, essas leis, essas ordens podem ser questionadas e, até mesmo, modificadas. Não só as ordens ditadas pelas figuras de autoridade. As próprias figuras de autoridade, também, podem ser questionadas. Seguindo, pois, o meu raciocínio e a minha analogia, ateus, por serem questionadores, já saíram, ou estão saindo, da infância mental.
Isso não é vergonha do meu ateísmo. Se me orgulho dele? Nenhum pouco. Da mesma forma como não vejo razão para alguém de orgulhar de ser gay, judeu, negro, índio ou mulher. Orgulho se tem de nossas conquistas e que fazem com que nos destaquemos, não de coisas que estão além da nossa capacidade de escolha, como a genética. O eu ateu é algo ínfimo perto das outras atividades e outros "eus" que convivem na mesma personalidade. Meu ateísmo não é de maneira alguma um fim ou algo que tenha sido fruto de uma conquista. Ele não me faz superior ou inferior às pessoas religiosas e nem é razão para eu me aproximar ou me afastar delas.
A maior parte das pessoas que conheço e convivo é religiosa. A maioria das pessoas religiosas são boas pessoas, não matam, não roubam, querem os bem do próximo. Mas confesso que a maior parte delas não consegue ainda lidar com questões como ateísmo (ou crenças diferentes das próprias), e eu simplesmente não vou forçá-las a lidar com isso sem que elas tenham o mínimo interesse nisso, a não ser que eu me perceba num ambiente onde meus direitos estejam sendo violados.
Embora a maior parte das pessoas leve parte de sua religiosidade para o trabalho, eu penso não ser isso algo bom para o profissional, por isso evito ao máximo. Na hora do almoço ou descanso se a houver uma discussão saudável em torno do tema e minha visão for questionada, sou capaz de conversar sem problemas. E, (principalmente) enquanto eu não me firmar como um bom profissional numa empresa, não vejo razão para ficar espalhando minhas crenças pessoais por aí.
Não é necessário ser ateu para defender o laicismo do estado ou defender a igualdade de direitos e deveres perante a lei, independentemente de sexo, etnia ou crença. Mas não minto que aspectos associados - e causadores, no meu caso - do ateísmo, tais como o ceticismo, o humanismo e o anti-sexismo (chamado no Brasil de feminismo) não sejam importante na minha vida e ajudam a moldar a forma como vivo e convivo com meus semelhantes macacos que desceram das árvores e demais criaturas auto-replicantes viventes neste planeta e na forma como defendo tais valores.
Mas fico por aqui, pq vejo que perderei meu tempo tentando me explicar mais que isso...
"Mesmo a religião mais light é composta por códigos de conduta que irão ordenar a vida do seu praticante. Não importa que códigos sejam esses, eles serão seguidos."
Isso também não é uma máxima. Conheço espiritas praticantes que questionam algumas coisas, e escolhem que códigos fazem sentido para ele seguir. É o que eu chamo de religião utilitarista, prateleira de supermercado.
"Não questionar, segundo a minha visão, é um comportamento infantil. Veja que quando as crianças estão crescendo elas começam a questionar a autoridade dos pais, dos irmãos mais velhos, dos tios, dos professores, enfim, eles começam a questionar as figuras de autoridade."
A natureza da criança é o questionamento e o teste de limites. Além disso, uma criança ainda não tem as ferramentas mentais de um adulto. Um religioso as tem, mas desliga alguns aspectos da razão para validar suas crenças. Por isso achei um tanto estranha a metáfora.
"Nós ateus seguimos ordens de figuras de autoridade. Mas são ordens que se baseiam na lógica, na razão, são ordens que “fazem sentido”, como por exemplo, as leis."
Também não é uma verdade absoluta. Conheço ateus que seguem, por exemplo, figuras políticas ou filosóficas com uma euforia até infantil. Ateísmo é somente a não crença em deus, o resto é outra história.
