por Octavio Milliet a propósito de
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'Meu grande sonho é a completa destruição de todas as religiões'
agosto de 2009
Dawkins escreverá sobre sua evolução intelectual para o ateísmo
Embora eu entenda os motivos que levaram Dawkins a concluir isso [ateísmo é evolução intelectual], e até concorde de certa forma, temo que ele possa acabar cometendo um equívoco.
Os estudos causam um desenvolvimento intelectual, disso não há dúvida. Mas é de fato o ateísmo o degrau de cima? Ou será o ateísmo simplesmente o primeiro degrau da escada? É isso que eu acho, a religião nem começou a subir uma escada, a escada do conhecimento, pois ela desce cada vez mais numa rampa descontrolada.
Para entender o universo é necessário o pensamento ateu — o de que o universo é como ele é, suas leis são perenes, e não existe um criador, pois apenas com a visão reta da realidade é possível progredir de fato em sua ciência (noção) real.
Claro que muitos religiosos foram responsáveis por diversos descobrimentos das áreas da ciência, porém mesmo eles, quando perguntados acerca dessas descobertas num âmbito maior, dariam as respostas erradas.
O pensamento ateu, ou melhor, o pensamento racional, que não fantasia ou imagina, ele raciocina, é extremamente necessário para que possamos começar a progredir nossa espécie, nossa sociedade, nossa cultura, mas é necessária a re-estruturação também dos valores humanos, que foram desenvolvidos por vias duvidosas, mas ainda assim funcionais, pelos religiosos. Afinal, somos humanos, os religiosos são humanos, e, como tais, desenvolveram valores humanos, dos quais não podemos esquecer ou ignorar.
É necessária a estruturação da compaixão humana, é necessária a queda de uma força niilista e terrível que domina a mente de muitos ateus, ao pensarem "Ah, então não existe um todo, existe apenas o 'eu', neste caso, agirei por mim e nada mais.".
É complicado, mas é possível perceber o que nos une. O que nos une é a potência do grupo, que o indivíduo nunca terá. É a marca de cada um dentro de um todo, que ficará na história da humanidade.
Se Dawkins desconsiderar esses fatores, seu livro será nada mais que um fundamentalismo barato, com bases fortes científicas, mas, ainda assim, um fundamentalismo barato ateísta.
O ateísmo é de fato um degrau acima? |
Os estudos causam um desenvolvimento intelectual, disso não há dúvida. Mas é de fato o ateísmo o degrau de cima? Ou será o ateísmo simplesmente o primeiro degrau da escada? É isso que eu acho, a religião nem começou a subir uma escada, a escada do conhecimento, pois ela desce cada vez mais numa rampa descontrolada.
Para entender o universo é necessário o pensamento ateu — o de que o universo é como ele é, suas leis são perenes, e não existe um criador, pois apenas com a visão reta da realidade é possível progredir de fato em sua ciência (noção) real.
Claro que muitos religiosos foram responsáveis por diversos descobrimentos das áreas da ciência, porém mesmo eles, quando perguntados acerca dessas descobertas num âmbito maior, dariam as respostas erradas.
O pensamento ateu, ou melhor, o pensamento racional, que não fantasia ou imagina, ele raciocina, é extremamente necessário para que possamos começar a progredir nossa espécie, nossa sociedade, nossa cultura, mas é necessária a re-estruturação também dos valores humanos, que foram desenvolvidos por vias duvidosas, mas ainda assim funcionais, pelos religiosos. Afinal, somos humanos, os religiosos são humanos, e, como tais, desenvolveram valores humanos, dos quais não podemos esquecer ou ignorar.
É necessária a estruturação da compaixão humana, é necessária a queda de uma força niilista e terrível que domina a mente de muitos ateus, ao pensarem "Ah, então não existe um todo, existe apenas o 'eu', neste caso, agirei por mim e nada mais.".
