Arcebispo Rodrigues defende a prática de oração nas escolas |
Ele sustentou o seu ponto de vista com o argumento de que o Estado é posterior à sociedade, e foi esta que criou aquele para garantir o “bem comum”, cuja definição está na Encíclica Mater et Magistra, de João 23.
No caso do Brasil, ele não citou nenhuma vez a Constituição democrática de 1988 que estabelece a laicidade do Estado, à qual todos devem se submeter por vontade da sociedade.
O arcebispo admitiu ser o Estado laico uma “conquista da racionalidade política”, mas afirmou que a sociedade precisa de “um fundamento transcendente para os valores sem os quais a paz social se torna impossível”.
Ou seja, pelo argumento dele, a religião é a única fonte de tais valores, o que é altamente questionável. Mas ele admitiu, também, que a intolerância religiosa compromete a liberdade de religião ou de crença, “sobretudo em Estados teocráticos”.
Dom Rodrigues defendeu a pluralidade do ensino religioso (embora na prática o que prevalece é o proselitismo católico), admitindo até mesmo, além de “outras opções religiosas, “a profissão de fé ateística”. A palavra “fé”, nesse caso, soa como uma provocação aos descrentes, porque, para eles, "fé" é um produto da irracionalidade.
O arcebispo escreveu: “O leitor pode estar perguntando por que falo de 'profissão de fé ateística'. É que o ateismo é uma opção. Não se pode provar cientificamente a inexistência de Deus. A questão de Deus se coloca fora do campo da pesquisa científica. Ninguém encontra Deus por verificação empírica. Mas todos os cientistas acabam se colocando a questão: existe uma inteligência suprema que pensou o universo? Se existe, qual sua intenção ao desejar a existência do ser humano? É possível conhecer Deus? Quem é Ele e como Ele é? Mas esta não é uma questão a que as ciências possam resolver”.
Para dom Rodrigues, ateísmo
é uma profissão de fé
|
Mas, prosseguiu na transcrição, "há patologias da razão (do que, hoje em dia, a humanidade em geral não tem exatamente consciência), uma hybris da razão, a qual não é menos perigosa, ao contrário, devido à sua potencial eficiência, muito mais ameaçadora: a bomba atômica, o homem como produto. Por isso, por outro lado, a razão também deve ser lembrada de seus limites e aprender a disposição de ouvir as grandes tradições religiosas da humanidade."
Em que pese o esforço do arcebispo em se mostrar sintonizado com a contemporaneidade, ao reconhecer a importância da critica à religião, a sua oratória é saudosista porque remete a um Brasil colonial, quando não havia a separação entre o Estado e a Igreja Católica.
O fato é que, hoje, um Estado laico que se preze não pode admitir religião nas escolas públicas. E ponto.
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Com informação do jornal Cruzeiro do Sul.
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Comentários
Religião e Educação – 1/2
Manifesto nesse espaço minha posição sobre oração nas escolas. A Sociedade é anterior ao Estado e este surgiu para garantir o bom funcionamento da Sociedade. Está a serviço do Bem Comum. É, pois, uma instituição que não pode tornar-se instrumento de nenhum grupo particular, religioso ou não. O Bem Comum foi definido na Encíclica "Mater et Magistra", de João XXIII como o "conjunto das condições sociais que permitem e favorecem nos homens o desenvolvimento integral da personalidade". Todos os cidadãos devem cooperar para o Bem Comum e zelar por ele é o precípuo dever do Estado. O Estado laico é, portanto, uma conquista da racionalidade política. Mas o Estado não é o dono da sociedade. O Estado não é dono das escolas e, ao organizar o processo de ensino, deve levar em conta o bem da sociedade como um todo. O Estado não é nem ateu nem religioso. Ser ateu ou religioso é decisão das pessoas. Mas é verdade que a religiosidade está presente em todas as culturas e as instituições religiosas sempre tiveram grande significado para a organização da sociedade, na medida em que ofereceram um fundamento transcendente para aqueles valores sem os quais a paz social se torna impossível.
