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Evangélicos não definem eleições, afirma presidente do Ibope

Carlos Augusto Montenegro, presidente do Ibope
Montenegro: evangélico pesa
pouco em eleição majoritária
Nas eleições presidenciais de 2010, a articulação da liderança evangélica levou o tucano José Serra para o segundo turno, mas mesmo assim quem acabou ganhando foi a petista Dilma Rousseff.

Carlos Augusto Montenegro (foto), presidente do Ibope, deu esse exemplo para afirmar que os votos dos evangélicos não definem eleições majoritárias, como as que se realizarão neste ano para prefeitos.

Ele disse que a força desse segmento do eleitorado é suficiente apenas para eleger deputados e vereadores.

Durante o programa Roda Viva do dia 4, da TV Cultura de São Paulo, o presidente do instituto de pesquisa afirmou que os políticos hoje dão mais atenção a esse segmento do eleitorado por causa do aumento do número de evangélicos.

Nestas eleições, o Rio não terá nenhum candidato evangélico na disputa pela prefeitura, quebrando uma sequência de quase duas décadas. Estima-se que os evangélicos representam 20% do eleitorado, índice que corresponde ao percentual de brasileiros fiéis a essa vertente do cristianismo.

Algumas igrejas, principalmente as do conglomerado Assembleia de Deus, no Estado de São Paulo, já começaram a indicar candidatos aos seus seguidores. É o chamado voto de cabresto.

Com informação da TV Cultura e JB, entre outras fontes.

Comentários no Facebook.

Petista diz que religião deve ficar fora da campanha eleitoral.
maio de 2012

Religião na política.

Comentários

Raphael Martins disse…
Menos mal, né? Mas pra explicar isso a eles é outra história...
Malafaia sempre se gaba de que evangélicos são maioria, definem eleições e blá-blá-blá. Só falta ele dizer que os evangélicos mandam no país.

Agora ele foi colocado no seu devido lugar!
Wickedman disse…
A laicidade do Estado estaria mais segura se os evangélicos conseguissem eleger apenas síndicos de condomínios. Políticos evangélicos não trabalham para a população, o chefe deles é outro. Aliás, são poucos os políticos que trabalham para a população. Só não consigo me lembrar quem são...
Wickedman disse…
Depois do que o MalDaFala disse sobre a parada gay, é capaz dele agora exigir uma comprovação científica do que o presidente do IBOPE disse. Mas se não agradar a ele, não vale...
Unknown disse…
Não vamos nos esquecer que além dos evangélicos há os católicos. Não vamos nos esquecer daquela declaração do Padre Marcelo Rossi de que, se fosse necessário, se juntaria aos evangélicos para derrubar os candidatos que fossem a favor do aborto.

Não se deve subestimar os religiosos quando eles ficam acuados.
Pois é, Malafia tá andando bem "científico" ultimamente...
Anônimo disse…
Aham. Quem define as eleições é a minoria de gays e ateus.
Anônimo disse…
Eu sempre soube disso.Eles fazem muito barulho,mas não têm esse "poder" todo nas majoritárias para prefeito,governador e presidente.Agora,o Will falou uma verdade.A questão são as alianças com a ICAR para derrubar canditados "secularistas".Isso está acontecendo nos EUA, onde o Mitt Romney tenta associações com outras religiões.Ele sabe que só os mórmons não garantem a ele a vitória sobre o adversário democrata presidente Barack Obama.
J. Tadeu disse…
Em minha opinião, o voto deveria ser facultativo, pois é injusto que uma pessoa menos esclarecida e idiota (na acepção original do termo, idiōtēs, era o ateniense que não se interessava na vida pública da antiga democracia), e que juntas constituem a maioria esmagadora da população, tenha o mesmo poder de voto de uma pessoa mais esclarecida, que tenha pesquisado seriamente o histórico dos candidatos e suas propostas. Com a internet, informações não faltam. Isso chega a ser imoral. Depois das eleições de 2010, seus trâmite e seus resultados, desencantei-me e desencanei. Não voto mais. Prefiro concentrar minhas energias em meus estudos pessoais, coisas que realmente valham a pena. Parabéns Brasil e povo brasileiro! Menos um "otário" pra fazer a máquina girar.
_O que impressiona, é a constante preocupação com os candidatos evangélicos! É bem verdade que não se atira pedras, em árvore que não dá fruto! Parece mesmo, que se sentem ameaçados e tomados de grande raiva e preconceito; na verdade, estão mais preocupados com suas "tradições de marginalização", do que propriamente, com as consequências (boas ou ruins), para a vida das pessoas. Aí, mais uma vez, generalizam..., o que não é uma forma inteligente de ver as coisas.
eric disse…
essa de evangelico votar no serra nao quer dizer nada. a minha mae e evangelica e votou na dilma nos dois turnos
Anônimo disse…
A dona lagartixa voltou e, como sempre, mais palavras soltas ao vento. Lamentável...
Coder disse…
Muita besteira nos comentários.