É complicado, mas é possível perceber o que nos une. O que nos une é a potência do grupo, que o indivíduo nunca terá. É a marca de cada um dentro de um todo, que ficará na história da humanidade.
Se Dawkins desconsiderar esses fatores, seu livro será nada mais que um fundamentalismo barato, com bases fortes científicas, mas, ainda assim, um fundamentalismo barato ateísta.
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'Meu grande sonho é a completa destruição de todas as religiões'
agosto de 2009
Comentários
Se a religião nem começou a subir uma escada, logo, a segunda questão nem sequer entra em confronto com a primeira. Portanto, o "questionamento" já nasceu morto.
Isso nao quer dizer que cada um adote seus motivos subjetivos (do jeito que eu vejo).
Por outro lado o altruísmo e outras características da vida gregaria humana poderiam ser adaptações evolutivas o que significa que, mesmo sendo niilista, as pessoas (sempre pensando em uma distribuição normal) teriam propensão a atuar em pro da comunidade, sempre e quando sua existência individual nao esteja ameaçada.
como negar algo que você nem se quer tem a noção de existência.
Aí está o equívoco. Se esse algo ao qual você se refere é Deus, então, é um algo bem conhecido. É um algo que tem nome, que fala, que ouve, que anda, que se senta, que tem desejos, que tem objetivos, que planeja, que escolhe, que se zanga, que mata, que cura etc. Tudo isso, é claro, conforme as diversas crenças religiosas.
Meu ateísmo é em relação a esse algo que eu acabei de descrever. Em relação ao algo que é incognoscível, indetectável, indescritível, incompreensível, por razões óbvias, eu nem perco o meu tempo.
- Não é não. É a falta de crença em deuses.
"O homem não sobrevive sem crenças"
- Mentira cabeluda.
O resto é resto.
Agnosticismo, só e somente agnosticismo, me desculpe, é só uma zona de conforto, um comodismo.
Veja, para Espinosa, existem dois atributos que conhecemos, dos infinitos atributos da Natureza (e não me venham falar de panteísmo, falácia ignorante e falsa acerca deste filósofo racionalista absoluto). Estes atributos são a Extensão, o que temos por matéria, por existência, por espaço, e o atributo Intelecto, o que temos por conhecimento, por leis, por ciência (enquanto noção, claro).
Enquanto noção espacial, temos diversos indivíduos, unidos porém num conjunto intelectual (da-lhe metafísica meu caro! ^^), a potência está justamente aí, no quanto podem criar e produzir os seres humanos, co-criadores do intelecto da Natureza, este que é, enquanto natural, eterno, e enquanto humano, mutante.
Eu não disse "É complicado, mas não é impossível perceber..." por nenhum motivo, como agora você deve ter entendido. rs
Fosse isso tudo escrito para ser um post, eu teria me explicado melhor, rs
Abraços e obrigado pela crítica,
Octavio Milliet.
A primeira abrange todas as concepções de "Deus": teísta ("Deus" como pessoa - ou pessoas, no caso do trinitarismo ou politeísmo henoteísta - criadora, mantenedora e interventora do Universo), panteísta ("Deus" como a própria natureza e o Universo) e deísta ("Deus" como causa primeira, mas não interventora). Estas são as principais. A segunda restringe o termo ao teísmo, e talvez ao deísmo.
A concepção panteísta é um mero jogo linguístico: chamar a natureza ou o Universo de "Deus" é enfeitá-los com um termo pomposo, e impregnado pelo antropomorfismo teísta. Seria como chamar uma residência de "panteão".
A concepção deísta, que rejeita qualquer revelação divina, é uma espécie de "deus-das-lacunas" ou argumentum ad ignorantiam no que concerne à causa do Universo, pois se até agora não sabemos, pelo método científico, o que exatamente causou o Big Bang (se houve realmente uma "causa" para o Universo), atribuir tal causa, se a houve, a uma divindade é uma presunção tão grande quanto o conceito causador. Além disso, se tal divindade fosse realmente comprovada, continuaríamos a especular a respeito de sua causa, num regresso ad infinitum.