É verdade também que a intolerância religiosa, sobretudo em Estados teocráticos, fere a liberdade religiosa ou de crença. Um Estado ateu, que professe a fé na inexistência de Deus, como pretenderam ser os Estados comunistas, acaba por coibir a liberdade religiosa, julgando-se no direito de tornar todo o espaço social fechado para manifestações do espírito religioso de um povo. Esse ranço anti-religioso sobrevive na cultura do ocidente e se bate com violência contra a fé cristã. Mas, voltemos ao assunto do início. O Estado não o dono, por ex., das escolas. Deve garantir seu funcionamento e deve financiá-las. Nada mais democrático que de acordo coma vontade dos pais - na escola onde estudam seus filhos, estes recebam o ensino da religião que professam. Naturalmente dentro de uma abordagem construtiva onde sejam respeitadas outras opções religiosas, inclusive a profissão de fé ateística. O leitor, a estas alturas, pode estar perguntando por que falo de "profissão de fé ateística". É que o ateismo é uma opção. Não se pode provar cientificamente a inexistência de Deus. A questão de Deus se coloca fora do campo da pesquisa científica. Ninguém encontra Deus por verificação empírica. Mas todos os cientistas acabam se colocando a questão: existe uma inteligência suprema que pensou o universo? Se existe, qual sua intenção ao desejar a existência do ser humano? É possível conhecer Deus? Quem é Ele e como Ele é? Mas esta não é uma questão a que as ciências possam resolver. É, entretanto, uma questão fundamental, na qual está implicada a própria questão do ser humano: de onde venho e para onde vou?
Deus não é constatável por via empírica. A questão de Deus coloca-nos diante de outra ordem de conhecimento: aquele que nos vem pela reflexão. O ateísmo de Sartre, por ex., é uma opção que ele procura justificar em sua reflexão filosófica. Assim também Freud para quem a religião é uma ilusão do desejo. Marx pensa ser a religião a suprema alienação, no sentido de que nela o ser humano se consola com o sonho de um mundo em que, enfim, todas as contradições vividas no mundo real serão solucionadas. Nos países comunistas ensinava-se na escola o "materialismo científico" para formar seres humanos novos, capazes de criar uma sociedade justa e fraterna, onde Deus seria definitivamente dispensado. A crítica da religião é para todos nós sempre bem-vinda.
Ajuda-nos, a nós religiosos, purificar nossas práticas das patologias religiosas. Em diálogo com Habermas, Bento XVI fez a seguinte afirmação : " há patologias na religião que são extremamente perigosas e que tornam necessário encarar à luz da razão como um, por assim dizer, órgão de controle, a partir do qual a religião sempre deve se deixar purificar". Mas logo a seguir afirma também: " há patologias da razão (do que, hoje em dia, a humanidade em geral não tem exatamente consciência), uma hybris da razão, a qual não é menos perigosa, ao contrário, devido à sua potencial eficiência, muito mais ameaçadora: a bomba atômica, o homem como produto. Por isso, por outro lado, a razão também deve ser lembrada de seus limites e aprender a disposição de ouvir as grandes tradições religiosas da humanidade." Que bom seria que em nossas escolas nossos estudantes pudessem receber o ensino religioso de sua tradição e pudessem com os outros rezar as orações da tradição cristã e conhecer orações de outras tradições religiosas, igualmente belas, que lembram ao ser humano que "uma sociedade em que Deus está ausente não encontra consenso necessário sobre os valores morais e a força para viver segundo esses valores, mesmo contra os próprios interesses". (Bento XVI).
Em outras palavras, um estado que respeitasse somente "as manifestações religiosas da maioria", certamente seria um estado que reprimiria manifestações religiosas de minorias.
Brega Presley
O vaticano é uma piada e as igrejas evangélicas então, deveria ser proibida a prática da religião evangélica por ser uma religião bandida e exploradora, com suas doutrinas de enriquecimento que na verdade enriquece a igreja cada vez mais para fins escusos de seus líderes.
O "Estado laico" (que, na concepção/deturpação ateísta, significa "Estado anti-religioso") não é dono da sociedade e não pode se sobrepor à cultura e aos valores da sociedade.
"Ele sustentou o seu ponto de vista com o argumento de que o Estado NÃO é anterior à sociedade, e foi esta que criou aquele para garantir o 'bem comum'"
Ou: "O Estado é posterior à sociedade".
