Arcebispo é o representante do
do Vaticano no encontro
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Beatriz Galli, da ong Ipas, que trata dos direitos reprodutivos da mulher, disse que a diplomacia brasileira tinha feito um acordo para que a expressão constasse no documento.
O texto manteve as referências da Declaração de Pequim (1995) que estabelecem a igualdade de gênero e dos direitos sexuais femininos.
O arcebispo Francis Chullikat (foto), representante do Vaticano no encontro, também pressionou os redatores para essas referências não constassem do texto.
Representantes do movimento feministas vão tentar introduzir a expressão “direitos reprodutivos” na versão final do texto. O Vaticano conta com o apoio de países como de Chile, Honduras, Nicarágua, Egito, República Dominicana, Rússia e Costa Rica.
Bolívia, Peru, México, Uruguai, Canadá, Islândia e EUA são favoráveis à primeira versão do texto, quanto à autonomia das mulheres.
Com informação das agências.
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junho de 2012
Acordo entre Brasil e Vaticano concede privilégios à Igreja Católica
por Débora Diniz em março de 2011
Comentários
Absurdo.
Mas típico.
É como um jogador de futebol querer criar regras pra astronautas seguirem.
Enquanto se pode discutir se isso ou aquilo afetam a "saúde reprodutiva" (que tem o sentido explicito de permitir a reprodução), um direito é um direito, e uma vez reconhecido, pode ser exigido, não importando opiniões contrárias (como as do Vaticano).
Não se aplica apenas ao aborto, embora seja provavelmente a principal preocupação do Vaticano (fiscal de fiofó do mundo, e fiscal sexual da humanidade, auto-proclamado.:-), mas a muitas outras questões.
Como planejamento familiar, uso de preservativos, pílula anticoncepcional, etc.
É o terror do Vaticano, populações menores, mais contidas, com tempo e recursos para educar poucos filhos com qualidade, resultando em maior informação, e, o horror, estados cada vez mais laicos e igrejas cada vez mais vazias.
Enfim, ditadores da vida alheia lutando para não largar o osso, em nome de um amigo imaginário insano, mesquinho, e inexistente.
Cognite Tute
O que me enoja sao pessoas defendendo a direito ao aborto.
O que me enoja são pessoas mesquinhas que preferem dar "direitos" a agrupamentos de células, mesmo que isso cause dor, sofrimento e dificuldades a um ser humano real, pleno, uma mulher. E em nome de um ser imaginário tão mesquinho e insano quanto.
Especialmente se é alguém que nunca vai passar por isso, e não sabe o que é passar por uma gestação com problemas, dificuldades, sofrimento.
Ainda bem que essa gente sempre fica para traz, atropelado pelo avanço das sociedades, e pela civilização.
Cognite Tute
O problema é que para a turminha cheia de amor no coração do Izaque, mulheres não são seres humanos.
Se um homem engravida uma mulher, ambos não são casados e a mulher NÃO quer passar pelo processo da gravidez, porém o homem quer o criar o filho.
Com a lei do aborto, a mulher pode abortar sem o conscentimento do homem? O homem pode "Obrigar" a mulher a gerar o filho dele pela justiça?
é o fato de ainda termos que discutir sobre imposições arbitrárias advindas da pré-história.
É sim um assunto delicado e cheio de controvérsias, mas proibir não é a solução. Acho que existem muito mais casos onde o casal concorda com o aborto ou que a mulher quer fazer e o pai é omisso, do que esse de o homem querer e a mulher não. Aí nesses casos, que são exceção, ia do casal entrar em acordo, de alguma forma.
"Saúde reprodutiva" é uma expressão mais neutra e técnica, refere-se a toda questão de saúde em torno da gravidez, reprodução, etc.
A mudança no uso das expressões (de "direitos reprodutivos" para "saúde reprodutiva") foi correta.
"Saúde reprodutiva" é uma expressão mais neutra e técnica, refere-se a toda questão de saúde em torno da gravidez, reprodução, etc.
A mudança no uso das expressões (de "direitos reprodutivos" para "saúde reprodutiva") foi correta.
Eles não são especialistas nisso. Médicos são, então eles que deveriam dar a palavra final.
Com a lei do aborto, a mulher pode abortar sem o conscentimento do homem? O homem pode "Obrigar" a mulher a gerar o filho dele pela justiça?
