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Sindicato dos professores do Rio se mobiliza contra ensino religioso

O professor Sérgio Paulo, coordenador do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro), informou que a entidade vai começar a realizar atos contra o ensino religioso que começa a ser ministrado no segundo semestre nas escolas do ensino fundamental da rede municipal.

Ele disse que a lei que o prefeito Eduardo Paes (PMDB) sancionou em outubro de 2011 é inconstitucional. “Religião não pode ser ofertada obrigatoriamente em escola pública”, disse, lembrando que a Constituição estabelece que o Estado brasileiro é laico. “[A religião] deve ser uma interação familiar do aluno.”

O Sepe encaminhou ao Ministério Público Estadual um pedido para que analise a constitucionalidade da lei. Não há previsão para o órgão se manifestar.

Sérgio Paulo argumentou que, mesmo se não fosse inconstitucional, a lei tem o problema de excluir as religiões minoritárias, o que “é um preconceito oficial”. A prefeitura do Rio contratou professores para dar aula somente das religiões católica, evangélica, espírita e de afro-brasileiras. 

“O que caracterizou a superação do Império no início da República foi, entre outras coisas, a separação da educação pública do ensino religioso”, disse o professor.

Com informação da Agência Brasil.

Bispo diz que família deve exigir ensino religioso nas escolas.
maio de 2012

ONU critica Brasil por permitir ensino religioso em escolas.
maio de 2011

Religião no Estado laico.

Comentários

Já era hora de haver uma mobilização contra essa agressão ao Estado laico. Apoio totalmente essa medida.
Yuri disse…
O crentelhos dizem que não se pode ensinar ser contra o preconceito na sala de aula pq isso é papel dos pais, mas querem enfiar Jesus goela a baixo de todo o mundo que frequenta uma escola pública.
Foda-se a lógica, eles acreditam literalmente na bíblia.
Anônimo disse…
O Sérgio Paulo está certo. Ensinar apenas algumas religiões em detrimento de outras fere o Estado Laico, que prega o tratamento igualitário a todas as religiões. Se não tem condições de ensinar todas, que não se ensine nenhuma, até porque, como ele disse, essa é uma questão muito mais privada, de cada um.

Winston Smith
Ótimo saber que ainda existem pessoas sensatas na educação. Este futuro educador agradace!
_As escolas(acompanhar pela mídia),estão virando um literal, campo de batalha!
_Como ensinar algo que não se tem o mínimo domínio?
_Informações seculares? _Parece que não despertam interesse nos alunos; a prova disso: está na cara!
_O que isso acrescenta para resolver questões que se colocam, hoje, nas escolas públicas ou não? _Penso que ninguém é tão alienado, que considere só existirem problemas em escolas públicas!
_Quais os temas a serem priorizados?
_Não falo de religião: falo de conteúdo espiritual, coisa que para muitos, é loucura e fanatismo.
Luiz Lima disse…
A religião está em crise desde que a ciência foi capaz de oferecer uma explicação racional da natureza. Desde que os estados laicos se mostram muito mais estáveis democraticamente do que as teocracias.

Os dogmas de muitas religiões são incompatíveis com o pensamento crítico moderno e não tem se mostrado como opção de conforto espiritual. Digo isso baseado na franca mobilidade com que as pessoas mudam de crença como escolhem um produto na prateleira. Isso é uma crise da fé.


A religião nas escolas me soa mais como oportunismo político. Não me recordo de nenhuma passeata estudantil pedindo religião nas escolas. O que os alunos querem é mais e bons professores das disciplinas que são cobradas no ENEM. Essa é uma realidade muito mais presente na vida desses alunos do que o ensino religioso.

Mais dinheiro público desperdiçado e que daqui a pouco ninguém vai mais se lembrar. Quem é velho como eu sabe que as coisas são as vezes requentadas como novas e servem como factoide político.
Anônimo disse…
cristianismo é doença mental.
Israel Chaves disse…
Demorou para se voltarem contra isso... Essa lei é tão absurda que nem deveria ter sido aprovada. Nem sequer sugerida.
Mas quando quem está no comando tem negócios com pastores, acaba dando nisso.
Anônimo disse…
Defina conteudo espiritual?
Anônimo disse…
Que bonito, o Estado com o meu dinheiro vai ensinar as criancinhas, que eu como ateu mereço ser torturado por toda eternidade e que minha visão de mundo vai levar elas ao pior destino já imaginado. Estou pagando dízimo obrigatório para sustentar professores que vão fazer proselitismo.

Isso pq na constituição "Todos são iguais perante a lei." Imagine se não fosse.

Enquanto isso, promotores, imprensa, OAB, direitos humanos, ONGs e etc, fingem que não veem.