Somos um grupo nada homogêneo em outros aspectos da vida, e isso é o que dificulta as definições.
Obviamente que crianças e adultos são diferentes. Eu estou apenas utilizando uma analogia. Não estou dizendo que a infância mental, que eu noto nos religiosos, é uma infância cerebral, que eles, de fato, continuam, psicologicamente, crianças. Não é nada disso.
Posso ter cometido algumas generalizações, mas, sem a intenção. Quando eu falo sobre os religiosos, eu falo sobre a maioria deles, sobre aqueles que não apresentam nenhuma evidência de que vão mudar. É claro que há religiosos que questionam. Muitos ateus e agnósticos foram religiosos. Entretanto, o que é que esses religiosos questionam? Detalhes sobre a doutrina que seguem ou a veracidade e validade da doutrina que seguem? No primeiro caso, esses religiosos continuam crentes em suas doutrinas. Questionar, por exemplo, qual foi a marca que Deus colocou em Caim para que não fosse morto; ou como foi o processo da abertura do Mar Vermelho; ou como foi que Maria engravidou do Espírito Santo são perguntas que não afastam os religiosos de suas crenças em Deus. No máximo, fazem com que eles troquem de religião, de igreja. Agora, no segundo caso, quando os religiosos começam a questionar as crenças que possuen, as doutrinas que seguem, os ritos que praticam, o Deus no qual creem, enfim, o âmago da religião e do teísmo/deísmo, aí a coisa é diferente. O caminho que ele começa a trilhar vai culminar ou num agnosticismo ou num ateísmo.
Concordo que nós, ateus, temos muitos pontos em desacordo. Só o que nos liga é a descrença em Deus que compartilhamos.
Charles
dizer que Deus nao existe nao prova nada.
a maior implicancia dos ateus com Deus, é simplesmente
afirmativa, Deus nao deixa espaço pra duvida em sua existencia, nao é uma teoria, como a de Darwin, é uma
realidade perturbadora,
talvez a raiva de muitos é que Deus nao obriga ninguem a crer nele, HEBREUS, cap 1.crer quem quer, Deus deixa o homem agir como quiser, o homem é livre desde a ssua criaçao.existe regras, obedece elas quem quiser, por isso muitos assassinatos, guerras e egoismo.
ao homem esta ordenado morrer uma unica vez, vindo depois disso o juizo.Deus da o direito de arrependimento ate o ultimo momento da vida, depois diante dele, daremos conta de cada um de nossos atos.isso é livre arbitrio no mundo material, no mundo espiritual, quem arbitra é Deus.
>>"ateus sao pessoas frustradas com a religiao."
-Ah vá! É mesmo?!
>>"dizer que Deus nao existe nao prova nada."
-Dizer que Deus existe não prova nada.
-Nem comentarei sobre o resto, não vale à pena retrucar tais argumentos esquizofrênicos.
Eu lhes criei imperfeitos, e cabe a vocês se virarem, não importa em que circunstancia vivem, em que país ou família nasceram.
Sei que parece pouco ter deixado apenas um livro velho e confuso, mas não gosto de mima-los com boas evidencias.
Ninguém precisa acreditar cegamente em mim, mas irão sofrer para toda eternidade se não o fizerem, não adianta discutir.
Assinado: Seu Deus de amor e misericórdia.
Não frustadas, mas irritadas, dado o absurdo de suas proposições, o dano que causam as mentes e vidas das pessoas, e com a constante tentativa de interferência que seus seguidores apresentam. E não escondemos isso, nem é uma ofensa como parece pensar.:-)
Uma evidência clara do dano que uma religião pode causar é justamente você e suas mensagens malucas, ameaças diversas, e cegueira orgulhosa.
Q.E.D.:-)
Izaque: "dizer que Deus nao existe nao prova nada."
Dizer que Papai Noel não existe não prova nada.
Dizer que Quetzalcoatal não existe não prova nada.
Dizer que o Pé Grande não existe não prova nada.
