Videla (à direta) contava com os 'bons ofícios" dos bispos |
Sempre se soube do envolvimento da Igreja Católica com a ditadura argentina, mas agora há informação de que se tratou de uma efetiva colaboração para que os assassinatos do regime fossem mantidos na época longe do conhecimento público. E a informação é de fonte segura, do próprio ex-ditador argentino Jorge Videla, 87, presidente de 1976 a 1981 da Junta Militar que se apoderou do poder político.
O general Videla cumpre prisão perpétua pelo assassinato de 31 prisioneiros capturados pela repressão aos opositores do regime. Ele deu uma entrevista à revista argentina El Sur, de Córdoba, contando que os bispos ofereceram seus “bons ofícios” para informar os pais sobre a morte de seus filhos nos porões da ditadura, convencendo-os a não divulgá-la para o bem de todos.Ou seja, os bispos — entre eles Pio Laghi e Raúl Primatesta — ajudaram no trabalho sujo do acobertamento dos assassinatos, diferentemente do que ocorreu com integrantes da Igreja Católica brasileira, que não deixou de denunciar as barbaridades cometidas pela ditadura militar daqui, entre 1964 e 1985.
Videla concedeu a entrevista ao jornalista Adolfo Ruiz entre os dias 26 de junho e 23 de dezembro de 2010. Ela foi publicada somente agora a pedido do ex-ditador, que achou por bem que isso ocorresse somente quando saísse da prisão de Córdoba, a UP1, para outra, de maior segurança para ele.
Na entrevista, Videla reafirmou alguns pontos de sua defesa na Justiça, entre os quais o de que os chamados “decretos de aniquilação” foram assinados pelo presidente interno Ítalo Luder com o propósito de instituir “uma licença para matar concedida por um governo democrático”.
A Argentina tem passado a limpo a história de sua ditadura militar (o Brasil, nem tanto). Mesmo assim as revelações de Videla sobre os “bons ofícios” dos bispos são indícios de que ainda há muita coisa a ser relatada.
Com informação do Página/12.
junho de 2011
Comentários
enganando o povo analfabeto e incauto.
PUNK NOT DEAD
Não se engane, Jornalista, os Militares sempre tiveram forte ligação com a Igreja Católica. Todas as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) e as ditas Forças Auxiliares (Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares) sempre tiveram capelães, que até pouco tempo eram exclusivamente católicos.
Na época da Ditadura Brasileira, esses padres fardados sabiam, sim, de muita coisa e se calaram. As notícias que emergiam através da ICAR não eram nem a ponta do iceberg e muitas vezes eram informações plantadas.
Mesmo diante de toda esta "combatividade" que eles encenaram diante de seus olhos, meu caro, a ICAR - naquele período - jamais abandonou sua aliança com as Forças Armadas, obteve cessões e comodatos de terrenos do Estado e ministrava o "Corpo de Cristo" na boca dos oficiais em todos os quartéis.
É isso ai, Paulo Lopes!
Você demonstrar que é, pelo mesmos, simpatizante dos teólogos da libertação.
São esses padres esquerdistas que encheram os seminários de padres pedófilos que agora você notícia com muito gosto.
Foi muito revelador saber que você apoia os padres esquerdistas pedófilos!
Faço outra pergunta:
Quando o esquerdista Paulo Evaristo Arns for acusado de pedofilia (todo esquerdista tem a tendencia de abusar e acobertar pedófilos), você ficará surpreso e o colocará como um sacerdote tradicional?
Lula agora também se aliou a Maluf, causando asco em Luiza Erundina, qua abandonou a chapa onde era candidata a vice-prefeita de Addad.
Maluf era um símbolo da ditadura, assim como Delfim Neto, que conduziu o doutorado furado de Mercadante.
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