Estado laico e direitos iguais para que? Oq importa é Deu$$, afinal é muito fácil incutir qualquer mito em mentes de crianças que não tem nenhum tipo de defesa intelectual.

“Governar grilhando a mente através do medo de punição noutro mundo é tão baixo quanto usar a força.” Hypatia
Rodrigo*
A prefeitura do Rio contratou professores para dar aula somente das religiões católica, evangélica, espírita e de afro-brasileiras.

Ué, se alguém quiser ter aula de catolicismo, protestantismo,espiritismo ou umbanda, que vá aos templos dessas religiões, ora. Cada coisa que vejo.

Aliás, na própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Ensino Religioso tem matrícula facultativa (na prática, acaba sendo obrigatório) e não pode ser proselista, a contemplar toda a diversidade religiosa do povo brasileiro. Estranha essa lei do Rio...
Unknown disse…
Absurdo isso! Primeiro que escola não é lugar de religião segundo que o Brasil não se resume apenas em quatro religiões e muito menos cristãs.Outra o privilégio já começa pelo maior número de professores evangélicos e católicos Religião não pode ser ofertada obrigatoriamente em escola pública, o estado é laico! Se algum pai acha que seus filhos devem aprender mais sobre essas religiões, eles que mandem seus filhos para a igreja. Agora a pai que é espírita vai ter que caçar escolas que menistre a religião dele também, pois os é óbvio que não vai ter em todas escolas.
Pra mim isso tudo só tem um nome: Máquina de votos, para ganhar votos dos católicos e evangélicos!
Anônimo disse…
Anônimo26 de junho de 2012 09:29, definir ou não definir conteúdo espiritual?
Anônimo disse…
Os kits gays também devem ser proibidos nas escolas
Caruê disse…
Ensino religioso não proselista. Esse negocio já existe?
Anônimo disse…
Salamandra, voce poderia me responder o seguinte:
Voce acredita no diluvio, com o consequente massacre de milhoes de seres?
Alguns sim, outros não. disse…
Alguns sim, outros não.
­ disse…
Ensinar TODAS as religiões? Impossível, são milhares. Por isso que é melhor não ensinar nenhuma. Concordo totalmente com você, Anônimo25 de junho de 2012 22:32.
­ disse…
Conteúdo espiritual?

Espiritualidade pode se referir:
Definição 1: Viver em harmônia e em paz consigo mesmo, com a filosofia de viver em paz com a natureza e o cosmos (não precisa estar relacionado a religiões, teístas ou não).

Definição 2: Práticas arraigadas em alguma religião, o qual o objetivo é alcançar o transcendental ou, para teístas, deus(es).

Definição 3: Experiência de bem-estar e paz interior intenso.
__________________________
Salamandra Gouvêa, escolha uma das definições de espiritualidade ou dê sua própria e aí podemos conversar.
Contra preconceito disse…
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse…
Se obrigatório for o ensino religioso, que ensine sobre todas as religiões de forma imparcial, mostrando aos alunos a linha de pensamento, o comportamento e a crença de cada uma. Acho que dessa forma, tal aula seria interessante.
­ disse…
Correções
"Absurdo isso! Primeiro que escola não é lugar de religião segundo que o Brasil não se resume apenas em quatro religiões e muito menos cristãs."
O termo afro-brasileiras refere-se a mais de 10 religiões e cultos diferentes
• Babaçuê - Maranhão, Pará
• Batuque - Rio Grande do Sul
• Cabula - Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
• Candomblé - Em todos estados do Brasil
• Culto aos Egungun - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
• Culto de Ifá - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
• Encantaria - Maranhão, Piauí, Pará, Amazonas
• Omoloko - Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo
Então não são 4 religiões, são várias. E dessas várias, aí podemos sim dividir entre cristãs e africanas, em detrimento das religiões originais do Brasil e do resto da Terra.
­ disse…
Para mais religiões afro-brasileiras:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%B5es_afro-brasileiras
Caruê, o artigo 33 da LDB abre espaço para o Ensino Religioso interconfessional. Na prática, deve ser fundamentado nos princípios da cidadania e do entendimento do outro. Aqui o professor não irá evangelizar os alunos ou ensiná-los dogmas ou orações, mas levá-los a refletir sobre valores e ética (tá, sei que ficou meio vago, mas é isso **rs**). Além disso, o professor fará um resgate da história das religiões no mundo e no Brasil, a importância delas na formação da humanidade e mostrar aos alunos a necessidade do diálogo e o respeito entre as pessoas das diferentes religiões. No portal do professor, no site do MEC, encontrarás mais coisa sobre o assunto.