Dizer que Zeus não existe não prova nada.
Dizer que o Unicórnio Rosa Invisível não existe não prova nada.
Dizer que Anjos, Fadas e Demônios não existem não prova nada.
Dizer que Iansã não existe não prova nada.
Ad infinitum...:-)
Conversa e argumentos circulares, nunca muda essa característica de quem não tem razão. Não importa quantas vezes se explique os erros de lógica, falácias diversas, confusão de termos, Izaque parece ser incapaz de entender até as questões mais básicas e simples do pensamento racional.
Izaque: "a maior implicancia dos ateus com Deus, é simplesmente afirmativa, Deus nao deixa espaço pra duvida em sua existencia, nao é uma teoria, como a de Darwin, é uma realidade perturbadora, "
De novo, completa incapacidade de entender o que é uma teoria científica. Triste isso, em um adulto.
Sim, não deixar espaço para dúvidas é terrível, pois é a negação do pensamento racional, da razão, e o conhecimento científico. Sem espaço para dúvidas, nunca teríamos o mundo que temos hoje, não teríamos, por exemplo, computadores, e Internet, onde o Izaque escreve essas tolices. Não teríamos a expectativa de vida de mais de 80 anos (contra menos de 30 dde nossos, religiosissimos, antepassados), nem teríamos eliminado doenças como a varíola, ou quase eliminado a mortalidade infantil (que era de 50% no passado).
Sem espaço para dúvidas, ainda estaríamos a culturar o "deus-vulcão", sem duvidar de sua realidade.:-)
E Izaque não entende nem mesmo o que significa o termo "realidade", e por isso parece não perceber que seu amigo imaginário, e Thor, são farinha do mesmo saco, igualmente sem evidências de existir.
Izaque: "talvez a raiva de muitos é que Deus nao obriga ninguem a crer nele,"
Como mafiosos não obrigam ninguém a pagar proteção, mas você sabe o que pode acontencer se não pagar.:-) Espantoso, Izaque não parece perceber o quão ruim, mesquinho, chantagista, cruel, covarde, insano na verdade, é o ser imaginário que adora. Se um ser humano agisse como este ser imaginário, nós diriamos que é um verdadeiro psicopata.
Você é livre para crer em mim, mas se resolver, livremente, não crer, será torturado por toda eternidade, com castigos terríveis, e dor inimaginável. Escolha.:-)
Fala sério.:-/
Izaque: "Deus da o direito de arrependimento ate o ultimo momento da vida, depois diante dele, daremos conta de cada um de nossos atos.isso é livre arbitrio no mundo material, no mundo espiritual, quem arbitra é Deus."
Ou seja, um tirano louco, uma mente insana e cruel, que tortura pessoas por diversão, ou sem nenhum motivo. E que tem seguidores por pura covardia e medo das consequências, medo do inferno, gente realmente desprezível, me parece.
Parabéns, Izaque, você e seu amigo imaginário se merecem, parecem ser tão insanos, crueis, vingativos, e chantagistas, um quanto o outro(se ele existisse, claro.:-).
Cognite Tute
PS: Eu não quero ter nada com um ser imaginário tão maluco, nem com seus seguidores.
E o termo talvez não seja "roubar", mas impedir ou controlar.
Por exemplo, a livre manifestação de pensamento, o direito a uma educação de qualidade que não envolva mitos ancestrais em aulas de ciência, o direito ao aborto para as mulheres, casamento civil universal, entre outros.
O direito de não ter aulas de religião, por exemplo, que se refere a ateus, mas também, ou principalmente, aos filhos de outros religiosos, de outras correntes.
De um modo geral, são direitos de cidadãos, das pessoas, mas também de ateus, como cidadãos.
É sempre bom lembrar que ateísmo é apenas a conclusão sobre a falta de evidência de existência de deuses, nada mais. Não é uma bandeira política, ideológica ou de qualquer tipo.
E por ai vai.