É simples, o corpo é dela. Vamos usar um exemplo contrário, uma mulher, casada, gostaria de doar um rim (ou sangue, se achar rim muito forte) para sua irmã, que está precisando devido a um problema sério de saúde.
Ela pode obrigar o marido a doar esse rim (ou sangue), se ela mesma não for compatível?
Não? Por que? Porque o corpo é dele, não dela.
O mesmo, na verdade muito menos complexo já que não se trata de um "filho", mas de um zigoto, um potencial de vir a ser, e não um ser humano como a irmã do caso acima, quando se trata da gestação.
Ninguém, nem o marido nem o Estado, tem o direito de decidir se uma mulher permite que seu corpo seja usado para levar uma gravidez a termo. Só ela tem esse direito (por isso o termo que o Vaticano quis retirar do texto).
Se não se pode obrigar alguém a doar um rim, ou sangue, mesmo que para "salvar uma vida", porque seria possível obrigar uma mulher a doar o corpo (e seu sangue) para, digamos para efeito de discussão, "salvar" o potencial ser representado pelo zigoto, ou mórula, ou embrião?
Vamos pensar em outro problema/exemplo. Um filho de uma mulher precisa de pele para enxerto, pois está com graves queimaduras. Ela, ou alguém, pode exigir que seu marido concorde em colocar "expansores" em seu abdomem, para "esticar" a pele do mesmo, digamos, umas dez vezes, e depois cortar essa pele para permitir o implante no filho?
Ou é escolha pessoal, e intransferível, do marido, do homem, da pessoa em questão? Quem aqui concordaria em ser obrigado a permitir isso em seu abdomem, mesmo que para salvar uma vida?
Isso é tão evidente que o aborto é permitido no Brasil se for caso de risco de vida para a mãe. Entretanto, em nenhum outro caso se permite que se "mate" um ser humano para salvar outro. Por exemplo, mesmo que fosse preciso sacrificar um bebê recém nascido para salvar a mãe, isso não seria permitido.
Seres humanos, como muitas coisas neste universo (como vida, por exemplo), não são formados a partir de chaves de "liga-desliga", mas a partir de um degrade, lento. Durante a gestação algo que "não é" um ser humano, se torna, lentamente, passo a passo, um ser humano.
Se não podemos dizer com certeza em que momento exato isso ocorre, podemos entretanto colocar a linha de corte bem "dentro" do limite de segurança.
Por exemplo, até os primeiros 3 meses de gestação.
O direito sobre seu corpo é da mulher. Ela deve decidir se permite seu uso, seja por quem for, especialmente por células e mórulas.
Cognite Tute
Não, não é. Só se "direitos civis" também for, e seu uso para proteger negros, durante as campanhas contra a discriminação racial também for ilegítimo.
Eu também penso que é um direito inquestionável abortar, porque o corpo é da mulher, não do estado, do marido, nem do zigoto. Sim, zigoto, não "filho ainda não nascido", o que é uma tolice, uma tentativa de apelo a emoção.
Anonimo: ""Saúde reprodutiva" é uma expressão mais neutra e técnica, refere-se a toda questão de saúde em torno da gravidez, reprodução, etc. "
Não, é apenas uma expressão mais vaga, e direcionada para o objetivo religioso, reprodução sem controle ou razão. Não inclui, por exemplo, a não-reprodução, o planejamento familiar, o uso de contraceptivos, o aborto, etc.
É um retrocesso, uma interferência daninha, como sempre, do Vaticano.
A mudança é um desserviço, mais um, do Vaticano contra as mulheres (misoginia), contra a sociedade laica (pretensão e arrogância supremas) e contra a soberania de uma país. Uma vergonha total.
Cognite Tute
Observe que médicos não tratam de "direitos", mas de "saúde".
"Direitos" é mais conversa de militância política, e não questão médica.
Quantos homens se oferecerão para, no caso da esposa ou namorada não desejar a gestação, para tomar o lugar dela?
Ter sua barriga expandida ao extremo, perder formas, enjoar, correr riscos, etc?
Imagino que vai acabar validando o ditado: se homens engravidassem, o aborto já seria permitido há muito tempo.:-)
Cognite Tute
Marcelo
"Saúde reprodutiva" inclui também métodos anticoncepcionais, planejamento familiar, etc, mas de uma forma mais neutra, ampla e técnica.
