da BBC Brasil
Um tribunal de Bruxelas, na Bélgica, condenou nesta quinta-feira (7) seis pessoas por torturar até a morte uma jovem de 23 anos durante uma sessão de exorcismo.
Latifa Hachmi (foto) morreu em agosto de 2004, depois de ser submetida durante um mês a uma violenta prática de exorcismo na esperança de conseguir engravidar.
O processo, admitido entre alguns grupos islâmicos — religião de todos os envolvidos no caso — é conhecido como Roqya, uma mistura de magia e religião.
Segundo a juíza Karin Gérard, a vítima foi golpeada "uma centena de vezes" com sandálias e bastões cobertos com versos do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, depois de ter sido obrigada a beber enormes quantidades de água suja e a passar dias sem comer.
Hachmi também foi forçada a permanecer com fones de ouvido durante o processo para escutar incessantemente versos do Corão.
Mas, segundo o laudo dos médicos, o momento fatal teria ocorrido quando Hachmi, com os pulsos e os joelhos atados, foi submersa em uma banheira com água "extremamente" quente e quase se afogou.
"Eu quis pedir ajuda, mas os outros (dois exorcistas e três "curandeiras" responsáveis pela sessão) disseram que Latifa não sofria, era os Djinns (demônios) que estavam sofrendo", afirmou ao tribunal Mourad Mazouj, marido da vítima e um dos condenados.
Durante o processo, Mazouj assegurou que o exorcismo foi realizado a pedido de sua própria esposa, para conseguir engravidar.
"Ela queria esse tratamento e concordava com ele. Hachmi tinha decidido abandonar a medicina tradicional (para aumento da fertilidade) e tinha escolhido a Roqya", afirmou a advogada de Mazouj, Carine Couquelet.
De acordo com Antoine Chomé, advogado de Xavier Meert, um dos exorcistas condenados, seu cliente queria apenas ajudar a vítima, que estava desesperada com sua incapacidade de engravidar.
"Ele quis ajudar, ainda que de uma maneira catastrófica. Não se deve classificar o quase afogamento como uma tortura, mas, sim, como uma falta de discernimento", argumentou.
O tribunal belga entendeu que os atos cometidos contra Hachmi se qualificam penalmente como tortura. A pena para este caso varia de 20 a 30 anos de prisão e será anunciada na próxima segunda-feira.
Político holandês muçulmano quer que cães sejam banidos de Haia.
fevereiro de 2012
Casos de fanatismo islâmico.
Latifa levou surra de bastões
cobertos com versos do Corão
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Latifa Hachmi (foto) morreu em agosto de 2004, depois de ser submetida durante um mês a uma violenta prática de exorcismo na esperança de conseguir engravidar.
O processo, admitido entre alguns grupos islâmicos — religião de todos os envolvidos no caso — é conhecido como Roqya, uma mistura de magia e religião.
Segundo a juíza Karin Gérard, a vítima foi golpeada "uma centena de vezes" com sandálias e bastões cobertos com versos do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, depois de ter sido obrigada a beber enormes quantidades de água suja e a passar dias sem comer.
Hachmi também foi forçada a permanecer com fones de ouvido durante o processo para escutar incessantemente versos do Corão.
Mas, segundo o laudo dos médicos, o momento fatal teria ocorrido quando Hachmi, com os pulsos e os joelhos atados, foi submersa em uma banheira com água "extremamente" quente e quase se afogou.
"Eu quis pedir ajuda, mas os outros (dois exorcistas e três "curandeiras" responsáveis pela sessão) disseram que Latifa não sofria, era os Djinns (demônios) que estavam sofrendo", afirmou ao tribunal Mourad Mazouj, marido da vítima e um dos condenados.
Durante o processo, Mazouj assegurou que o exorcismo foi realizado a pedido de sua própria esposa, para conseguir engravidar.
"Ela queria esse tratamento e concordava com ele. Hachmi tinha decidido abandonar a medicina tradicional (para aumento da fertilidade) e tinha escolhido a Roqya", afirmou a advogada de Mazouj, Carine Couquelet.
De acordo com Antoine Chomé, advogado de Xavier Meert, um dos exorcistas condenados, seu cliente queria apenas ajudar a vítima, que estava desesperada com sua incapacidade de engravidar.
"Ele quis ajudar, ainda que de uma maneira catastrófica. Não se deve classificar o quase afogamento como uma tortura, mas, sim, como uma falta de discernimento", argumentou.
O tribunal belga entendeu que os atos cometidos contra Hachmi se qualificam penalmente como tortura. A pena para este caso varia de 20 a 30 anos de prisão e será anunciada na próxima segunda-feira.
Político holandês muçulmano quer que cães sejam banidos de Haia.
fevereiro de 2012
Casos de fanatismo islâmico.
Comentários
Reflitam sobre isso.
_O caso acima, nada tem a ver com a fé inteligente que os seres humanos são, plenamente, capazes de desenvolver.
_O fato configura-se em tortura: física e psicológica! "...Hachmi também foi forçada a permanecer com fones de ouvido durante o processo para escutar incessantemente versos do Corão".
_Lamentável, inacreditável!
Reflita sobre isto!
todo de uma pluralidade indivisível,
por que existem tantas igrejas com
correntes “filosóficas” diferentes, ou
até mesmo por que existem tantas
subdivisões acondicionadas a uma
mesma corrente, por assim dizer filosófica.
A propósito, a Bélgica tem um grupo ultrarradical e fundamentalista chamado Sharia4Belgium. Eles querem estabelecer a sharia (lei islâmica) na Bélgica.
Ateu pensante.
Os limites que o homem impõem a si próprio, através das leis, são ultrapassados em instituições que dizem ser reguladas não por homens, mas, sim, por Deuses. É essa a reflexão.
Quando um grupo de pessoas começa a achar que está acima das leis humanas, justamente, por acreditar que seguem as leis divinas e, conforme pensam, as leis de Deus se sobrepõem às leis dos homens, aí a coisa fica feia.
-De fato! Gostaria que sofressem na mesma moeda!
Humanismo não é absolutamente nocivo. Humanismo não separa as pessoas. Religião separa as pessoas. As guerras por motivos religiosos que verteram sangue na Europa, por exemplo, são um ótimo exemplo disso. Cristãos mortos no afeganistão por serem cristãos são outro ótimo exemplo disso.
Santa Catarina de Siena levitava e era imune ao fogo?
São José de Cupertino levitava?
Luzes e pássaros brilhantes cercavam Santo Ambrósio de Siena?
http://www.catolicosdobrasil.com.br/tag/siena/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Levita%C3%A7%C3%A3o_(catolicismo)
http://www.bvespirita.com/Levita%C3%A7%C3%A3o%20(autoria%20desconhecida).pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Daniel_Dunglas_Home
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eus%C3%A1pia_Palladino
Claudio
É bem possível que a mulher tenha se submetido a esse ritual com o intuito de se matar. Mas, antes disso, queria mostrar ao marido e aos parentes o quanto estava disposta a sacrificar-se para ter um filho. Para ela, não valia a pena viver sem parir! Ela foi uma colaboradora ativa naquilo que, em determinado momento, se tornou um pacto de morte. Morrendo, ela se safou do preconceito dos muçulmanos, das acusações do marido, da decepção dos parentes e da culpa que a religião a induzia a sentir na sua condição de mulher infrutívera.
Os Médicos tradicionais foram incompetentes para dar-lhe alguma esperança.
Mas, nessa estória toda, o marido é o principal culpado: além de impotente é um grande covarde!
Charles
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