Conforme artigo original:
"A Sociedade é anterior ao Estado e este surgiu para garantir o bom funcionamento da Sociedade. Está a serviço do Bem Comum."
Abs.
Naquela época, chamada épocas das trevas, digo época das ...deixa pra lá. Os padres, quer dizer, as pessoas eram felizes de verdade, se podia escravizar, matar, mulher estava sempre na cozinha, pedofilia era liberada, ninguém criticava a palavra de deus e o principal, se rezava antes das aulas, eram aulas de religião, mas isto é apenas detalhe.
Ahhh, que saudade de outros tempos! Os que não tem deus no coração vão dizer estamos desesperados porque estamos no fim, Quanta mentira.
Que morram todos os FDP dos ateus, quer dizer, que deus abençoe a todos.
seria que em nossas
escolas nossos estudantes
pudessem receber o
ensino religioso de sua
tradição e pudessem com
os outros rezar as orações
da tradição cristã e
conhecer orações de
outras tradições
religiosas(UAIII O PAPA NÃO QUER CONVERTER AS PESSOAS DE OUTRAS RELIGIÕES PARA O CRISTIANISMO? ENTÃO ELAS VÃO SER CONDENADAS OU O CRISTIANISMO MUDOU E EU NÃO FIQUEI SABENDO OU JÁ É SINAL DO SECULARISMO NO CRISTIANISMO ??) igualmente
belas, que lembram ao ser
humano que "uma
sociedade em que Deus
está ausente não encontra
consenso necessário
sobre os valores morais e
a força para viver
segundo esses valores,
mesmo contra os próprios
interesses". (Bento XVI).
(SERA QUE ELE ACREDITA QUE SOMOS MESMO TÃO MISERÁVEIS ASSIM :-( !
Na concepção de QUALQUER UM deve ser o seguinte: Estado que é NEUTRO com relação a manifestações religiosas e a ausência das mesmas.
Ele (e você) sdão contra manifestações em prol da neutralidade. Estado não é "da maioria", estado é "para todos" (MESMO as minorias).
Brega Presley
Esper mato zoide!
Padres podres. Sem a religião não haverá exploração.
Viva a luz do ateísmo.
Brega Presley
Estes Mercadores da Fé, verdadeiros sanguessugas da Sociedade Mundial cospem nas palavras de Jesus Cristo. E se este se lhes apresentasse, eles cuspiriam na cara dele e o condenariam à morte! O que se vê é o desrespeito a tudo e a todos mascarado pela retórica da falsa piedade e da tolerância seletiva e preguiçosa.
Os Padres Católicos se especializaram em fazer aos outros o que não gostariam que fizessem a eles mesmos. Corrompem a Sociedade com suas práticas de pedofilia e acobertamento criminoso de um sem número de crimes contravenções e pecados. Entretanto, sustentam discursos hipócritas com teor moral, esperando angariar a simpatia da Maioria, cuja influência levou ao estabelecimento constitucional do Estado Laico.
As palavras deste Arcebispo assemelham-se ao beijo do traidor. Ele fala como aqueles que pedem a liberdade do transgressor e a condenação do que trabalha para o Bem.
Talvez ele deva ser perdoado por não saber o que diz.
E por acaso as religiões, em particular o cristianismo, podem resolver?
Baseadas em que? Delírios, achismos, conveniências doutrinárias, eternos preconceitos e superstições?
Prefiro a honestidade e humildade de cientistas e filósofos ao reponderem "não sei" para questões como essas do que a arrogância, soberba e prepotencia de religiosos achando que são gabaritados para tal.
Att.,
Espancador de Pastores
Como se prova que algo nao existe, se nao provaram que existe ?
O onus da prova SEMPRE recai a quem alega a existencia de algo.
Bom, estamos esperando ha 2000 anos que os cristaos apresentem provas solidas, confiaveis, verificaveis e realistas da suposta existencia desse ser chamado "deus".
Religiosos NAO precisam concordar com os gays, NAO PRECISAM deixar de achar que o modo de vida deles é pecado. Só não podem definir gays como pessoas perniciosas e estupradores, como se vê hoje em dia.
O mesmo se passa com qualquer coisa. Se um católico acha que os judeus são sem-noção por não reconhecerem Jesus, é um direito deles. Não é direito deles apoiarem atitudes anti-semitas, por outro lado. E por aí vai.