Por fim, a concepção teísta, a originadora do conceito de "Deus", é a mais difundida, estando representada pelas principais religiões existentes, cristianismo e islamismo, tendo sido advindas do monoteísmo abraâmico. Além do fato de haverem várias contradições inerentes a esse conceito (trinitarismo é a mais evidente, além do problema do mal), há evidentes contradições e afirmações errôneas dentro de cada um dos livros advogados como a "palavra de Deus". Um estudo acurado de seus escritos mostra uma falibilidade inerentemente humana, que contradiz as noções de onisciência e perfeição atribuídas a esse conceito de "Deus".
O termo "ateísmo" se refere, estritamente, a não crença ou à negação de todos esses conceitos de "Deus". Tal termo talvez faça sentido numa sociedade onde a expressiva maioria professa a crença nesse conceito. Mas numa sociedade "pós-teísta", o termo "ateísmo" não faz mais sentido, pois o conceito de "Deus" torna-se obsoleto, e, assim, negar ou afirmar a não crença em tal conceito torna-se irrelevante. O próximo degrau a ser alçado é a obsolência do conceito de "Deus" e a obsolência do conceito de "ateísmo". Lutemos para isso.
eu cansei de ouvir de evangelicos esse mesmo discurso arrogante e prepotente. pelo visto, os ateus estão descambando cada vez mais para o fundamentalismo.
Octavio Milliet.
Veja bem. Acreditar faz parte da natureza humana. Acreditamos nas figuras de autoridade que nos cercam. Acreditamos nos nossos pais, nos nossos irmãos mais velhos, nos nossos avós, nos nossos tios, nos nossos professores, nos nossos líderes espirituais e, é claro, nos nossos Deuses.
Contudo, como eu já falei em outra postagem, esse ato de acreditar, ou seja, esse ato de fé pode ser racional ou irracional. A fé religiosa, como eu já expus, a meu ver, é irracional, enquanto que, a fé nos nosso entes queridos, tem tudo para ser racional.
Ademais, as características "divinas" que eu enumerei na minha postagem anterior serve para qualquer Deus ou Deusa conhecidos.
Finalizando, eu repito o que eu já disse: "Em relação ao algo que é incognoscível, indetectável, indescritível, incompreensível, por razões óbvias, eu nem perco o meu tempo." E acrescento: espero que as pessoas parem de perder tempo com isso.
A posição mais honesta e exata é se auto-rotular: eu sou o que sou. Sou o que sei e o que não sei (mais do que sei). Sou o que creio e o que não creio. Sou o que sinto, e o que não sinto. Sou o que aprendo, e o que ignoro. O que sou? EU SOU O QUE SOU. Homo sapiens do reino Animalia.
Concordo se quer dizer que existem patamares na busca do conhecimento; todos certamente individuais. Muitas pessoas estão satisfeitas com suas conquistas e fontes de obtenção do conhecimento, sejam elas a ciência ou a religião.
Penso que todo o problema a cerca dos caminhos (ou patamares) que o conhecimento pode atingir está ligado ao conflito diante das repostas disponíveis. Há respostas que podem simplesmente satisfazer corações e mentes, mas que entram irremediavelmente em conflito com a lógica e a razão.
Este conflito pode ser o determinante na busca de mais conhecimento ou não. Neste ponto, concordo, que até a ciência, com suas respostas temporárias, indeterministas, probabilísticas; ou até mesmo, falta de respostas, pode promover o caminho inverso e mais confortável ao espirito; ou seja, o retorno a religião.
Como bem disse Newton Freire-Maia em Verdades da Ciência e outras Verdades:
“Os métodos da ciência nada tem a ver com Deus, com a alma, com a religião, não os incluem. Todavia, filosoficamente, não se pode jamais dizer que a ciência é ateia, materialista ou antirreligiosa, apesar das explicações teístas, espiritualistas, religiosas não caberem na ciência.”