Escolher candidatos que defendam valores parecidos com os seus não é só perfeitamente legítimo, é um apanágio da democracia representativa.

Um estado de direito digno deste nome deve sempre ter mecanismos para lidar com os malucos - que, sim, vez por outra tentarão solapar direitos civis de outros grupos. É pra isso que servem as instituições e os contratos.

Sonhar com um mundo em que "nós" (seja lá quem for) definimos quem tem direito de escolher representantes políticos é flertar com o autoritarismo mais bananeiro.

E concordo com o voto facultativo dito por alguém aí em cima, mas não por esse motivo elitista e preconceituoso de pessoas mais ou menos "esclarecidas". Defendo porque abster-se conscientemente de qualquer escolha é uma posição política tão válida como qualquer outra e não deve sofrer nenhuma espécie de sanção (como as multas por não justificar a ausência nas eleições, como acontece hoje).
goof disse…
"É bem verdade que não se atira pedras, em árvore que não dá fruto!" _______________ faz-se igual Jesus fez, amaldiçoa-se a árvore que não dá bom fruto.
Anônimo disse…
Acho que ela não viu a matéria que tem aqui sobre os evangélicos que estão no poder a maioria tem algum problema com a justiça. E a lista é bem grande. Mais claro ela hipócritamente vai dizer que eles não são verdadeiros cristãos , mais de fato são eles que estão lá.
Wickedman disse…
Parece mesmo, que se sentem ameaçados e tomados de grande raiva e preconceito;

Não é preconceito. É que evangélico em cargos de poder não dá certo. Daria, se eles exercessem suas funções pensando em todos e não apenas em quem é evangélico.

na verdade, estão mais preocupados com suas "tradições de marginalização", do que propriamente, com as consequências (boas ou ruins), para a vida das pessoas.

Políticos e pastores evangélicos se preocupam muito com a vida particular das pessoas. Até demais. São muito xeretas. A verdadeira praga bíblica são os políticos evangélicos (além dos evangélicos chatos).
Wickedman disse…
Mas será que seria bom mesmo não votar? Fazendo isso, estaríamos abrindo mão de um direito: o de decidir. Estaríamos passando essa responsabilidade para outro. Se alguém decidir por nós, sem que tenhamos feito nada, não vamos poder reclamar. Conheço muita gente que acha que a obrigação de votar é um incômodo. Talvez se houvesse um jeito de tornar o processo mais cômodo, muita gente ainda compareceria, mesmo com voto facultativo. Talvez os ausentes fossem aqueles que já fossem votar em branco ou nulo.
J. Tadeu disse…
Coder, o motivo é sim elitista, mas não preconceituoso. Quem se interessa por questões políticas forma a elite intelectual (não a elite do "quem tem mais, compra mais") que tem o poder de escolha meritocraticamente, de maneira nenhuma autoritário. Não sejamos tolos e ingênuos: todos são e devem ser iguais em direitos e deveres, mas nem todos tem interesse ou capacidade para julgar da melhor maneira questões sérias. Analogamente, para o Poder Judiciário, é preciso passar em concurso público, o que exige, no mínimo, mérito; não leva em conta o caráter, não é perfeito, mas é um filtro razoável para que que não tenhamos as anomalias que vemos nos outros poderes. E não é preconceituoso tendo em vista a flagrante desigualdade intelectual e de interesses da maioria das pessoas (que só serão diminuídos com uma educação pública de qualidade, essa sim, obrigatória e disponível a todos) e tendo em vista os efeitos, ou seja, a "categoria" de candidatos eleitos para nos representar.

Wickedman
Na questão de poder reclamar, ao contrário: quem não votou não elegeu ninguém, ao contrário de quem o fez, e se sente lesado, tem mais razões para reclamar do que quem elegeu o incômodo. Isto se houver interesse mesmo em reclamar.
Anônimo disse…
Eu já penso diferente.Infelizmente o voto facultativo não daria certo aqui no Brasil.Seria o ideal,mas se o nosso país fosse outro,pois como é só serviria para alimentar a "indústria" quase "invisível" do voto comprado.
Coder disse…
"[...] Fazendo isso, estaríamos abrindo mão de um direito: o de decidir."