Brega Presley
Com relação ao que escreveu, entendo o seguinte:
É paradoxal que o padre não queira ciencia se metendo com religião, sobretudo quando tentam provar "cientificamente" que o Sudário ´pe mesmo Santo, pois não? Abraços
Brega Presley
Esqueceu que tudo pra vocês é "homofobia", tudo tem de ser censurado, tudo tem de virar crime, tudo tem de ser punido?
O foguete nessa discussão é que não precisamos "provar" a inesistência de Deus. Não cremos e pronto. Nem precisamos crer e nem precisam os que acreditam deixar de crer por nossa causa.
Como não se prova e nem se desprova, o unico recurso "universal" que se pode confiar é o Empirismo Científico. Afirmações religiosas podem ser feitas, mas só se pode exigir algo com base no que, cientificamente, seja entendido como verdade no momento. E isso religiosos não tem, historicamente, a capacidade de aceitar.
Brega Presley
E local de maluco é na igreja.
Preferencialmente na Mundial, pois : Tú é Uma Besta, Tchê!
Maldito Valdemiro Santiago!
Que bom que sua fala não faz nada disso né?
Vivemos em uma democracia. As pessoas PODEM discordar umas das outras.
Mas o que se vê em muitos discursos religiosos sobre o tema é um FEBEAPA de bobagens como "não é natural" (a biologia prova que É natural uma porcentagem de especies com reprodução sexuada e separação de gêneros TER membros que sentem atração por individuos do mesmo sexo).
Pode-se dizer que é pecado.; Não que não seja "anti-natural.
Pode-se achar que um casal de pais homem + mulher são um modelo melhor, mas como opinião, não como verdade.
Não se pode dizer que "gays vão violentar os proprios filhos", que é preconceito sem qq fundamento científico.
Essa é a diferença. Isso é laicismo. As pessoas podem discordar. Só não podem generalizar e destituir terceiros de direitos que eles próprios contém.
Brega Presley
Mas o posicionamento da Igreja Catolica contra ateus é anterior e já vinha crescendo. Só se jogou mais combustível na fogueira.
BP
Discursos do tipo "Declive Acentuado", onde se assegurar DIREITOS passam a ser vistos como "ameaça ao nosso modo de vida" são típicos neste sentido. Um casal gay adotar uma criança vira não uma opção a mais para crianças sem familia e pais sem filhos, mas uma ameaça a família".
Dizer que gays são espancados é "uma mentira de gayzistas" na opinioão de não poucos religiosos (e ateus preconceituosos, diga-se).
Afirmar que eles PODEM se casar é "palhaçada e o governo deveria se preocupar com coisas mais importantes".
Não se deixar que discursos preconceituosos (como o já citado caso de Mormons que alegavam razões religiosas para discursos racistas) sejam feitos em igrejas (pois os mesmos acabam justificando ações de violência praticadas contra minorias), vide o caso de muçulmanos que defendem seu direito de espancar esposas, tbm são discursos que precisam ser proibidos.
Não se trata de opinião. Achar pecado é uma opinião. Se tratam de discursos absolutamente discriminatórios e estes não, não podem mesmo. Não por serem contra "gays", mas contra qualquer minoria, vindo de quem quer que seja.
Brega Presley
Falta o Bispo provar que proselitismo e oração nas escolas significa um "bem" para "a sociedade como um todo". Isso é só uma forma disfarçada de dizer "nós, cristãos, sabemos o que é melhor para todos, e todos devem acatar". Bobagem.
"A sociedade precisa de um fundamento transcendente para os valores sem os quais a paz social se torna impossível."
Outra bobagem XD
Como ele prova que o único "fundamento transcendente" possível para garantir a paz social é a religião? Aliás, como se demonstra, sem apelar para a fé subjetiva, que a tal "paz social" precisa de um fundamento transcendente? Ao menos numa verdadeira democracia, não precisa. E se quer chamar assim, a própria razão humana, através da reflexão sobre a ética, é transcendente o bastante pra garantir isso =)
A escola tem que formar cidadãos para uma sociedade melhor? Claro que sim. Pra isso, tem que ensinar ética, cidadania, os valores da democracia e do respeito às diversidades. Não religião, reza e proselitismo.