A compreensão de como a ciência funciona, o naturalismo filosófico e a verdade científica, pode exigir aspectos de um conhecimento prévio. A falta ou uma insuficiência deles que pode criar uma imagem deturpada da ciência muito distante de suas reais possibilidades; o que para iniciantes pode ser frustrante. Daí a necessidade da divulgação científica.
O problema que Sagan levantou em Variedades da experiência científica: “Precisamos afiar nossa capacidade de explicação, de dialogo, do que costumava ser chamado de lógica e retórica (...); afiar nosso potencial para compaixão, que assim, como as capacidades intelectuais, precisa de prática para ser aperfeiçoado.
Discordo quanto a possibilidade de fundamentalismo como conclusão final de uma obra ainda não conhecida. O pragmatismo da ciência pode ter este tom, mas conhecendo bem o histórico do trabalho de Dawkins e seus enfrentamentos – a defesa da ciência dos ataques fundamentalistas - penso o contrário.
Discordo respeitosamente, da generalização de um individualismo ateu. A busca de resposta em fontes naturais, não exclui ou não impede uma preocupação com questões coletivas e humanistas.
O conhecimento pode progredir diante da buscas de repostas às questões metafísicas que já foram domínio exclusivo da religião. A ciência busca em bases naturalistas e não pode ser diferente. A religião, ao contrário, já explicou o universo, o que resta então?
Ninguém tem o direito é de IMPOR suas crenças/ideias aos outros (querer proibir aborto, por exemplo). Mas aí é mais questão das religiões do que de crenças em si.
Apenas discordo da parte em que fala do niilismo. Afinal, ser ou não niilista é direito de cada um. ;)
E sejamos sinceros: se cada ser humano cuidasse APENAS e tão somente de sua própria vida, ao invés de tentar cuidar da vida dos outros... O mundo já estaria MUITO melhor. ;)
Abraços!
E concordo contigo: temos que lutar pelo fim de ambos, por uma sociedade racional e livre. :)
Abraços!
Talvez seja o caso do ateísmo.
Sou agnóstico e simpatizo com as idéias de LaVey, portanto sou um Satanista, você chamaria isso de zona de conforto ou comodismo? Por favor, não generalize os agnósticos.
"...é necessária a queda de uma força niilista..."
Todos tem o direito de terem sua cosmovisão, inclusive os niilistas. Porém não entendi direito, você tem algo contra os niilistas?
Que sentimento religioso maravilhoso! Liberto! Salvo!
Só a ateísmo salva!
"Como assim, J. Tadeu?"
A palavra "ateu" sempre foi um "tabu semântico". Acho que o problema é como as pessoas se rotulam: "sou cristão", "sou islâmico", "sou agnóstico", "sou ateu". Certo, e daí? Ao mesmo tempo em que nos auto-rotulamos, rotulamos os outros: "ateu é fundamentalista", "teísta é alienado", "agnóstico é covarde" e por aí vai. Eu pessoalmente já me autodefini em diferentes épocas como "cristão", "agnóstico", "ateu", "budista não-praticante", "ignóstico antiteísta", etc. Hoje nem sei mais o que sou! Se alguém me perguntar "Você CRÊ em Deus?" primeiro adoto, se não souber o "rótulo" de quem pergunta, uma postura ignóstica: "Qual Deus?" Se for um teísta (ou seja, alguém que se declara teísta) respondo que não creio, adotando assim uma postura ateísta. Mas se essa mesma pessoa vier com as ladainhas de sempre, adoto ou um postura antiteísta ("sua crença é uma piada!") ou apateísta ("pouco importa o que você acredita, e pouco importa a você o que acredito", não necessariamente nesses termos!), dependendo das circunstâncias. Se a mesma pessoa tivesse me perguntado "você acredita na EXISTÊNCIA de Deus?" eu adotaria uma postura filosófica: "defina 'existir'". Por fim se outra pessoa me perguntasse "Você acha que é possível existir fisicamente algum ser ou coisa que tenha criado e/ou mantém o Universo, sendo esse ser ou coisa algo que ainda não descobrimos?" minha postura seria, é claro, agnóstica: "não sei, é possível..."