Não: estaríamos abrindo mão de escolher um candidato entre os que se colocam. Um não-voto é uma declaração política tão válida quanto um voto, é como dizer "não enxergo meus valores representados por nenhum desses zé-manés e me recuso a tapar o nariz e votar no menos pior". Em democracias avançadas, o absenteísmo é uma medida boa do grau de descrença e insatisfação com a classe política. E descrença e insatisfação podem ser combustíveis para o surgimento de novidades (nem sempre boas, concedo, mas ainda novidades).

De modo que não existe essa conversa de "passar a responsabilidade para outro". Quero ter o direito E A RESPONSABILIDADE de não escolher ninguém e não ser penalizado por isso.

É pedir muito?

Sobre esse negócio de votar ser um incômodo, lamento, discordo totalmente. Nosso sistema eleitoral é um dos mais avançados do mundo, com boa capilaridade, inclusive. A chateação é mínima, mal se registram incidentes. Parece desculpa cômoda para quem não se interessa pelo processo político.

E, se quer saber, não seria má ideia se, levantada a obrigatoriedade, esse pessoal espontaneamente se alijasse do processo.

Veja bem: espontaneamente.
Puta merda, e quem disse isso?
Coder disse…
@J. Tadeu

"Quem se interessa por questões políticas forma a elite intelectual [...] que tem o poder de escolha meritocraticamente, de maneira nenhuma autoritário."

"Meritocraticamente"?

O que você defende, então é que a "elite intelectual" "merece" mais votar do que o restante das pessoas? (Pequeno aparte: como você definiria objetivamente essa "elite"? Quantas graduações preciso fazer antes de deixar de ser oficialmente um idiota e "merecer" participar do processo político? Se esse não é o critério, qual é? "Cultura"? Como você define, mede cultura? Mato dentro chácara dentro de floresta sem cachorro...)

Assustador como você não enxerga o autoritarismo por trás dessa ideia.

"Não sejamos tolos e ingênuos: todos são e devem ser iguais em direitos e deveres, mas nem todos tem interesse ou capacidade para julgar da melhor maneira questões sérias."

Concordo, mas essa deve ser uma escolha individual. Se eu não me vejo capaz (intelectualmente, que seja) de votar ou se sou preguiçoso demais para pesquisar sobre os candidatos ou se sou um babaca que acha mais importante assistir futebol do que ir votar, devo ter a OPÇÃO de não votar. Não precisamos de uma aristocracia supostamente intelectual, "iluminada" por sabe-se lá quais critérios arbitrários e institucionalizada tomando decisões por nós.

"Analogamente, para o Poder Judiciário, é preciso passar em concurso público, o que exige, no mínimo, mérito; [...]"

É uma comparação despropositada. Ninguém é obrigado a prestar concurso e os que querem ESCOLHEM aceitar as regras. Hoje, sou OBRIGADO a votar, por força de LEI, ou sou penalizado.
J. Tadeu disse…
Coder, meu caro, acho que estamos falando a mesma coisa, mas com um entendimento diferente. Talvez a palavra "elite", num país tão desigual socialmente, seja quase que um palavrão, um termo "diabólico". Vamos lá: com a não obrigatoriedade do voto, naturalmente os que se interessam votam, e os que não se interessam não votam. Simples assim. O que estou dizendo é que há uma correlação entre maior interesse e maior grau de informação: essa é a "elite" (se o termo incomoda, troquemos para, talvez, "escol", mais politicamente correto).

E sobre o Poder Judiciário, antes que algum gaiato fale do STF e suas polêmicas, é um órgão do Judiciário onde os ministros são nomeados pela presidência, ao invés de serem concursados.
Coder disse…
"Talvez a palavra "elite", num país tão desigual socialmente, seja quase que um palavrão, um termo 'diabólico'."

Não deveria ser.

Não tenho nenhum problema com a palavra; aliás, me coloco (e provavelmente grande parte dos que acessam este blog, dada a temática) entre esse grupo, sem piscar um segundo. Convenhamos: num país de 20% de analfabetos funcionais, isso não é nenhum feito.

Meu problema é com o papel que você pareceu defender para essa elite, porque, naquele caso, teríamos as dificuldades taxonômicas, por assim dizer, que eu mencionei. Além de cassar a representatividade das demais pessoas.

"O que estou dizendo é que há uma correlação entre maior interesse e maior grau de informação [...]"