Cognite Tute
Vamos inverter a situação. Todo religioso tem o direito de comentar sobre a sua religião. O coleguinha pergunta "qual a sua religião, fulaninho?" e ele responde "sou católico". E aí perguntam pra mariazinha: "e a sua, Mariazinha?" "Sou atéia".
Se você acha que ela deveria desconversar, nessa situação hipotética, mas não vê o menor problema no católico responder a uma pergunta simples de forma simples, está sendo absolutamente hipócrita.
Para mim este pensamento representa as seguintes coisas:
Uma enorme porcentágem de idividuos que só acreditam em um deus por temer o inferno e não por amor a deus.
Não aceitar que o ser humano não seja tão especial assim, que é tão selvagem e destrutivo quanto qualquer outro bicho, e que devemos trabalhar arduamente para a evolução e progresso da especie. Ao invés disso prefere-se atribuir nossas proprias falhas a um diabo qualquer e ficar rezando na espera de que algum poder divino venha curar-nos.
É poder beneficiar-se aproveitando-se do medo irracional das pessoas.
É através do credo achar justificativas para suas proprias dificuldades de aceitar aquilo que é diferente.
Eu juro que tento não odeiar a religião e os religiosos, sem exceção, tudos os dias, mas é muito difícil, muito difícil.
Nem todos meus familiares sabem de minha condição de ateu ou até mesmo a respeito de minha sexualidade, mas a cada dia ouço e vejo coisas que tornam cada vez mais difícil acreditar que um dia será realmente possível dividir qualquer espaço com eles. A cada dia me parece mais e mais que estamos numa guerra e que as coias, por mais que dezejemos, não vão terminar com uma simples conversa. Podem dizer até estou ficando paranoico, mas eu vejo as coisas piorando muito mais antes de melhorarem. Vejo a não tão distante possibilidade voltarmos a era da inquisição e da ditadura nazista ao mesmo tempo.
Seu comentário só mostra o que a religião tem causado na sua cabecinha pequena. Ela basicamente destruiu sua moral e ética, veja seu jeito de pensar, e de interpretar as coisas. Se ela tivesse te dado moral e ética, você não comentário algo sem NEXO algum como isso.
A sociedade querem nos banir da sociedade! elas tem preconceito contra nós!
Então você acha que de onde veio o estudo da tecnologia dos remédios?
De um livro sagrado?
Ou de um estudo desenvolvido por um ateu em busca da VERDADE, em que não se contenta com esse negocio de "foi deus", e encontrou na física e ciência maneiras de curar doenças, com ações e reações expressivas e denominadoras no nosso organismo.
kkkk
Pois o que de gente que prefere uma Cerveja e o Pagode no lugar da Igreja é fora de serie.
Vejo apenas mais UMA ONG TENTANDO se estabelecer no mercado de olho no $$$$ publico e de Doações do Privado.
tudo uma questão de $$$$$$
kkkk
Pois o que de gente que prefere uma Cerveja e o Pagode no lugar da Igreja é fora de serie.
Vejo apenas mais UMA ONG TENTANDO se estabelecer no mercado de olho no $$$$ publico e de Doações do Privado.
tudo uma questão de $$$$$$
kkkk
Pois o que de gente que prefere uma Cerveja e o Pagode no lugar da Igreja é fora de serie.
Vejo apenas mais UMA ONG TENTANDO se estabelecer no mercado de olho no $$$$ publico e de Doações do Privado.
tudo uma questão de $$$$$$
Tenho na minha casa (há mais de trinta anos)uma obra de arte.Um (lindo)rosto de cristo esculpido em um tronco de árvore. Aliás, é um rosto de homem.Para os religosos é Cristo. Como todos sabem, evangélicos sejam históricos, pentecostais ou neopentecostais, odeiam imagens (versículo bíblico:"Não farás para ti imagens de escultura blá, blá, blá). Por isso eulevo bordoada dos evangélicos e dos ...ateus!Pode????Só rindo mesmo!
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