E no final do dia, preferiria não ter rótulo nenhum...
Sobre aprender coisas novas, fazemos isso a todo instante! A questão é filtrar o que é relevante e/ou útil. É claro que vontade de aprender não requer, a princípio, uma crença metafísica. Pode até ser para algumas, ou muitas, pessoas. Mas é um processo: quanto mais aprendemos, mais ignorante nos sentimos. Não é paradoxal?
Enfim , falei falei e só sei que (quase) nada sei :-)
Ok. Desculpe-me.
Eu também sou agnóstico. Eu não sei se algum Deus existe. Mas, levando-se em conta aqueles que dizem que existem a minha posição é a de não acreditar neles.
Mas, é sabido, e você sabe, que tem muito agnóstico que tem medo de ser encarado como uma "abominação". Aí eles dizem: "talvez Deus exista, talvez não, quem sou eu pra saber disso". Ok. Mas a questão não é em relação ao saber e, sim ao acreditar.
Quando perguntados se acreditam ou não em algum Deus a resposta é "não sei". Isso é fuga, pois a pergunta não envolve saber. Há um medo em responder "acredito" ou "não acredito".
É disso que eu estou falando.
Rótulos sempre vão existir. Homo sapiens já é um rótulo e nem é ponto pacífico.
És um homo sapiens vindo de Deus, da evolução ou da manipulação genética alienígena?
Percebe? Sempre haverá grupos e sub-grupos conforme aquilo que sabemos e acreditamos. É a vida.
"há evidentes contradições e afirmações erroneas dentro de cada um dos livros advogados como a "palavra de Deus". Um estudo acurado de seus escritos mostra uma fabilidade inerentemente humanana",
1. Conhece algum argumento cientifico irrefutavel que contraria o Al'Quran? Se sim, apresente as respectivas referências.
2. Apresente as evidentes contradições e afirmações erroneas do Al'Quran.
Serafim
Muito obrigado, mas a visão filosófica acima deixou um grande rastro de destruição no passado recente.
_Qual a diferença entre escada e rampa se as duas conduzem o indivíduo para cima(se pensarmos em uma ordem crescente)? Se pensarmos algo nos moldes dos movimentos físicos, teremos também um resultado obtido à custa de esforço, nada de diferente...
_Mas a rampa, é uma superfície lisa, alguém diria..., nem sempre! Suponha que a tal rampa, tenha vários obstáculos e estes, de diversas ordens/ se descem, é porque um dia, chegaram ao topo; suponha ainda, que a escada seja rolante, qual a força empenhada?
_O primeiro degrau, não é o alicerce da escada; a rampa, por si só, não tem degraus; o alicerce para os pés, está no espaço percorrido para chegar a qualquer destes eventos!
_Aquele que despenca do alto, com obstáculos, tende a se ferir em maior proporção(esta regra é válida para os dois casos).
_Quem desce a rampa de forma descontrolada? Se o texto estiver se referindo à religião, comete dois equívocos; se estiver se refeirndo à rampa, um:
1° não especifica, logo... generaliza;
2º a estrutura frasal, não contempla a forma adotada para fazer menção ao sujeito, na referida frase:
3° A rampa é uma estrutura fixa, assim como a escada apresentada no texto de entrada e, ainda que fosse móvel, seguiria padrões de comando.
_As pessoas estão sujeitas a regras e leis porém, não são manipuladas de forma a perderem sua própria identidade; se tal fato se dá, é em função da abertura, a qual o indivíduo se submete.