Concordo. Contanto que os indivíduos sejam livres para decidir participar ou não das eleições, não parece haver mal se a elite sobressair numericamente.

E compartilho da antipatia ao politicamente correto.
Bruno de Moura disse…
O título da matéria não corresponde com o conteúdo. Pode não definir para eleições para o executivo, mas as eleições para as casas legislativa sim, e isso é preocupante. O título da matéria nos leva ao erro, até porque apesar de não decidir uma eleição majoritária, a religião pode influenciar bastante.
Anônimo disse…
Deus é minoria.
Anônimo disse…
Quando eu era crente fazia parte desta assembléia de deus, a indicação de políticos lá é constante, os pastores recebem diversos favores como cargos para familiares e etc..
Wickedman disse…
Coder,

Quero ter o direito E A RESPONSABILIDADE de não escolher ninguém e não ser penalizado por isso.

Sério? Você pode não ter escolhido candidato X porque a plataforma dele não te agrada, mas se ele ganhar você estará sujeito ao que ele pode fazer.

E muita gente realmente vê como incômodo a obrigação de sair de casa pra votar. Não é questão de concordar ou não, isso acontece. Nós podemos ter o sistema de votação mais avançado do mundo, mas é o sistema mais cômodo? Não é. Não é perfeito e nunca será, até porque perfeição é uma utopia humana. O povo quer é comodidade. VocÊ pode não achar certo, mas é fato.
Anônimo disse…
Humpf... Os evangélicos não definem eleições majoritárias, podem até não definir, porém representam uma boa gama de votos, tanto é, que os nossos queridos políticos, em tempos de eleições, de repente, viram os melhores cristãos do mundo. Engraçado né?
Wickedman disse…
O Anônimo 11 de junho de 2012 22:15 é burro.
Wendell disse…
Um estado laico trata todos seus cidadãos igualmente, independente de sua escolha religiosa, e não deve dar preferência a indivíduos de certa religião. Então, é mais seguro para a laicidade do Estado que todas as religiões estejam representadas, inclusive os evangélicos. Se os evangélicos não estivessem representados, aí sim seria uma ameaça ao estado laico.

A maioria dos políticos não trabalha para a população. Tanto evangélicos, como católicos, ateus, etc.
Wendell disse…
Salamandra é nome de gente?
"A dona lagartixa voltou" - kkkkkkk

Falando sério, a frase:
"É que evangélico em cargos de poder não dá certo."
é uma generalização absurda. Essa frase é preconceituosa.
O Anônimo 11 de junho de 2012 22:15 tem tara por gays, tanto é que tem medo de se identificar. Tsc, tsc, tsc.
Wendell disse…
Se a população evangélica é de cerca de 20% da população brasileira, nada mais natural do que esperar que aproximadamente 20% da bancada seja evangélica.

Como atualmente são 63 deputados e 3 senadores na bancada evangélica(1), o que é bem inferior aos 20%, podemos esperar um crescimento dessa bancada nos próximos anos.

1 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Bancada_evang%C3%A9lica
Anônimo disse…
Esse Burocrata não está considerando as alianças dos "Partidos Evangélicos" com potências indecisas como PMDB, PSDB e DEM. Se os Caciques destas legendas entusiasmarem as Massas sob seu domínio a favor de "Prefeitos Evangélicos", os 20% podem ser projetados para 50% ou mais de apoio a tais condidatos.
Anônimo disse…
Acredito que a bancada evangélica não seja maior,como era de se esperar que fosse,justamente em decorrência do número muito grande de candidaturas evangélicas para o legislativo e porque essas candidaturas perteceriam a legendas diferentes e igrejas conflitantes entre si.Traduzindo:DESUNIÃO ENTRE AS SEITAS E PARTIDOS.Menos mal.Já pensou se eles fossem unidos entre si?
Igor disse…
Muito simplista e até equivocada a posição do presidente do IBOPE. Ele fez análise estatística em relação ao percentual de evangélicos no geral, desconsiderando se tal percentual aumenta ou diminui em determinadas cidades.

Se assim não fosse, como existem cidades onde os prefeitos são evangélicos, e fazem suas campanhas em preceitos tão somente evangélicos? Pode rodar muitas cidades e observar que os prefeitos são pastores, donos de igrejas e etc... acha que não foram os evangélicos que definiram suas eleições? A Rosinha, prefeita de Campos dos Goytacazes/RJ, que o diga...

Em tempo: o candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, Rodrigo Maia, tem como candidata à vice a Clarissa Garotinho, que é evangélica – filha do Garotinho e da Rosinha Garotinho.

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