"Direitos reprodutivos" é um conceito puramente ideológico, usado exclusivamente por um pequeno grupo de militantes pró-aborto, que anexam outras questões políticas/politiqueiras ao seu discurso.
Tem a ver com os Illuminati, né?
Ou seja, eles não deveriam opinar.
Sim, um zigoto tem a contribuição de um espermatozoide. Mas isso não muda a questão, é no corpo da mulher que este vai, ou não, se desenvolver, e é este corpo que será, digamos, "usado" no processo.
Não estou dizendo que um pai não tenha o direito de discutir a questão, debater, colocar seu ponto. Apenas que, na falta de acordo, em última instância, quem deve ter o poder de decidir é a mulher.
Se mudar o angulo, e colocar o corpo do homem, parte dele, ou apenas seu sangue, fica mais claro. Mesmo que para salvar um filho, de ambos, marido e mulher, ninguém pode obrigar um homem a ceder seu corpo (ou parte dele) para isso.
Não é, o zigoto, uma propriedade conjunta. Ou melhor, até é uma propriedade conjunta, mas o habitáculo não é: o corpo da mulher.
Em algum momento futuro será possivel decidir de antemão onde esta propriedade conjunta será gestado, na mãe, no pai, em um ambiente externo tecnológico. Nesse ponto, sim, o homem poderá decidir em alguma medida.
Vamos pensar em uma barriga de aluguel. A mãe biológica da criança, nesse caso, não tem poder de decisão. Se ela decidir que não quer mais a criança, o pai evidentemente pode decidir ficar com ela, e bancar a gestação da mãe de aluguel.
Apenas a mãe de aluguel, a barriga de aluguel, pode decidir interromper a gestação (neste caso, com reparação civil ao casal, claro).
Eu sou pai, um pai apaixonado por sua filha, a melhor coisa que me aconteceu na vida, entendo seu ponto e sua preocupação. O ideal seria que nunca precisássemos pensar nessas situações limite, sem uma solução "boa", apenas a "menos pior".
Mas infelizmente este mundo, este universo, é imperfeito e aleatório, e as vezes a solução "menos pior" é tudo que temos.
Um abraço.
Cognite Tute
A natureza é perfeita na sua imperfeição...
Não em um estado laico.
E essas pessoas religiosas não podem usar argumentos religiosos para influenciar decisões políticas, que vão afetar a vida de todos, incluindo pessoas que não são de sua religião. Só podem usar lógica, argumentos racionais, não dogmas medievais. Política é uma coisa, religião é outra.
Estude um pouco antes de afirmar o que não sabe.
Mas organizações religiosas não podem, só porque alguns entendem que "Estado laico" deve ser "Estado anti-religioso".
Mais uma vez, vá estudar antes de postar besteira. E quando eu falo em estudar, é estudar de verdade, e não "estudar a Bíblia", lendo repetidamente versos alienantes, como seu pastor manda fazer.
Como sei? Fácil: Luciano Huck, que constrói pousadas em área de proteção e cerca praias públicas, mediando uma mesa redonda.
Não é mais sincero assaltar à mão armada?Eu prefiro.
Só país bacana, hein? Faltou na lista aí o Irã, a Arábia Saudita, o Paquistão, o Sudão...
"Se homem engravidasse, aborto seria não só permitido e disseminado como ainda inventariam toda uma narrativa cultural para enobrecê-lo."(não me lembro o autor)
Ou vocês acham que homem iria deixar terceiros ditarem para ele o que fazer e o que não fazer com o próprio corpo?
Aborto só é proibido por isso: por não ser o homem a engravidar.
Onde estão os adotados pela igreja ?
“Correndo o risco de ser intransigente, mas não acho que qualquer coisa sugerida pelo vaticano seja correta.
Eles não são especialistas nisso. Médicos são, então eles que deveriam dar a palavra final.”