Na própria bíblia diz que os pensamentos do homem não chegaram perto dos pensamentos de deus. Daí vem alguém querer me dizer o que eu devo ou não fazer por é vontade de deus! Tah bom então, me engana que eu gosto!¬¬
"7.54 . Vosso Senhor é Deus, Que criou os céus e a terra em seis dias, assumindo, em seguida, o Trono. Ele ensombrece o dia com a noite, que o sucede incessantemente. O sol, a lua e as estrelas estão submetidos ao Seu comando. Acaso, não Lhe pertencem a criação e o poder? Bendito seja Deus, Senhor do Universo."
"10.3 . Vosso Senhor é Deus, Que criou os céus e a terra em seis dias, logo assumiu o Trono para reger todas as coisas. Junto a Ele ninguém poderá interceder, sem Sua permissão. Tal é Deus, vosso Senhor! Adorai-O, pois! Não meditais?"
"11.7 . Ele foi Quem criou o céus e a terra em seis dias - quando, antes, abaixo de seu Trono só havia água - para provar quem de vós melhor se comporta. Mas, se tu lhes dizes: Sereis ressuscitados depois da morte!, os incrédulos dizem: Isto não é senão pura feitiçaria!"
"15.26 . Criamos o homem de argila, de barro modelável."
"15.28 . Recorda-te de quando o teu Senhor disse aos anjos: Criarei um ser humano de argila, de barro modelável."
Se tomarmos os "seis dias" e a criação humana feita de argila (descritos repetidas vezes) como literais, teremos um conflito com os conhecimentos geológicos, físico-cosmológicos e biológicos que temos hoje. Tomadas metaforicamente, teremos que tomar da mesma forma todos os outros versículos, inclusive os que prescrevem uma moralidade e os que descrevem detalhadamente o Paraíso e o Inferno.
Sobre a moralidade contida no livro, abstenho-me de citar e confrontar os diversos versículos com a moralidade vigente, pois o comentário ficaria muito grande.
Quem quiser fazê-lo, aqui o Alcorão online para consulta:
http://myciw.org/modules.php?name=Alcorao
"Para entender o universo é necessário o pensamento ateu — o de que o universo é como ele é, suas leis são perenes, e não existe um criador, pois apenas com a visão reta da realidade é possível progredir de fato em sua ciência (noção) real."
Nota-se aqui a ignorância do autor sobre Isaac Newton, que era cristão e cujas leis até hoje são válidas. Newton é considerado por muitos historiadores e cientistas o maior cientista que já existiu. Pois sem a contribuição de Newton, não haveria tantos mistérios desvendados pela ciência.
Em outras palavras, dizer q o ateísmo é superior é uma ironia, pq religiosos pensam a msma coisa mas sobre as suas particulares religiões.
Mais uma vez parabenizo os organizadores do blog por levantar questões sérias e permitir que possamos discutir isso.
Abraço !
Vânia
-Isso foi digrido a quem? Porque se foi à minha pessoa, você não sabe o significado de tal falácia. Eu não disse que certos agnósticos são falsos em sua ideologia ou que não são verdadeiros agnósticos, percebe? Apenas falei que há certos agnósticos que, de fato, ficam em zona de comodismo e que os agnósticos são heterogêneos filosoficamente falando. Entendeu ou quer que eu desenhe?
Valdo.
crenças, epistemologia, realidade, evidências
http://www.youtube.com/watch?v=ZiADLmeiNoc
objeções
http://www.youtube.com/watch?v=VDzelrtMeh4
(se a legenda não for ativada, acionar "CC" abaixo do vídeo)
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/pelo-bem-da-europa-salvem-nos-dos-nossos-salvadores=f730387#ixzz1xENDp1j0
Ou então (tome mais liberdade criativa!): "Os homens que começam a lutar contra o racismo em nome da liberdade e da humanidade acabam por mandar a liberdade e a humanidade às urtigas, se só lutarem contra o racismo... Os antirracistas não destruíram o racismo; mas destruíram coisas temporais, se é que isso lhes serve de consolo."
Impressão minha ou senti uma argumentação sutilmente tendenciosa sobre o comunismo e o fascismo como consequências diretas do ateísmo?