Pelo que percebo, a disciplina "Ensino Religioso" acabou substituindo as disciplinas OSPB (Oganização Social e Política Brasileira) e EMC (Educação Moral e Cívica) que nossos pais tinham em décadas passadas. Lembrando que a disciplina Ensino Religioso só é oferecida aos alunos do Ensino Fundamental. No Ensino Médio, os alunos têm aulas de Sociologia e Filosofia.

Acho que é mais ou menos isso...
Acredito que as pessoas usem os termos "religiões afro-brasileiras" para contemplar todas essas religiões aí que citaste. Da mesma forma, é corrente estudiosos falarem em religiões abraâmicas para se referirem ao judaísmo, cristianismo, islamismo e bahaísmo em conjunto.
Caruê disse…
Alguém acredita que exista representatividade? Em muitas escolas teremos um ou dois alunos de determinada religião minoritária e estes serão negligenciados, farão o que enquanto os outros adoram um Deus estranho? Tamanho desperdício de dinheiro publico.
Igor disse…
Não há como ensinar todas as religiões existentes no mundo – pelo menos não sem sacrificar o restante da grade curricular. Para ser “imparcial”, os professores devem saber de maneira igual e não fazer juízo de valor sobre todas as religiões existentes no mundo, o que certamente não haverá.

Na verdade, mesmo que isso acontecesse, não estaria sendo certo: é aliança com religiões, importando confessionalismo. Viola a laicidade do Estado.
Contra preconceito disse…
Ou é você que é doente por não respeitar as escolhas dos outros?
Anônimo disse…
Os crentes gostariam da Teoria Evolutiva dentro dos seus templos?
Não...
Então, o Estado é laico. Lugar de religiao e na igreja....
Anônimo disse…
É óbvio que não há como ensinar TODAS as religiões em uma sala de aula, queria dizer que, acho que não me expressei bem, caso fosse para ensinar sobre religiões, que faça isso sobre as principais religiões praticadas no mundo, de forma imparcial. Apenas apresentando sua história, seus pensamentos, comportamentos e seus dogmas. Apesar de concordar com você sobre a imparcialidade, que será pouco ou quase nada usada.

E creio que se isso acontecesse, não feriria o estado laico, desde que, como eu disse, se faça isso apenas para repassar conhecimento. Mas, claro, isso é apenas uma hipótese, de fato, pouquíssima provável.
Igor disse…
Só o fato do Estado já estar escolhendo quais seriam as “principais” religiões praticadas no mundo, estaria sendo imparcial. Está escolha seria juízo sobre religiões, e ainda por cima não é isonômica – o que é correlato ao princípio da laicidade.

Afirmo: isso iria ferir a laicidade por ser uma modalidade de confissão religiosa – no caso, pluriconfessional.

Deixo uma passagem do artigo “A Garantia das Liberdades Laicas na Suprema Corte do Canadá” da professora e socialista Micheline Milot que soa como um alerta: “Assim, mesmo em um Estado oficialmente laico, leis ou regulamentos aparentemente seculares podem atingir o princípio fundamental da igualdade de todos”. Antes de a gente achar que algo não fere a laicidade, devemos analisar tal medida por todas as perspectivas possíveis, e ver se dentro dela não há uma tentativa de o Estado agir em benefício de determinada religião.
Igor disse…
Correção: professora e socióloga Micheline Milot.

Socialista saiu sem querer e não tem nada a ver...
Anônimo disse…
Menos dorgas anônimo 25 de junho de 2012 23:28
Concordo com 'multifacetado' dessa vez. (chamo de multifacetado por que ele/ela(s) sempre vem com nomes bem criativos).
Igor disse…
Caruê, o artigo 33 da LDB abre espaço para o Ensino Religioso interconfessional.

Na verdade, o parágrafo do artigo que previa o ensino interconfessional foi revogado pela Lei 9.475/97.
Anônimo disse…
Ok Igor, você tem razão! De qualquer forma é melhor não ter aula alguma de religião, mesmo que seja do forma imparcial e didática, pois a aula não poderá abranger todas as religiões, onde não haverá imparcialidade [creio que este foi o seu raciocínio].

E, também, devido ao fato de o nosso país ter um bom histórico de proselitismo religioso nas salas de aula das escolas públicas, o que não ajudaria em nada, ou melhor, pioraria tudo, pois certos oportunistas aproveitariam para fazer proselitismo religioso, acabando por doutrinar [pronuncia-se: lavagem cerebral] ainda mais crianças.

Seria melhor substituir a aula de religião por aula de política [esta de importância mor] ou antropologia.
Fabiano disse…
A escola está cada vez pior! Depois de anos 11 anos estudando português e matemática os alunos se formam sem saber fazer contas ou ler frases complexas.

Eles agora serão abrigados a estudar catolicismo, protestantismo, candomblé. Se formarão todos ateus!!
Anônimo disse…
pesquise direito o que é doença mental e cristianismo.

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