Mesmo?
Então tá. Quando alguém diz que "Judeus são vilões que apodrecem nossa cultura" é tudo bem? Quando alguém fala que "Devemos matar protestantes em nome da Santa Igreja"c é tudo bem? quando algu´pem defende que pessoas devam ser queimadas por serem acusadas de brucxaria, é tudo bem?
ISSO, meu amigo, não é democracia. É autoritarismo populista. Não defende direitos, defende ausência dos mesmos ara quem for discordante de qq que seja o perfil principal de membros de uma sociedade.
O Estado eve TBM defender as minorias, ou não faz sentido.
E, novamente, toda a conversa fantasiosa sobre como as palavras, as opiniões, a religião, são a raíz de tudo de ruim que acontece ou pode acontecer com os gays.
Discurso coitadista que reforça a constatação óbvia de que a militância gay (autora das "verdades" pregadas em seu comentário) é um grupo ideológico que padece da incapacidade de viver em democracia, não admite a liberdade de expressão, e luta com todas as suas forças contra esses valores duramente conquistados pela civilização ocidental.
Quando o alto clero começa a se manifestar contra o Estado Laico, a situação começa a ficar preocupante.
pt.wikipedia.org/wiki/Sic
Se é que o Olog-Hai entende o que é neutro.
Fulano A: "Gays são todos pedofilos, não merecem adotar crianças" = liberdade de expressão. Ok
Fulano B: "Padres e Pastores são pedofilos e não devem ficar perto de crianças" = perseguição religiosa de uma minoria autoritária diante da maioria.
Interessante não é mesmo?
Mas precisam ser sempre as mesmas? A criatividade religiosa, que é evidente na hora de inventar amigos imaginários e lendas, não poderia ser aplicada a criação de novas e desconhacidas falácias?.:-)
Dom Eduardo parece não fugir a regra. No meio da diatribe e mimimi sobre perseguição contra sua superstição favorita, ele usa esta conhecida falácia:
"O leitor, a estas alturas, pode estar perguntando por que falo de "profissão de fé ateística". É que o ateismo é uma opção. Não se pode provar cientificamente a inexistência de Deus. A questão de Deus se coloca fora do campo da pesquisa científica. Ninguém encontra Deus por verificação empírica. "
Primeiro, mistura termos, "fé", um conceito claro, que significa "crer sem ter motivo para tanto", com "opção", uma escolha, que pode, ou não, ser embasada em dados e evidência. Ou na falta de evidências.
Não se pode provar "cientificamente" a inexistência de deus. Na verdade, é um impossibilidade lógica, não científica, provar inexistências. Nem de deus, nem de duendes, fadas, Zeus, Quetzalcoatl, unicórnios e centauros. Mesmo assim, considerando a falta de evidências de centauros, unicórnios, e Alah, Dom Eduardo considera, de forma bastante racional, não "acreditar" na existência desses seres.
Ele, como nós ateus, também entende isso, que sem evidências, não é lógico ou racional considerar a existência de algo. Ninguém "desacredita" no Pé Grande ou no monstro do Lago Ness, e isso inclúi Dom Eduardo, por "profissão de fé" nessa inexistência. Sabemos que não se pode "provar a inexistência" destes seres, Dom Eduardo sabe disso.
Mesmo assim, ele, como nós, não considera essa existência em suas escolhas, diretrizes, ou ética. Na falta de evidências, ele, racionalmente, prefere "não acreditar" em nenhum deles, e esperar que evidências surjam (ou não).
Ninguém encontra deus de forma alguma, empirica ou não. Se encontra deus por "fé", crença imotivada e sem evidências. E se encontra, não apenas deus, o Deus cristão (que arrogantemente usa o termo "deus" como sendo o NOME de sua divindade), mas nem Alah, Isis, Ganesh, Quetzalcoatl, o Unicórnio Rosa Invisível, Rá, ou qualquer dos milhares de deuses do panteão humano. E o encontro de Dom Eduardo com seu amigo imaginário tem tanto valor quanto o encontro de qualquer outro religioso, com qualquer outra entidade imginária.