E há distinção entre lutar contra igrejas (no sentido de eliminá-las), e lutar contra os preconceitos e males causados e acobertados pelas igrejas; se estas desaparecerem por isso, é porque se sustentavam sobre preconceitos e males.
E citação contra citação: "Você diz que acredita na necessidade da religião. Seja sincero! Você acredita mesmo é na necessidade da polícia." (atribuída a um certo filósofo alemão)
Nota-se aqui a ignorância do autor sobre Isaac Newton, que era cristão e cujas leis até hoje são válidas. Newton é considerado por muitos historiadores e cientistas o maior cientista que já existiu. Pois sem a contribuição de Newton, não haveria tantos mistérios desvendados pela ciência.
"
Nota-se aqui a ignorância do autor do comentário sobre o significado proposto, de que o pensamento é ateu, mas não necessáriamente quem pensa. Newton desenvolveu uma lei da física, por acaso a lei da física é crente? Não, é um pensamento incrível, e é um pensamento sem Deus algum.
Ass. Autor do Post.
Mas quando de niilismo, passa para um negativismo, uma posição dura e fria acerca da realidade, aquelas pessoas fanáticas que chamam as outras de "macacos" apenas por considerá-las ignorantes, ou o pensamento de Direita extrema Meritocrática, onde é cada um por si e foda-se o resto, baseado num conceito de individualismo no mundo, posso dizer que eu não tenho algo contra, mas me sinto extremamente desconfortável ao lado de alguém assim.
Ass. Autor do post. (comentário que virou post)
Em primeiro lugar, ao escrever isso, me refiro à re-estruturação dos valores humanos na sociedade por si, e não na religião.
Digo, o ateísmo vai seguindo em frente com a ciência, mas o que define as escolhas da sociedade enquanto ateia? A ciência é uma estrutura de pensamento, mas no momento em que alguém for decidir um fim para um avanço científico, será ele utilizado para prover energia ao mundo, ou para explodir o mundo, a ciência pode responder estas questões?
Não. Mas valores humanos de compaixão podem, ou reflexões filosóficas acerca de nosso papel enquanto humanidade, podem.
Digo então re-estruturação, pois valores humanos agregados à moral religiosa, NÃO PODEM, pois ela se dá o direito de ter uma liberdade divina (inexistente) de legislar.
Ass. Autor do Post (comentário que virou Post)
Octavio Milliet.
O Ateísmo pode ser tanto essa tentativa, ou acabar seguindo o mesmo caminho, isso depende de se ele irá se considerar superior ao ponto de não precisar aprender nada, desconsiderar os avanços que fizeram a religião construir esta rampa dura e difícil de se manter no topo, e então, cair junto com a religião, ao invés de subir o primeiro andar...
Ou trará a tona o ideal secularista de abrir a mente ao contexto maior, o racionalismo, mas ligado à necessária construção dos valores de uma análise do que somos enquanto seres humanos, e como precisamos nos guiar para atingir um futuro sustentável.
Ass. Autor do Post (comentário que virou post)
Octavio Milliet.
_Desculpe, uma pequena correção: por favor, sou mulher.
A ciência hoje não pode responder questões éticas, mas com os avanços em campos como a psicologia evolutiva e as ciências cognitivas em geral é possível que no futuro as ciências naturais possam, se não definir uma moral objetiva, ao menos ajudarem em tais questões. Do que o método cientifico trata? Grosso modo, de experimentação e mensuração de fenômenos, e assim formular hipóteses, teorias e leis científicas. Poderemos descobrir, por ex., se uma pessoa sofre de sociopatia e em que grau (há vários estudos mostrando ser um transtorno com predisposição genética) e assim prescrever um tratamento eficaz na cura ou redução, e ao mesmo tempo, com estudos estatísticos entre a população, verificar a taxa de redução de crimes e a correlação entre o tratamento prescrito, e assim aperfeiçoarmos o método.