Concordo que o Vaticano (ou a Santa Sé, ou qualquer outro estado ou religião) não tem legitimidade para discutir o assunto, visto que uma possível descriminalização e legalização das demais práticas do aborto não os atingirão. Qualquer norma no sentido de autorizar o aborto, como já acontece nos casos não-puníveis e legalizados, é dispositiva, ou seja, que atribuem somente a liberdade de praticar tal ato, sendo facultativo ao destinatário do direito fazer ou não o aborto. Nunca será obrigatória a prática do aborto, para quem quer que seja! Como a Igreja Católica conta com muitos fiéis (a maioria da sociedade, como tanto adoram bradar e se gabar), é de se esperar que estes não irão praticar o aborto – direito que já possuem com o aborto criminalizado - segundo os dogmas impostos por sua religião. Ou a Igreja Católica Apostólica Romana não confia no seu taco? (risos)
Ademais, existe questão da nossa soberania, ou seja, a nossa posição incube a gente decidir. A Santa Sé que vá discutir o aborto dentro dos limites do Vaticano...
A única coisa de que discordo é sua afirmativa de que os médicos deveriam “dar a palavra final”. Essa questão não se resume à medicina, ou à biologia, mas também à questões sociais, de saúde e, principalmente, de direitos fundamentais. A medicina e a biologia devem ser participativas, ou seja, estar apresentando os elementos técnicos necessários para a formulação da lei de acordo com as demandas legítimas, ou seja, das pessoas que buscam a legalização e descriminalização do aborto. Elementos técnicos até mesmo para se formular os limites éticos (que atualmente gira em torno da formação do sistema nervoso central e da viabilidade de vida extra-uterina). Superando a discussão, deve o assunto ser entregue ao legislativo, que, se seguindo os anseios democráticos (coisa que grande parte da população brasileira ainda se recusa a aceitar), e observando nossos princípios constitucionais e o direito internacional, deveria aprová-la.
mulher pra eles só servia pra ser mãe e saco de pancada e nada maia
É o que faz a turma dos "direitos reprodutivos".
E não duvido se a ICAR - sendo uma instituição patriarcal - fosse a primeira a apoiar o direito do homem de interromper uma gravidez indesejada, resultante de estupro ou de alto-risco ou cujo feto tivesse uma má-formação congênita que o impedisse de viver após o nascimento.
Vejmaos um outro procedimento, por exemplo. Vacinas.
Quem deve decidir as regras sobre vacinação? A igreja? Parlamentares que não entendem nada do assunto? Ou um conselho de médicos?
Se a questão é saúde, então não vejo porque não deixar a cargo dos especialistas. O dilema ético que fique a cargo de quem for querer (ou não) usufruir desse procedimento.
A bondade, o altruísmo, a vontade de fazer da sociedade um ambiente mais justo NÃO É monopólio da Igreja. O Doutror Drauzio Varela, por exemplo, não precisa ser padre e nem pertencer à Igreja pra fazer um trabalho social fantástico.
Claro, igreja sempre justa com a inquisição, venda de indulgencias, apoio a escravidão, destruição das culturas indígenas...
E SEMPRE ditando o que deve ser feito para todo o mundo...
E detalhe, ela não esta lutando a favor de nossos direitos, mas sim CONTRA os direitos das mulheres.
De que galaxia esse cara saiu? A Igreja só fez INJUSTIÇA em TODA a sua história.
1 - O dna do feto é 50% da mãe, 50% do pai.
2 - há uma diferença entre embrião, feto e bebê. Embrião é até a oitava semana de gestação; da oitava semana de gestação até o fim da gravidez é feto; o feto só é considerado um bebê após o nascimento. Aí é que seu argumento cai por terra. Ninguém aborta um bebê; se aborta um embrião ou feto.
3 - A discussão do aborto envolve vários aspectos: éticos, morais, religiosos, legais, filosóficos, médicos, etc. Mas no fim das contas o que importa é que o aborto - que se trata de um procedimento médico - seja uma questão médica e de saúde pública.
4 - Apelo à maioria ao falar da "maioria esmagadora religiosa" que por sinal já é representada até demais.
Autora - Faela Gonçalves
Quanto ao seu comentário "ABORTO É ASSASSINATO E QUEM É A FAVOR É CUMPLICE DE ASSASSINATO,VOCE VAI COM CERTEZA RESPONDER NO TRIBUNAL DE DEUS" só tenho uma coisa a dizer: seu deus não passa de uma entidade mitológica/imaginária assim como esse tal tribunal divino, então: f*da-se.
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