O que entristece é que Dom Eduardo sabe disso tudo. Como alguém educado, informado, ele entende essas difíceis questões filosóficas, de lógica, pensamento racional, etc. E não usaria uma falácia simplória assim com pessoas mais esclarecidas. Mas ele escreve, na visão dele, para pessoas menos esclarecidas, que podem ser iludidas por falácias e distorções como essas.
É triste, muito triste.
Cognite Tute
Até colégios jesuítas foram obrigados a reduzir professores padres e substituir por outros leigos, até que todo o quadro fosse refeito, bem como o Estado mandou, ordenou, o fim das classes só de meninos ou meninas, virou tudo misto. Se o Estado não manda nas escolas, como ele explica a submissão das escolas confessionais às condições levantadas? Por que não bateram o pé em manter salas de um sexo só, por que não há somente padres e freiras lecionando? Padreco,vocês que não mandam nem nas escolas de vocês, mesmo privadas o ESTADO dá o aval ou não, imagine então em escolas públicas estatais, municipais e federais...
Desonestidade intelectual é pouco pra resumir o artigo dele, mas não é novidade ou surpresa porque já fazem isso, mentir, há mais de 2 mil anos. Força do hábito. Está soando, tanto as falas dele como a de outros religiosos da ICAR postados aqui ultimamente, como desespero de causa, pedido de socorro, falam esperando a intensidade do eco, mas o eco está cada vez mais fraquinho, nem as igrejas novas dão mais ecos como nas antigas catedrais. Conforme-se ou mude.
Tem gente que sente prazer em ser um capacho do Estado, gosta que ele mande em tudo na sua vida, acha isso lindo e bate palmas, feliz e agradecida.
Mas na escola pública não, minha filha. Na escola do ESTADO ninguém vai ensinar isso abertamente. Não mais, o bicho já pegou.
Teocracia igual fascismo
Teocracia+ nazismo
Teocracia = Hither
Teocracia = Pinochet
Teocracia= torquemada
Teocracia = bancada evangelica
Falácia de Espantalho (a preferida de 10 em cada 10 crentes.:-). É isso, mas não é "bem" isso, é quase isso.:-)
Primeiro, não é "adorar", não se adoram essas instituições, apenas as consideramos melhores, mais eficazes, que outras. Democracia é dita, as vezes, como brincadeira, que é o "pior sistema de governo, exceto todos os outros". Ou seja, é o melhor que temos, embora não seja perfeito (nada é).
Então, preferimos adotar o Estado, o contrato social civilizatório, do que regras malucas derivadas de seres imaginários da Idade do Bronze. É, sim, uma escolha, mas racional e baseada em dados e evidências, que indicam ser melhor e mais seguro agir assim.
Segundo, embora não "de quatro" (tentativa grosseira e deselegante de fazer piada), aguardamos punições, concretas (me espanta que não entenda isso, concretas, não imaginárias.:-) dos sistemas do Estado, do contrato social. Porque se formos esperar as punições dos "amigos imaginários" (no plural, são muitos, cada um com diferentes tipos de proibições.:-), nem esperando sentado.
Claro que se eu for um criminoso, pilantra, etc, vou preferir as punições imaginárias futuras, e não as do estado, concretas. Mas como uma pessoa honesta, decente, justa, eu, pessoalmente, prefiro confiar as punições e controles a algo mais concreto sim.
Cognite Tute
Bem, aqui dois erros crassos:
1º) O fato de se afirmar quem um deus exista, apenas porque a ciência não consegue provar a existência de deus, constitui a falácia "Inversão do ônus da prova". Pois, quem precisa mostrar evidências da existência de deus é que AFIRMA que ele existe;
2º) O fato de se afirmar que um deus exista APENAS PORQUE NÃO SE CONSEGUE PROVAR SUA INEXISTÊNCIA gera um conflito, porque, o arcebispo também não consegue provar que os OUTROS DEUSES que ele afirma não existis, não existem. Esse erro lógico tem um nome: argumentum ad ignorantiam.
Instrumentar-se, no mínimo, igual ao inimigo;
Estudando-lhe os pontos fracos;
Fortalecendo-se em todos os pontos;
Preparando um ataque decisivo;
Preparando um esconderijo indetectável;
Preparando-se para atacar, defender e fugir.
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