Outro ex., hoje já se discute os direitos de outras espécies animais; podemos mensurar o grau de sofrimento e dor de animais sob determinadas condições, e dizer se é justificável causar sofrimento e dor desnecessariamente.
-Que pena! Imaginei que não entenderia! Pobre Olog-Hai, que tal voltar para sua caverna?
Até onde eu sei, o secularismo não luta contra as religiões, mas sim atua no sentido de reduzir a influência social das mesmas – relegando-as a esfera privada do indivíduo. Não há hostilidade em relação às religiões, pois isso pode até mesmo protegê-las (principalmente as religiões minoritárias).
A energia atômica foi criada pela ciência, mas sem um julgamento ético, ela foi utilizada no vazio de valores humanos entre a ciência e a filosofia, o cientista diz "Eu criei, agora usem.", e os filósofos são ignorados, apenas utilizados nas partes que convém ao poder.
A bomba explode, o mundo chora, e quem governa chama isso de glória.
Vejo a ciência como uma PARTE fundamental do desenvolvimento da humanidade. Mas não como um todo, nem como um guia principal. Na minha opinião, este papel deve ser composto por muitas coisas, não uma só.
Abraços e obrigado pelas boas críticas,
Octavio Milliet
É uma 'descoberta científica', aí vai lá e toda uma sociedade se forma em torno da suposta "inferioridade" da mulher.
Sobra para as perguntas sobre as perguntas, a filosofia analítica social, desenvolver parâmetros que mostrem que não podemos nos ater apenas às descobertas científicas, pois embora Ética defina o modo de ser, não é o mesmo que o funcionamento do ser, definido pela ciência, mas a soma do que é o homem, e da sua capacidade de agir em prol da humanidade, pois somos seres racionais, dotados da capacidade de racionalizar sobre nossas ações.
Não podemos aceitar "ah, assim somos, assim é a conclusão científica do nosso comportamento",
a) Pois o comportamento humano não é puramente definido pelas características biológicas do ser, mas a soma destas com o meio externo, natural e social.
b) Pois devemos levar em conta, tanto a forma como a matemática das coisas existe e se organiza, quanto a forma como ela pode ser aplicada. Como pode ela ser aplicada? Isso não é definido pelo fato do humano ter interesses apenas, mas pela aceitação social dos interesses de quem está com o papel da aplicação dos fatos.
Enquanto por exemplo, sabemos das dores dos outros animais, e podemos dizer "não faça com os outros o que não quer feito contigo", sabemos das características da natureza, do predador e preza, muitos utilizam isso de desculpa. "Ah, mas é assim, sempre foi assim, a ciência prova que é assim."
Onde está a conclusão científica que leve o homem a não aceitar a dor nos animais, dependendo dos casos inúteis onde ela ocorre? Não está nas conclusões científicas, mas nas reflexões de como elas devem ser aplicadas pela sociedade.
Espero ter conseguido ser claro, rs
Muito obrigado pela sua participação meu caro, é difícil encontrar um debate deste nível na internet.
Abraços,
Octavio Milliet.
Os nomes na internet se tornam confusos, mais ainda com as fotos muito pequenas de perfil.
Mil desculpas =/
Octavio Milliet
Acho que uma visão mais holística (não sei por que, não gosto desse termo, me cheira a misticismo :-) é a chave. As ciências naturais talvez até possam responder as três clássicas questões: "De onde viemos?", "O que somos?", "Para onde vamos?", mas penso ser fundamental ao mesmo tempo uma Ética Prática, o que fazer depois de tais perguntas estiverem satisfatoriamente respondidas, ou antes disso quando cada fato ou descoberta vier à tona. Aguardo réplica.
O homem é racional e, não obstante, incapaz de verdadeiramente compreender a natureza em absoluto, e a ciência é e sempre será limitada ao seu intelecto.
Se há alguém que vive tão somente de idéias próprias e que não necessita crer em nada para dar sentido à própria existência, este alguém só pode ser um deus.
Você (autor) acabou passando a ideia de 'ateu ortodoxo'.
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